Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 CITOCINAS PRÓ-INFLAMATÓRIAS EM ARTRITE INDUZIDA POR ADJUVANTE: UMA REVISÃO DA AÇÃO IMUNOMODULADORA DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS1 Merini, L. R.2; Furtado, S. C. ; Guimarães, M. R. ; Galvão, J. R. ; Barcellos, J. F. M. Resumo As citocinas dividem-se em três famílias: as Interleucinas (IL), os Interferons (INF) e Fatores de Necrose Tumoral (TNF). As citocinas pró-inflamatórias IL1-β e TNF-α estão presentes em níveis elevados nas articulações artríticas tanto em humanos como em animais e desempenham papel fundamental nos processos inflamatórios. O efeito antiartrítico de substâncias bioativas, de origem vegetal ou sintética, tem sido testado em modelos animais de artrite induzida e a expressão de mediadores pró-inflamatórios constitui o método mais utilizado para demonstrar o valor terapêutico dessas substâncias sobre Artrite Induzida por Adjuvante (AIA). Esta revisão de literatura tem como objetivo relacionar essas substâncias testadas, analisar e discutir o método utilizado para confirmação da atividade antiartrítica pelos níveis de citocinas pró-inflamatórias. As citocinas IL-1β e TNFα desempenham papéis dominantes na mediação da progressão de muitas doenças inflamatórias articulares e são primordiais para o aparecimento dos sinais secundários da artrite em modelos de AIA. Estudos comprovam que citocinas anti-inflamatórias inibem a resposta pró-inflamatória e apresentam resultados positivos no tratamento da Artrite Reumatoide. Demonstrar supressão de citocinas pró-inflamatórias em AIA, por substâncias bioativas, é uma preocupação da comunidade científica a fim de desenvolver novos fármacos com máximo de eficiência e baixa toxicidade. Palavras-Chave: Citocinas, bioativos, Artrite Reumatoide. Abstract Cytokines are divided into three families: the Interleukin (IL), the interferons (IFN) and Tumor Necrosis Factor (TNF). The proinflammatory cytokines IL1-β and TNF-α are present at high levels in arthritic joints in humans and in animals, and play a fundamental role in inflammatory processes. The anti-arthritic effect of bioactive substances, vegetable or from synthetic origin, has been tested in models of adjuvant-induced arthritis and the expression of pro-inflammatory mediators is the preferred method to demonstrate the therapeutic value of adjuvant-induced arthritis (AIA). This review aims to relate these tested substances, analyze and discuss the method used to confirm the anti-arthritic activity through rates of proinflammatory cytokines. The IL-1β and TNF play dominant roles in mediating the progression of many inflammatory joint diseases and are essential for the appearance of secondary signs of arthritic models in AIA. Studies show that anti-inflammatory cytokines inhibit the proinflammatory response and show positive results in the treatment of rheumatoid arthritis. In AIA an intraperitoneal and oral administration are preferred for testing with bioactive substances. The tested substances had concentrations ranging from 1 to 1000 mg / kg for oral administration, and 0.5 to 10 mg/kg intraperitoneally, and doses greater than 500mg/kg were also identified. Values for intramuscular and subcutaneous doses were found ranging between 0.04 and 0.9 mg / kg. To demonstrate suppression of proinflammatory cytokines in AIA is a concern of the scientific community to develop new drugs with maximum efficiency and low toxicity. Key-words: Cytokines, bioactives substances, rheumatoid arthritis. 1 Parte da dissertação de Mestrado da primeira autora, no Programa de Pós-graduação em Imunologia Básica e Aplicada, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas, Manaus, Amazonas, Brasil. 