C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Departamento de Artes e Arquitetura Escola Edgar Graeff Curso de Arquitetura e Urbanismo CONSELHO INTERDISCIPLINAR DE ENSINO – 2004.2 Relatório Final 1. Introdução Tem sido relatado por diversos professores e por alunos, dificuldades de integração das disciplinas dentro do período, o que seria a falta de integração horizontal, e também entre os períodos imediatos, falta de integração vertical. Esses relatos incluem fatos referentes à dificuldades para aprofundamento dos conhecimentos e a síntese de conteúdos, pelo excesso de trabalhos, bem como, a complexidade deles, tornando difícil a realização de atividades complementares, importantes à formação abrangente proposta pelo curso. Em reunião do Ramo de Projeto, realizada em 2 de junho de 2003, destinou-se grande parte do tempo para esses problemas. Permanecem as indagações referentes às experiências que podem ser realizadas, como: melhor integração e maior aproveitamento dos trabalhos desenvolvidos; práticas de avaliação de um mesmo trabalho/tema por disciplinas diferentes; realização de experiências com trabalhos ou temas comuns a disciplinas de um mesmo período/ramo/seqüência, ligados à questões reais do edifício e/ou do urbano; Estes problemas já foram colocados para o CIE 2003 e continuam na pauta de discussão, agora um pouco mais incrementados pelos questionamentos referentes a métodos de ensino que surgiram da realização dos Seminários de 2004: Ensino de Projeto; Ensino de Tecnologia e Ensino de Teoria e História na Arquitetura. 2. Justificativas O Conselho Interdisciplinar de Ensino-CIE é uma instância de discussão e reflexão adotada pelo Departamento de Artes e Arquitetura desde o início dos anos 90, e tem sido o lócus privilegiado da observação e análise das inter-relações horizontal/vertical dos currículos do curso de Arquitetura e Urbanismo. Por isso, parece ser o espaço mais indicado para abrigar os debates e possibilitar a construção de propostas que, nesse momento, possam de maneira mais adequada corrigir problemas. Realizou-se no dia 25 de outubro como parte da SEMANA DE ARQUIETURA, orientado pelos questionamentos acima apresentados. Procurando dar mais agilidade ao andamento do CIE, foram encaminhados previamente documentos preliminares, para reflexão e discussão: Recomendações do CIE de agosto de 2003, elaborado pelo corpo de professores; Síntese das discussões e propostas do Seminário de avaliação 2003, apresentado pelos alunos. 3. Objetivos 3.1 Refletir sobre as atuais práticas pedagógicas buscando propostas para a melhoria do ensino-aprendizagem; Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 1 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 3.2 Interagir com os demais professores do mesmo período quando da análise dos conteúdos ministrados nas disciplinas com vista à integração, mas sem desconsiderar aqueles ministrados em momentos anteriores e posteriores, enfatizando a necessidade de integração vertical; 3.3 Identificar experiências alternativas que possam ser implementadas como “projetos pilotos” e indicar as disciplinas envolvidas nas propostas; 3.4 Garantir a efetividade das propostas através da participação ampliada dos professores e dos estudantes nas discussões e articulações dos Planos de Curso. 4. Conteúdo 4.1 Apreciação das disciplinas dos períodos 2004.1 e 2 e observando: . planos de curso e resultados obtidos – conteúdos ministrados e trabalhos realizados; . relação professor/aluno e professor/professor; . síntese dos problemas didático-pedagógico e materiais; . indicação de propostas: didático-pedagógicas; experiências; recomendações e outras possibilidades de enriquecer o processo de ensino-aprendizagem; . discussão de propostas de atividades que integrem os conhecimentos de disciplinas dos três ramos num mesmo período e/ou de períodos diferentes. 4.2 Elaboração/Revisão de Planos de Curso para 2005.1 . observar as recomendações e propostas formuladas. 