ESPERANÇA NA MÚSICA
Esperança na Música: Relato e Reflexões
José Siqueira , Ludimila Palucci e Renata Magalhães
ESPERANÇA NA MÚSICA
HISTÓRIA
ESPERANÇA NA MÚSICA
história
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2007 - roda de música informal no Caps Esperança,
com destaque de alguns usuários.
Dois grupos distintos: roda informal (segunda-feira) e
“Esperança do Samba”, - ensaios às terças, com
repertório e papéis definidos.
2008 - “Esperança na Música” vai para o Espaço das
Vilas e começa a receber os usuários internados no
NAC.
ESPERANÇA NA MÚSICA
história
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Apresentações em outros serviços do Cândido e outras
instituições.
Crescimento do grupo – poucos instrumentos.
Campanha para arrecadação de recursos.
Expansão desta tecnologia para outras experiências.
2009 - Coletivo da Música: atividades para toda a
Rede. Esperança na Música é uma das ações.
ESPERANÇA NA MÚSICA
ESTRUTURA
ESPERANÇA NA MÚSICA
estrutura
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Ensaios todas as terças, das 16h às 17h, no Centro de
Convivência Espaço das Vilas.
Participantes: usuários do Caps Esperança, do Núcleo
de Retaguarda e membros da comunidade, além de
alguns usuários de outros serviços de saúde mental.
Média de 30 participantes por encontro.
ESPERANÇA NA MÚSICA
estrutura
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Pelo menos 5 coordenadores a cada encontro.
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Coordenação musical – José (músico).
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Outros coordenadores: psicólogas, monitores, técnicos
de enfermagem = cuidadores .
Trabalhadores e usuários tocam vários instrumentos:
violão, baixo, cavaquinho, surdo, pandeiros, tamborins,
chocalhos, triângulo, tantam, rebolo...
ESPERANÇA NA MÚSICA
estrutura
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Base do repertório: música brasileira,
principalmente samba.
A atividade a ser feita no dia é combinada no
início do grupo: ensaio fechado ou atividade livre.
Os participantes pedem as músicas que tocaremos
no dia. Cada um pode escolher se vai cantar e se
vai ser acompanhado por outra pessoa.
ESPERANÇA NA MÚSICA
estrutura
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“Grupo Núcleo”: 5 usuários do Caps Esperança
presentes em todos os ensaios e apresentações.
Apresentações em equipamentos do Cândido e
outras instituições, festas, congressos e fóruns.
ESPERANÇA NA MÚSICA
apresentações
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COSEMS-SP,
Conferência Municipal de Saúde Mental
Semana de Psicologia da PUC-Campinas
Inauguração do Caps Artur Nogueira
Festa da Primavera - Lar dos Velhinhos
Inauguração do espaço de artes - Mário Gatti
Fórum de Humanização do SUS
Congresso Internacional de Stress
Esperança na música
Reflexões
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
A música e o cérebro
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A música ativa uma rede de regiões cerebrais
envolvidas nos estímulos, no prazer, na transmissão
de opióides e na produção de dopamina.
“A música é uma forma de melhorar o estado de
ânimo das pessoas” (LEVITIN, 2010, P.215).
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
A música e a cultura
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Música = padrões de sons socialmente aceitos
(interação social).
“O som musical é resultado de processos
comportamentais humanos, formados através de
valores, atitudes e crenças das pessoas que
pertencem a uma determinada cultura” (MERRIAM,
1964 – p. 7).
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Música = expressão.
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Materialidade: tato e visão (“eu vi”).
Música: “a mais abstrata de todas as artes” (Suassuna,
2004, p. 321).
“uma linguagem em que se percebe o horizonte de um
sentido que no entanto não se discrimina em signos isolados,
mas que só se intui como uma globalidade em perpétuo
recuo, não verbal, intraduzível, mas à sua maneira,
transparente” (WISNICK, 1989, p. 30).
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
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Usuários de Serviços de Saúde Mental, muitas
vezes, têm dificuldades de expressar o que sentem
e o que pensam.
A música, entendida como forma de comunicação,
pode oferecer uma oportunidade de expressão
para estas pessoas.
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Música = socialização.
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Não há festa, ritual ou reunião coletiva sem música
(ao fundo ou no papel principal).
“A música promove encontros, trocas e momentos em
que se compartilha a vida” (SIQUEIRA, PALUCCI &
SEI, 2010).
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Repertório: música nacional
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Aproximação às vivências e realidades das pessoas
envolvidas.
Afirmação dos valores e história de vida dos
sujeitos.
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Metodologia: experimentação
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Instrumentos musicais: mediadores de conteúdos
subjetivos e facilitadores de uma comunicação coletiva.
O usuário, ao tocar com o grupo, lida, num mesmo
movimento, com aquilo que lhe é particular e com o
que, no coletivo, é do outro.
DESAFIO: OUVIR E TOCAR COM O GRUPO!
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
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Reforma psiquiátrica: aposta nos trabalhos em grupos,
oficinas e ateliês.
Trabalhadores de saúde: bordados, fuxico, cozinha,
futebol, canto.
Despretenciosas atividades? Potências, ações de
produção de cuidado, efeitos terapêuticos e criação de
vida.
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
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Intervenção em grupo – cuidar de maneira coletiva e,
ao mesmo tempo, da singularidade.
“aquilo que me abre para a coletividade é o que me é
mais singular”.
Grupo = instância construída, espaço no qual as ações
de cada um ganham outros sentidos, por estarem
confrontadas com este interjogo de diálogos,
movimento, modificações no espaço de vida de cada
um, norteada pelo espaço vital do grupo.
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Por quê em um Centro de Convivência?
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Nova aposta: cuidado despido de mandatos sociais de
cura e tratamento.
Abertura para o conviver: tramas e dramas da vida se
misturam, se deslocam, mudam.
Música como plano de composição para novos
encontros. Produz efeitos terapêuticos sem tê-los como
foco.
ESPERANÇA NA MÚSICA
reflexões
Participação do Núcleo de Retaguarda
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Alta rotatividade: a cada semana, novos integrantes.
Mesmo em cuidados intensivos, conhecer novos espaços,
outras propostas de cuidados e estabelecer outros
vínculos.
Ensaio para o processo de alta: deslocar-se, conviver.
Desafio: qualificar as indicações para a participação
dos usuários levando em conta os respectivos PTIs.
ESPERANÇA NA MÚSICA
Reflexões
Grupo de Música X Grupo Terapêutico
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Ambiguidade? Não, PARADOXO!
Depois de muito nos questionarmos, chegamos à
conclusão: somos os dois!
Esperança na Música
Novas apostas
ESPERANÇA NA MÚSICA
Novas apostas
Crescimento do grupo: novas necessidades
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Técnica musical: ensaios
Aparelhagem de som
Carga horária dos coordenadores
Reuniões periódicas
Mudança do nome
ESPERANÇA NA MÚSICA
Novas apostas
Ponto de partida
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Nossa principal aposta é para que estes sujeitos
possam protagonizar um outro lugar social: músicos.
BIBLIOGRAFIA
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SUASSUNA, A. Iniciação à estética. Rio de Janeiro:
José Olympio, 2004.
WISNIK, J. M. O som e o sentido: uma nova história da
Música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
MERRIAM, A.P. Anthropology of Music. Northwestern
University Press, 1980.
LEVITIN, D. A Música no seu cérebro. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2010.
Contatos
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A MÚSICA EM NOSSAS VIDAS.