1 Docente UFAM, Instituto de Saúde e Biotecnologia do Médio Solimões, Coari, Amazonas Docente UFAM, Laboratório Anatomia, Manaus, Amazonas, Doutoranda Bases Gerais da Cirurgia – UNESP – Botucatu -SP Mestranda Pós Graduação Imunologia Básica e Aplicada, Manaus, Amazonas Graduando em Medicina, UFAM, Manaus, Amazonas Docente UFAM, Laboratório de Histologia. Orientador no Programa de Pós Graduação em Imunologia Básica e Aplicada – UFAM. Av. Gal. Rodrigo Otávio 3000, Coroado II, Manaus, Amazonas. Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 Introdução As citocinas são proteínas de baixo peso molecular com diversas funções metabólicas e endócrinas que participam da inflamação e resposta do sistema imune (ALDHAHI; HAMDY, ). Dividem-se em três famílias: as Interleucinas (IL); os Interferons (INF) e os Fatores de Necrose Tumoral (TNF). Inicialmente eram denominadas linfocinas ou monocinas para indicar a sua origem celular, entretanto atualmente o termo citocinas é o melhor a ser empregado em função de praticamente todas as células nucleadas serem capazes de sintetizar estas moléculas (DINARELLO, 2000). Algumas IL são produzidas pelas células T, monócitos (macrófagos e Células Apresentadoras de Antígenos – APCs) e células Natural Killer (NK). Os INF dos tipos α, β, e γ são produzidos por células NK e o TNF é produzido por macrófagos, células NK e Células T (MACKINNON, 1999). As citocinas próinflamatórias IL1-β, e TNF- α estão presentes em níveis elevados nas articulações artríticas tanto em humanos como em animais, e desempenham papéis fundamentais nos processos inflamatórios (NAIR; SINGH; GUPTA, 2012). O efeito antiartrítico de substâncias bioativas, de origem vegetal ou sintética, tem sido testado em modelos animais de artrite induzida e a expressão dos mediadores pró-inflamatórios constitui o método mais utilizado para demonstrar o valor terapêutico sobre Artrite Induzida por Adjuvante (AIA) (MA et al., 2010; NAIR; SINGH; GUPTA, 2011; NAIR; SINGH; GUPTA, 2010; PERERA et al., 2011). Esta revisão de literatura tem como objetivo relacionar substâncias bioativas e discutir esse método utilizado para confirmação da atividade antiartrítica pelos níveis de citocinas próinflamatórias. Citocinas pró-inflamatórias O TNF-α e a IL-1β são citocinas pleiotrópicas (habilidades de agir em diferentes tipos celulares) de caráter pró-inflamatório e desempenham papel chave na imunopatogenia da AIA, assim como na artrite reumatoide (AR) gerando degradação da cartilagem e promovendo ativação endotelial e celular (BRENNAN; MCINNES, 2008) (BEVAART, 2010). As citocinas são reguladores importantes da inflamação sinovial. Os TNF-α e IL-1 têm função de promover respostas inflamatórias induzindo a degradação de cartilagens. A IL-10 funciona principalmente como molécula anti-inflamatória. Embora essa molécula anti-inflamatórias estejam presentes nas articulações reumatoides, na AR progressiva seus níveis são demasiado baixos para neutralizar os efeitos deletérios de citocinas próinflamatórias (TAYLOR; MEHTA; TULL, 2010). Citocinas na Artrite Reumatoide As citocinas pró-inflamatórias desempenham papel fundamental nos processos que causam inflamação, destruição articular e comorbidades associadas em doenças como a AR e em modelos experimentais de AIA (BRENNAN; MCINNES, ). No modelo de AIA ocorre proliferação sinovial e destruição da cartilagem e a compreensão do papel dessas citocinas torna-se primordial para o desenvolvimento de alvos terapêuticos na AR. Dentre essas citocinas, TNFα, IL-1β e IL-6 são citocinas pró-inflamatórias amplamente citadas na literatura como marcadores de atividade anti-inflamatória e rastreio