5. Metodologia A presença de todos os professores é obrigatória, com participação em Grupo que sua disciplina faz parte. Às equipes de professores do Ramo de Projeto, sugerimos que cada professor se localize em um Grupo diferente, objetivando melhores resultados quando da aplicação das propostas resultantes do CIE. 5.1 O CIE realizou-se em três momentos: 5.1.1 primeiro momento (dia 25 - 8:00/12:00h) – reunião em três grupos para apreciação do semestre e dos documentos referenciais: Cada grupo formado por 4 alunos por período, mais1 aluno representante do CALEA e 2 professores (1 coordenador e 1 relator). Os alunos representantes foram escolhidos nas disciplinas do Ramo de Projeto de cada período. Esta composição busca estabelecer facilidades de discussão considerando fatores de integração dos Grupos: disciplinas de instrumentação e início de projeto no Grupo A; no Grupo B há destaque ao 5º período com o PUPA 1, disciplina de integração; de forma análoga ocorre com o grupo C, onde o PUPA 2 estabelece a integração, facilitando inclusive a introdução e realização do TFG. GRUPO A - 1o,, 2o e 3o períodos; Coordenador: Prof. Frederico Rabelo Relator: Prof. Roberto Cintra Alunos:1º Período – Eva de Melo; Gustavo Carvalho; Arthur Valle 2º Período – Jairo Pires; Livia Mizura; Alesdsandro Oliveira; Elvison Barbosa 3º Período – Estevão; Núbia; Fernanda; Georgia Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 2 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 GRUPO B - 4o,, 5o e 6o períodos; Coordenador: Prof. Emanuel Belisário Relator: Profa. Maria Heloisa Alunos:4º Período – Débora; Gisele; Mateus; Angela 5º Período – Gustavo Garcia; Walber; Isabela; Thaise de Faria 6º Período – Jeankeli Muller; Letícia Stival; Giovana M.C. Santana; Vanessa GRUPO C - 7o , 8o, 9o e 10o períodos. Coordenador: Profa. Elane Ribeiro Peixoto Relator: Prof. Gustavo Neiva Alunos:7º Período – Patricia; Rubia Franca; Sandra Pantaleão; Lorena Rocha 8º Período – Renata Barros; Mariana Camargos; Vinicius; Luciano Silva 5.1.2 segundo momento (dia 25 - 18:30/20:30h) – reunião de cada grupo para fechamento de recomendações, proposições e alterações de Planos de Curso para 2005.1. Neste momento o Grupo deverá formular sugestões/propostas de realização imediata (2005.1) 5.1.3 terceiro momento (dia 25 - 20:30/21:30h) – reunião geral com os integrantes dos três grupos para fechamento da discussão sobre as recomendações, sugestões e propostas objetivando documento final a ser preparado pela coordenação do Departamento para ampla divulgação, e aplicação já em 2005.1 . 6. Discussões As discussões ocorreram num clima aberto e abaixo apresentam-se conforme o modelo de abordagem próprio de cada Grupo. Podemos observar que alguns pontos são repetitivos nos grupos, mostrando uma deficiência ou dificuldade comum a todo o curso, como exemplo, podemos destacar a carência de equipamentos de audiovisual. Os maiores questionamentos, como não poderia deixar de ser visto que há grande concentração de conhecimento, ocorrerão no Grupo B. Grupo A - 1o,, 2o e 3o períodos Foram relatados problemas que dificultam o bom desempenho das disciplinas, apresentadas cobranças e proposições como segue: Dentre as reclamações e cobranças: 1. Quantidade excessiva de trabalhos; 2. Problemas com a estrutura de apoio às salas de aula: a) salas pequenas para a quantidade de alunos; b) falta de recursos audiovisuais (datashow, retroprojetor etc.); organizar melhor as reservas dos equipamentos. 