Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Função de Produção:
È uma função que, para uma dada tecnologia, descreve a quantidade MÁXIMA da mercadoria que pode ser produzida ( Q )
com cada uma das diferentes quantidades utilizadas de fatores de produção ( K e N );
Fatores de Produção:
São elementos utilizados na produção da mercadoria:
♦ Capital ( K ): quantidade de máquinas e equipamentos
♦ Trabalho ( N ): quantidade de homens-hora
Curto Prazo:
É o período de tempo em que a quantidade utilizada de (pelo menos) um dos fatores de produção utilizados permanece
FIXA
♦ Insumo Fixo: Capital → Custo Fixo
♦ Insumo Variável: Trabalho → Custo Variável
Curto Prazo → ( ∆K = 0) .
Produtividade Média:
Pmed =
Q
N
É a quantidade de mercadoria produzida por unidade de insumo variável empregada
Produtividade Marginal (Pmg):
Pmg =
É a variação na quantidade produzida
∆Q
∆N
(∆Q ) decorrente
de uma variação na quantidade utilizada de insumo variável
(∆N ) , mantendo-se constante a quantidade utilizada de capital (∆K = 0) .
Lei dos Rendimentos (Marginais) Decrescentes (LRMgD)
No curto Prazo ( ∆K = 0) , um aumento na quantidade produzida provocará, a partir de um determinado ponto da função
de produção, uma queda na Produtividade Marginal.
LRMgD
⇒
Pmg ⇓
Quando a Produtividade Marginal começa a diminuir, fica cada vez mais caro aumentar a quantidade produzida de
mercadoria, pois serão necessárias quantidades crescentes de insumo variável para fazer aumentar a produção
total.
Custo Total = Custo Fixo + Custo Variável
CF
Custo Fixo (
): é a quantidade de insumo fixo (K) utilizada no processo produtivo, multiplicada pelo seu preço unitário
( r = preço unitário do capital). O Custo Fixo independe da quantidade produzida de mercadoria.
CF = K .r
Custo variável ( CV ): é a quantidade utilizada de insumo variável, multiplicada pelo preço unitário do insumo variável (w
= preço unitário do insumo variável). O Custo Variável depende da quantidade produzida de mercadoria, pois para aumentar
a quantidade produzida o empreendedor precisa de uma quantidade maior de insumo variável.
CV = N .w
Custo Total ( CT ): é a soma do Custo Fixo com o Custo variável
CT = CF + CV
O Custo Total aumenta quando aumenta a quantidade produzida de mercadoria. Mas para que a quantidade produzida de
mercadoria aumente, é necessária a utilização de uma maior quantidade de insumo variável.
∆N ⇒ ∆Q ⇒ ∆CT
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
1
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
CFmed ): é o Custo Fixo, dividido pela quantidade produzida de mercadoria.
CF
CFmed =
Q
CV N .w N
w
Custo Variável Médio: CVmed =
=
= .w =
Q
Q
Q
Pmed
Custo Fixo Médio (
Portanto, quando a Produtividade Média estiver aumentando, o Custo Variável Médio estará diminuindo, e vice versa. E
quando a Produtividade Média alcançar deu valor máximo, o Custo Variável Médio alcançará seu valor mínimo
Pmed ↑⇒ CVmed ↓; Pmed ↓⇒ CVmed ↑;
MAXPmed ⇔ MINCVmed
∆CT
Custo marginal (Cmg): Cmg =
∆Q
È a variação no custo total de produção por unidade de mercadoria adicionalmente produzida.
A variação absoluta do Custo Total de produção, supondo constantes os preços dos insumos fixo e variável, depende da
variação da quantidade utilizada do insumo variável, pois o Custo Fixo, por definição, não varia:
∆CT = ∆CF + ∆CV = 0 + w.∆N ⇒ ∆CT = w.∆N
Assim, se dividirmos a variação do Custo Total pela variação na quantidade produzida, teremos:
w
∆CT w.∆N
∆N
= w.
