COLÉGIO POLICIAL MILITAR “FELICIANO NUNES PIRES”
Disciplina: Artes
Professora: Michele Silveira
Turmas:3ºA e 3ºB
POP-ART
Movimento principalmente americano e britânico, sua denominação foi empregada pela
primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura
popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos.
Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da
década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da
propaganda nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras.
Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa
influência na vida cotidiana na segunda metade do século XX. Era a volta a uma arte figurativa, em
oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda guerra.
Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, dos quadrinhos, do cinema e da
publicidade.
Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objetos de
consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, quadrinhos, ilustrações e
designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como
materiais, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores
intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objetos do cotidiano em tamanho consideravelmente
grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art
se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio
aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um
dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado brega, virou moda, e já
que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto
histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar,
em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios
delas, a arte para poucos.
Principais Artistas:
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas
com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas",
com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados. Por
volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a
grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses
trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular.
Roy Lichtenstein (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema
artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960
para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em
quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos
gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das
historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o
intenso impacto visual. Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a
linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história,
aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a
combinação de arte comercial e abstração.
Andy Warhol(1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art,
Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho
manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e
Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias,
apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de
serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas
de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro. Produziu filmes e
discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.
NO BRASIL
A década de 60 foi de grande efervescência para as artes plásticas no pais. Os artistas
brasileiros também assimilaram os expedientes da pop art como o uso das impressões em silkscreen
e as referências aos gibis. Dentre os principais artistas estão Duke Lee, Baravelli, Fajardo, Nasser,
Resende, De Tozzi, Aguilar e Antonio Henrique Amaral.
A obra de Andy Warhol expunha uma visão irônica da cultura de massa. No Brasil, seu
espírito foi subvertido, pois, nosso pop usou da mesma linguagem, mas transformou-a em
instrumento de denúncia política e social.
OP-ART
A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. Defendia para arte
"menos expressão e mais visualização". Apesar do rigor com que é construída, simboliza um mundo
precário e instável, que se modifica a cada instante.
Apesar de ter ganho força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um
desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art;
em comparação, parece excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que
das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto as da
ciência e da tecnologia.
Principais artistas:
Alexander Calder (1898-1976) - Criou os móbiles associando os retângulos coloridos das telas de
Mondrian à idéia do movimento. Os seus primeiros trabalhos eram movidos manualmente pelo
observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se
movimentariam pela simples ação das correntes de ar. Embora, os móbiles pareçam simples, sua
montagem é muito complexa, pois exige um sistema de peso e contrapeso muito bem estudado para
que o movimento tenha ritmo e sua duração se prolongue.
Victor Vassarely criou a plástica cinética que se funda em pesquisas e experiências dos fenômenos
de percepção ótica. As suas composições se constituem de diferentes figuras geométricas, em preto
e branco ou coloridas. São engenhosamente combinadas, de modo que através de constantes
excitações ou acomodações retinianas provocam sensações de velocidade e sugestões de
dinamismo, que se modificam desde que o contemplador mude de posição. O geometrismo da
composição, ao qual não são estranhos efeitos luminosos, mesmo quando em preto e branco, parece
obedecer a duas finalidades. Sugerir facilidades de racionalização para a produção mecânica ou para
a multiplicidade, como diz o artista; por outro lado, solicitar ou exigir a participação ativa do
contemplador para que a composição se realize completamente como "obra aberta".
CONCRETISMO
A arte concreta deve ser compreendida como parte do movimento abstracionista moderno,
com raízes em experiências como a do grupo De Stijl [O Estilo], criado em 1917, na Holanda por
Piet Mondrian (1872-1944), Theo van Doesburg (1883-1931), Gerrit Thomas Rietveld (1888-1964),
entre outros. A abstração geométrica testada pelo grupo holandês ecoa, com novos matizes, no
manifesto Arte Concreta, redigido por Van Doesburg, em 1930, em oposição a outras tendências
abstratas, por exemplo, as professadas pelo grupo Cercle et Carré, fundado em 1929 pelo crítico
Michel Seuphor (1901-1999) e o pintor Joaquín Torres-García (1874-1949), em Paris. O termo arte
concreta é retomado por outros artistas, como Wassily Kandinsky (1866-1944) por exemplo,
popularizando-se com Max Bill (1908-1994), ex-aluno da Bauhaus.
Os princípios do concretismo afastam da arte qualquer conotação lírica ou simbólica. O
quadro, construído exclusivamente com elementos plásticos - planos e cores -, não tem outra
significação senão ele próprio. A pintura concreta é "não abstrata", afirma Van Doesburg em seu
manifesto, "pois nada é mais concreto, mais real, que uma linha, uma cor, uma superfície". Max Bill
explora essa concepção de arte concreta defendendo a incorporação de processos matemáticos à
composição artística e a autonomia da arte em relação ao mundo natural. A obra de arte não
representa a realidade, mas evidencia estruturas, planos e conjuntos relacionados, que falam por si
mesmos.
Menos que alardear um novo movimento, a noção de arte concreta visa rediscutir a
linguagem plástica moderna.