3. Resolver os problemas de relacionamento aluno/professor e aluno/aluno. As proposições: 1. Cronograma de avaliações para o semestre; 2. Compatibilização de orientação e avaliação entre os professores da equipe; 3. Maior rigor da parte dos professores para com os alunos indisciplinados; Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 3 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 4. Disciplina de Ética para os alunos; 5. Disciplina de Maquete deve ser no início do curso; 6. NDD – aprovação do regimento para normatizar os serviços. Foram ainda sugeridos: 1. Avaliação do desempenho do professor pela instituição; 2. Preparar a feira 2005 de Arquitetura. Grupo B - 4o,, 5o e 6o períodos As discussões desencadeadas pelo Grupo B foram orientadas pelo documento distribuído em 15 de outubro, que indica como pontos principais de interesse do atual CIE, para avaliação e formulação de proposições: - os planos de curso e resultados obtidos; - as relações professor-aluno e professor-professor; - os problemas pedagógicos e materiais; - as indicações de propostas e recomendações. Neste grupo a participação dos estudantes foi intensa, tanto pelo número sempre presente como na apresentação das avaliações e das propostas para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. A primeira parte das reuniões do Grupo (período da manhã) foi dedicada à avaliação das disciplinas e Seqüências, assim como discutiu-se a integração entre disciplinas, já acordada em reuniões docentes realizadas em momentos anteriores. As recomendações e propostas tiveram um horário exclusivo de atenção, e foram foco de debate num segundo momento dos trabalhos (período da noite). AVALIAÇÕES Sobre a integração entre disciplinas 1. A sobrecarga de trabalho é sabidamente muito grande no Curso, com um grande número de disciplinas em cada semestre exigindo do estudante muito empenho para realizá-las. Os cronogramas não estão sendo compatibilizados e os exercícios e atividades desenvolvidas em uma disciplina são desconhecidos pelas outras, refletindose muitas vezes na fragmentação do ensino. O estudante, por sua vez, costuma priorizar uma ou outra atividade em detrimento às demais, quando não encontra solução mais adequada para conciliar seus compromissos acadêmicos. Em conseqüência, ficam insatisfeitos com os resultados alcançados. 2. Além disso, foram apontados, por professores e alunos, os “descompassos” entre conteúdos nas disciplinas de DTEC e as solicitações PARQ, o que tem gerado dificuldades no desenvolvimento de propostas de projeto no atelier. Há um entendimento de que é possível melhor adequar os Planos de Curso, conteúdos e atividades se as equipes de orientadores se dispuserem a conciliar as programações no início da cada semestre, como previsto no calendário acadêmico. 2. As experiências iniciadas no ano passado para integração entre DTEC e PARQ, PURP e CVAU são apontadas como positivas pelo grupo de estudantes que as vivenciaram. No entanto, consideram que não se obteve maior sucesso porque: . os conteúdos são excessivos nestas disciplinas; Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 4 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 . as prorrogações de datas de entregas de trabalhos desarticularam os calendários por si já difíceis de conciliar. Ainda assim, solicitam que se retome e aprimore essa prática . 4. Novas experiências e alternativas de integração entre disciplinas são vistas como possibilidades para não só diminuir a sobrecarga de trabalho para os estudantes, mas principalmente, para qualificar o curso, ao privilegiar os processos de ensinoaprendizagem com ações integradoras na formação acadêmica. Sobre as disciplinas do Ramo de Projeto As avaliações sobre essas disciplinas apontam a não superação de problemas recorrentes e a necessidade urgente de superá-los. 1. Uma das preocupações manifestadas pelos estudantes no Grupo B é a realização exclusiva, até o momento (6ºperíodo), de exercícios de projeto arquitetônico no nível de “Estudo Preliminar”. Indagam: Quando aprenderão a detalhar? Quando desenvolverão com maior profundidade um tema arquitetônico? Quando desenvolverão estudos no nível de “Anteprojeto”? 2. Os estudantes ressentem, na Seqüência do Edifício, de melhor preparo em dois momentos da atividade de projeto, pouco privilegiadas: - a conceituação teórica do tema arquitetônico, e a formulação do memorial descritivo; em conseqüência da fragilidade teórica, muitas vezes os exercícios de projeto apresentam: - soluções pouco inovadora, convencionais; - grande proximidade ou semelhança formal entre as propostas dos estudantes de cada turma/orientador; - pouca autonomia do estudante na elaboração do projeto. 