JORNALDO DO INFORMATIVO SINDICATODAS DAS SINDICATO INDÚSTRIAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, METALÚRGICAS, MECÂNICASE E MECÂNICAS MATERIAL DEDE MATERIAL ELÉTRICODO DO ELÉTRICO ESTADO GOIÁS ESTADO DEDEGOIÁS Ano - Nº1 3 Ano 1316- Nº Marçodede2009 2011 Janeiro Empresários e trabalhadores O gênero pesa mais promovem curso inédito em Goiás na fabricação de expositores Discriminação e display para instalações comerciais. Apesar de fazer parde gênero está te de uma minoria, Iracema na raiz CURSO cultural PRIMEIRO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA CORTADORES E que problemas como acredita salários maisEbaixos do que os DOBRADORES DE CHAPAS METÁLICAS REALIZADO NO ESTADO UNE SIMELGO SINDMETAL da sociedade dos homens para cargos do mesmo nível e menos oportubrasileira e explica aula inaugural do curso ra receber trabalhadores comnidades de trabalho e acesso a corte e dobra promissados com a vão sua formao de porquê dede chapostos de comando desapas metálicas ocorreu ção e interessados uma parecer nos próximosem 20ter anos. situações diamuitas 2 de fevereiro, às 18h30, melhor colocação no mercaO presidente do Simelgo, no Sindicato dos Trabalhado. “Nosso mercado não ofeOrizomar Araújo Siqueira, tame tendências que dores nas Indústrias Metalúrrece capacitação nessa área. bém ressaltou o crescimento algicas, Mecânicas e de MatePor isso, todos nós do setor afetam a vida da cançado pela devemos mulher e afirmou rial Elétrico de Goiânia (Sindmetalúrgico aproveique a mão de obra feminina mulher metal). Esta é uma iniciativa tar essa oportunidade, que é A conjunta do Sindicato Metalúrgico, Mecânico e de Material Elétrico no Estadoemde s comemorações torGoiás (Simelgo) e do Sindmeno do Dia Internacional tal, acordada em convenção da Mulher, que se escoletiva de trabalho. tenderam pelo mês de março, O curso, totalmente trouxeram importantes gratuireflexões to para porna sobreoatrabalhador, mulher e seutem papel objetivo qualificar a mão-desociedade. obra Uma na indústria goiana e delas, diz respeito será ministrado pelo Senai, ao baixo índice de mulheres com o apoio das empresas em profissões que requerem metalúrgicas Perfinasa e Ferousadia e inovação. A consrobraz, de Goiânia, e da tataçãobaseada fez o governo coloNewton, em Limeira, car como meta, qualificar, São Paulo, considerada umaaté meio fabricantes milhão de profesdas2014, maiores de sores nas equestões de gênero guilhotinas dobradeiras de e diversidade. com chapas metálicasDe daacordo América a ministra Iriny Lopes, da Latina. O setor de corte e do-SeEspecial de Políticas bracretaria movimenta o segmento para Mulheres, órgão ligado metalúrgico, a construção civil e éà responsável pela fabrica- a Presidência da República, çãodecisão de vários temprodutos, o intuito como de inivergalhões, vigas, cultural chapasde ciar uma mudança A Adenilda Escobar está entre as mulheres que atuam na produção longo prazo, que tenha refle- meninas na competição nacioxos na condição da mulher no nal cai drasticamente. As meninas vão, aos poumercado de trabalho. cos, migrando para as áreas O programa é coordenado pelo Ministério da Educação e de assistência social, educafoi idealizado a partir da cons- ção, tudo que trata de cuidar tatação de que a formação da do outro; enquanto os menimulher é muito focada nas ci- nos vão para áreas que exigem Trabalhadores participam de primeira aula do curso de corte e dobra desafios. “Nossas raíências humanas e pouco nas maiores zes culturais explicam o porquê exatas. E que isso vem desde de existirem tão poucas mulhequando pequenas. metálicas, gôndolas de super- conhecimento e teórires cientistas eprático em cargos de mercado e suportes diversos. co, progridam em seu ofício. direção de institutos tecnológiRaiz De cultural