ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5866 DE 19 DE FEVEREIRO DE 2014 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
LEADERS
AGENDA
Bernardo S. Lobo
Da esquerda para a direita. Miguel Maya, vice-presidente do Millenium BCP; Gonçalo da Cunha,
sócio da FCB&A Sociedade de Advogados; Paulo Gil André, managing partner da Baker Tilly;
Miguel Gomes da Costa, presidente da COSEC; Helena Cristina Coelho, sub-directora
do Diario Económico; e João Pedro Saraiva, Director Corporate Development da SAG GEST SGPS.
Economia nacional
em trajectória de recuperação
Mesa redonda discutiu perspectivas, riscos e prioridades das empresas para 2014.
TEXTOS DE CARLOS MORAIS
[email protected]
A economia portuguesa começa a inverter o
ciclo e os empresários são os grandes responsáveis pela trajectória de recuperação. Esta foi
a ideia mais marcante do debate sobre o
“Leaders Agenda: Desafios 2014”, um estudo
da Baker Tilly que revela os desafios e prioridades dos líderes das empresas portuguesas
para este ano. Para discutir as conclusões do
estudo e as perspectivas gerais para o sector
empresarial, a consultora reuniu, no passado
dia 14, no Hotel Tivoli, em Lisboa, cinco intervenientes: Miguel Gomes da Costa, presidente da COSEC; Miguel Maya, vice-presidente do Millennium BCP; João Pedro Saraiva,
Director Corporate Development da SAG
GEST SGPS; Gonçalo da Cunha, sócio da
FCB&A - Sociedade de Advogados; e Paulo Gil
André, managing partner da Baker Tilly.
No debate, moderado por Helena Cristina
Coelho, subdirectora do ‘Diário Económico’,
estiveram ainda em destaque alguns temas
críticos da economia portuguesa: investi-
“
Quem conseguiu
reestruturar-se e
hoje está de pé,
sente que agora
basta que o
mercado cresça
um bocadinho.
JOÃO PEDRO SARAIVA
Director Corporate Development
da SAG GEST SGPS
mento e financiamento; estratégia de crescimento e alargamento aos mercados internacionais; e, finalmente, recursos humanos e
‘performance’ individual.
Paulo Gil André sublinhou o facto de o estudo
realizado pela Baker Tilly, e que envolveu 265
líderes de empresas nacionais, relfectir essencialmente o que foi vivenciado pelas empresas em 2013, apesar de ter como objectivo
constituir-se um documento prospectivo relativamente às preocupações e prioridades
para o ano corrente. Ainda assim, em algumas
respostas já são visíveis perspectivas mais optimistas e um desanuviar da crise económica
que tinha marcado as três edições anteriores
deste estudo. Entre os sinais de melhoria encontram-se a convicção de 50% dos inquiridos de que a sua organização vai crescer em
2014; a intenção de expansão para o mercado
internacional; e a primazia dada ao crescimento das empresas como prioridade para
este ano.
Paralelamente a estas ambições, os responsáveis pelas empresas também elegeram a redução de custos como uma necessidade primária, o desemprego e a falta de financiamento como principais riscos e a actuação de
forma acentuada sobre a dimensão dos recursos humanos.
Entre os participantes na mesa redonda, duas
convicções. A primeira é que o pior da crise já
passou, pelo que se a economia crescer alguns
pontos percentuais tal terá reflexo imediato
nas contas das empresas que conseguiram
reestruturar-se nos últimos anos. A segunda é
que os empresários portugueses são os grandes responsáveis pela capacidade de as empresas superarem, com êxito, as dificuldades
e também pela revitalização económica de
Portugal. A este respeito, Miguel Maya, vice-presidente do Millennium BCP, foi taxativo:
“Os principais responsáveis pelo que está a
começar a acontecer de bom em Portugal são
os empresários.” ■
II Diário Económico Quarta-feira 19 Fevereiro 2014
LEADERS AGENDA
Novos mercados, sim,
mas com melhor
financiamento
Internacionalização do negócio, suportada por crédito bancário consciente, é o
grande desafio para as empresas com estratégia de gestão de médio-longo prazo.
