Controle da Dengue: desafios para uma abordagem
integrada e de base territorial
Fabiano Geraldo Pimenta Júnior
Planejamento Integrado
• Intermunicipal – Regiões Metropolitanas
• Municipal – intra e intersetorial
• Distrital – intra e intersetorial
• Local – Adequação às especificidades
Integração assistência, vigilância, controle vetorial
• Existe um instrumento?
• Existe uma sistemática?
• Qual o papel da PAVS?
• As SES realmente coordenam e assessoram?
Região Metropolitana
de Belo Horizonte
34 municípios
População: 4,8 milhões
de habitantes
Belo Horizonte
População: 2.434.642
Saneamento Básico:
Abastecimento de água - 99,7%
Coleta de lixo - 100%
Rede de esgoto - 93,0%
Norte
Venda Nova
Nordeste
Pampulha
Leste
Noroeste
Área
Geográfica:
Centro Sul
331 KM 2
(IBGE 2005)
Organização Territorial:
9 Distritos Sanitários
Oeste
Barreiro
Belo Horizonte
Aglomerados
Subnormais
Setores censitários em
aglomerados
subnormais: 12,2%
População estimada
nestas áreas: 292.157
Casos de dengue confirmados em
Belo Horizonte, 1996 a 2008
Den1 e 2
Den3, 2 e 1
Den1
FONTE: SISVE/GEEPI/SMSA
Den3
Estrutura do Programa
Vigilância e Controle:

12 Técnicos de Vigilância Epidemiológica

78 Técnicos/Coordenadores de Zoonoses

798 Agentes de Endemias I / 124 Agentes de Endemias II

784.304 imóveis (956 Pontos Estratégicos)

Unidade Secundária de Apoio: Laboratório de Zoonoses

83 Veículos
Estrutura
Assistência:

146 Unidades Básicas de SaAúde

5 24 Equipes de Saúde da Família

2.408 Agentes Comunitários de Saúde

1.087 Profissionais complementares ao PSF

Laboratório Central

7 Unidades de Urgência próprias e 4 conveniadas

1 Hospital próprio e 35 conveniados
Subsídios para o Planejamento
ATENÇÃO PRIMÁRIA EM BH
Índice de Vulnerabilidade
População coberta pelas Equipes
de Saúde da Família
Muito elevado: 2.400 a 2.800
Elevado: 2.800 a 3.400 pessoas
Médio: 3.400 a 4.000 pessoas
LIRAa Outubro 2009 - Imóveis Positivos
Subsídios para o Planejamento
Resultado de inquérito soroepidemiológico para dengue
realizado em janeiro de 2000, Belo Horizonte/MG.
73,00%
76,33%
NEG
D1+D2
D2
D1
76,83%
94,74%
20,50%
0,60%
5,26%
C.SUL
FONTE-GECOZ/SMSA
5,90%
LESTE
17,57%
17,55%
1,22%
4,90%
V. NOVA
0,78%
4,67%
Total
Subsídios para o Planejamento
Análise da ocorrência de
infecção por dengue X
verticalização:
1) risco de se infectar por dengue foi 3X
maior em moradores de imóveis
horizontais X moradores de imóveis
verticais;
2) não houve diferença da associação
entre infecção por dengue em moradores
de apartamentos acima do 1º andar.
Subsídios para o Planejamento
Análise dos focos X verticalização
Análise de 08 levantamentos de
índices(LI de jan/03 a março/05) =
7.351 imóveis positivos
APARTAMENTOS positivos:
0,9% (69)
Principal reservatório: vaso de planta
(95%)
FONTE-GERÊNCIA DE CONTROLE DE ZOONOSES/SMSA
Territórios - o que fazemos