acordo com o em- É com satisfação que cedecos e de pesquisa científica no Dados de gênero, imporpresário Jerônimo David de mos nosso espaço e nossos Brasil”, comentou a ministra. tantes para a compreensão da Souza, da Perfinasa, trata-se equipamentos para esse curcultura predominante, foram de uma oportunidade ímpar so, que sela o compromisso Prazo acabar revelados pelas Olimpíadas para trabalhadores e apren- dos dois para sindicatos com a forA empresária Maria Iracede Matemática: Nasingressar séries ini- mação dizes que querem do trabalhador”, coma Abud Alves Riemma é dona a participação de meninaciais, indústria metalúrgica. “Te- memora. O diretor comercial do Ferrobraz, próprio negócio. dirige mos interesse em capaciAlípio Ela Cândido nastotal é praticamente igual à dos da a Metalcorte, indústria da área tar esses profissionais e fazer meninos. Já nas séries mais de Lima, afirma que as portas de metalurgia, especializada com que eles, a partir do da empresa estão abertas paadiantadas, o percentual de NESTA EDIÇÃO NESTA EDIÇÃO está vez mais valorizaúnicacada em Goiás”, ressalta. da nas indústrias. “A mulher já A união entre os sindicatos mostrou que é capaz, estando patronal e dos trabalhadores pronta para responder às deé valorizada pelo presidente mandas do mercado do Simelgo, Orizomar atual”. Araújo Para ele, o“Unindo trabalho forças realizado Siqueira: em buscamulheres de um mesmo objetivo, pelas é reconhecido Simelgo e Sindmetal além da indústria, e cita a estão maabrindo “Sou caminhos e multipliçonaria. maçom, e não cando seu ação e consigo ver poder nossa de instituição mobilização.sem Esperamos proprosperando a participalongar essa parceria para ção da mulher”, confirmando muitas outras iniciativas,Euem as palavras do grão-mestre benefício da indústria e dos rípedes Barbosa Nunes, em artrabalhadores”, destaca. Para tigo publicado dia 5 de março, o presidente do Sindmetal, no jornal Diário da Manhã. Roberto Ferreira, os sindicatos Leiadando na página 3, ade bem estão uma lição ensucedida experiência da tendimento entre capital e Lutradiani, metalúrgica, balho, indústria ao promoverem um especializada na fabricação curso tão importante, que vai de portas epara janelas, que conconcorrer a geração de tratou mulheres para trabalhar emprego e criar novas oporna produção de e está colhendo tunidades qualificação ótimos resultados. profissional. MULHERES NA INDÚSTRIA EDITORIAL DECISÃO JUDICIAL Parlamentares imprimem Especialistas ritmo acelerado à reforma reafirmam urgência política, aprovam temas na realização das relevantes, mas debate fica reformas tributária, circunscrito ao parlamento trabalhista e política Página 2 Indústria inova EDITORIAL Indústriapara destaca a necessidade de leisaté ao contratar mulheres desempenhar funções mais claras e realização de reformas aos parahomens o País crescer então tradicionalmente delegadas Página Página 23 Simelgo obtém ganho de ENTREVISTA Grão-mestre do Grande Oriente do Estado causa em primeira instância, na ação contra a cobrança de Goiás fala sobre as ações da maçonaria na atualidade de contribuição previdenciária sobre verbas não salariais Página 3 Página 4 REFORMAS Página 4 Reforma política feita à margem do eleitor NOTASNOTASNOTAS A no 16 N º 3 M ar ç o de 2 0 1 1 2 SIMELGO E D I TO R I A L D epois de anos clamando por reforças, os brasileiros assistem às incursões de deputados e senadores em relação à reforma política, numa rapidez que pode resultar em mudanças pífias, longe de atenderem aos anseios da sociedade. Cada Casa formou sua comissão de trabalho, ao final, as propostas serão fundidas em um só documento. Em tempo recorde, o Senado aprovou medidas, cuja discussão mal ultrapassou os muros do parlamento. Trata-se de temas relevantes, como mandato de cinco anos para