=
= Cmg
=
∆Q
∆Q
∆Q Pmg
Portanto, quando a Produtividade Marginal estiver crescendo, o Custo marginal estará diminuindo, e vice versa. E quando a
Produtividade Marginal alcançar o seu valor máximo, o Custo marginal alcançará seu valor mínimo.
Pmg ↑⇒ Cmg ↓; Pmg ↓⇒ Cmg ↑;
MAXPmg ⇔ MINCmg
Pela LRMgD, a partir de um determinado ponto da função de produção podemos afirmar que, quanto maior for a quantidade
produzida, menor será a produtividade marginal.
Quanto menor for a Produtividade Marginal, maior será a quantidade de insumo variável necessária para aumentar
marginalmente a quantidade produzida de mercadoria.
Logo, quanto menor for a Produtividade Marginal, maior será o Custo Marginal.
LRMgD
⇒
Pmg ⇓ ⇒ Cmg ⇑
Ilustração 1
Uma empresa está instalada com 100 unidades de bens de capital ( K = 100 ), e possui uma Função de Produção descrita
pelos elementos da Tabela 1, sendo que os dois últimos (Pmed e Pmg) encontram-se representados no Gráfico 1:
2
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Tabela 1
K
N
Q
Pmg
Pmed
100
0
0
2
100
2
4
4
2
100
4
12
6
3
100
6
24
8
4
100
8
40
10
5
100
10
60
9
6
100
12
78
8
6,5
100
14
94
7
6,71
100
16
108
6
6,75
100
18
120
5
6,67
100
20
130
4
6,5
100
22
138
3
6,27
100
24
144
1
6
100
26
146
0
5,62
100
28
146
-1
5,21
100
30
144
-2
4,8
GRÁFICO 1
PRODUTIVIDADE MARGINAL x PRODUTIVIDADE MÉDIA
10
QUANT. PROD/QUANT INSUMO
8
6
4
2
0
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
22
24
26
28
30
-2
QUANT. DE INSUMO VARIÁVEL
PRODUTIVIDADE MARGINAL
PRODUTIVIDADE MÉDIA
Considerando que cada unidade do Insumo Fixo custa R$10,00 , e que cada unidade do Insumo Variável custa R$200,00, a
estrutura dos Custos de Produção da empresa encontra-se especificada na Tabela 2 e no Gráfico 2
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
3
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Tabela 2
Q
CF
CV
CT
Cmg
CVmed
CMed
0,00
R$ 1.000,00 R$ 0,00
R$ 1.000,00 R$ 100,00
4,00
R$ 1.000,00 R$ 400,00
R$ 1.400,00 R$ 50,00
R$ 100,00 R$ 350,00
12,00
R$ 1.000,00 R$ 800,00
R$ 1.800,00 R$ 33,33
R$ 66,67
R$ 150,00
24,00
R$ 1.000,00 R$ 1.200,00 R$ 2.200,00 R$ 25,00
R$ 50,00
R$ 91,67
40,00
R$ 1.000,00 R$ 1.600,00 R$ 2.600,00 R$ 20,00
R$ 40,00
R$ 65,00
60,00
R$ 1.000,00 R$ 2.000,00 R$ 3.000,00 R$ 22,22
R$ 33,33
R$ 50,00
78,00
R$ 1.000,00 R$ 2.400,00 R$ 3.400,00 R$ 25,00
R$ 30,77
R$ 43,59
94,00
R$ 1.000,00 R$ 2.800,00 R$ 3.800,00 R$ 28,57
R$ 29,79
R$ 40,43
108,00 R$ 1.000,00 R$ 3.200,00 R$ 4.200,00 R$ 33,33
R$ 29,63
R$ 38,89
120,00 R$ 1.000,00 R$ 3.600,00 R$ 4.600,00 R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 38,33
130,00 R$ 1.000,00 R$ 4.000,00 R$ 5.000,00 R$ 50,00
R$ 30,77
R$ 38,46
138,00 R$ 1.000,00 R$ 4.400,00 R$ 5.400,00 R$ 66,67
R$ 31,88
R$ 39,13
144,00 R$ 1.000,00 R$ 4.800,00 R$ 5.800,00 R$ 200,00 R$ 33,33
R$ 40,28
Gráfico 2
INDICADORES DE CUSTOS DA PRODUÇÃO
R$ 50,00
