CARACTERÍSTICAS DOS
MICRORGANISMOS NA
PRODUÇÃO DE DOENÇA
Prof. Mercês Mota
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Na relação parasitária, o microrganismo se
beneficia do hospedeiro, e sua ação
sempre provoca o desenvolvimento de
doenças.
Daí decorrem duas características dos
microrganismos:
Patogenicidade, que é a capacidade de um
ser vivo causar enfermidade em outro
organismo e,
Virulência, entendida como a maior ou
menor facilidade que o microrganismo tem
de provocar doença em um determinado
hospedeiro.
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O vírus da poliomielite e o bacilo do tétano, por
exemplo, apresentam elevada virulência, ao
contrário dos fungos que provocam as micoses.
A virulência é exercida por alguns parasitos
através de suas características:
Poder invasor: capacidade de invadir os
tecidos do organismo do hospedeiro;
Poder toxígeno: capacidade de produzir
substâncias tóxicas para o organismo do
hospedeiro.
Algumas bactérias podem perder a
virulência através de passagens
sucessivas em meios de cultura em
laboratório, processo que resulta
na atenuação de sua virulência,
onde apresenta todas as
propriedades dos microorganismos
originais, mas não são capazes de
produzir doenças. Técnica
empregada para produzir vacinas.
Os parasitos também são
transportados para diversas áreas do
organismo ao penetrar na corrente
sanguínea por agentes infecciosos.
Essa penetração pode ocorrer por
meio diversos:
alguns agentes infecciosos são
transmitidos diretamente para a
corrente sanguínea após a mordida
de alguns insetos e outros através da
via linfática.
Uma vez na corrente sanguinea, os
agentes infecciosos podem se espalhar
para diversos orgaos, (pulmao, coraçao e
rins por exemplo) para o SNC e para a
pele.
Ex. o sarampo infecta o trato respiratorio
penetra na corrente sanguinea e se
espalha pela pele causando erupçoes.
De uma maneira geral podemos afirmar que três fatores
destacam – se na produção de doenças:
Quantidade de Invasores, isto é o numero de agentes
infecciosos que invadem e se estabelecem inicialmente
em um organismo;
Fatores de Virulência, as toxinas que produzem, seu
poder de penetração e
de manutenção no hospedeiro.
Resistência do Hospedeiro, a essas agressões.
Via Linfática: tubos semelhantes aos vasos sanguíneos,
onde circula um liquido transparente amarelado ou
incolor contendo glóbulos brancos, denominado LINFA.
CARACTERÍSTICAS DO HOSPEDEIRO E
RESISTÊNCIA ÀS DOENÇAS
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Vários fatores relacionados ao hospedeiro atuam
na prevenção das infecções. O primeiro deles são
as barreiras fisiológicas que impedem a entrada
do microrganismos:
Pele: a pele íntegra, ou seja, sem qualquer tipo de
lesão, é um importante mecanismo de resistência.
Poucos são os microrganismos que conseguem
vencer essa barreira e penetrar no organismo.
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Mucosas: Membrana que reveste as cavidades do
organismo, como:
Estômago, pulmões, boca, nariz, esôfago,
traquéia, uretra, reto, canais que se abrem para o
exterior; e segregam muco.
As bactérias tendem a aderir essa película.
(CIGARRO).
PROTETORES E
DEFENSORES
DO ORGANISMO
GLÓBULO BRANCO - O mesmo que Leucócito que são
células sangüíneas que protegem o organismo contra a
invasão de bactérias.
Detectam rapidamente uma infecção bacteriana e se dirigem
para o local da invasão para isso espremendo-se através
dos espaços entre as células das paredes dos capilares;
esse processo de atravessar a parede dos capilares é
chamado “diapedese”.
Ao chegar ao local da invasão os leucócitos passam a
fagocitar as bactérias e, por isso, são mortos.
No local da infecção eles acumulam-se aos milhares
matando as bactérias e constituem o pus dos ferimentos
infeccionados.
São 6 a 8 mil por centímetro cúbico.
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Os glóbulos brancos podem ser encontrados tanto
na corrente sanguínea como nos tecidos do
hospedeiro.