presidente, governador e prefeito; fim da reeleição; permanência do voto obrigatório; redução de dois para um suplente de senador; e mudança da data de posse dos chefes dos Poderes Executivos federal, estaduais e municipais. Na opinião da jornalista Dora Kramer estamos diante daquelas soluções rápidas e, senão erradas, ao menos questionáveis. Em artigo de opinião recente, Kramer é enfática: “Tudo foi decidido de maneira a privilegiar o cálculo de custo-benefício feito por quem tem a faca, o queijo e a firme disposição de não dividir poder com seus representados”, diz ela. Para o sociólogo Marcos Coimbra, presidente do Instituto Vox Populi, o problema é que os assuntos sob análise e as mudanças que precisam ser elaboradas exigem O desafio nada consideração cautelosa. “São questões sobre fácil que se impõe as quais não há consensos ou mesmo opiniões é mudar as regras assentadas”, adverte. do sistema eleitoral O desafio nada fácil que se impõe é mudar brasileiro e a forma as regras do sistema eleitoral brasileiro e a forma como os partidos como os partidos e candidatos se articulam e candidatos se para chegar ao poder. A sociedade precisa ser ouvida, sob pena de ver enterradas antigas articulam para reivindicações, como a do voto facultativo, chegar ao poder que além de condizente com os preceitos democráticos, é o que impera nos países evoluídos, os quais deveriam servir de exemplo para o Brasil. Também é de se esperar que a reforma abra espaço para a participação política das chamadas minorias, a exemplo das mulheres, cuja presença no Congresso está longe de corresponder aos 51,8% que representam no quadro do eleitorado brasileiro. Para a jornalista Dora Kramer, parte-se do princípio de que quem entende de política são os políticos e a sociedade não está interessada no assunto. A bem da verdade, quem tem que tomar as rédeas do processo é o eleitor, exigindo um sistema eleitoral com regras claras e transparentes, que coíba falcatruas e arranjos de grupos políticos com interesses danosos à Nação. A maneira como funcionam e se articulam os partidos, faz com que uma minoria se sinta dona da legenda, ditando aquilo que melhor lhe aprouver, e os outros que obedeçam. Essa sistemática tem que ser mudada e a reforma política é a grande oportunidade que o Brasil tem de cortar pela raiz as situações que hoje tornam possível à classe política fazer o que quer e não ser punida pelos atos de corrupção que pratica. Simelgo Janeiro de 2009 10.02.09 18:51 Page 1 INFORMATIVO DO SINDICATO DAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DO ESTADO DE GOIÁS PUBLICAÇÃO COM A MARCA Ano 13 - Nº 1 Janeiro de 2009 Empresários e das trabalhadores Jornal do Sindicato Indústrias Metalúrgicas, promovem curso inédito em do Goiás Mecânicas e de Material Elétrico Estado de Goiás PRIMEIRO CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA CORTADORES E DOBRADORES DE CHAPAS METÁLICAS REALIZADO NO ESTADO UNE SIMELGO E SINDMETAL w w w.s in te s e c om .c om .b r Edição Jornalista Márgara Morais AV Anhanguera, 5.440, Palácio da Indústria, Fotografia Silvio Simões Fone: (55 62) 3224-4462 - www.simelgo.org.br Projeto gráfico Edson de Melo Alves PRESIDENTE Orizomar Araújo Siqueira Design gráfico Onze Comunicação A 5º andar, sala 514, Centro, 74043-010 Goiânia-GO aula inaugural do curso de corte e dobra de chapas metálicas ocorreu dia 2 de fevereiro, às 18h30, no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Goiânia (Sindmetal). Esta é uma iniciativa conjunta do Sindicato Metalúrgico, Mecânico e de Material Elétrico no Estado de Goiás (Simelgo) e do Sindmetal, acordada em convenção coletiva de trabalho. O curso, totalmente gratuito para o trabalhador, tem por objetivo qualificar a mão-deobra na indústria goiana e será ministrado pelo Senai, com