$/Q
R$ 40,00
R$ 30,00
R$ 20,00
R$ 10,00
20
40
60
80
100
120
140
QUANTIDADE PRODUZIDA
CMG
CVMED
CMED
Principais Conclusões sobre a estrutura dos custos de produção no curto prazo:
¾
¾
¾
¾
¾
¾
4
Quando a LRMgD começa a se manifestar, o Custo Marginal começa a crescer;
Enquanto o Custo Variável Médio for decrescente, o Custo Marginal é menor do que ele;
Enquanto o Custo Variável Médio for crescente, o Custo Marginal é maior do que ele;
Quando o Custo Variável Médio atingir seu valor MÌNIMO, o Custo Marginal o intercepta;
Enquanto o Custo Médio for decrescente, o Custo Marginal é menor do que ele;
Enquanto o Custo Médio for crescente, o Custo Marginal é maior do que ele;
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
¾
Economia
Quando o Custo Médio atingir seu valor MÌNIMO, o Custo Marginal o intercepta;
Concorrência Perfeita ( Mercado Competitivo )
♦
♦
♦
♦
♦
♦
♦
Existe uma grande quantidade de pequenos produtores da mesma mercadoria;
O produto é homogêneo (todos os produtores recebem o mesmo preço);
Existe perfeita informação para produtores e consumidores;
Existe liberdade de entrada e saída de empresas neste mercado;
Nenhum produtor tem poder de mercado (todos os produtores são “tomadores de Preço”);
Os produtores não se associam para conspirar contra os consumidores (não existe cartel);
Os consumidores não se associam para conspirar contra os produtores (não existe monopsônio);
Ilustração 2
A Tabela 3 representa uma empresa hipotética que opera em concorrência perfeita (mercado competitivo), sob diferentes
cenários associados a diferentes preços de mercado.
Para maximizar o seu lucro, o produtor que opera em mercado competitivo (concorrência perfeita) escolhe produzir e vender
uma quantidade de mercadoria que apresenta um Custo Marginal igual ao Preço de Mercado.
Logo, a Curva de Oferta do produtor que opera em concorrência perfeita (mercado competitivo) é a curva de Custo
Marginal do produtor que, para cada preço de mercado, escolherá produzir uma determinada quantidade tal que P = Cmg
TABELA 3
EMPRESA COMPETITIVA HIPOTÉTICA
produção custo total
custo marginal
0,00
R$ 2,00
R$ 2,00
R$ 3,00
1,00
R$ 4,00
R$ 4,00
2,00
R$ 7,00
R$ 5,00
3,00
R$ 11,00
R$ 6,00
4,00
R$ 16,00
R$ 7,00
5,00
R$ 22,00
6,00
R$ 29,00
RT(P=R$3,00)
R$ 0,00
R$ 3,00
R$ 6,00
R$ 9,00
R$ 12,00
R$ 15,00
R$ 18,00
LT (P=R$3,00)
-R$ 2,00
-R$ 1,00
-R$ 1,00
-R$ 2,00
-R$ 4,00
-R$ 7,00
-R$ 11,00
RT(P=R$4,00)
R$ 0,00
R$ 4,00
R$ 8,00
R$ 12,00
R$ 16,00
R$ 20,00
R$ 24,00
LT(P=R$4,00)
-R$ 2,00
R$ 0,00
R$ 1,00
R$ 1,00
R$ 0,00
-R$ 2,00
-R$ 5,00
LT(P=R$5,00)
-R$ 2,00
R$ 1,00
R$ 3,00
R$ 4,00
R$ 4,00
R$ 3,00
R$ 1,00
RT(P=R$6,00)
R$ 0,00
R$ 6,00
R$ 12,00
R$ 18,00
R$ 24,00
R$ 30,00
R$ 36,00
LT(P=R$6,00)
-R$ 2,00
R$ 2,00
R$ 5,00
R$ 7,00
R$ 8,00
R$ 8,00
R$ 7,00
RT(P=R$7,00)
R$ 0,00
R$ 7,00
R$ 14,00
R$ 21,00
R$ 28,00
R$ 35,00
R$ 42,00
