Parte desse material foi extraído de: “Módulo II – Homilética – EPOS – CEEDUC. 2.ed. 2003. Joinville-SC”
TEOLOGIA
PRÁTICA
TEOLOGIA
BÍBLICA
TEOLOGIA
SISTEMÁTICA
TEOLOGIA
HISTÓRICA
TEOLOGIA
EXEGÉTICA
Homilética, Organização Eclesiástica,
Evangelismo, Liturgia.
Preocupa-se com certa doutrina bíblica contida
em apenas um livro específico da Bíblia.
Agrupa os principais assuntos doutrinários
bíblicos.
1)Estuda o desenvolvimento das doutrinas no
contexto da história cristã.
2)Examina o conteúdo discutido dentro da história
cristã.
1) Estudo das linguagens originais.
2) Isagoge do AT: a)ESPECIAL – quem é o autor, etc.
3) Hermenêutica.
b)GERAL – cânon, inspiração, critérios.
Uma das grandes preocupações do obreiro
eficiente é pregar ou explanar as Sagradas
Escrituras de uma forma dinâmica, sem, no
entanto, deturpar o texto bíblico. Saber
comportar-se no púlpito diante da igreja
também é lema do obreiro que procura ser
eficaz. Por isso, é necessário que este
obreiro recorra a Homilética, a
Hermenêutica e a Exegese, pois estas
disciplinas irão prepará-lo para tais
desafios.
a) HERMENÊUTICA - É a arte de interpretar
textos inseridos no seu contexto;
b) EXEGESE - É a arte de “extrair” e entender
um texto;
c) HOMILÉTICA - É a arte de se preparar,
organizar e apresentar o sermão, palestra,
discurso ou estudo;
d) RETÓRICA - É a arte de falar e argumentar
em público, através de sermõs, palestras,
discursos e estudos.
ESTRUTURA DE UM SERMÃO
Antes de começar a pensar na estrutura do
sermão propriamente dita, temos que
pensar em nossa mensagem como algo
que precisa ser cuidadosamente
“temperada”. O livro de Hermenêutica da
EPOS, na página 14, traz para nosso
conhecimento as quatro análises que
devem ser efetuadas em uma mensagem
antes de pregá-la. São elas:
ESTRUTURA DE UM SERMÃO
Envolve a compreensão da
história e da cultura relacionada ao texto.
Une o estudo do vocábulo e sua
relação com a frase, utilizando-se da gramática e da lingüística para
explicar o sentido do texto.
ESTRUTURA DE UM SERMÃO
Procura observar o texto dentro
de sua estrutura narrativa e sua relação com o capítulo e o livro como
um todo. O título Análise Literária deve ser preferível à Contextual, pois
esta se desdobra em diversos tipos de contextos, enquanto aquela
refere-se à estrutura do texto.
Compreende que sendo a Bíblia
um livro inspirado por Deus, outros recursos gerais de interpretação
não são eficazes para entender as bases sobrenaturais das suas
narrativas. Portanto, além dos métodos hermenêuticos anteriores, é
necessário uma compreensão teológica dos textos bíblicos. Devemos
considerar também que os termos “salvação”, “pecado”, “redenção”,
“expiação” e “Trindade”, entre outros, são vocábulos cujos conceitos
interpretam-se teologicamente.
Texto:......................................CITADO NA PREGAÇÃO................................................
Tema/ TESE:.............................NÃO CITADO NA PREGAÇÃO..................................
Título...................................... CITADO NA PREGAÇÃO...............................................
Objetivo Geral:........................ NÃO CITADO NA PREGAÇÃO..................................
Objetivo Específico: ................. NÃO CITADO NA PREGAÇÃO.................................
Introdução:............................... CITADO NA PREGAÇÃO.............................................
POR QUE – COMO – QUANDO – PARA O QUÊ ( escolher uma apenas)
(para cada pergunta, no mínimo 2 respostas, no máximo 3)
1o Ponto:..............................................................................................................
Interpretação:............................................................................................
Argumentação:.........................................................................................
Ilustração:.................................................................................................
Aplicação:................................................................................................
Transição:...........................................................................................................
2o Ponto:..............................................................................................................
Interpretação:............................................................................................
Argumentação:.........................................................................................
Ilustração:.................................................................................................
Aplicação:.................................................................................................
Transição:...........................................................................................................
3o Ponto:..............................................................................................................
Interpretação:............................................................................................
Argumentação:.........................................................................................
Ilustração:.................................................................................................
Aplicação:................................................................................................
Transição:...........................................................................................................................
Conclusão / Apelo:..........................................................................................................................
PARA MEDITAR:
Não podemos confundir
eloqüência com exposição
de sermão de forma
estridente, barulhenta e
desordenada.