o apoio das empresas metalúrgicas Perfinasa e Ferrobraz, de Goiânia, e da Newton, baseada em Limeira, São Paulo, considerada uma das maiores fabricantes de guilhotinas e dobradeiras de chapas metálicas da América Latina. O setor de corte e dobra movimenta o segmento metalúrgico, a construção civil e é responsável pela fabricação de vários produtos, como vergalhões, vigas, chapas 1º SECRETÁRIO Altair Gomes Gontijo Trabalhadores participam de primeira aula do curso de corte e dobra VICE-PRESIDENTE Hélio Naves metálicas, gôndolas de supermercado e suportes diversos. De acordo com o empresário Jerônimo David de Souza, da Perfinasa, trata-se de uma oportunidade ímpar para trabalhadores e aprendizes que querem ingressar na indústria metalúrgica. “Temos total interesse em capacitar esses profissionais e fazer com que eles, a partir do ra receber trabalhadores compromissados com a sua formação e interessados em ter uma melhor colocação no mercado. “Nosso mercado não oferece capacitação nessa área. Por isso, todos nós do setor metalúrgico devemos aproveitar essa oportunidade, que é única em Goiás”, ressalta. A união entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores é valorizada pelo presidente do Simelgo, Orizomar Araújo Siqueira: “Unindo forças em busca de um mesmo objetivo, Simelgo e Sindmetal estão abrindo caminhos e multiplicando seu poder de ação e mobilização. Esperamos prolongar essa parceria para muitas outras iniciativas, em benefício da indústria e dos trabalhadores”, destaca. Para o presidente do Sindmetal, Roberto Ferreira, os sindicatos estão dando uma lição de entendimento entre capital e trabalho, ao promoverem um curso tão importante, que vai concorrer para a geração de emprego e criar novas oportunidades de qualificação profissional. 1º TESOUREIRO Jerônimo David de Sousa conhecimento prático e teórico, progridam em seu ofício. É com satisfação que cedemos nosso espaço e nossos equipamentos para esse curso, que sela o compromisso dos dois sindicatos com a formação do trabalhador”, comemora. O diretor comercial da Ferrobraz, Alípio Cândido de Lima, afirma que as portas da empresa estão abertas pa- NESTA EDIÇÃO EDITORIAL REFORMAS ENTREVISTA Grão-mestre do Grande Oriente do Estado Especialistas reafirmam urgência na realização das reformas tributária, trabalhista e política Página 4 Indústria destaca a necessidade de leis mais claras e realização de reformas para o País crescer Página 2 de Goiás fala sobre as ações da maçonaria na atualidade Página 3 Impressão Gráfica Art3 Simelgo faz giro de visitas por indústrias Em março, a diretoria do Simelgo fez um giro de visitas por empresas metalúrgicas baseadas em Goiânia. O objetivo da iniciativa é aproximar o sindicato das empresas. “Ao estreitar relações com a categoria, temos condição de conhecer melhor a realidade das empresas e trabalhar por elas”, comenta o presidente do Simelgo, Orizomar Araújo Siqueira. Da agenda de visitas constou a Caldeiras Atlas (foto), La Finestra, indústria de esquadrias metálicas, e Torneadora Aeroporto. As visitas da diretoria fazem parte da estratégia de relacionamento do Simelgo e já duram mais de seis anos de forma regular, informou a gerente do sindicato, Neli Pimenta. Fieg indica Siqueira como vogal O presidente do Simelgo, Orizomar Araújo Siqueira, é o novo vogal do Conselho da Junta Comercial de Goiás. A indicação foi feita pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com base numa lista tríplice, cuja escolha coube ao governador Marconi Perillo. A Junta Comercial é uma autarquia tecnicamente vinculada ao governo federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior, e administrativamente subordinada ao governo estadual, por meio da Secretaria de Indústria e Comércio. Os vogais representam os vários segmentos