ARTE CONCEITUAL
Para a arte conceitual, vanguarda surgida na Europa e nos Estados Unidos no fim da década
de 1960 e meados dos anos 1970, o conceito ou a atitude mental tem prioridade em relação à
aparência da obra. O termo arte conceitual é usado pela primeira vez num texto de Henry Flynt, em
1961, entre as atividades do Grupo Fluxus. Nesse texto, o artista defende que os conceitos são a
matéria da arte e por isso ela estaria vinculada à linguagem. O mais importante para a arte
conceitual são as idéias, a execução da obra fica em segundo plano e tem pouca relevância. Além
disso, caso o projeto venha a ser realizado, não há exigência de que a obra seja construída pelas
mãos do artista. Ele pode muitas vezes delegar o trabalho físico a uma pessoa que tenha habilidade
técnica específica. O que importa é a invenção da obra, o conceito, que é elaborado antes de sua
materialização.
Devido à grande diversidade, muitas vezes com concepções contraditórias, não há um
consenso que possa definir os limites do que pode ou não ser considerado como arte conceitual.
Segundo Joseph Kosuth, em seu texto Investigações, publicado em 1969, a análise
lingüística marcaria o fim da filosofia tradicional, e a obra de arte conceitual, dispensando a feitura
de objetos, seria uma proposição analítica, próxima de uma tautologia. Como, por exemplo, em
Uma e Três Cadeiras, ele apresenta o objeto cadeira, uma fotografia dela e uma definição do
dicionário de cadeira impressa sobre papel.
O grupo Arte & Linguagem, surgido na Inglaterra entre 1966 e 1967, formado inicialmente
por Terry Atkinson, Michael Baldwin, David Bainbridge e Harold Hurrel, que publica em 1969 a
primeira edição da revista Art-Language, investiga uma nova forma de atuação crítica da arte e,
assim como Kosuth, se beneficia da tradição analítica da filosofia. O grupo se expande nos anos
1970 e chega a contar com cerca de vinte membros. E Sol LeWitt, em Sentenças, 1969, sobre arte
conceitual, evita qualquer formulação analítica e lógica da arte e afirma que "os artistas conceituais
são mais místicos do que racionalistas. Eles procedem por saltos, atingindo conclusões que não
podem ser alcançadas pela lógica".
Apesar das diferenças pode-se dizer que a arte conceitual é uma tentativa de revisão da
noção de obra de arte arraigada na cultura ocidental. A arte deixa de ser primordialmente visual,
feita para ser olhada, e passa a ser considerada como idéia e pensamento. Muitos trabalhos que
usam a fotografia, xerox, filmes ou vídeo como documento de ações e processos, geralmente em
recusa à noção tradicional de objeto de arte, são designados como arte conceitual. Além da crítica
ao formalismo, artistas conceituais atacam ferozmente as instituições, o sistema de seleção de obras
e o mercado de arte. George Maciunas, um dos fundadores do Fluxus, redige em 1963 um
manifesto em que diz: "Livrem o mundo da doença burguesa, da cultura 'intelectual', profissional e
comercializada. Livrem o mundo da arte morta, da imitação, da arte artificial, da arte abstrata...
Promovam uma arte viva, uma antiarte, uma realidade não artística, para ser compreendida
por todos [...]". A contundente crítica ao materialismo da sociedade de consumo, elemento
constitutivo das performances e ações do artista alemão Joseph Beuys, pode ser compreendida
como arte conceitual.
Embora os artistas conceituais critiquem a reivindicação moderna de autonomia da obra de
arte, e alguns pretendam até romper com princípios do modernismo, há algumas premissas
históricas que podem ser encontradas em experiências realizadas no início do século XX. Os readymades de Marcel Duchamp, cuja qualidade artística é conferida pelo contexto em que são expostos,
seriam um antecedente importante para a reelaboração da crítica dos conceituais. Outro importante
antecedente é o Desenho de De Kooning Apagado, apresentado por Robert Rauschenberg em 1953.
Como o próprio título enuncia, em um desenho de Willem de Kooning, artista ligado à
abstração gestual surgida nos Estados Unidos no pós-guerra, Rauschenberg, com a permissão do
colega, apaga e desfaz o seu gesto. A obra final, um papel vazio quase em branco, levanta a questão
sobre os limites e as possibilidades de superação da noção moderna de arte. Uma experiência
emblemática é realizada pelo artista Robert Barry, em 1969, com a Série de Gás Inerte, que alude à
desmaterialização da obra de arte, idéia cara à arte conceitual. Uma de suas ações, registrada em
fotografia, consiste na devolução de 0,5 metro cúbico de gás hélio à atmosfera em pleno deserto de
Mojave, na Califórnia.
O brasileiro Cildo Meireles, que participa da exposição Information, realizada no The
Museum of Modern Art - MoMA [Museu de Arte Moderna] de Nova York, em 1970, considerada
como um dos marcos da arte conceitual, realiza a série Inserções em Circuitos Ideológicos. O artista
intervém em sistemas de circulação de notas de dinheiro ou garrafas de coca-cola, para difundir
anonimamente mensagens políticas durante a ditadura militar.
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