de agentes antiartríticos (CAMPO et al., 11; CHANG et al., 2011; NAIR; SINGH; GUPTA, 2012; SUN; WANG; ZHOU, 2011; WANG, J. et al., 2011). Artrite Reumatoide A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica autoimune caracterizada pelo acúmulo de células inflamatórias na membrana sinovial e consequentemente destruição das articulações (DA MOTA et al., 2012; FUNOVITS et al., 1 ; MOTA et al., 2011; WIENS; CORRER; PONTAROLO, 2011). A característica final da AR é o irreversível dano articular causado pela destruição da cartilagem e erosão óssea das articulações artríticas. Embora o mecanismo molecular exato ainda não tenha sido elucidado, os estudos mostram que as citocinas pró-inflamatórias Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 desempenham um importante papel no processo patológico da artrite (SMOLEN; STEINER, ). Na AR os fibroblastos sinoviais são ativados por citocinas pró-inflamatórias e proliferam para desenvolver um tecido hiperplásico (pannus) que causa danos irreversíveis nas articulações afetadas (NASU et al., 2000). A caracterização por exames detalhados dos sintomas artríticos em artrite induzida por adjuvante incluem perfis de expressão desregulada de IL-1β, IL-6 e TNFα, além de exames histológicos e radiológicos (CAI et al., ). Modelos Experimentais Segundo (HEGEN et al., 2008) a utilização dos modelos experimentais permite reproduzir aspectos básicos da doença articular humana, contribuindo desta forma para a compreensão do desenvolvimento e da fisiopatologia desta doença, oportunizando o direcionamento para novas condutas terapêuticas e ensaios pré-clínicos de novas terapias medicamentosas. De acordo com a literatura (CARLSON; JACOBSON, 1999) (JACOBSON et al., 1999) o modelo animal proposto por Stoerk e Pearson tem sido amplamente utilizado na observação da artrite induzida por adjuvante, uma vez que é capaz de reproduzir de forma confiável as alterações inflamatórias e imunológicas, permitindo desta forma a avaliação dos potencias terapêuticos utilizados no tratamento da artrite reumatoide. A indução em modelos de AIA foi desenvolvida por Pearson em 1956, em ratos Wistar, sendo este o modelo mais aplicado e reconhecido na literatura (WHITEHOUSE, 2007). No ano de 2012 o modelo completou 56 anos e o número de citações da publicação original de Pearson atingiu a marca de 750 na literatura científica embasando pesquisas em todo o mundo. Para alguns autores (TAYLOR; MEHTA; TULL, 2010) os modelos animais mais utilizados para AR são o AIA em ratos e Artrite Induzida por Colágeno (CIA) em ratos e camundongos, ressaltando outrora a existência de outros modelos experimentais para testes envolvendo AR. Estudos realizados por Pearson, em 1956, demonstraram que a AIA pode ser induzida em ratos, camundongos e coelhos, através da inoculação de agentes imunogênicos tais como: Mycoplasma arthritidis, Mycobacterium butyricum e o Mycobacterium tuberculosis. Os microorganismos migram para as articulações e estabelecem uma infecção local, possivelmente, devido a um sítio específico de adesão molecular. Artrite Induzida por Adjuvante (AIA) A artrite induzida por adjuvante é iniciada pela inoculação de Adjuvante Completo de Freund (CFA) na base da cauda dos animais. O CFA é uma mistura viscosa e sem cor, constituída de 85% de óleo mineral, 15% do componente antigênico Mycobacterium tuberculosis inativados pelo calor e liofilizados (KNIGHT et al., 1992). A cepa H37Ra do M. tuberculosis é amplamente utilizada no preparo do CFA, embora outras cepas tenham sido utilizadas com sucesso (NUNES et al., 2009) (VAN EDEN; WAGENAARHILBERS; WAUBEN, 2001). O modelo de AIA em ratos promove desenvolvimento de poliartrite