Verticalizações e Integrações
agroindustriais
Prof. Paulo Medeiros
As verticalizações
• De forma mais ampla em agronegócios, significam o conjunto de atividades
de produção e agroindustrialização de produtos agropecuários, e podem se
estender às primeiras etapas da comercialização dos produtos já
industrializados.
• Integração vertical. Por exemplo, uma granja de rebanho leiteiro pratica
uma integração vertical de sua atividade produzindo leite, e
transformando-o em laticínio próprio, em queijos, iogurte doces e outros
derivados.
• Integração horizontal. Não há necessariamente a agroindustrialização,
referindo-se somente a arranjos entre atividades agropecuária de modo
que cada uma delas auxilie e possa, ou não ser auxiliada por outra
Integração horizontal
• Em um estabelecimento são produzidos milho, suínos, bovinos e cana
de açúcar.
• O milho serve de alimento para os suínos e bovinos, enquanto a cana
de açúcar pode ser utilizada na alimentação dos bovinos ou
industrializada. Os resíduos dos galpões dos suínos também pode
fazer parte da alimentação dos bovinos, os resíduos dos estábulos dos
bovinos nas lavouras de milho, cana de açúcar e até mesmo na
psicultura.
Integração vertical/horizontal
• A integração vertical objetiva agregar valor aos produtos, criar
alternativas de mercado e obter todas as vantagens da
agroindustrialização.
• Integração horizontal tem como objetivo racionalizar a produção
agropecuária, de modo que maximize a utilização dos recursos
disponíveis e minimize os custos de produção
Integrações agroindustriais.
• Também denominadas de complexo agroindustriais, são mais
abrangentes. Elas constituem o conjunto de atividades que compões
todo o agronegócio de um ou mais produtos.
• No Brasil, as integrações mais conhecidas são as de aves e suínos,
sementes, hortaliças (tomate industrial e ervilha) seda e flores.
• De modo geral existem dois segmentos básicos:
Produção agropecuária propriamente dita; e
Demais atividades da cadeia produtiva.
Vantagens para os produtores
• Diminuição dos desembolsos
financeiros durante a fase de
produção;
• Segurança de venda dos
produtos no dia certo e preços
previamente combinados;
• Menor dificuldade na obtenção
de financiamentos
agropecuários;
• Garantia de assistência técnica
• Maior tranquilidade;
• Maior possibilidade de
especialização;
• Utilização de outros produtos
seus, como milho e soja próprios
usado para as rações de aves e
suínos;
• Utilização de mão de obra
familiar, elevando a renda da
família
Vantagens para as empresas
• Garantia da matéria-prima no momento certo;
• Terceirização da produção com a diminuição dos recursos financeiros,
pulverização dos riscos;
• Possibilidade de ganhos financeiros tanto na vendas de insumos
como os produtos após agroindustrializados;
Fontes de problemas
• Caracterizar as relações entre empresas integradoras e produtores
rurais como de dependência e de eliminação de relações trabalhistas;
• Fixar baixos preço dos produtos rurais nas integrações, gerando
pequena margem de ganho;
• Existir risco de não-cumprimento de contratos. Nesse caso, os
produtores ficam sem mercado para seus produtos ou a integradora
fica sem matéria-prima para sua agroindústria.
Agregação de valores
• A agregação de valores significa a elevação de preços de um produto
em decorrência de alguma alteração em sua forma de apresentação,
tanto do produto in natura como agroindustrializados, dentro de cada
nível da produção, da agroindustrialização e da comercialização.
• Mamão: fruta in natura
• Efetuar a classificação por tamanho, estágio de maturação ou
variedade. Efetuar tratamento térmico e químico para eliminar pragas
e doenças e permitir maior prazo para comercialização.
• Agroindustrialização: polpa, doces diversos, cubos papaína, dando a
estes produtos embalagens atrativas e porções adequadas ao
consumo das famílias.
Agregação de valores
• Como os produtos agropecuários são commodities, a agregação de
valor “dentro da porteira” é mais difícil. A saída que se busca está
baseada na certificação de origem, do tipo “frutas do vale São
Francisco”, “café do cerrado” e outros. Para issos há a necessidade de
um esforço muito grande de organização dos produtores e da
produção, adoção de tecnologias predefinidas, rastreabilidade,
concursos de qualidade, promoção dos produtos, apoio
governamental etc.
Sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF)
• Estabelecido pela Mapa, procura estabelecer sistemas de
identificação e codificação padronizadas para rastreabilidade dos
produtos;
• Produtores de cachaça da Bahia;
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