MODELO DE ORGANIZAÇÃO DO MERCADO IBÉRICO DE ELECTRICIDADE Jorge Vasconcelos Entidade Reguladora do Sector Eléctrico Sessão Pública sobre o Mercado Ibérico de Electricidade Lisboa, 25 de Fevereiro de 2002 1. OBJECTIVO DO PROTOCOLO 2. MANDATO DA ERSE 3. ETAPAS E PROCEDIMENTOS 4. PRINCÍPIOS 5. TEMAS DE DISCUSSÃO 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA 7. QUESTÕES EM ABERTO 8. EM DIRECÇÃO AO MERCADO INTERNO DE ENERGIA 1. OBJECTIVO DO PROTOCOLO «No dia 1 de Janeiro de 2003 entrará em funcionamento o Mercado Ibérico de Electricidade, garantindo a todos os agentes estabelecidos em ambos os países, o acesso ao operador do Mercado Ibérico e às interligações com países terceiros, em condições de igualdade e liberdade de contratação bilateral.» (2º,§1) 2. MANDATO DA ERSE QUINTO 1. Até 31 de Março de 2002, as autoridades de regulação dos sectores eléctricos de Espanha e Portugal deverão apresentar um modelo de organização do Mercado Ibérico de Electricidade que tenha em conta os objectivos acima mencionados, a legislação comunitária aplicável, a experiência recente de funcionamento dos mercados eléctricos de ambos os países e as boas práticas de regulação. 2. MANDATO DA ERSE 2. O modelo acima referido deverá permitir o desenvolvimento de um mercado concorrencial, fluido e eficaz, dotado dos necessários mecanismos de acompanhamento e controlo que garantam a satisfação das necessidades dos consumidores, a segurança de abastecimento no curto e no longo prazo e a plena compatibilidade com os objectivos de eficiência energética e fomento das energias renováveis em ambos os países. 2. MANDATO DA ERSE 3. Na elaboração do modelo de organização do Mercado Ibérico de Electricidade, as autoridades reguladoras deverão contar com a participação de associações de consumidores, produtores, distribuidores, comercializadores, operadores de sistema, operadores de mercado e demais partes interessadas no desenvolvimento do dito Mercado. 3. ETAPAS E PROCEDIMENTOS 2001 14 Novembro Assinatura do protocolo 21 Dezembro Documento de discussão 2002 25 Janeiro Respostas & Comentários 25 Fevereiro Sessão Pública 26 Fevereiro E E E Discussão das Respostas & Comentários 31 Março E E E 30 Abril E E E Modelo de organização 31 Dezembro Discussão, acertos de detalhe Discussão, acertos de detalhe Plano de implementação Discussão, acertos de detalhe Teste final 4. PRINCÍPIOS ◆ Proteger os interesses dos consumidores em relação a preços, serviços e qualidade do abastecimento, garantindo a sua liberdade de escolha. ◆ Garantir às empresas reguladas (transporte e distribuição) a existência de condições que lhes permitam, no âmbito de uma gestão adequada e eficiente, a obtenção do equilíbrio económico-financeiro necessário ao cumprimento das obrigações previstas no contrato de concessão ou nas respectivas licenças. ◆ Fomentar a concorrência onde exista potencial para melhoria da eficiência com que são desempenhadas as actividades do sector eléctrico, garantindo a liberdade dos agentes no exercício das actividades liberalizadas. ◆ Assegurar que as regras de regulação sejam objectivas, de modo que as relações comerciais entre os operadores sejam conduzidas de uma forma transparente e não discriminatória. ◆ Contribuir para a progressiva melhoria das condições técnicas, económicas e ambientais de funcionamento dos meios a utilizar desde a produção ao consumo da energia eléctrica. ◆ Contribuir para a plena realização do mercado interno de electricidade. 