simétrica, destruição articular, infiltrado inflamatório com envolvimento de células T e hiperplasia sinovial. O dano cartilaginoso é menos severo que na AR apresentando maior destruição óssea. Neste modelo experimental não há produção de fator reumatoide como na doença humana e, eventualmente, pode acometer a pele e o tubo digestório (BEVAART, 2010). IL-1β e TNFα desempenham papéis dominantes na mediação da progressão de muitas doenças inflamatórias articulares, incluindo AR no ser humano, AIA em ratos e CIA em ratos e camundongos. Esses dados foram comprovados a partir de estudos com moléculas combinadas antiIL-1 e anti-TNF para tratamento de artrite autoimune as quais atingiram eficácia superior em comparação com a utilização de uma única classe de anticorpos anticitocina (FEIGE et al., 2000). Para corroborar com a afirmação de que IL-1 e TNF são primordiais para o aparecimento dos sinais secundários da AR em modelos de AIA, sobretudo no que diz respeito à destruição da cartilagem, estudos comprovam que a citocina anti-inflamatória IL-10 inibe a resposta próinflamatória e a utilização da combinação desta Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 com a IL-4 de ação supressora das funções de macrófagos dependentes de INFγ apresentam resultados positivos no tratamento da AR (VAN DE LOO et al., 1997). AIA é um modelo animal típico, amplamente utilizado para estudos de doenças autoimunes, AR e inflamação. Este modelo tem sido utilizado para examinar e avaliar medicamentos e ou substâncias bioativas antiartríticas e investigar potenciais alvos terapêuticos para AR. Bioprospecção Prospecção da biodiversidade (bioprospecção) corresponde à pesquisa de substâncias bioativas de organismos selvagens como plantas, animais, micro-organismos e tem sido apontada como uma potencial fonte de financiamento para a conservação da biodiversidade (RAUSSER; SMALL, 2000). A essência da pesquisa eficiente é a identificação de indícios que permitam o reconhecimento de pistas promissoras a fim de encontrar fontes candidatas para novos produtos. As florestas tropicais são um dos habitats mais diversos e ameaçados do planeta. Esses ecossistemas também têm sido retratados como fonte de futuros remédios, ainda que, encontrar compostos úteis possa ser tanto científica quanto politicamente desafiador. Além disso, a realização de pesquisa em países tropicais com cientistas locais proporciona benefícios imediatos e duradouros para o uso sustentável da biodiversidade (COLEY et al., 2003). Cerca de 50% dos medicamentos introduzidos no mercado nos últimos 20 anos são derivados direta ou indiretamente a partir de pequenas moléculas biogênicas. No futuro, os produtos naturais continuarão a desempenhar um papel importante como substâncias ativas, moléculas ou modelos para a descoberta e validação de alvos de drogas. O rastreio de novas drogas derivadas de plantas implica em pesquisas de extratos para a descoberta de compostos novos e uma investigação das suas atividades biológicas (VUORELA et al., 2004). 2 Material e Método Para esta revisão de literatura verificou-se as publicações dos últimos 12 anos na base de dados PUBMED, utilizando-se os seguintes descritores: “Adjuvant induced arthritis; interleukin-1; tumor necrosis fator”. Nesta busca foram encontrados 3983 artigos, acrescentando-se os operadores boleanos “and” chegou-se a um número de 165 publicações. Após análise dos “abstracts” selecionou-se 46 artigos que atendiam o objetivo desta Revisão: teste com substâncias utilizando-se o modelo AIA e contendo citocinas próinflamatórias no resultado. 