da sociedade civil e atuam como conselheiros da diretoria. Mudança fortalece sociedade O escritório de advocacia que atende o Simelgo promoveu mudança em sua estrutura societária. A empresa, antes denominada Miranda Missao Martins Advogados Associados passa a se chamar Miranda Martins Moura Sociedade de Advogados, com a participação de Rodrigo de Moura Guedes. Outros profissionais também ingressaram na sociedade. São eles: Kleber Ludovico de Almeida, Leonardo Felipe Marques de Souza e Victor Ribeiro Loureiro. N a Ludiani, a presença das mulheres na produção é muito bem-vinda. Os salários estão equiparados aos dos homens e as oportunidades em relação à ocupação de cargos de comando também são as mesmas, é o que garante o empresário e diretor André Luiz da Silva. A indústria é especializada na fabricação de janelas e portas de estrutura metálica e tem 35% de seu quadro de pessoal, de aproximadamente 70 colaboradores, formado pela mão de obra feminina. As mulheres estão à frente de serviços tradicionalmente desempenhados pelos homens, como corte e dobra de chapas metálicas. Elas operam máquinas, colocam acessórios, como fechaduras, puxadores e rodízios, e trabalham também na área administrativa, de higiene e limpeza. Caso de sucesso Sobre o desempenho delas, André Luiz da Silva só tem elogios. Segundo ele, as mulheres são dedicadas, atenciosas e executam as operações com competência e qualidade. De acordo com o departamento de pessoal da empresa, elas faltam pouco ao trabalho, mesmo as casadas e que têm filhos, que são maioria. “Tomara que a experiência da Ludiani inspire outras empresas a também fazerem o mesmo”, diz o empresário. Eliane Freire Hilário Dias é operadora de guilhotina e prensa dobradeira, trabalhou 1 ano e 8 meses na empresa, saiu, e retornou há sete meses. “Antes eu era auxiliar de produção e trabalhava numa máquina ponteadeira de solda, hoje estou na área de corte e dobra”, conta ela. Perguntada sobre como se sente realizando um trabalho tipicamente masculino, ela diz que engrandecida, por ser capaz de fazer algo que até pouco tempo era exclusivo dos homens. De acordo com Eliane Dias, as pessoas assustam quando ela conta o que faz. “Elas querem saber se o trabalho é pesado e difícil. Explico que na indústria tem carrinhos de mão e que nós mulheres aprendemos a fazer de tudo na produção”. Eliane diz que não sente vergonha e nem constrangimento com a situação. “Espero que meu depoimento ajude outras mulheres a crescerem na indústria metalúrgica”. ISO é o próximo passo A Ludiani foi fundada em 1988 e desde 2003 está instalada no Pólo Empresarial Goiás, em Aparecida de Goiânia. A empresa planeja obter este ano a certificação ISO 9000, referente à gestão da qualidade, e se prepara para isso. Contratou uma profissional da área de psicologia para conduzir o processo e trabalhar a equipe. André Luiz da Silva faz questão de participar, vai a palestras e busca se informar sobre o assunto. “O empresário tem que ter conhecimento a respeito e se envolver”, diz ele. 3 Mulheres se dizem orgulhosas e valorizadas por atuarem na produção e mostram que são capazes de realizar trabalhos tradicionalmente desempenhados pelos homens” A no 16 N º 3 M a rç o de 2 0 1 1 Empresa contrata mão de obra feminina para realizar trabalhos tipicamente desempenhados pelos homens e destaca os resultados positivos colhidos com a iniciativa Eliane Dias: “Aqui, na indústria, as mulheres sabem fazer todos os serviços da linha de produção” SIMELGO MULHER Mulheres podem entrar MANDADO DE SEGURANÇA SIMELGO 4 A no 16 N º 3 M ar ç o de 2 0 1 1 Direito assegurado Justiça dá ganho de causa ao Simelgo em mandado de segurança contra cobrança de contribuição previdenciária sobre verbas não salariais O Simelgo obteve ganho de causa em primeira instância, na