5. TEMAS DE DISCUSSÃO 1. Introdução 2. Critérios para a elaboração do modelo de organização do Mercado Ibérico 3. Aspectos estruturais do sector 3.1 Separação das actividades reguladas e não reguladas 3.2 Concentração empresarial no sector eléctrico 3.3 Pagamentos aos produtores de energia eléctrica 3.4 Produtores a partir de fontes de energia renováveis e co-geradores 4. Entidades intervenientes no Mercado Ibérico 5. Organização do mercado grossista 5.1 Modalidades de relacionamento comercial 5.1.1 Contratos bilaterais físicos 5.1.2 Mercado “spot” de energia eléctrica 5.2 Mercado de Serviços de Sistema 5.2.1 Balanço produção/consumo e necessidades de reserva 5.2.2 Tratamento de desvios 5.2.3 Outros serviços 5.3 Garantia de abastecimento e interruptibilidade 5.4 Mercado de derivados financeiros 5. TEMAS DE DISCUSSÃO 5.5 Procedimentos de actuação no mercado 5.6. Relacionamento entre operadores de sistema e operador de mercado 5.7 Divulgação de informação relevante para o mercado 6. Mercado retalhista 6.1 A obrigação de abastecimento 6.2 Acerto de contas 7. Operação do sistema 7.1 Relacionamento entre operadores de sistema 7.2 Resolução de congestionamentos nas redes 7.3 Perdas de energia eléctrica 8. Outras questões 8.1 Tarifas de uso das redes 8.2 Gestão global do sistema 8.3 Harmonização dos indicadores de qualidade de serviço 8.4 Normalização contabilística 8.5 Situação dos arquipélagos autónomos de Portugal e Espanha 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA CONTRATOS BILATERAIS FÍSICOS MIBEL MERCADO ORGANIZADO MERCADO FINANCEIRO 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA PRODUTOR PRODUTOR COMERCIALIZADOR CONSUMIDOR CONSUMIDOR CONTRATOS BILATERAIS FÍSICOS (CBF) 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA SPOT “PARA O DIA SEGUINTE” INTRA-DIÁRIOS MERCADO ORGANIZADO 1 SEMANA A PRAZO 1 MÊS ... 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA PRODUTOR POOL COMERCIALIZADOR CONSUMIDOR 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA OMI OS ES REE OS PT REN 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA SEPARAÇÃO DE ACTIVIDADES REGULADAS EM REGIME DE MONOPÓLIO DAS ACTIVIDADES LIBERALIZADAS 6. PONTOS DE CONVERGÊNCIA CONVERGÊNCIA GRADUAL DA GESTÃO DOS SERVIÇOS DE SISTEMA 7. QUESTÕES EM ABERTO 1. CONCENTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO VERTICAL PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO 2. GARANTIA DE ABASTECIMENTO E GARANTIA DE POTÊNCIA 3. COSTES DE LA TRANSICION A LA COMPETENCIA (CTC) E CONTRATOS DE AQUISIÇÃO DE ENERGIA (CAE) 4. ELEGIBILIDADE DOS CLIENTES DE BAIXA TENSÃO 5. TARIFAS INTEGRAIS 6. TARIFAS DE ÚLTIMO RECURSO 7. RESOLUÇÃO DE CONGESTIONAMENTOS NAS INTERLIGAÇÕES 8. PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL 7. QUESTÕES EM ABERTO CONCENTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO VERTICAL PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO CUOTAS DE MERCADO EN ACTIVIDAD DE PRODUCCION (NOV. 2001) 0% ENDESA 20% IBERDROLA 40% REG. ESPECIAL 60% UNIÓN FENOSA 80% HC VIESGO ELCOGAS 100% OTROS 7. QUESTÕES EM ABERTO CONCENTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO VERTICAL PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO Quotas de mercado na actividade de produção 2000 