Três temas dominaram grande parte do debate suscitado pelo estudo da Baker Tilly sobre
os desafios e prioridades para 2014 dos líderes
das empresas portuguesas: estratégia de crescimento; investimento/financiamento e recursos humanos.
A expansão para mercados internacionais,
preferencialmente os emergentes, foi a ideia-chave apontada pelos cinco participantes da
mesa-redonda como a melhor estratégia de
crescimento das empresas nacionais e como
via de eleição para ultrapassar os actuais constrangimentos do mercado interno.
Miguel Gomes da Costa, presidente da COSEC, afirmou que “o milagre das exportações
portuguesas tem sido dado, fundamentalmente, pela diversificação dos mercados” e
apontou um exemplo concreto: “É impressionante a forma como o sector do calçado entrou em novos mercados.”
Miguel Maya, vice-presidente do Millennium
BCP, considera que “se há algo de marcante
nesta crise, é a capacidade dos empresários
encontrarem novos mercados em situações
completamente adversas”, e ilustrou a mudança de paradigma do tecido empresarial
português com este pormenor: “Há seis anos,
nos aviões para o estrangeiro havia muita gente da banca; hoje, há muitos empresários.”
Quanto a destinos, o principal responsável da
COSEC referiu o México e a América do Sul,
enquanto o vice-presidente do Millennium
BCP sublinhou a grande oportunidade que
África constitui, nomeadamente Angola.
Esta expansão implica investimento, que, por
sua vez, e na maioria dos casos, está dependente de financiamento. No debate, o presidente da COSEC elegeu o investimento como o
problema fundamental da economia portuguesa no curto prazo – as empresas que tem visitado não têm projectos de investimento –, e
interpelou directamente o vice-presidente do
Millennium BCP se tal não se devia à desalavancagem da banca no crédito. Miguel Maya
recordou que, em 2011, a banca portuguesa
viu-se condicionada por ter deixado de ter
acesso aos mercados externos, mas admitiu
que essa dificuldade foi entretanto ultrapassada, existindo, no presente, uma procura activa
de novos clientes empresariais. “O crescimento do crédito é um imperativo. A banca não é
viável se não crescer no crédito”, reforçou.
As surpresas
do estudo
O resultado do estudo da
Baker Tilly trouxe algumas
surpresas e perplexidades
aos participantes no debate.
A que mereceu maior
chamada de atenção, por
parte de Gonçalo da Cunha,
mas confirmada pelos
demais oradores, foi a
inexistência – nas
prioridades para 2014 – de
uma menção à necessidade
de agilizar o funcionamento
da justiça, factor tantas
vezes indicado como
obstáculo à realização de
investimentos. Gonçalo da
Cunha estranhou ainda não
ver qualquer referência à
elaboração de planos de
contingência /’downsizing’ e
à redução do peso do Estado
na economia.
Miguel Maya revelou
surpresa com a invocada
redução de custos no
marketing e publicidade ser
concomitante com uma
anunciada política
expansionista das empresas,
já que são veículos
privilegiados dessa aposta, e
não escondeu a sua
perplexidade pelo facto de
as empresas não elencarem
a aposta na inovação, pelo
menos nas suas três
prioridades. Já Miguel
Gomes da Costa constatou,
no financiamento, a
ausência de preferência pelo
capital de risco na rubrica
dos mecanismos de
crescimento a adoptar
(inexistência que está em
linha com a realidade).
O quadro do Millennium referiu, no entanto,
que há empresas que não são passíveis de beneficiar de crédito bancário por não terem
conseguido modernizar-se e por deterem estruturas de capitais próprios que não são sustentáveis.
Gonçalo da Cunha, sócio da FCB&A – Sociedade de Advogados, corroborou o ponto de
vista de Miguel Maya e foi mais longe na
análise do actual panorama empresarial.