ação que move contra a cobrança de contribuição previdenciária sobre verbas não salariais. Isso inclui valores pagos pelas empresas referentes aos quinze primeiros dias de afastamento do empregado por motivo de doença ou acidente, ao aviso prévio indenizado, às férias indenizadas e o respectivo adicional de um terço de férias indenizadas. Já os valores pagos a título de salário-maternidade, aviso prévio trabalhado, férias gozadas e o respectivo adicional de 1/3 das férias gozadas foram indeferidos por serem considerados valores de natureza salarial, em que ocorre a incidência do tributo. Na ação, o sindicato também obteve provimento que reconhece o direito à compensação, com débitos vencidos ou a vencer, relativos a quaisquer tributos ou contribuições administrados pela Receita Federal. O advogado Thiago Miranda, do escritório Miranda Missao Martins Advogados Associados, que representa o sindicato, diz que a ação cabe recurso, mas a vitória obtida é motivo de comemoração, por ter assegurado o direito das empresas na fase inicial do processo. Mesmo estando confiante, Thiago Miranda diz que não é possível prever quando o processo estará concluído, com as empresas recebendo de volta o valor das contribuições pagas indevidamente, na ótica da Justiça. A mudança na base de cálculo, no entanto, ocorrerá imediatamente, pois se trata de uma sentença mandamental, em que é expedida uma ordem judicial declarando que as empresas não precisam recolher as contribuições sociais previdenciárias em questão e, ao mesmo tempo, determinando que a Receita Federal deixe de exigi-las. Advogado Thiago Miranda comenta parecer favorável da Justiça em ação do Simelgo Provisão é segurança Por se tratar de uma sentença em processo de julgamento, que pode ser alterada por meio de “apelação”, recurso que na opinião de Thiago Miranda certamente será interposto pela União, o melhor que as empresas têm a fazer é a provisão (reserva) das contribuições vindouras, aconselha o advogado. A provisão pode ser feita de duas maneiras: a) depositando judicialmente a quantia ou b) reservando a quantia em conta bancária específica para esse fim. Caso a sentença seja Sindicato obtém provimento que reconhece o direito à compensação, com débitos vencidos ou a vencer, relativos a quaisquer tributos ou contribuições administrados pela Receita Federal mantida pelas instâncias superiores da Justiça, até que não caibam mais recursos, a empresa terá a quantia dos tributos no caixa, e, caso a Justiça reforme a sentença, dando “ganho de causa” à União, a empresa terá de imediato os recursos para quitar as contribuições sociais não pagas por conta da sentença. A ação reúne um grupo de 50 empresas. Qualquer empresa pode pleitear os mesmos direitos na Justiça, além de se beneficiar de conquistas obtidas por empresas que se anteciparam na busca de seus direitos. Ações do Simelgo O Miranda Missao Martins Advogados Associados representa o Simelgo em mais duas ações. Uma pede a exclusão do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) do cálculo da alíquota do Seguro Acidente de Trabalho (SAT), ajuizada em 2010, e encontra-se em grau de recurso (apelação) no Tribunal Federal da 1ª Região. A outra ação pede a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins. A alegação fundamentada é que ambas são contribuições sociais administradas pela Receita Federal e calculadas em cima do faturamento da empresa, ao contrário do ICMS, que não compõe o faturamento da empresa e é destinado ao erário estadual, não podendo fazer parte da mesma base de cálculo. Essa ação aguarda julgamento de um caso no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode estabelecer um paradigma e, assim, o que for julgado pelo STF será estendido para todos os demais casos sobre a mesma matéria.