3 Resultados e Discussões Tabela 1. Publicações com teste de substâncias potencialmente ativas contra Artrite Induzida por Adjuvante (ANEXO I). Para estudos com modelo de AIA a administração oral e intraperitoneal são as vias preferenciais para teste com substâncias bioativas. No entanto, a via transdérmica também tem sido utilizada para demonstrar propriedades farmacológicas de diversas plantas, por exemplo, em Siegesbeckia orientalis. As substâncias testadas tiveram concentrações variando de 1 a 1000 mg/kg para administração por via oral, 0,5 e 10mg/kg para via intraperitoneal, sendo que dosagens acima de 500mg/kg também foram identificadas. Para as vias subcutânea e intramuscular foram encontradas doses variando entre 0,04 e 0,9 mg/kg. O tempo de tratamento dos estudos relacionados foi no mínimo de 10 e no máximo de 30 dias após a indução de artrite e houve ação imunomoduladora para todas as substâncias testadas, marcando, no entanto, uma predileção pelo prazo de 14 dias, em doses diárias. Este período foi evidenciado por Jiang and Xu, (2003) que observaram sinais de inflamação das articulações no 12° dia após injeção de CFA em 36 dos 39 ratos inoculados. Os ratos escolhidos aleatoriamente foram tratados por 14 dias com extrato aquoso do rizoma da Smilacis glabrae e sacrificados para análise imunohistoquímica da membrana sinovial. Os Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 resultados demonstraram que o tratamento inibiu a produção de citocinas por macrófagos peritoneais. De fato, como demonstrou Guglielmotti e colaboradores (2002) tratando grupos de animais durante 12, 19 e 26 dias encontrou resultados positivos de 51, 67 e 61%, respectivamente, confirmando redução da atividade inflamatória a partir do 19° dia. AIA, portanto, constitui um modelo com tempo de experimentação relativamente rápido para serem testadas substâncias ativas para o tratamento da artrite. Nair et al. (2012) avaliaram atividade antiartrítica de Coriandrum sativum tratando os animais durante 20 dias, com início no dia zero. Os níveis de citocinas TNF-α, IL-1 β e IL- no soro foram avaliados, e os resultados mostraram que ratos tratados com o extrato hidro alcóolico produziu um aumento significativo nos níveis séricos de TNF-α dependente da dose em comparação com o controle. Entretanto, a imunohistoquímica da membrana sinovial revelou uma diminuição das citocinas IL-1β e IL-6 e de TNF-R (receptor de TNF-α) nos animais tratados na dose de 32mg/kg em comparação com o controle, hipotetizando que a redução dos receptores de TNF-α na membrana sinovial inibe os danos da artrite mesmo que TNF-α sérico esteja aumentado. Anteriormente, Nair et al., (2010) testando extrato hidro alcóolico de Terminalia chebula já havia demonstrado que a atividade antiartrítica, era em parte, devido ao seu efeito modulador sobre a expressão das citocinas pró-inflamatórias na sinóvia. Sun e colaboradores 11) trataram animais diariamente com extrato seco de Caesalpinia sappan a partir do 16° dia após a indução e continuou durante 10 dias consecutivos. Na quantificação de citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α verificaram que a administração oral não só suprimiu a superprodução de IL-1β, IL-6 e TNF-α no soro, mas também suprimiu a expressão de COX-2 e Fator de transcrição (NF-κβ) na cartilagem das patas de ratos artríticos, sugerindo eficácia do extrato em AR e outras doenças artríticas. O tratamento com Curcumina a partir do 21º dia após a indução da artrite, administrado em dose diária por duas semanas promoveu down- regulation no escore clínico da artrite, na proliferação de células T esplênicas, e nos níveis de expressão de TNF-α e IL-1β na articulação do joelho (MOON et al., 1 ). Da mesma forma, Chen et al. (2010) também demonstraram diminuição