Alguns glóbulos brancos, denominados linfócitos,
se destacam pela capacidade de produzir
anticorpos contra os agentes invasores do
organismo do hospedeiro.
Linfócitos: destroem os invasores por fagocitose.
GLÓBULO SANGÜÍNEO – Hemácia ou
glóbulo vermelho, são 5 milhões por
centímetro cúbico de sangue.
Os glóbulos vermelhos são componentes
importantes no transporte de oxigênio para
os tecidos, mas não desempenham papel
na defesa do hospedeiro contra a infecção.
Fatores como idade, (indivíduo muito jovens
ou idosos), raça, consumo de álcool,
narcóticos, fumo, condições de alimentação
e estresse interferem no sistema de defesa,
comprometendo sua eficiência no combate
às agressões ao organismo.
Responda rapidinho:
O que é o que é: (grupos)
Patogenicidade,
Virulência,
Poder invasor
Poder toxígeno
Mucosas
Glóbulo branco
Glóbulos vermelhos
SEGUNDA PARTE:
O ESTUDO DOS PARASITAS
O que são Parasitas
Os parasitas são seres vivos que retiram de outros
organismos os recursos necessários para a sua
sobrevivência.
Eles são considerados agressores, pois prejudicam o
organismo hospedeiro através do parasitismo.
O parasita pode viver muitos anos em seu hospedeiro sem
lhe causar grandes malefícios, ou seja, sem prejudicar suas
funções vitais.
Entretanto, alguns deles podem até levar o organismo à
morte, neste caso, porém, o parasita sucumbirá junto com
seu hospedeiro, uma vez que, era através dele, que ele se
beneficiava unilateralmente.
O ESTUDO DOS PARASITAS
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Antigamente se acreditava que as doenças
decorriam da má qualidade do ar, produto da
decomposição de plantas e animais. Essa teoria
era conhecida como a “teoria dos miasmas” e
foi, durante muito tempo, a explicação para uma
série de doenças.
A TECNOLOGIA TRAZ NOVAS
POSSIBILIDADES
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A partir de 1675 surgiu o microscópio, ainda
rudimentar, mas já visualizava algumas formas de
organismos vivos que anteriormente não eram visíveis a
olho nu.
Graças a evolução do microscópio, a microbiologia
começou a desenvolver-se em bases científicas,
tornando possível a contestação da teoria da geração
espontânea e, consequentemente, os grandes avanços
no conhecimento dos microrganismos e das doenças
infecciosas.
Geração espontânea=> segundo essa teoria defendida por
Needham(1745), os micróbios não provinham de nenhum ser
preexistente.
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Em 1860, Louis Pasteur fez a seguinte
experiência: colocou uma solução com nutrientes
em um frasco (meio de cultura), aquecendo-os até
que os vapores saíssem pela abertura do mesmo.
Por vários dias não apareceu vida no frasco de
Pasteur, pois as impurezas que penetravam
ficavam retidas nas dobras úmidas do gargalo do
frasco e não alcançavam a solução fervida
anteriormente.
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Meio de Cultura=> soluções
preparadas com substâncias
nutritivas, como proteínas de
vegetais e animais, sais
minerais e açúcares, que
permitem a multiplicação de
microrganismos em tubos de
ensaio
ou
frasco
em
laboratório.
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Os adeptos da abiogênese (geração espontânea)
argumentaram que o principal formador da vida
havia sido destruído pelo calor, durante a fervura
das infusões.
Com um golpe de martelo, Pasteur quebrou o
gargalo do frasco, e 48 horas depois a solução
apresentava formas vivas(bactérias e fungos).
Com essa experiência, ele provou que os
micróbios eram a causa da fermentação que
sempre ocorria.
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A descoberta de Pasteur foi, e ainda é,
fundamental, pois nos revela que estamos
cercados de seres vivos invisíveis a olho nu,
alguns deles úteis, outros causadores de
doenças.
Ao manipular um material esterilizado, preparar
um medicamento ou praticar qualquer outra
técnica que exija assepsia, o profissional de
saúde deve tomar muito cuidado.