LT(P=R$7,00)
-R$ 2,00
R$ 3,00
R$ 7,00
R$ 10,00
R$ 12,00
R$ 13,00
R$ 13,00
produção
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
RT(P=R$5,00)
R$ 0,00
R$ 5,00
R$ 10,00
R$ 15,00
R$ 20,00
R$ 25,00
R$ 30,00
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
5
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
GRÁFICO 3
Preço de Mercado
Custo Marginal/ Curva de Oferta
R$ 7,00
R$ 6,00
R$ 5,00
R$ 4,00
R$ 3,00
R$ 2,00
R$ 1,00
R$ 0,00
0
1
2
3
4
5
quantidade produzida
Custo Marginal/ Curva de Oferta
A curva de oferta da pequena empresa que opera em um mercado competitivo é, grosso modo, sua curva de custo
marginal. Isso porque, ao buscar o lucro máximo, a empresa competitiva toma o preço de mercado como sendo
dado pelas forças impessoais da oferta e da demanda, e decide produzir a quantidade cujo custo marginal iguala o
preço de mercado.
A curva de oferta da indústria (indústria = conjunto de firmas que produzem a mesma mercadoria) que opera em
concorrência perfeita resulta da agregação das curvas de oferta das firmas que a compõe. Em outras palavras, a
curva de oferta da indústria competitiva resulta da agregação das curvas de custo marginal das firmas que a
compõe. Sendo assim, a curva de oferta da indústria competitiva (concorrência perfeita) é a curva de custo
marginal agregado das pequenas empresas que produzem a mesma mercadoria homogênea.
Ilustração 3
A Tabela 4 descreve um cenário onde uma indústria que opera em concorrência perfeita estabelece um equilíbrio de
mercado quando oferta uma quantidade que, ao ser produzida, gera um custo marginal igual ao preço de mercado.
Neste caso, o equilíbrio em concorrência perfeita acontece quando o preço de mercado é R$7,00 , ao passo em que as
quantidades demandada e ofertada correspondem a 3 unidades (com custo marginal igual a R$7,00).
TABELA 4
CONCORRÊNCIA PERFEITA versus MONOPÓLIO
CURVA DE DEMANDA
INDÚSTRIA COMPETITIVA
CUSTO
TOTAL
PREÇO
QUANTIDADE
CUSTO MARGINAL
R$ 10,00
0
R$ 4,00
R$ 2,00
R$ 9,00
1
R$ 6,00
R$ 3,00
R$ 8,00
2
R$ 9,00
R$ 5,00
R$ 7,00
3
R$ 14,00
R$ 7,00
R$ 6,00
4
R$ 21,00
R$ 8,00
R$ 5,00
5
R$ 29,00
R$ 9,00
R$ 4,00
6
R$ 38,00
R$ 10,00
6
Atualizada 28/08/2008
MONOPÓLIO
RECEITA TOTAL
R$ 0,00
R$ 9,00
R$ 16,00
R$ 21,00
R$ 24,00
R$ 25,00
R$ 24,00
RECEITA
MARGINAL
R$ 9,00
R$ 7,00
R$ 5,00
R$ 3,00
R$ 1,00
-R$ 1,00
LUCRO
-R$ 4,00
R$ 3,00
R$ 7,00
R$ 7,00
R$ 3,00
-R$ 4,00
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
R$ 3,00
R$ 2,00
R$ 1,00
R$ 0,00
7
8
9
10
R$ 48,00
R$ 59,00
R$ 11,00
Economia
R$ 21,00
R$ 16,00
R$ 9,00
R$ 0,00
GRÁFICO 4
CONCORRÊNCIA PERFEITA versus MONOPÓLIO
10
9
8
7
R$
6
5
4
3
2
1
0
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
QUANTIDADE
curva de demanda
Receita Marginal:
Rmg =
receita marginal
custo marginal
∆RT
∆Q
Corresponde à variação na receita total por unidade de mercadoria adicionalmente vendida.
