Economia em supermercado pode chegar a R$ 2.119,43 no Rio de
Janeiro, aponta pesquisa da PROTESTE
O consumidor que souber pesquisar pode economizar até R$ 2.119,43 no ano, no Rio de
Janeiro, apontou o 11º levantamento anual de preços dos supermercados brasileiros
realizado pela PROTESTE Associação de Consumidores.
Essa economia anual para uma cesta de 104 produtos, de marcas líderes, ocorre se a
opção for pelo estabelecimento mais barato do levantamento (Assai da Rua Francisco
Real, 2050, em comparação ao local em que foram encontrados os preços mais altos da
capital (Nossa Rede, da Rua Açaituba, 126). No caso de Niterói, a economia chega a R$
964,00 no ano se a opção for pelo Guanabara da R. Marechal Deodoro, 360, em relação
ao SuperPrix da Rua Gavião Peixoto, 123.
Neste período de inflação elevada, a pesquisa de preços pode fazer toda a diferença
para a compra pesar menos no orçamento. A PROTESTE foi a 1.258 estabelecimentos, de
20 cidades brasileiras em 13 estados e mais o Distrito Federal, para levantar a situação.
As redes de lojas de atacado foram as que ofereceram preços mais em conta.
A PROTESTE está lançando a campanha nacional "Desconto no Caixa" para sensibilizar
os supermercados e hipermercados do País a oferecer promoções especiais em uma
cesta de compras. Todos os consumidores podem participar, se cadastrando no site da
mobilização, até o próximo dia 15 de outubro, pelo site: www.descontonocaixa.com.br.
Há no site, também, uma área destinada aos varejistas para entrarem em contato com a
PROTESTE, a fim de oferecer seus descontos. Qualquer rede pode participar, e quanto
mais pessoas se inscreverem na campanha, mais será fortalecida a luta por um desconto
em itens importantes para a despensa dos brasileiros.
Vantagem do atacado
O levantamento constatou que a rede Atacadão se destaca como a mais barata na maioria
das cidades em que está presente, tanto para a Cesta uma, a mais completa e de
produtos de marcas líderes, quanto para a Cesta 2.
Os preços médios das cestas nos últimos cinco anos chegaram a variar 42% no Rio de
Janeiro, 52% em Pernambuco, 51%, no Ceará e na Paraíba, 50% no Rio Grande do Norte,
no caso da completa, com 104 itens de produtos de marcas líderes.
Florianópolis foi a vilã de preços médios entre as 20 cidades pesquisadas. A compra de
supermercado catarinense, tanto para quem não abre mão de produtos de marcas líderes
de venda, quanto para a cesta com produtos mais baratos sai 11% mais cara do que no
Espírito Santo, onde foi encontrado o menor preço médio para a cesta de 104 itens.
Em média, o consumidor do Rio de Janeiro gastou R$ 451,47, enquanto o de Santa
Catarina desembolsou R$ 470,84 na compra dos 104 produtos da cesta composta de
produtos de marcas líderes. No Espírito Santo, onde foi encontrado o preço mais baixo, o
consumidor precisou de R$ 425,23 para adquirir esta cesta.
No Distrito Federal, a cesta completa ficou 21% mais cara do que em 2014. Já São Paulo
foi o estado em que a cesta de produtos sem marca teve a maior variação em relação ao
ano passado (16%).
Para escolher o estabelecimento que ofereça melhores preços, conforme o perfil de
consumo, há um simulador no site da PROTESTE: www.proteste.org.br. Ele indica as
lojas mais baratas por região, rede e tipo de estabelecimento e ajuda a ser informar antes
de sair para a compra.
Pesquisar antes de fazer a compra do mês é fundamental. A variação de preços de uma
cidade, dependendo do ponto de venda, pode ser muito grande, até em supermercados de
uma mesma rede ou situados na mesma. Por isso, às vezes, vale a pena atravessar a rua
e conferir o preço em outro local antes de fazer as compras.
No caso do Rio de Janeiro, por exemplo, foi constatado que a compra sai 28% mais barata
no Mundial da Rua Conde de Bonfim, 7, em relação ao MiniMax, situado na mesma rua, nº
804. Em Niterói, a diferença era de 10% entre mercados situados na mesma Rua Gavião
Peixoto: o Multimarket, o mais caro, e o SuperOrix, mais em conta.
As diferenças de preços para os mesmos produtos são grandes. No Rio de Janeiro, foi
constatada diferença de 164% para o pacote de 100g do queijo parmesão Vigor. Foi
encontrado por R$ 3,37 em um local, e por R$ 8,90 noutro mercado. E o pacote de 1 quilo
do feijão carioca Máximo custava R$ 2,99 num local e R$ 6,79 noutro mercado, uma
diferença de 127%. Em Niterói chegou a 100% a diferença no preço do tablete de 180g de
chocolate ao leite da Garoto. Saía por R$ 3,25 num ponto de venda, e R$ 6,49 em outro
local.