Assepsia=> significa manter livre do risco de
infecção, isto é, manter alguma coisa isenta de
microrganismos.
A assepsia compreende um conjunto de medidas que visam controlar ou
evitar a penetração(contaminação) e
conseqüente multiplicação de
microrganismos numa determinada superfície ou organismo.
Contaminação=> é a penetração de microrganismos numa determinada
superfície de um objeto, área física ou organismo( animal ou vegetal).
Para sobreviver e proliferar(multiplicar) em tais locais, é necessário que
os microrganismos tenham acesso a umidade, calor e nutrientes.
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É possível, assim(com a assepsia) impedir que
os microrganismos presentes nas mãos, em
cabelos, roupas, bancadas, assoalhos ou no ar
contaminem objetos, equipamentos etc.
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Cabe ao profissional responsável eticamente
comprometido com sua profissão zelar pela
manutenção da saúde daqueles que buscam
seu atendimento.
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O uso do microscópio proporcionou também o
desenvolvimento do estudo do parasitismo, e
permitiu a melhor compreensão das relações
desarmônicas entre dois ou mais seres vivos.
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Os protozoários (amebas e plasmódio) e os
parasitos macroscópicos (vermes e insetos)
transmissores de doenças são estudados por uma
ciência chamada parasitologia.
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Já a microbiologia é a ciência que se volta para os
parasitos microscópicos em geral, estudando os
vírus, as bactérias, os fungos e as rickéttsias.
RICKÉTTESIAS - Microorganismo entre bactéria e vírus.
(ar condicionado)
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Geralmente os parasitas se alimentam de
nutrientes encontrados nos órgãos, no sangue
ou em outros líquidos orgânicos
do
hospedeiro.
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Quando vivem no interior do corpo do
hospedeiro são denominados endoparasitas
(áscaris), e quando vivem na parte externa do
corpo são ectoparasitas (piolho).
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Um parasita facultativo pode viver parasitando ou
não um hospedeiro(protozoários encontrados na
água, como a ameba); quando não está
parasitando ele é chamado de parasito de vida
livre.
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Alguns parasitas (como o plasmódio, que causa a
malária), que só se multiplicam no interior das
células de seu hospedeiro, são denominados
intracelulares.
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Quando as condições do meio
ambiente são desfavoráveis para a
sobrevivência do microrganismo, ele
adquire uma forma encapsulada,
esférica ou oval, resistente, capaz de
sobreviver
muito
tempo
nessas
condições adversas.
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Essa forma é chamada esporo.
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Os mecanismos de transmissão das
infecções são diversos, variando desde
a penetração de uma simples gotícula
contaminada( pequena gota de saliva
ou
secreção),
através
da
via
respiratória, até a mordida de animais
(insetos e mamíferos).
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Os seres capazes de penetrar através da pele estão
sujeitos a diversos mecanismos de defesa do hospedeiro
que podem destruí-los.
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Portanto, para produzir doença os agentes infecciosos
devem resistir a esses fatores do hospedeiro e encontrar
células que favoreçam sua multiplicação.
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Uma vez que a superfície da pele foi invadida, os agentes
podem entrar na corrente linfática, (Líquido transparente
que enche os vasos linfáticos), e a partir dela, infectar
qualquer área do organismo do hospedeiro.
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Conhecendo o modo como o parasita se
alimenta, seu ciclo de vida(dentro e fora do
corpo humano) e seu mecanismo de
penetração, podemos encontrar meios de deter
sua
ação
patogênica,
prevenindo
as
enfermidades---- o que, naturalmente, é melhor
do que tratá-las depois que se instalam no ser
humano.
Para não desacostumar, pesquise:
Assepsia
Anti-sepsia
Contaminação
Patogênico
Endoparasitos
Ectoparasitos
Referencias Bibliograficas:
CONTRAN. RamziS.; KUMAR, Vinay;
ROBBINS, Stanley L.Robbins:
patologia estrutural e funcional. 5 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
1986.
WILSON, Robert Alan. Temas de
biologia.In:_. Introduçao a
parasitologia. São Paulo: EDUSP, 1980.
V.4
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A INPORTANCIA DA PREVENÇAO 15-09