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REFLETINDO SOBRE OS 75 ANOS
Rev. José Paulo Brocco
Há datas que são memoráveis, pois trazem à lembrança eventos que marcaram
profunda e intensamente nossa história. Uma data que jamais deve ser esquecida para
nós, presbiterianos conservadores, é o dia 11 de Fevereiro de 1940. Deixamos de ser a
Segunda Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo e nos tornamos em Igreja
Presbiteriana Conservadora de São Paulo.
Houve adesões de igrejas e ministros. Então foi convocada uma reunião e no dia
27 de Junho de 1940 foi organizado o Presbitério Conservador. A primeira estatística
apresentou estes dados: Ministros: 5; igrejas arroladas: 11; Membros Comungantes: 741;
Presbíteros: 22; Diáconos: 21.
A nossa história registra o momento da organização da Igreja Presbiteriana
Conservadora do Brasil assim: “ORGANIZAÇÃO: Às 20 horas do dia 27 de junho, no
templo da Igreja Presbiteriana Conservadora de São Paulo, depois do culto público
dirigido pelo Rev. Bento Ferraz, pastor da referida igreja, foi lido o seguinte abaixoassinado, como resolução fundamental: “Os abaixo-assinados, ministros do Evangelho,
pastores das Igrejas Presbiterianas Conservadoras de São Paulo (capital), Jacarézinho
(Paraná), Jaú, Iacanga, Soturna, Cambará, Glicério, Braúna, Pedra Branca e Lauro
Penteado (Estado de São Paulo) e Pádua Dias (Minas Gerais), e os presbíteros eleitos
pelos respectivos conselhos para esta solenidade, reunidos no templo da primeira
daquelas corporações à rua 13 de Maio, 830, em São Paulo, no dia 27 de junho de 1940,
às 20 horas, declarando fundada a IGREJA PRESBITERIANA CONSERVADORA DO
BRASIL, desde o dia 11 de fevereiro de 1940, quando se deu o primeiro passo nesse
sentido.”
O livro de atas do Presbitério Conservador foi encerrado com estas
palavras: “Pela graça de Deus, chega a Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil ao
final do seu vigésimo quinto ano de existência. Sua história vem sendo marcada por
sinais iniludíveis de que a atitude desassombrada de seus 67 heróicos fundadores, em
11 de fevereiro de 1940 recebeu o selo da aprovação divina. Conseguiu a Igreja, em sua
vida, na capital do Estado de São Paulo, considerável aumento em número de membros,
consolidou a sua existência nos quatro estados da Federação Brasileira, a saber, S.
Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná e assegurou a preparação do seu ministério,
estabelecendo em sede própria, no bairro denominado Riacho Grande, na cidade de S.
Bernardo do Campo, Estado de São Paulo, o Seminário Presbiteriano Conservador. O
seu órgão de imprensa "O Presbiteriano Conservador" vem sendo publicado com relativa
regularidade desde 08 de março de 1940, e tem granjeado simpatia e respeito dentro e
fora da Pátria. Em regozijo pelo seu Jubileu de Prata se organiza hoje o seu primeiro
Sínodo."
Passaram-se 25 anos e, no dia 10 de Fevereiro de 1965, na Primeira Igreja de São
Paulo, foi organizado o Sínodo, com três Presbitérios: Presbitério do Paraná, de São
Paulo e Centro. O Presbitério do Centro era formado por igrejas do interior do Estado de
São Paulo, exceto Itapetininga, e das Igrejas de Goiânia.
Em julho de 2009 foi realizada a última reunião do Sínodo. Muitas lutas, batalhas
árduas, mas podemos dizer que, pela graça e poder de Deus, em tudo fomos abençoados
e vencedores. Findava-se, em julho de 2009 mais uma etapa da nossa amada
denominação.
Nesse mesmo ano, após a reunião do Sínodo, foi organizada a Assembleia Geral
da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil. Agora contamos com dois Sínodos, o
Sínodo Sudeste, formado pelos Presbitérios Paulistano, Guarulhos, Paraná e Piratininga e
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o Sínodo Centro-Oeste, formado pelos Presbitérios Bandeirante, Oeste Paulista, Brasil
Central e Centro Sul.
Nosso órgão oficial “O Presbiteriano Conservador” tem sido publicado com
regularidade desde o início da Causa Conservadora. Em 2014 o nosso Seminário
completou 60 anos de fundação e firmemente servindo ao Reino de Deus. O
Departamento Missionário, criado em 1983 tem mantido firme os seus propósitos e a
Igreja tem correspondido satisfatoriamente para a sua manutenção e o crescimento do
Reino de Deus em nossa pátria.
Lemos em nosso Manifesto: “Assim sendo, queremos que a nossa posição no seio
do Evangelismo Nacional se caracterize por uma atitude construtiva e de defesa aos
princípios fundamentais do Cristianismo, tais como entendem a Confissão de Fé e os
Catecismos de Westminster (tradução brasileira). Pregando ardorosamente o Evangelho
de Cristo aos pecadores, como sendo este Evangelho (a doutrina) o único meio de
conduzir os homens a Cristo - o Salvador, cerraremos fileiras em torno da ortodoxia e
montaremos guarda, sempre alerta, à sua conservação integral. Por isso, queremos ser
chamados presbiterianos conservadores.”
Em nossa primeira pastoral, há uma exortação sobre como a novel Igreja deveria
crescer. Lemos: “A vossa atividade, irmãos queridos, deve caracterizar-se, por um vivo
espírito missionário. A Igreja Conservadora quer ser pujante e forte, nos alicerces de sua
ortodoxia inabalável. Para esse desideratum ser atingido, fugi ao mal do proselitismo.