Agentes de controle de endemias sob gerência das UBS

Geoprocessamento

Estruturas e equipes de análise nos Distritos Sanitários

Ações intersetoriais

Grupo Executivo

Núcleos Regionais Intersetoriais
Ações de rotina para o controle
vetorial
Zoneamento - desde 1999
Atualmente - unificação dos territórios dos ACE e ACS
LIRAa Outubro 2009– Venda Nova
Centro de Saúde
Índice Predial
Outubro 2009
Criadouro
Predominante
9300
Andradas
6,7
Inservíveis
9270
Serra Verde
9250
Minas Caixa
2,4
Caixas D'água
9210
Jd. Europa 1
9210
Jd. Europa 2
9350
Nova York
1,5
9390
Jd. Comerciários I
Caixas D'água, Barris /
Tambores, Pratos de
Plantas, Pneus,
Inservíveis e Material
de Construção
9390
Jd. Comerciários II
2,0
Inservíveis e Pneus
9240
Mantiqueira
9210
Jd. Europa 3
9290
Rio Branco
3,8
Inservíveis
9280
Venda Nova 1
9280
Venda Nova 2
3,6
Inservíveis
9230
Lagoa
9200
Céu Azul
3,3
Pratos de Plantas
9340
Piratininga 1
9340
Piratininga 2
9220
Jd. Leblon
2,0
Inservíveis
9380
Copacabana 1
9380
Copacabana 2
2,9
Pratos de Plantas
9260
Santa Mônica
3,1
Inservíveis
Estratos Código da Área
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Total
Ribeirão das Neves
Vespasiano
Criadouros Predominantes
1 -Inservíveis – 31,69%
2 -Pratos de Plantas – 20,42%
3 -Caixas D’água - 9,15%
LIRAa Outubro 2009
Código do Estrato
1
2
3
4
5
6
7
8
9
LIRAa Outubro 2009 - Imóveis Positivos
Acompanhamento e análises semanais
Acompanhamento e
análises semanais
15/06/09 - Regional Venda Nova
CS Rio Branco / CS Jardim Leblon
22/06/09 - Regional Nordeste
CS São Gabriel / CS Olavo Albino
15/06/09 - Regional Oeste
CS Waldomiro Lobo / CS Cabana
CS Cícero Idelfonso
Acompanhamento e análises semanais
Densidade de ovos semanas 19/20,
21/22 e 23/24 de 2009.
Acompanhamento e análises semanais
Densidade de ovos semanas 19/20,
21/22, 23/24 e casos de dengue notificados, junho/09
Casos confirmados *
Casos descartados *
Casos pendentes *
Acompanhamento e análises semanais
1º TRATAMENTO FOCAL DE 2009
PÊNDÊNCIAS (1ª VISITA) E RESGATE
Hot Spot de pendências para
definição de prioridades
de resgates
C.S.JAQUELINE II
C.S.JAQUELINE
C.S.ETELVINA CARNEIRO
C.S.
JARDIM GUANABARA
C.S.FELICIDADE
C.S.CAMPO ALEGRE
C.S.FELICIDADE II
C.S.MG-20
C.S.LAJEDO
C.S.TUPI
Resgate
A.A. do C.S.
C.S.FLORAMAR
C.S.HELIOPOLIS
Distrito
C.S.NOVO AARAO REIS
C.S.GUARANI
C.S.SAO TOMAZ
Pendências 1º TF 2009
Alta intensidade
C.S.AARAO REIS
C.S.SAO BERNARDO
Baixa intensidade
C.S.PROVIDENCIA
C.S.PRIMEIRO DE MAIO
Ações intersetoriais
Ações diferenciadas com a Limpeza Urbana (SLU) enfocando áreas
prioritárias identificadas utilizando os indicadores epidemiológicos:
casos e presença do vetor

Ações intersetoriais
Ações intersetoriais
Integração das ações de controle com os municípios limítrofes da
Região Metropolitana

R. NEVES
VESPASIANO
DS VENDA NOVA/BH
Territórios - o que queremos

Planejamento ascendente
Identificação
de situações específicas de vulnerabilidade
ambiental e populacional

Informação oportuna

Integração assistência, entomologia, epidemiologia e laboratório

Detecção precoce de epidemias

Medidas de controle adequadas a realidade local

A efetiva prática da intersetorialidade
Territórios – os desafios da prática



Base digital única – definição e unificação dos territórios
Atualização coordenada da base de dados
Lógica de trabalho : ACS, ACE e fiscais sanitários
Sistemas Nacionais de informação – município / distritos /
territórios


Instrumentos de coleta/ registro dos dados
Territórios – os desafios da prática

A conformação da rede assistencial complementar
A

oportunidade da ação no território depende do laboratório
A capacidade local de análise – a forte demanda cotidiana

Acesso à informação

Instrumento de planejamento
A
prática de monitoramento e avaliação
Contexto
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
EM RELAÇÃO A IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE NOS MUNICICÍPIOS:
• A execução das ações de prevenção e controle da dengue está incorporada na
rotina dos municípios, apesar das dificuldades de um programa multisetorial
• O processo de descentralização parece ter contribuído para inserção das ações
de prevenção e controle da dengue nos municípios, principalmente pelo
estabelecimento de um mecanismo de financiamento continuado
• Apesar dos avanços, ainda existe a tendência de reproduzir o modelo que era
adotado pelo governo federal quando executava as ações
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
EM RELAÇÃO A IMPLANTAÇÃO DAS AÇÕES DE CONTROLE NOS MUNICICÍPIOS:
• A incorporação de novas metodologias na rotina municipal não é um processo
simples, exigindo maior envolvimento e assessoria técnica por parte das SES e
SVS/MS
• O papel das SES, particularmente as suas instâncias regionais, é fundamental
para implantação e acompanhamento do programa de controle da dengue nos
municípios, especialmente os municípios de menor porte;
• Ainda existem muitas dificuldades quanto a consistência dos bancos de dados
dos diferentes informação adotados pelo PNCD
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