2. Em PARP 1, nesse semestre, internamente as discussões giram em torno do número de projetos a ser realizados (1 ou 2) e o nível que devem atingir (estudo preliminar ou anteprojeto). O impasse deve ser remetido à Coordenação do Curso, lembrando que o documento do Currículo e as diretrizes metodológicas são referências suficientes para a decisão a ser tomada. 4. Em PURP, as atividades tem sido centradas em aulas expositivas e estudos teóricos, trabalhando muito pouco os exercícios práticos de projeto. 5. O hábito de iniciar as aulas com atraso desagrada aos estudantes, que solicitam maior pontualidade dos professores e colegas. 6. Em PUPA e PMUR os estudantes reconhecem suas dificuldades em trabalhar em equipe, o que a prática acadêmica pode ajudar a superar. 7. Em algumas disciplinas as avaliações se atrasam muito, e não são expostos os critérios adotados. Sobre as disciplinas do Ramo de Teoria e História Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 5 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 1. Os alunos questionam o afastamento das disciplinas desse Ramo com o Ramo de Projeto e demonstram o desconhecimento da proposta curricular. Apontam, também, a pouca articulação entre as disciplinas do ramo. 2. Reconhecendo a capacidade profissional e didática dos professores, os alunos indicam a falta de assiduidade e pontualidade, em algumas disciplinas (THAU 3 e THAU 5). 3. Consideram, os estudantes, que há sobreposição (repetição) de conteúdos , especialmente, nas disciplinas das Seqüências que tratam da arquitetura do século XX. 4. Na disciplina de ESAM, os conteúdos tratados tem se afastado da Ementa e das indicações curriculares, desenvolvendo temas distantes do interesse do Curso. Sobre as disciplinas do Ramo de tecnologia Grande parte dos estudantes presentes expôs suas opiniões e preocupações sobre essas disciplinas, avaliando aspectos diversos e considerados importantes para sua formação, aqui relacionados. 1. Segundo seus depoimentos nas disciplinas de ITAU e TCAR são freqüentes as repetições de conteúdo, e o avanço do conhecimento sobre novas e atuais alternativas tecnológicas tem sido muito restritos – matéria de curiosidade intelectual e interesse especial dos alunos pelas possibilidades de aplicação imediata à prática de projeto. Há uma compreensão geral de que, em parte, o problema é gerado pela falta de comunicação dos estudantes com os professores, uma vez que os temas trabalhados são sorteados e as repetições indesejáveis poderiam ser evitadas. De acordo com depoimentos dos professores, outro fato que limita o desenvolvimento do conhecimento e habilidades, são as pesquisas executadas pelos estudantes aquém do esperado; há uma acomodação que restringe as consultas exclusivamente à Internet, ainda que as orientações dos professores seja a investigação em textos bibliográficos , visitas e levantamento em escritórios. A falta de organização e disciplina compromete o melhor aproveitamento das matérias. 2. Em TCAR, as visitas à obra não tem correspondido às expectativas e necessidades , posto que não são observados momentos diversos (?) da construção. Solicitam uma programação mais rigorosa para se superar a situação. 3. Em CLAU, consideram que nos exercícios práticos deveriam ser mais privilegiados o tempo e esforço dedicados as propostas de melhoria das condições de conforto, o que possibilitaria maior aprendizado e habilidade na matéria específica da disciplina. 4. Reclamam, os estudantes, da falta de assiduidade às aulas e pouca exigência por parte de alguns poucos professores do Ramo (SEST). Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 6 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 RECOMENDAÇÕES 1. Como proposições mais abrangentes para o ensino, as recomendações versaram sobre a indispensável INTEGRAÇÃO entre disciplinas de um mesmo período, assim como entre disciplinas de um mesmo Ramo. A efetiva integração “horizontal” (entre disciplinas de um mesmo período) é a solução apontada para maior racionalidade do processo ensino-aprendizagem, para o desempenho das atividades e obtenção de resultados mais satisfatórios nos trabalhos cotidianos e principalmente para a construção mais sólida do conhecimento. A necessária complementaridade entre as disciplinas de um mesmo ramo, por outro lado, deve ser obtida com a chamada integração “vertical”, que pode evitar rupturas ou repetições inconvenientes de conteúdos. Sugere-se, então, que as equipes de professores, de fato, se reunam previamente, na Semana de Programação, como previsto em todos os semestres, e compatibilizem conteúdos, calendários (cronograma de atividades), exercícios e trabalhos acadêmicos. Voltam à discussão as propostas de: - adoção de temas em comum ou da mesma “região” geográfica, para estudo e projetos em diferentes disciplinas do mesmo período; - realização de trabalhos em comum, que possam atender a diferentes disciplinas, como objeto de exercícios e estudos e avaliação dos resultados; - melhor preparação do estudante para as atividades de atelier - recomendações especiais para as equipes de DTEC e PARQ, no sentido de melhor afinarem os conteúdos e trabalhos didáticos. 2. Dentre os Ramos, mereceu destaque e atenção especial, o RAMO DE PROJETO. Considerando que a atividade de projeto (arquitetônico, urbanístico e paisagístico) representa e concretiza-se como síntese dos conhecimentos do curso, formularam-se algumas recomendações e sugestões: - as assessorias interdisciplinares, as trocas de idéias e opiniões de professores de outras áreas ou Ramos sobre os trabalhos em andamento no atelier, são apresentadas como sugestão, ou mais, como solicitação por parte dos alunos. Para viabilizá-las questiona-se sobre as horas do PROA-Programa de Orientação ao Aluno (4:00 h.) destinadas ao atendimento extra sala: elas poderiam ser assim aproveitadas? Como realizar este atendimento individual, se não há espaço disponível na “Área 3”, para assessorias extra aula ? - solicitam os estudantes que as preparações teóricas e conceituais, assim como as revisões históricas sobre o tema em andamento, próprias da atividade do projeto, sejam implementadas (como indicam as diretrizes teórico-metodológicas da revisão curricular de 2004), como preparação intelectual indispensável para o exercício da concepção do espaço arquitetônico e urbano. Quando necessário e recomendável, outros professores poderiam ser convidados para palestras e “entradas” sobre o tema; - as questões de natureza técnica e construtiva devem ser tratadas e discutidas nos exercícios de projeto, sob orientação do professor da disciplina e contar com assessoria de orientadores do Ramo de Tecnologia. Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 7 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 - a curiosidade intelectual, a busca por novas soluções de projeto, seja pela linguagem e/ou técnica adotadas, devem ser valorizadas. Soluções alternativas (arquitetônicas, paisagísticas e urbanísticas) precisam ser incentivadas e pesquisadas, em busca de idéias inovadoras e/ou contemporâneas. A criatividade em substituição à retórica “convencional” foi apontada como de interesse geral. - todas as turmas devem ter garantida a oportunidade de estudar temas arquitetônicos e realidades socioculturais diversos, o que exige atenção por parte de professores e acompanhamento do coordenador do Ramo, quando da elaboração dos planos de cursos. 