No caso da empresa que opera em concorrência perfeita, e que, portanto, é “Tomadora de Preço”, sua Receita
Marginal é igual ao preço de mercado, pois ela, independentemente da quantidade que queira vender, não tem
poder de mercado suficiente para afetar o preço da mercadoria produzida.
Contudo, se uma única companhia comprar todas as firmas que constituem a indústria competitiva, o cenário será
totalmente diferente, onde estará caracterizada a presença de um MONOPÓLIO.
Neste caso, supondo que o Monopólio no curto prazo preserve as estruturas operacionais das empresas que ele
adquiriu, a curva de custo marginal do Monopólio será a curva de custo marginal agregado das firmas que ele
acaba de encampar.
Em outras palavras, o Monopólio vai operar com a curva de custo marginal da indústria que, antes de ser
comprada, funcionava de acordo com os parâmetros da concorrência perfeita.
Porém, diferente das pequenas empresas que ele acaba de comprar, o Monopólio não pode supor que o preço de
mercado seja dado pelas forças impessoais da oferta e da demanda. Dito de outro modo, o Monopólio não pode ser
considerado como um “Tomador de Preço”.
Ao contrário, o monopólio tem poder de mercado, uma vez que ao definir a quantidade que será produzida e
vendida, o monopólio implicitamente define o preço pelo qual cada unidade será comercializada.
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
7
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Sendo assim, para maximizar o seu lucro o Monopólio reduz a quantidade produzida e aumenta o preço da
mercadoria, o que estabelece um novo ponto de equilíbrio para este mercado (equilíbrio em monopólio) onde duas
unidades serão produzidas e vendidas ao preço unitário de R$8,00.
Cada unidade de mercadoria que o monopólio produz a mais causa um impacto no seu custo de produção, e esse
impacto marginal nós denominamos de Custo Marginal. E até aqui o custo marginal do monopólio é exatamente o
mesmo Custo Marginal agregado das empresas que ele adquiriu.
Mas, cada unidade que o Monopólio produz, quando vendida, causa uma redução no preço de mercado, e é
justamente por isso que o monopólio não pode ser considerado “tomador de preço”.
Lembrando que a Receita Marginal é o impacto na receita total decorrente da venda de uma unidade marginalmente
produzida (
∆RT
), podemos observar na tabela 2 que a quantidade que maximiza o lucro do
∆Q
∆CT
que, ao ser produzida, gera um custo marginal ( Cmg =
) igual à
∆Q
Rmg =
monopólio é aquela
correspondente receita marginal:
Maximizar Lucro ⇒ Rmg = Cmg
Grosso modo, podemos afirmar que quanto mais afastado estiver das características do modelo de concorrência
perfeita, maior será o preço de equilíbrio do mercado.
Ilustração 4:
Considere uma indústria competitiva que tem um custo marginal agregado determinado pela seguinte expressão:
Cmg = 2 + Q .
Sabendo-se que as firmas que operam em concorrência perfeita são “tomadoras de preço” que maximizam o lucro
produzindo a quantidade cujo custo marginal seja igual ao preço de mercado, podemos deduzir que a curva de oferta da
indústria competitiva será:
P = Cmg ⇒ P = 2 + Q s .
Considerando que o comportamento dos consumidores deste mercado é descrito pela curva de demanda
Q d = 20 − P . Podemos
P = $11 e Q = 9
8
Atualizada 28/08/2008
definir
o
equilíbrio
do
mercado
competitivo
com
sendo
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Gráfico 5
P
Qs
20
11
Qd
2
Q
9
20
Vamos a seguir recordar alguns conceitos que já foram apresentados anteriormente:
O Excedente do Mercado é a soma do Excedente dos Produtores com o Excedente dos Consumidores. Um
tipo específico de mercado será, grosso modo, tão mais eficiente em termos alocativos quanto maior for o Excedente de
Mercado que ele gerar.