“Ainda há muita arrumação a fazer. Muitas
das empresas que ainda subsistem não vão
vingar: o pequeno comércio tradicional praticamente todo e a agricultura tradicional,
que não se modernizou.” Já João Pedro Saraiva, Director Corporate Development da
SAG GEST SGPS, entende que “quem chegou
a este ponto, quem passou o caminho das
pedras durante estes dois ou três anos, tem
sustentabilidade”.
Ainda sobre o financiamento das empresas,
Gonçalo da Cunha defende que é “indispensável” as empresas projectarem a sua existência segundo uma lógica não individualista,
promovendo fusões, aquisições e parcerias
estratégicas. O coordenador do Departamento de Direito Societário e Comercial da FCB&A
não está, no entanto, seguro que a mentalidade dos empresários portugueses esteja preparada e receptiva a tais operações.
Quanto a este capítulo, Paulo Gil André, da
Baker Tilly, refere que o aspecto cultural
constitui um obstáculo, tanto a nível financeiro, como emocional. No plano financeiro
porque “é clara e manifesta a diferença que
existe entre o valor percepcionado pelo dono
do negócio e o valor que está na cabeça do potencial comprador”. No plano emocional, e
no que concerne especificamente a fusões e a
parcerias, pelo facto de a maioria dos empresários “preferir ser dono de 100% de uma coisa pequena do que deter 50% de uma coisa
muito maior”.
João Pedro Saraiva testemunhou isso mesmo
em relação ao seu sector: “Existem factores
mais emocionais do que racionais nesses processos de fusão e aquisição. Eu acompanho
isso na saúde da rede de concessionários independentes, com os Empresários em Nome
Individual em Beja, Castelo Branco, Guarda,
etc., onde o negócio já veio do bisavô e é concessionário há 60 anos.” ■
O evento teve lugar no Hotel Tivoli,
em Lisboa, na passada sexta-feira,
dia 14 de Fevereiro.
O estudo Leaders
Agenda – Desafios
2014” deu o mote
à mesa-redonda
promovida pela Baker
Tilly em conjunto com
o Diário Económico.
Meritocracia
Formação, remuneração e
Os recursos humanos foram o outro tema forte do debate realizado no Hotel Tivoli, em Lisboa, na passada sexta-feira.
Desde logo, na surpresa manifestada por Miguel Maya e Miguel Gomes da Costa em não
ver qualquer referência à inovação como
prioridade no estudo levado a cabo pela Baker
Tilly (ver caixa). O tema foi retomado mais
adiante, desta vez na perspectiva da formação, com João Pedro Saraiva a sublinhar a importância deste factor no processo de laboração das empresas com número reduzido de
trabalhadores: “Quanto mais pequena é a estrutura, menos tolerância existe a uma ‘performance’ mediana ou má. A formação é o
que gere a eficiência. Todos têm de ser ‘top-performers’”. Por isso, o Director Corporate
Quarta-feira 19 Fevereiro 2014 Diário Económico III
Quem é quem no Leaders Agenda?
JOÃO PEDRO SARAIVA
Director Corporate Development da SAG GEST SGPS
Licenciado em Economia pela Universidade Católica, João
Pedro Saraiva é, desde 2006, o responsável pela área de
Corporate Devolpment do grupo SAG (indústria automóvel).
Entre 2008 e 2010, desempenhou a função de CFO
(administrador financeiro) na Unidas, empresa de Renting e RAC do grupo
no Brasil. João Pedro Saraiva é profissionalmente oriundo da banca de
investimento, onde ocupou vários cargos durante 17 anos (dez no Citibank
e sete no Deutsche Bank).
MIGUEL GOMES DA COSTA
Presidente da COSEC
Licenciado em Engenharia Químico-Industrial pelo Instituto
Superior Técnico, Miguel Gomes da Costa tem um longo
percurso realizado no sector financeiro. Já foi presidente da
Associação Portuguesa de Empresas de Leasing, da Sulpedip,
da BPI Leasing e da BPI Factor. Na COSEC – Companhia de Seguro
de Créditos, foi presidente da comissão executiva antes de assumir a
presidência do conselho de administração, cargo que exerce há vários anos.