3. Fugindo às questões particulares do ensino em cada disciplina e Ramo, a PEQUISA foi foco de debate e de recomendações, já indicadas no Projeto Político-pedagógico do curso e em apreciação na Pró-reitoria. No entanto, o registro das sugestões apresentadas neste CIE vem conferir a preocupação e interesse, tanto por parte de professores como de alunos em desenvolver e intensificar essa atividade, com maior abrangência de ações. São recomendações que buscam integrar o ensino e a pesquisa, e denunciam uma vontade que vai além do discurso e exigem atitudes concretas. Propõem-se que: - a prática da pesquisa acadêmica integre-se às disciplinas, tornando oportuno ao aluno o contato com experiências de investigação e a produção de conhecimento. - ainda que pesem as dificuldade materiais e burocráticas, a prática da iniciação científica deve ser fortalecida no Curso de Arquitetura e Urbanismo, como meio para desenvolver-se uma formação profissional mais abrangente e qualificada. 4. Também atividades de EXTENSÃO foram objeto de apreciação dos estudantes, por considerá-las, de fato, importantes na formação acadêmica. Solicita-se que : - sejam resgatadas as viagens programadas de estudo, para efetivarem-se os contatos com outras realidades sociais e culturais e experiências profissionais de importância reconhecida. Essa prática sempre foi recebida com grande expectativa pelo alunado e sempre realizou-se com eficiência e sucesso, oportunidade que nos últimos anos não tem concretizado-se. - sejam retomadas, também, as participações em eventos nacionais, como congressos e seminários, com apoio da Direção e Coordenação do Curso, para a organização dessas atividades por parte dos alunos e Centro Acadêmico. - sejam criados grupos de estudo, como iniciativa para o aprofundamento de conhecimentos específicos, de temas de atualidade ou mesmo para suprir deficiência constatadas. Cursos de extensão, seminários e os grupos de estudo são atividades que podem envolver o Centro Acadêmico, Coordenações e professores do curso e requerem estudos distintos para viabilizarem-se. 5. Para a DIREÇÂO, COORDENAÇÃO DO CURSO E DE RAMOS, recomenda-se, conforme suas atribuições: Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 8 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 - acompanhar os planos de cursos e as disciplinas, observando o cumprimento das ementas e do conteúdo previsto no currículo; - acompanhar as Seqüências nos diversos Ramos, promovendo reuniões entre equipes e professores, orientando e alertando, de acordo com o currículo, sobre a necessidade de observar: - o gradual aprofundamento dos conteúdos e de complexidade dos enfoques. - nas disciplinas de projeto garantir que os estudos em alguns semestres concluam-se em estudos preliminares e os outros em anteprojeto, conforme as indicações do currículo. - a complementaridade dos conteúdos, evitando repetições desnecessárias e indesejáveis, com o prejuízo da perda de novos conhecimentos. - colocar (?) à disposição dos professores e alunos um maior número de equipamentos - didáticos e eletrônicos - evitando os transtornos e prejuízos freqüentes, pela falta de recursos disponíveis. - dar solução imediata aos problemas extraordinários apontados nesse CIE, como são: - desacordo entre professores da mesma equipe na condução do programa da disciplina (PARQ); - falta de assiduidade e pontualidade de professores (THAU e SEST). 6. Para os PROFESSORES e EQUIPES recomenda-se: - um preparo rigoroso do Plano de Curso garantindo a continuidade, complementaridade, integração entre disciplinas , seqüências e conteúdos, evitando repetições desnecessárias e ensino fragmentado e desarticulado. - tomar decisões previamente às aulas, evitando discussões nesse momento, seja sobre o conteúdo ou sobre o calendário da disciplina; - rigor e pontualidade nos compromissos acadêmicos – aulas, seminários, devolução de trabalhos e divulgação de notas; - expor com clareza os critérios de avaliação da disciplina e discutir com os alunos os resultados obtidos nos trabalhos; - evitar adiamentos na entrega dos trabalhos e provas; quando acordados verificar datas no cronograma das outras disciplinas e escolher nova data sem coincidência com outras já estabelecidas; - realizar avaliação da disciplina ao final do semestre, junto com os alunos, segundo critérios definidos; 7 Para os ALUNOS recomenda-se: - assumir a iniciativa de também buscar o diálogo e troca de idéias com os professores dos diversos Ramos; - maior participação e compromisso com o cotidiano do Curso, seja nas disciplinas, na extensão, na pesquisa, como nos diversos eventos acadêmicos; - assiduidade e pontualidade nas salas de aula, no cumprimento das atividade, nos seminários, conselhos e palestras. Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 9 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 - buscar uma maior aproximação entre seus pares, estabelecendo a prática do diálogo, da troca de conhecimento, o companheirismo e a cooperação. Grupo C - 7o , 8o, 9o e 10o períodos Este Grupo em grande parte está composto pelos períodos de final de curso, com uma presença reduzida de alunos. Deve-se observar, no entanto, que as preocupações apontadas são muito importantes para o encaminhamento do aluno que se encaminha para o término de seus estudos, tendo pela frente o TFG, seu Trabalho de Conclusão do Curso, que deverá ser um projeto de arquitetura e/ou urbanismo. 1. Sexto e sétimo períodos: - Anotado e verificada a necessidade de tempos maiores para o planejamento das disciplinas diminuídos em função dos eventos criados pela reitoria nas chamadas semanas de planejamentos. (Sugere-se apenas um dia de atividade). - Foram apontadas criticas em relação ao ensino de projeto que retomam as discussões de 2003 nos itens 1, 2 e 3 - Observou-se em relação ao uso pleno dos horários de aula, que as péssimas condições de trabalho do ateliê impedem este objetivo. - Em relação a PARP 1 e 2, foi chamada a atenção para não se confundir o que consta na ementa como conceito de projeto de grande complexidade, com escala de projeto. - Há dificuldade da inserção de palestras dos professores de THAU específicas para o ramo de projeto, em função da disponibilidade de horários (?). - Observações em relação à conveniência de aproximar as disciplinas de PMUR 2 e PARP 2, em função dos objetos estudados: no caso do PMUR, as cidades são de pequena escala e não comportam objetos de grande complexidade, por sua vez há dificuldade em PARP de iniciar estudos metodológicos na região metropolitana de Goiânia. Duas equipes com metodologias distintas necessitam de uma coordenação. - Em relação a otimização dos horários do sétimo e oitavo período, a alternância de PMUR e PARP, provocou uma janela de 50 minutos em todos os dias em que há aulas dessas disciplinas. - Proposição de uma disciplina que realize um trabalho de metodologia científica e conhecimento das normas da ABNT, necessárias durante todo o curso. - Foi cobrada a preparação (programação) com antecedência do semestre, no caso das disciplinas de projeto, indicando material bibliográfico e etc. (Formar dossiês sobre os temas) 2. Oitavo Período: - Em relação a rotatividade dos professores (caso de convidados), observou-se que a solução possibilitada pelo contrato mais extenso dos convidados, permitiu a continuidade da mesma equipe já por dois semestre. - Em relação ao - Projeto desenvolvido na disciplina PARP2 a proporção tempo de pesquisa, estudos e o tempo final de elaboração do projeto continua problemática: As fases percorridas pelo semestre: - Estudo da região metropolitana ( sugestão reduzir o tempo, detectar a área para projetos de grande complexidade, e trabalhar com certa liberdade – tema e terreno); - Formulação do conceito do projeto; - Projeto individual. Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 10 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 - Observa-se que a tentativa de compatibilização entre as diversas disciplinas do semestre nunca deu certo. Em relação a disciplina SIEU, observa-se uma grande quantidade de conteúdo (lixo, transporte, água, esgoto, coleta e sistema de tratamento, drenagem urbana, energia) e pouco tempo para o desenvolvimento desses. A sugestão é relocar a disciplina para o sexto semestre, onde o aluno trabalha mais as questões urbanas (PMURS), permitindo que uma disciplina dê subsídios à outra. Sugestão: incentivar a participação do professor de engenharia, doutor em transporte, e ajustar e transferir parte do conteúdo para especialização ou disciplinas optativas como estágio em obras. 