dos níveis destas citocinas nos tecidos sinoviais, após tratamento com flavonoides da casca da laranja. O tratamento com Kalpaamruthaa e extrato do leite da castanha de Semecarpus anacardium realizado por 14 dias diminuíram a inflamação nas articulações do joelho e a destruição da cartilagem e osso via down-regulation sobre os níveis de TNF-α e IL-1β (MYTHILYPRIYA; SHANTHI; SACHDANANDAM, 2009b). Testes de viabilidade celular usando a técnica de MTT (Azul de Tetrazólio) em culturas de sinoviócitos foram usados para avaliar a ação da proteína do colágeno tipo II de Zaocys utilis e Imunoglucan, um beta-(1,3/1,6)-D-glucan (PANG et al., 2009) e glucosídeos de Paeoniae radix Zhu et al., (2005). Ambos inibiram as atividades do TNF-α e da IL-1β. O tratamento com kirenol isolado do extrato de Siegesbeckia orientalis foi aplicado topicamente na superfície plantar com início h antes da injeção de CFA e prosseguiu até 12 dias após a indução e os resultados demonstraram efeito anti-inflamatório similar ao efeito do piroxican gel usado como controle (WANG et al., 11). Yeom e colaboradores (2006) iniciaram tratamento com injeção subcutânea de Ephedra sinica no 12° dia após a injeção do adjuvante aplicando-se, em ambas as patas, uma vez por dia, durante 15 dias consecutivos o acupoint ST36 (localizado perto da articulação do joelho da pata traseira). Constataram redução da expressão de RNAm de TNF-α, IL-1β e IL- na articulação do joelho de ratos artríticos tratados comparados com ratos artríticos não tratados. Concluiram que o efeito antiartrítico da técnica de erva acupuntura foi atribuída não apenas a ação farmacológica, mas também pela estimulação da injeção no acuponto. 4 Conclusões Citocinas pró-inflamatórias desempenham papéis importantes na patogênese da AR e a modulação de suas sínteses pode ser eficaz na terapia para tratamento de doenças autoimunes. 1 Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 A chamada terapia biológica, tem ainda, efeito supressivo (não-curativo), com possível toxicidade, alto custo e inconveniência por tratarse de proteínas necessariamente parenterais (WOOD; O'DELL, ). Isto, talvez justifique o interesse, sobretudo dos países em desenvolvimento, por produtos naturais com ação imunomoduladora para AR. Ensaios pré-clínicos (fase I) publicados na última década têm mostrado um interesse crescente em testes com substâncias potencialmente ativas contra AR, utilizando-se o modelo AIA. Dentre essas substâncias, os compostos de origem vegetal merecem destaque, considerando o fato de que países como: Índia, Coréia, China e Paquistão fazem da utilização da biodiversidade uma alternativa para tratar doenças sistêmicas como artrite reumatoide. Desta forma, demonstrar a supressão de citocinas pró-inflamatórias em modelos de atrite tem sido uma preocupação da comunidade científica a fim de desenvolver novos fármacos para tratar artrite reumatoide com o máximo de eficiência e baixa toxicidade. Divulgação Este artigo é inédito e, portanto, não está sendo considerado para qualquer outra publicação. Os autores e revisores não relataram qualquer conflito de interesse durante a sua avaliação. Logo, a revista Scientia Amazonia detém os direitos autorais, tem a aprovação e a permissão dos autores para divulgação, deste artigo, por meio eletrônico. Referências ALDHAHI, W.; HAMDY, O. Adipokines, inflammation, and the endothelium in diabetes. 