Definiremos como Excedente do Consumidor a diferença entre o preço de reserva (benefício marginal) e o preço
pelo qual a unidade específica da mercadoria está sendo comprada.
Definiremos como Excedente do Produtor a diferença entre o preço de mercado de unidade específica da
mercadoria e o menor preço pelo qual o produtor se disporia a produzi-la. De outro modo, é a diferença entre o preço de
mercado e o custo marginal de cada unidade especificamente produzida. O Excedente dos Produtores será a soma dos
excedentes do todos os produtores da mercadoria
No caso da ilustração que estamos apresentando, o excedente dos consumidores pode ser calculado como sendo a área do
triângulo localizado abaixo da curva de demanda e acima do preço de mercado:
EC =
9.9
= $40,5
2
Para determinar o excedente dos produtores, basta calcular a área localizada acima da curva de custo marginal e abaixo do
preço de mercado, a saber:
EP =
9.9
= $40,5
2
O fato de o excedente dos consumidores ser igual ao excedente dos consumidores é apenas uma coincidência da ilustração
que estamos abordando, mas podemos a partir dos resultados já obtidos aferir o excedente de mercado competitivo
(concorrência perfeita) como sendo:
EM = EP + EC = $81,0
O excedente de mercado, como vimos, é uma medida de eficiência alocativa, de tal forma que quanto maior for o seu
valor, maior será a eficiência do tipo de mercado em que ele está sendo aferido.
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
9
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
GRÁFICO 6
P
Qs
C
20
14
11
Receita
Marginal
B
8
2
Qd
A
Q
6
9
No caso de a indústria competitiva vir a se transformar num monopólio (o que acontecerá se, por exemplo, todos os
pequenos produtores se associarem em um único CARTEL), o equilíbrio de mercado em monopólio acontecerá quando a
quantidade produzida for reduzida para 6 unidades (onde receita marginal = custo marginal = $8), e o preço de equilíbrio
aumentar para $14, conforme ilustrado no Gráfico 6.
O novo excedente dos consumidores será igual à área do triângulo localizado abaixo da curva de demanda e acima do novo
preço de equilíbrio em monopólio(P= $14): EC =
6.6
= $18 .
2
O novo excedente dos produtores (que agora estão associados em um único cartel), por sua vez, será igual à área do
trapézio localizado abaixo do novo preço de mercado e acima da curva de custo marginal do monopólio:
(12 + 6)
.6 = $54
2
Portanto, podemos aferir a eficiência alocativa do monopólio
EM = EC + EP = $18 + $54 = $72
EP =
computando o novo excedente de mercado:
A diferença entre o excedente de mercado calculado em equilíbrio da concorrência perfeita (mercado competitivo), e o
excedente de mercado em equilíbrio de monopólio é o que se chama de PESO MORTO (DW = $81 - $72 = $9),
caracterizando a perda de eficiência alocativa que, neste caso, decorreu de um maior grau de concentração industrial.
Observe que o valor do PESO MORTO é igual à área do triângulo ABC:
DW =
6.3
= $9
2
Diante da perda de eficiência alocativa causada pelo monopólio, o governo teria como alternativa, por exemplo, liberar a
importação da mercadoria cujo preço estaria sendo inflado pelo CARTEL dos produtores nacionais. Se o preço unitário do
produto importado, incluindo despesas com transporte e armazenamento, fosse equivalente a $8, nenhum consumidor
nacional pagaria mais do que $8 pela mercadoria, fazendo com que a quantidade demandada aumentasse para 12
unidades, conforme ilustrado no Gráfico 7.
10
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
Os produtores nacionais, por outro lado, obrigados a praticar um preço interno igual ao preço da mercadoria importada,
produziriam 6 unidades da mercadoria.
Sendo assim, a diferença entre o que está sendo consumido e o que está sendo produzido pelos produtores nacionais
corresponde ao volume da mercadoria que foi importada (importação = 12 – 6 = 6 unidades).
O novo excedente dos consumidores, após a abertura para as importações, é a área do triângulo DEF:
EC =
12.12
= $72 .