Miguel Maya e Paulo Gil André,
o vice-presidente do Millennium BCP com o managing
partner da Baker Tilly.
GONÇALO DA CUNHA
Sócio da FCB&A – Sociedade de Advogados
Fotos: Bernardo S. Lobo
Gonçalo da Cunha é sócio da FCB&A – Sociedade
de Advogados, escritório onde coordena o Departamento
de Direito Societário e Comercial. Licenciado em Direito
pela Universidade Católica de Lisboa, em 1985, possui
especialização em Direito Comercial (em particular Direito das Sociedades
Comerciais), Direito Civil (Direito dos Contratos) e Direito do Trabalho.
Desempenhou as funções de consultor jurídico de várias entidades e foi chefe
de gabinete de Maria José Nogueira Pinto no segundo governo maioritário
de Cavaco Silva, quando esta era Subsecretária de Estado Adjunta
do Secretário de Estado da Cultura.
para os recursos humanos
avaliação são os pontos mais críticos nesta área.
Development da SAG GEST SGPS preconiza
que quanto mais se reduz o corpo de uma empresa, mais se deve investir na formação.
As questões dos salários e da avaliação também foram discutidas. Os cinco participantes
na conversa rejeitaram o padrão de baixos salários como factor de equilíbrio dos balanços,
mas advertiram que a melhoria das remunerações deve estar associada ao aumento da
produtividade da empresa e do trabalhador.
Miguel Gomes da Costa lançou o tema da avaliação de desempenho também como factor
determinante para a atribuição de remuneração variável, algo que poderia melhorar o salário do colaborador e que foi indicado no estudo como a segunda prioridade nas acções a
realizar na área dos recursos humanos.
O presidente da COSEC considera que ainda
há muito a melhorar ao nível das metodologias neste tipo de avaliação, enquanto Gonçalo da Cunha considerou que esta necessidade
técnica se aplica a empresas maiores, com
empresas a partir dos 50 trabalhadores.
Miguel Maya acredita que a meritocracia é a palavra-chave nos recursos humanos, ou seja, “as
pessoas sentirem que trabalham numa organização que tenta desenvolver amplamente cada
um dos seus elementos e que estão numa determinada função porque merecem”. O vice-presidente do Millennium BCP referiu que tão importante como a avaliação é a transmissão do
seu resultado a cada colaborador, de forma a
proporcionar-lhe a oportunidade de corrigir ou
melhorar os aspectos menos positivos. ■
MIGUEL MAYA
Vice-presidente do Millennium BCP
Vice-presidente da Comissão Executiva e vogal do Conselho de
Administração do Millennium BCP, Miguel Maya tem, como
gestor, uma estreita ligação ao continente africano: é
presidente do Conselho de Administração do Banco Millennium
Angola, S.A. e vice-presidente do Conselho de Administração do BIM – Banco
Internacional de Moçambique, e gerente do BCP África, SGPS, Lda.
Miguel Maya é licenciado em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE
e está ligado ao BCP (primeiro ainda como Banco Português do Atlântico)
desde 1990.
PAULO GIL ANDRÉ
Managing partner da Baker Tilly
Com uma vasta experiência na auditoria e consultoria
financeira a clientes dos sectores de produtos de grande
consumo, ‘media’, publicidade e construção civil, Paulo Gil
André está na Baker Tilly desde 2009, onde é responsável
pela área da Assurance (Auditoria, Risk Management, Corporate Finance).
Entre 1998 e 2004 coordenou a divisão de Enterprise Risk Management
(Auditoria Interna, Processos & Controlo Interno e Fraude)
na Andersen/Deloitte.
IV Diário Económico Quarta-feira 19 Fevereiro 2014
LEADERS AGENDA
Bernardo S. Lobo
Principais
conclusões
O que mais preocupa em 2014?
Efeitos da crise permanecem no topo das preocupações dos líderes das empresas.