3. Nono e Décimo Período: - Observa-se o prejuízo do término das reuniões finais das avaliações de TFG; - A disciplina de TFG não deve ser entendida como o único momento de síntese do curso de arquitetura, seu resultado depende da escola como um todo; - Os seminários têm permitido o diálogo maior entre os professores e alunos da escola, objetivando a finalização do TFG; - O TFG constata carência de lastro cultural do aluno; - - O professor de TFG pretende orientar o projeto do aluno como um todo, mas há um habito por parte do aluno (?) de buscar ajuda em outros professores, como por exemplo nas áreas de estrutura – distorção do projeto (extensivo a todo ensino de projeto, não só ao TFG) Aproximação do TFG horizontalmente e verticalmente; - Alunos com facilidade no campo teórico e dificuldade no campo prático e viceversa; - O aluno apresenta dificuldades de definição do tema, construção do pensamento próprio, e apresentação de temas excêntricos. - O professor de projeto deve dar aula de projeto (implicando as sínteses necessárias a elaboração de um bom projeto, conceito, discussões teóricas , tecnológicas, sendo estas realizadas nas fases do projeto em que são necessárias); - O projeto corrigido deve ser devolvido para o aluno e comentado em ocasião especial para que o ensino e aprendizagem se realize de forma completa; - A busca de integração tem caráter utópico e impede a ação, como exemplo as dificuldades das experiências realizadas no CVAU 3; - - THAU 7, na medida do possível deve estar vinculado com o trabalho de TFG e TAUR A possibilidade mencionada acima carece de cuidados especiais porque devem preservar determinadas particularidades (?); O TFG é o trabalho da escola e não do ramo do projeto; - Postura e perfil do aluno; Discutir o que se pretende com a escola; Discutir a seleção dos alunos; A exteriorização do pensamento acadêmico (inércia dos arquitetos); Questão da crise da profissão; - 7. Conclusões Pelas discussões, as análises formuladas pelos coordenadores e relatores de grupos, e também com base nas diversas recomendações apresentadas, podemos entender que a realização do CIE 2004.2, atingiu um bom resultado. Este CIE, indica que Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 11 C I E Conselho Interdisciplinar de Ensino - RELATÓRIO 2004.2 o Curso precisa de revisões, em sua forma de ensino-aprendizagem, em seu currículo, em sua matriz de horários e sobretudo na organização dos Ramos de conhecimento em que está estruturado. Há ainda a necessidade de rever o posicionamento de alguns professores, que devem ser aproveitados conforme sua melhor qualificação e experiência, e a composição de equipes de professores de projeto. As coordenações de ramos deverão cobrar mais rigor na elaboração dos Planos de Curso, e estabelecer um procedimento de trabalho, de reuniões por períodos e por seqüências, para buscar melhor integração. A coordenação do curso terá de estar atenta ao cumprimento dos Planos de Curso das Disciplinas, exigindo maior rigor na sua aplicação. Deverá, também, junto à Direção estabelecer um procedimento de maior cobrança junto às Pró-reitorias, no sentido de dotar o Departamento de melhores recursos didáticos. A Direção do Departamento deverá estar atenta às dificuldades apontadas por professores e alunos, quanto aos problemas apontados e deverá: . obter a aprovação às revisões do currículo em vigor; . incentivar a abertura de disciplinas optativas já previstas ou a serem criadas; . organizar o calendário de atividades extra-classe; . estudar junto com as coordenações a melhoria de ensino-aprendizagem principalmente nas disciplinas de instrumentação. Goiânia, dezembro de 2004. Departamento de Artes e Arquitetura – ESCOLA EDGAR GRAEFF - UCG 12