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Referência Substância Testada Via/Método Dose de administração (NAIR; SINGH; GUPTA, 2012) Extrato hidroalcoolico de semente de Coriandrum sativum Paeoniflorina Oral 8, 16 e 32 mg/kg Oral 2.5, 12.5, 62.5 μg/ml Kirenol isolado do extrato de Siegesbeckia orientalis Hialuronan Transdérmica (CHANG et al., 11) (WANG et al., 11) (CAMPO et al., 11) (SUN; WANG; ZHOU, 11) Extrato seco do cerne da Caesalpinia sappan L. (DONGMEI et al., Prostaglandina E(2) 11) Intra-peritoneal Oral Intra-peritoneal (PERERA et al., 11) Yi Shen Juan Bi (YJB) Intra-peritoneal (NAIR; SINGH; GUPTA, 2012) Colchicum luteum Oral (NAIR; SINGH; GUPTA, 2010) Extrato hidroalcoolico de Terminalia chebula Oral (MA et al., 2010) (Z)-5-(4metoxbenzilideno) tiazolidino- , 4diona Polissacarídeos ativos da raiz de astragalus (Radix astrogali) Oral (JAWED et al., 1 ) N-(2-hidroxifenil) acetamida Intra-peritoneal (SONG; LI; ZHANG, 2010) Siringina Oral (JIANG et al., 1 ) Oral Resultado A expressão sinovial de citocinas pro-inflamatórias mostrou-se inferior nos grupos tratados com CSHE. Tratamento diminuiu a produção de IL-1 e TNF-α. 0.3g creme a 0.1%, O efeito anti-inflamatório do 0.2%, 0.3%, 0.4% Kirenol foi similar ao efeito do e 0.5% piroxicam gel. 1.0 mL/kg O tratamento diminuiu todos os parâmetros que haviam sofrido regulação positiva pela CIA. 1.2, 2.4 e 3.6 g/kg Atenuou a CIA e reduziu os níveis séricos de IL-1β, IL-6, TNF-α. 10, 20, e 40 µg/kg A expressão de TNF-α e IL-1β foi reduzida após o tratamento. 0.6, 1.2 e 2.4g/kg Diminuiu a produção de macrófagos peritoneais atraídos por TNF-α, IL-1 e NO. 17, 34 e 68 mg/kg O nível de TNF-α sérico foi reduzido de maneira dosedependente em todos os grupos tratados. 2.000 mg/kg O tratamento reduziu o nível de TNF-α sérico e a expressão sinovial de TNF-R1, IL-6 e IL1β. 50 mg/kg Houve inibição da produção de TNF-α, IL-1β e IL-6 séricas. 1000, 500 e 250 mg/kg e 10mg/kg O tratamento reduziu indicadores de artrite nas articulações e concentrações de TNF-α e IL1-β séricos de maneira dosedependente. Os níveis de IL-1 beta e TNF-α séricos foram reduzidos. Houve supressão da proliferação de linfócitos e produção de IL-2 por linfócitos esplênicos. O tratamento causou regulação negativa de IL-1 β, TNF-α. Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 Continuação do Quadro 1 (MOON et al., 1 ) Curcumina Intra-peritoneal 50mg (CHEN; YIN; ZHENG, 2010) Flavonoides da casca da laranja (TFO) Indisponível 75 e 150mg/kg (LEVY; SIMON, ) 6-shogaol (composto do gengibre) in vitro 2, 10 e 20µg (MYTHILYPRIY A; SHANTHI; SACHDANANDA M, 2009a) Kalpaamruthaa e extrato do leite da castanha de Semecarpus anacardium Glucomanan isolado da Candida pleurotus ostreatus Oral 150 mg/kg Oral 15 mg/kg Oral Indisponível (LEE et al., 2009) Proteína do colágeno tipo II de Zaocys utilis e Imunoglucano Rhus verniciflua Oral 50, 100 e 200 mg/kg (LIU et al., 2009) Cobratoxina Intra-peritoneal 8.5 e 17.0 μg/kg (ZHANG et al., ) Extrato de 11 ervas (HLXL) Oral 2.3 e 4.6 g/kg (CHANG et al., ) Glicosídeos do paeoni (extraído da Paeonialacti flora Pall) Cultura de Células 12,5; 62,5 e 312,5µg/ml (LEE; BUTT, ) Extrato lipídico de Perna canaliculus (Liprinol) Dafnetina Oral 25 mg/kg Oral .25 e 4.5mg/kg (BAUEROVA et al., 2009) (PANG et al., ) (GAO et al., 2008) Regulação negativa no escore clínico da artrite, proliferação de células T esplênicas, níveis de expressão do TNF-α e IL-1β na articulação do joelho. A elevação anormal de TNF-α, IL-1β e PGE2 séricos e a expressão de COX-2 em tecidos sinoviais foram reprimidos. O tratamento inibiu a produção de NO, IL-1β e TNF-α a partir de macrófagos RAW264.7 LPS ativados. Ambos regularam a inflamação nas articulações do joelho e a destruição de cartilagem e osso via regulação negativa sobre os níveis de TNF-α e IL-1β. Efeito imunomodulador positivo sobre todos os níveis de citocinas no plasma. O tratamento com baixas e altas doses suprimiu a atividade de TNF-α