Ferreira Teixeira, Isabel Cristina [email protected] Universidade Federal do Pampa Rio Grande do Sul - BRASIL O ensino da escrita e sua avaliação Escrever é atribuir sentido às palavras, entendendo que esse gesto será sempre incompleto: não há possibilidade de uma representação perfeita. Mas é impossível vivermos fora da linguagem, fora do simbólico. Por isso, lutamos com as palavras. Este estudo discute aspectos dessa luta, a de escrever, e da sua avaliação, a partir do relato das atividades desenvolvidas na oficina Avaliação da Produção Textual, oferecida pelo Programa de Formação Continuada na área de Letras, vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID)/UNIPAMPA/Bagé. A oficina foi desenvolvida em duas etapas, entre os dias 16 e 30 de agosto de 2012. A primeira foi organizada em torno de uma atividade teórica - discussão sobre as práticas de avaliação consagradas na escola (HOFFMANN, 2009) - e de uma prática, em que o texto de um aluno do primeiro semestre do curso de Letras da UNIPAMPA, campus Bagé, foi submetido a uma tabela de correção. Para a segunda etapa da oficina, os participantes foram desafiados a apresentar atividades de avaliação elaboradas junto a seus alunos. Entendemos que a avaliação significa na sua historicidade, possui função retrospectiva e prospectiva (ANTUNES, 2006), porque sinaliza os achados feitos e aponta o caminho a ser seguido, por isso essa prática não pode ser pensada de modo isolado, mas como parte integrante de um processo cuja finalidade é a construção do conhecimento sobre um objeto de ensino. Entendemos também que a escrita tem sido pensada ora como produto, ora como processo e que, apesar de essas concepções funcionarem simultaneamente, podem ser associadas a diferentes momentos do ensino da escrita no Brasil, quais sejam, o da composição, o da redação, o da produção textual e o dos gêneros (discursivos ou textuais).