Já o painel da Baker Tilly teme a euforia que a saída da ‘troika’ poderá provocar.
O que mais preocupa as empresas para 2014 é
partilhado pelos elementos da mesa-redonda
promovida pela Baker Tilly e pelo Diário Económico? Não propriamente, mas a principal
preocupação do painel acaba por ter, pelo
menos nas respostas dos líderes das empresas, um bom indicador preventivo.
O deslumbramento empresarial e político
com o anunciado fim da crise e o consequente
retomar de algumas políticas que trouxeram
ao país e às empresas dificuldades nos últimos
anos são as grandes preocupações dos cinco
participantes da mesa-redonda realizada no
passado dia 14. Gonçalo da Cunha, sócio da
FCB&A, ilustrou-as de modo eloquente: “O
principal receio que tenho para 2014 é que um
certo autismo, juntamente com algum excesso de optimismo, que parece começar a haver, leve as empresas e as famílias a parar a
reestruturação interna que estavam a fazer.”
João Pedro Saraiva, director Corporate Development da SAG GEST SGPS, coloca mesmo
fora do âmbito das empresas o principal factor
de apreensão relativamente ao ano que já decorre: “O maior risco é o político, e consubstancia-se na convicção de que o plano da
‘troika’ termina em Junho e que depois da
‘troika’ vai ser diferente. Se for diferente vai
ser mau, porque isto é um processo contínuo.
A minha preocupação é que, depois de a
‘troika’ sair, os impostos baixem, retomem-se os subsídios, etc.”
O deslumbramento empresarial
e político com o anunciado
fim da crise e o retomar
de algumas políticas
são as grandes preocupações
dos participantes.
Os principais responsáveis pelas empresas inquiridos no estudo da Baker Tilly, porém,
continuam a reflectir preocupações típicas de
uma conjuntura de crise e da subsequente
contenção: 37% teme primordialmente o desemprego - Paulo Gil André, managing
partner da Baker Tilly, explicou que esta
preocupação está mais relacionada com os
efeitos colaterais deste fenómeno, como a diminuição do consumo, do que com ele intrin-
secamente; 22% receia a falta de financiamento e 15% a instabilidade política.
Sobre o dado referente ao financiamento, Miguel Maya considerou-o compreensível e enquadrado por outras estatísticas, designadamente do INE: “A dificuldade de obter financiamento apenas pesou 8,9% no total dos factores limitativos da acção das empresas. Esses
8,9% correspondem às empresas que não se
reestruturaram e que não têm condição financeira para continuarem a ter suporte da
banca.”
O vice-presidente do Millennium BCP acrescentou um outro risco aos já mencionados pelos colegas de painel: a desilusão com o processo de ajustamento português – primeiro
numa perspectiva externa (os mercados), depois numa perspectiva interna (as restrições
orçamentais e a diminuição da procura interna). Miguel Maya referiu ainda um outro risco, nomeadamente a deterioração das relações com África. “Gostava de estar permanentemente convencido de que os nossos governantes percebem o valor da nossa relação
com África e do impacto que esta tem na nossa economia”, rematou. ■
>> O “Leaders Agenda
– Desafios 2014” inquiriu
um total de 265 líderes
de empresas portuguesas.
Eis algumas das principais
respostas dos
entrevistados no que toca
a prioridades, riscos
e oportunidades
para este ano.
PRIORIDADE
PARA AS EMPRESAS
1. Crescer (31%)
2. Racionalizar custos
(14%)
3. Internacionalizar
(10%)
OPORTUNIDADES
PARA AS EMPRESAS
1. Redução de custos
(24%)
2. Internacionalização
(21%)
3. Exportação (16%)
PRINCIPAL RISCO
PARA PORTUGAL
1. Desemprego (37%)
2. Falta de financiamento
(22%)
3. Instabilidade política
(17%)
PRIORIDADE
DO GOVERNO
1. Apoiar o crescimento
económico (46%)
2. Cumprir o plano
da ‘troika’ (17%)
3. Negociar melhores
condições com
a ‘troika’ (15%)
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