e IL-1β produzidos por sinoviócitos. Atividades anti-inflamatórias sobre a permeabilidade vascular, migração de leucócitos e imunidade celular. Reduziu a produção de TNF-α, IL-1, e IL-2 mas, aumentou a produção de IL-1 . Diminuiu os escores de artrite e os níveis de TNF-α e IL-1β. O extrato bioativo inibiu a proliferação de sinoviócitos, diminuiu a produção de IL-1, TNF-α e PGE(2) e elevou os níveis de cAMP. Diminuição dos níveis de expressão de TNF-α e IFN-γ. Os níveis de IL-6 e IL1-α também foram diminuídos. Redução na produção de IL-1, TNF-α e MIF (Fator inibitório de migração) no soro. Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 Continuação do Quadro 1 (LI et al., 2008) Tripterygium wilfordii Hoog f. Oral 5, 10 e 20 mg/kg (LI et al., 2008) Hesperidina Oral 40 mg/kg (WANG et al., ) yunke (techcetium 99 conjugado com disfonato de metileno T MDP) Extrato etanoolico da semente de Moringa oleifera Lam. Timoquinona (extraído da semente de Nigella sativa) Triptolídeo Intra-articular e Intra-peritoneal 0.0025 µg/kg Indisponível Indisponível Oral 2.5 mg/kg e 5 mg/kg Intra-muscular 0.04 mg/kg (YEOM et al., ) Ephedra sinica STAPF Injeção subcutânea na articulação do joelho 50µL (CAI et al., 2005) Oral 0.97, 1.94, e 3.89 g/kg Subcutânea e Oral (i.g) 0.90 g/kg (CHEN; MENG; GU, 2005) QFGJS (preparação farmacêutica de ervas) Extrato de Boswellia carterii Birdw. (Burseraceae) Paeoni (TGP) extraído da raiz de Paeonialacti flora Pall. Jiawu mufangji por decocção (ZHU et al., 2005) Paeoni (TGP) Oral. (SIRISH KUMAR et al., 2003) Extrato aquoso de Swertia chirayita Oral (MAHAJAN; MALI; MEHTA, ) (TEKEOGLU et al., 2007) (YONGHONG et al., 2006) (FAN et al., 2005) (ZHENG; WEI, ) Oral Oral Efeitos associados com a redução da expressão de mRNA de IL-1β na membrana sinovial da articulação do joelho e a expressão de mRNA de TNF-α nas patas homogeneizadas de ratos com AIA. Restaurou a supressão proliferativa de Linfócitos T e produção de IL-2, e causou regulação negativa da produção de IL-1, IL-6 e TNF-α pelos macrófagos peritoneais. O tratamento combinado foi mais efetivo em diminuir o TNF sérico e IL-1β do que o coloide isolado (32)P. Níveis séricos de TNF-α, IL-1 e IL-6 mostraram-se diminuídos. Timoquinona confirmou clínica e radiologicamente, a supressão da AIA em ratos. Os níveis de expressão de RANKL no líquido sinovial e no osso, e o nível de OPG (osteoprotegerina) no líquido sinovial foram inferiores no grupo tratado. As expressões dos genes mRNA de TNF-α e IL-6 foram restaurados para os níveis normais durante o tratamento. Os níveis séricos de TNF-α, IL1β e IL-6 foram diminuídos. O tratamento diminuiu o escore da artrite e também suprimiu TNF-α e IL-1β de tecidos locais. 25, 50 e 100 mg kg Diminuiu a produção de IL-1, PGE2 TNF-α por sinoviócitos macrófagos-like. Indisponível Inibiu a proliferação de sinóvia, e diminuiu os níveis séricos de IL1β e TNF-α. 25, 50, 100 mg/kg Os níveis de IL-1 e TNF-α produzidos por sinoviócitos macrófago-like foram inferiores nos ratos tratados. Indisponível Redução do TNF-α, IL-1β, IL-6, e IFN-γ e/ou pela elevação de IL1 . Scientia Amazonia, v. 1, n.3, - Revista on-line http://www.scientia.ufam.edu.br ISSN:2238.1910 Continuação do Quadro 1 (JIANG; XU, ) Extrato aquoso do rizoma da Smilacis glabrae Intra-peritoneal e 800 mg/kg (LI et al., 2002) Leflunomide (LEF) Oral 10, 25 mg/kg (GUGLIELMOTTI et al., 2002) Bindarit Oral 10 ml/kg A produção de IL-1, TNF e NO lipopolissacarídeo induzidos, por macrófagos peritoneais foi reduzida. A produção de IL-1, IL-6 e TNFα foi aumentada na cultura sobrenadante de PMphi (macrófagos peritoneais). Reduziu o aumento de MCP-1 e TNF-α sem afetar os níveis de IL-1 e IL- .