Na comparação entre as lojas mais baratas para a Cesta 1, com produtos de marcas
líderes, das 20 cidades pesquisadas, constataram-se as melhores ofertas de preços
em:
• Belo Horizonte – Rede Makro. Mas a loja mais barata foi o Apoio Mineiro da Av. Silva
Lobo, 900;
• Brasília – Rede Makro. Loja mais barata foi a do Makro, situada no SAI Trecho 7;
• Campinas – Rede Atacadão. Loja da Rodovia Dom Pedro I, 900, Km 139;
• Curitiba – Rede Big. Mas a loja mais barata foi a do Makro da Av. Presidente Wenceslau
Brás, 1.046;
• Florianópolis – Rede Fluminense. Mas a loja mais barata foi a Fort, situada na Rodovia
José C. Daux 401, Km 10, rodovia SC;
• Fortaleza – Rede Maxxi. E a loja mais em conta foi a situada na Av. Osório de Paiva,
2.250;
• Goiânia – Rede Walmart. Mas a loja mais em conta foi a do Bretas situado na Av.
Anhanguera, 14.404;
• Guarulhos – Redes Atacadão e Makro. Mas a loja mais barata foi o Atacadão da Av.
Otávio Braga de Mesquita, 3.116;
• Jaboatão dos Guararapes – Rede Atacadão. Loja da Av. General Barreto de Menezes,
958;
• João Pessoa – Rede Atacadão. Loja da Rua Doutor Manoel Lopes de Carvalho, s/nº
• Natal – Rede Atacadão. Loja da Av. Dão Silveira, 7.796;
• Niterói – Rede Guanabara. Loja da Rua Marechal Deodoro, 360;
• Olinda – Rede Atacadão. Loja da Av. Pan Nordestina, 778;
• Porto Alegre – Rede Big. Loja da Av. Diário de Notícias, 500;
• Recife – Rede Makro. Loja da Av. Recife, 5.005;
• Rio de Janeiro – Rede Atacadão. Mas a loja mais barata foi o Assai da Rua Francisco
Real, 2.050;
• Salvador – Rede Todo Dia. Loja da Rua São Caetano, 457;
• São Paulo – Rede Atacadão. Loja da Av. Doutor Custódio de Lima, 297;
• Vila Velha – Rede Carone. Loja da Av. Champagnat, 946;
• Vitória – Redes Makro e Carone – Loja mais barata foi a do Epa da Rua Thiers Velloso,
50.
Economia Anual
Cesta 1
Economia Anual
Cesta 2
São Paulo
R$ 1.703,93
R$ 1.890,91
Rio de Janeiro
R$ 2.119,43
R$ 2.118,54
Salvador
R$ 1.573,91
R$ 2.235,43
Brasília
R$ 974,21
R$ 1.486,52
Fortaleza
R$ 860,84
R$ 1.032,65
Belo Horizonte
R$ 1.007,53
R$ 1.202,70
Curitiba
R$ 1096,56
R$ 967,37
Recife
R$ 670,69
R$ 612,18
Porto Alegre
R$ 884,36
R$ 842,52
Goiânia
R$ 924,66
R$ 1.162,62
Guarulhos
R$ 765,54
R$ 767,86
Campinas
R$ 1.447,76
R$ 1.384,00
Natal
R$ 776,60
R$ 935,89
João Pessoa
R$ 943,10
R$ 1012,50
Jaboatão dos
Guararapes
R$ 295,24
R$ 597,42
Niterói
R$ 964,00
R$ 1.201,96
Vila Velha
R$ 703,60
R$ 1.178,09
Cidade
Florianópolis
R$ 1.747,27
R$ 2.198,59
Olinda
R$ 968,10
R$ 134,56
Vitória
R$ 975,30
R$ 762,89
Metodologia
Foram simuladas duas cestas de compras, que equivalem a dois perfis de consumidor:
uma com produtos de marca, outra sem marca (sem carne, frutas e legumes), com
menores preços. Os pesquisadores agiram como consumidores à procura do menor preço,
evitando os dias de promoções de alguns setores. O objetivo da PROTESTE é ajudar a
economizar, pois o brasileiro gasta um terço do orçamento doméstico nas compras em
supermercados.
Foram comparados os pontos de venda visitados para apontar o supermercado mais
barato. E, tomando esse local por base, a indicação de quanto os demais são mais caros.
A lista não traz os preços por produtos. Em vez de simplesmente citar preços, as tabelas
mostram a comparação entre os estabelecimentos visitados: o ponto de venda mais barato
recebe o índice 100; os demais, o índice proporcional ao custo de suas respectivas cestas.
Com essa metodologia, foi possível ainda comparar as redes de supermercados,
hipermercados, hard discount e lojas de conveniência.
Para calcular o custo de cada cesta, foi feita uma ponderação, levando em conta o peso
de cada produto nos hábitos de consumo do brasileiro. Isso porque os produtos têm
importâncias diferentes de consumo. As lojas mais bem classificadas são as que vendem
mais barato os produtos mais consumidos.
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