Crescer pela admissão de membros de outras denominações, obtidos pela propaganda
dos nossos princípios não satisfaz inteiramente. É o que em História Natural se chama de
crescimento por aposição, de fora para dentro. O que deveis esperar é o crescimento de
dentro para fora, ou seja, por intussuscepção. Este é seres vivos, enquanto que aquele é
dos minerais. A Igreja Conservadora surgiu para ser uma igreja viva. Para isso, são
necessárias conversões de elementos estranhos ao meio evangélico, tocados pela graça
de Deus, mediante a instrumentalidade do trabalho missionário.”
São 75 anos batalhando pela fé.
Nossos fundadores batalharam firmemente por esses ideais. Deixaram-nos um
legado rico de bênçãos, vitórias e testemunho de fidelidade a Deus e à Sua Palavra.
Agora, nós temos o privilégio de continuar a batalha pela fé.
É preciso olhar para o nosso passado a fim de conhecer a nossa história. Todavia,
temos o dever de, no presente, continuar firmes nos ideais que levaram nossos pais à
batalha e, juntos, continuarmos nossa trilha cristã.
Temos, diante de nós, muitos desafios. Edificação da Igreja, compromissos com a
evangelização e Departamento Missionário, manter nosso Seminário. Porém, devemos,
primeiramente, reacender a chama da oração, tanto pessoal quanto de nossas Igrejas. A
oração é um ponto de muita importância na vida da igreja. O livro de Atos registra a
expansão geográfica da Igreja. O historiador Lucas registra a história da igreja, como
organização, começando em Jerusalém e termina em Roma. É interessante observar que
a oração regava a vida da igreja. Harry L. Reeder III, em seu livro “A Revitalização da Sua
Igreja Segundo Deus” diz sobre a importância da oração: “Quando desejamos ver nossa
igreja ir das brasas para as chamas, a oração é o elemento espiritual que corresponde ao
oxigênio na hora de acender um fogo. Sem o oxigênio da oração para produzir a chama
da renovação, nenhuma quantidade de esforço humano pode produzi-la. Aliás, quanto
mais trabalharmos na revitalização, mais frustrados ficaremos – a menos que nossas
constantes orações forneçam a centelha espiritual de que precisamos.” (p. 57)
Temos uma grande carência de pastores. É importante que a Igreja ore por
vocações para o ministério pastoral. Precisamos de liderança eficaz e que esteja firmada
em nossa identidade confessional.
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Temos o privilégio de ser semeadores da Palavra de Deus. Devemos nos
empenhar em abrir novos pontos de pregação, congregações. Vamos crescer sim, mas
crescer por meio da pregação das boas novas de salvação aos pecadores.
Precisamos lembrar porque somos chamados de “presbiterianos conservadores”.
“Assim sendo, queremos que a nossa posição no seio do Evangelismo Nacional se
caracterize por uma atitude construtiva e de defesa aos princípios fundamentais do
Cristianismo, tais como entendem a Confissão de Fé e os Catecismos de Westminster
(tradução brasileira). Pregando ardorosamente o Evangelho de Cristo aos pecadores,
como sendo este Evangelho (a doutrina) o único meio de conduzir os homens a Cristo - o
Salvador, cerraremos fileiras em torno da ortodoxia e montaremos guarda, sempre alerta,
à sua conservação integral. Por isso, queremos ser chamados presbiterianos
conservadores.” (Manifesto – 1940).
Este ano estamos completando 75 anos de organização. Estamos realizando cultos
da ação de graça a Deus por esta maravilhosa bênção. Dois já foram realizados. O
primeiro em Janeiro, envolvendo o Presbitério Bandeirante, e que foi realizado na Câmara
Municipal de Itapetininga (SP); o segundo, no mês de Fevereiro, em Feira de Santana
(BA) envolvendo a Igreja de Conceição de Feira, Congregação Presbiterial de Senhor do
Bonfim e os campos missionários do Nordeste; no mês de Março será realizado o terceiro
culto, na Primeira Igreja de Curitiba com o Presbitério do Paraná; o quarto culto, no mês
de Abril será realizado na Primeira Igreja de Goiânia envolvendo os Presbitérios Brasil
Central e Centro Sul; no mês de Maio, realizaremos o quinto culto, na Igreja de Bauru,
com o Presbitério Oeste Paulista e, no mês de Junho, na Primeira Igreja de São Paulo,
envolvendo os Presbitérios Paulistano, Guarulhos e Piratininga.
Amados irmãos “presbiterianos conservadores” temos o privilégio de estar
envolvidos na batalha pela Palavra de Deus. Não podemos abrir mão do princípio da
fidelidade a Deus e à Sua Palavra. Jamais poderemos fazer qualquer coisa por nós ou de
nós mesmos, se a graça e o poder de Deus não nos capacitarem para realizar o chamado
de Deus para a nossa Igreja. Somos uma federação de igrejas e temos diante de nós
grandes desafios a serem vencidos e obras a serem realizadas, até que o Senhor, nosso
Deus, busque a Sua Igreja, da qual somos um ramo. Não podemos esmorecer face às
dificuldades, mas sempre buscar a graça e o poder de Deus para, fortalecidos e
sustentados pelo Espírito Santo, continuar nossa batalha pela fé. Não podemos nos
esquecer que os obstáculos não são para nos desmotivar ou tirar de nós o ardor e o zelo
pelo Reino de Deus, mas, para serem vencidos e superados pela graça de Deus.
Irmãos “presbiterianos conservadores” a batalha já foi ganha na cruz por Jesus
Cristo; todavia, devemos continuar firmes na batalha pela fé sendo testemunhas fiéis do
nosso Senhor e Salvador.
75 anos de organização. 75 anos batalhando pela fé.
Que Deus nos ajude, hoje e até que Ele venha.
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Rev. José Paulo Brocco Há datas que são memoráveis, pois