2
E o novo excedente dos produtores nacionais seria dado pela área do triângulo FGH:
EP =
6.6
= $18 .
2
GRÁFICO 7
P
20
Qs
E
14
D
F
Preço
Unitário
do Produto
Importado
8
2
Qd
G
H
Q
6
12
Deste modo, o excedente de mercado após a liberação das importações registraria um aumento na eficiência alocativa,
além
de
um
evidente
acréscimo
no
bem
estar
dos
consumidores
da
mercadoria:
EM = EP + EC = $72 + $18 = $90
CARGO 20 – ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL (2004 - CESPE)
CADERNO DE PROVAS VERMELHO
QUESTÃO 113
Caso um setor estratégico da economia que produz um bem comercializável encontre-se dominado por um
produtor monopolista, a abertura internacional desse mercado poderá trazer grandes ganhos de produtividade e,
conseqüentemente, maior eficiência alocativa para o conjunto da economia.
CARGO 15 – ESCRIVÃO DA POLÍCIA FEDERAL (2004 - CESPE)
CADERNO DE PROVAS BRANCO
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
11
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
QUESTÃO 117
Esquemas regulatórios que obrigam um monopolista perfeitamente discriminador a cobrar um único preço
pelo seu produto podem conduzir e reduções do nível de eficiência na economia.
Fiscal de Rendas/RJ - 2007
43. Suponha que o mercado brasileiro de gás natural possa ser representado pelas seguintes equações de demanda e
oferta, respectivamente:
QD = 240 - P
QS = P
D
S
Notação: Q é a quantidade demandada (em m3), Q é a quantidade ofertada (em m3) e P é o preço (em dólar). Suponha
ainda que o preço internacional de equilíbrio do metro cúbico de gás seja 60 dólares. Caso o governo brasileiro decida
cobrar uma tarifa fixa de 10 dólares por metro cúbico importado, pode-se afirmar que o peso-morto gerado por essa política
será:
(A) 140 dólares.
(B) 110 dólares.
(C) 100 dólares.
(D) 120 dólares.
(E) 130 dólares.
Dúvida: Referente ao preço de equilíbrio. Analisando as equações QS e QD, eu obtenho P = 120. No enunciado da
questão afirma ser P=60.
Poderia comentar?
P
QD
QS
E
F
60+10=70
A
B
60
C
D
Q
60
X
70
170
180
COMENTÁRIO:
Observe que a mercadoria pode ser ofertada pelos produtores nacionais ou pelos produtores estrangeiros
(importação), que podem oferecer a mercadoria ao preço de 60$. Sendo assim, se houver liberdade para importar a
mercadoria nenhum consumidor nacional vai pagar mais do que 60$ pelo gás, e a quantidade demandada vai ser
12
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
Carreira Policial
Prof. Carlos Max
Economia
QD=240-60=180. observe que, a este preço (P=60$), os produtores nacionais só produzirão QS=60. E o restante será
importado
Sendo assim, o excedente dos produtores nacionais será a área X, e o excedente dos consumidores será a soma
das áreas A, B, C, D. E e F. Observe que o consumo total com o preço da importação (60$) é 180, e a quantidade
produzida pela indústria nacional é 60, de tal forma que o total importado será 180 – 60 = 120.
Se o governo tributar a importação em 10$, o preço do importado passará para 70$, e a quantidade demandada
cairá para 170. Por outro lado, a quantidade produzida pelos produtores nacionais aumentará para 70, fazendo com
que o total importado caia para 170-70=100.
O excedente dos produtores nacionais agora vai ser a soma da área X com a área A, que era excedente dos
consumidores. A área C, por sua vez, que também era excedente dos consumidores agora representa a receita
fiscal que o governo aufere com o imposto sobre a importação: (70-60) x (170-70) = 1000$ = 10$ x 100. e o excedente
dos consumidores, portanto, fica reduzido à soma da área E com a área F.
Sendo assim, as áreas B e D desaparecem com o imposto sobre a importação, caracterizando o peso morto de 100$
(some a área B com a área D).
Atualizada 28/08/2008
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
13
Download

indústria indústria