P o rtu g a l 6 4 ,0 % 1 5 ,3 % 1 1 ,9 % 6 ,4 % 2 ,4 % 0% 10% 20% E D P P ro d u ç ã o 30% 40% TURBOGÁS 50% 60% T e jo E n e r g ia 70% P R E (P T ) 80% 90% 100% S a ld o I m p o r t a d o r E s p a n h a e P o rtu g a l 2 ,5 % 2000 2 ,2 % 3 3 ,9 % 2 1 ,2 % 1 0 ,9 % 1 0 ,3 % 9 ,9 % 5 ,6 % 1 ,9 % 1 ,0 % 0 ,6 % 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% E ndesa I b e r d r o la P R E (E S ) E D P P ro d u ç ã o UEF HC TURBOGÁS S a ld o im p o r t . I b é r ic o T e jo E n e r g ia P R E (P T ) ELC O G AS 90% 100% 7. QUESTÕES EM ABERTO CONCENTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO VERTICAL PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO DISPERSIÓN DE EMPRESAS EN ACTIVIDAD DE DISTRIBUCIÓN (NOV. 2001) 0% 10% IBERDROLA 20% 30% GRUPO ENDESA 40% 50% REG. ESPECIAL 60% 70% UNIÓN FENOSA 80% HC 90% 100% VIESGO OTROS 7. QUESTÕES EM ABERTO CONCENTRAÇÃO E INTEGRAÇÃO VERTICAL PRODUÇÃO/COMERCIALIZAÇÃO Dispersão empresarial na actividade de distribuição P o rtu g a l 9 9 ,5 % V endas 9 9 ,7 % 0 ,5 % 2000 C lie n te s 0% 10% 20% 30% 40% 50% E D P D is trib u iç ã o 0 ,3 % 60% 70% 80% 90% 100% C o o p e r a tiv a s ( 1 0 ) E s p a n h a e P o rtu g a l C lie n t e s 3 5 ,6 % 3 0 ,4 % 1 8 ,8 % 1 0 ,5 % 2 ,8 % 2000 1 ,8 % 2 ,2 % V endas 3 6 ,6 % 3 0 ,5 % 1 5 ,0 % 1 1 ,2 % 4 ,5 % 0% 10% E n d e s a (E S ) U . F e n o s a (E S ) C o o p e r a tiv a s ( 1 0 ) ( P T ) 20% 30% 40% Ib e r d r o la ( E S ) H id r o c a n tá b r ic o ( E S ) 50% 60% 70% 80% 90% 100% E D P D is tr ib u iç ã o ( P T ) O u t r o s D is t r ib u id o r e s ( 3 2 5 ) ( E S ) 7. QUESTÕES EM ABERTO COSTES DE LA TRANSICION A LA COMPETENCIA (CTC) E CONTRATOS DE AQUISIÇÃO DE ENERGIA (CAE) Potência contratada no SEP 7. QUESTÕES EM ABERTO ELEGIBILIDADE DOS CLIENTES DE BAIXA TENSÃO Nível de elegibilidade ESPANHA C onsum o dos C lie n t e s não E le g í v e i s C onsum o de C li e n t e s E l e g í v e is 45% 55% C l ie n t e s E le g ív e is q u e n ã o m u d a ra m d e fo rn e c e d o r 27% C li e n t e s E le g í v e i s q u e m u d a ra m d e fo rn e c e d o r 28% P O R TU G AL C onsum o dos C li e n t e s não E le g í v e is 55% C onsum o de C lie n t e s E le g í v e i s 45% C l ie n t e s E l e g í v e is q u e m u d a ra m d e fo rn e c e d o r 3 ,5 % C li e n t e s E le g ív e is que não m u d a ra m de fo rn e c e d o r 4 1 ,5 % 7. QUESTÕES EM ABERTO PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Peso da Produção em Regime Especial no total da produção 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 1999 2000 7. QUESTÕES EM ABERTO PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Energia entregue à rede a partir de PRE em Espanha e Portugal 30000 25000 GWh 20000 15000 10000 5000 0 1998 1999 2000 E s panha 20413 25095 27446 P ortugal 1962 2290 2469 7. QUESTÕES EM ABERTO PRODUÇÃO EM REGIME ESPECIAL Venda da energia entregue à rede a partir de PRE em Espanha e Portugal 1000 106 euros 800 600 400 200 0 C ogeraç ão E ólic a H ídric a O utros E s panha 977,384 443,054 283,607 170,207 P ortugal 59,109 9,189 38,636 23,861 8. EM DIRECÇÃO AO MERCADO IBÉRICO DE ELECTRICIDADE MERCADO 1 MONOPÓLIO 1 REDE 1 E E E E E E E E E E E E NORD POOL MIBEL REDE UE (BENELUX) MERCADO 15 MONOPÓLIO 15 ... REDE 15 MERCADO UE 8. EM DIRECÇÃO AO MERCADO INTERNO DE ELECTRICIDADE P P P ... T D C ... D ... Trader ... Comercializador ... C