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
1 - INTRODUÇÃO
A igreja de Cristo origina-se, vive e é perpetuada por
meio da pregação da Palavra de Deus. Logo, é notória
a importância de uma ciência que capacite o obreiro a
pregar a palavra de uma forma que alie a técnica e
unção do Espírito Santo. Vemos assim que a
Homilética é muito importante na transmissão da
Palavra de Deus.
Além de importante a Homilética é nobre, porque se
interessa exclusivamente pelo bem das almas, que
são objeto do amor infinito, da graça remidora e do
poder renovador de Jesus Cristo.
O QUADRILÁTERO HOMILÉTICO
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
2 - A HOMILÉTICA DESENVOLVE A ARTE DE EXPRESSÃO
Sem dúvida, a Homilética contribui eficazmente para que o
pregador desenvolva a habilidade de falar, isto é, a arte de
expressão. Nem todos possuem o dom natural da palavra.
Mas aqueles que exercem o seu ministério ou a ele aspiram,
devem buscar o aprimoramento no falar. Temos de encarar
a realidade: a dificuldade de expressão no púlpito dispersa a
atenção e o interesse do auditório, por isso o pregador deve
sempre procurar expressar-se bem em público.
É verdade que o sucesso de um pregador depende dos seus
valores espirituais, mas também é certo que os valores
físicos muito influem. O pregador deve saber distinguir esses
valores indispensáveis ao desempenho do seu ministério. O
pregador que se expressa mal é ouvido com desinteresse,
porém, o que se expressa bem é ouvido com prazer.
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
3 - A HOMILÉTICA DESENVOLVE O RACIOCÍNIO
O desenvolvimento do raciocínio baseia-se em
conhecimentos, e estes são assimilados na leitura e na
meditação da Palavra de Deus. Por isso Paulo aconselhou a
Timóteo dizendo: “Persiste em ler!”, (1 Tm 4.13). Os
conhecimentos acumulados vêm à tona quando desejamos
preparar um sermão ou estudo bíblico. Então o raciocínio
forma com eles uma cadeia de argumentos que enriquece o
pensamento. A assimilação de conhecimentos gerais
também é necessária ao pregador, pois dá mais atratividade
ao sermão. A meditação é, em outras palavras, uma forma
de raciocínio.
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
4 - A HOMILÉTICA APRIMORA OS CONHECIMENTOS
A Bíblia incentiva a busca de conhecimento: “Bem-aventurado o
homem que acha sabedoria, e o que adquire conhecimento” (Pv
3.13). Já estudamos antes que a Homilética é a arte de preparar e
expor um sermão. Tanto a preparação quanto a exposição são
enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador. Os
conhecimentos não são a principal razão de um sermão, mas o
esqueleto que lhe dá forma. Eles enriquecem um sermão com
variedade de pensamentos que transmitidos sob a unção do
Espírito Santo, muito contribuem para o sucesso da pregação.
Pedro ensina que deve haver equiparação entre graça e
conhecimento, quando diz: “Crescei na graça e no
conhecimento...” (2 Pd 3.18). O pregador não precisa deixar de
ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermões com
conhecimentos gerais. Se o sermão estiver cheio da graça de
Deus, então os conhecimentos neles inseridos resultarão em
bênção.
A IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
5 - A HOMILÉTICA DESENVOLVE A VIDA ESPIRITUAL
Não pode haver verdadeiro sucesso na pregação sem o cultivo
de uma vida espiritual e dinâmica. Não basta apenas conhecer
as regras homiléticas, saber fazer um esboço de sermão, ter
facilidade de expressão, nem possuir grandes conhecimentos
seculares, pois a pregação exige também uma vida de
consagração a Deus. O pregador, antes e depois de tudo, é um
servo que faz a vontade do seu Senhor. É também um
embaixador que precisa estar em contínuo contato com o seu
governo, para dizer somente aquilo que interesse ao país.
É impossível separar a pregação da devoção. Esses dois
elementos precisam estar irmanados. O primeiro sem o
segundo é vazio e inexpressivo. O pregador, quando prepara a
prédica, deve estar inspirado e ungido, em meditação e oração.
É sobre os joelhos dobrados que o canal divino flui sobre a
mente do mensageiro. O cultivo espiritual deve ocupar o
primeiro lugar na vida do pregador.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
1 - INTRODUÇÃO
A palavra de Deus afirma que “a palavra vem pela pregação
e a pregação pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). Como é
possível, então, que surjam dificuldades quando esta
palavra é proclamada?
O problema não está na Palavra de Deus, mas em sua
proclamação, quando feita por pregadores que não admitem
suas imperfeições pessoais na arte homilética.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
2 - FALTA DE PREPARO DO PREGADOR
Na maioria das vezes, a pregação pobre tem sua raiz na
falta de estudo do orador. Muitos julgam ter condições de
preparar uma mensagem bíblica sem dedicar muito tempo,
ou sem o árduo trabalho exegético e estilístico.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
2.1 - Falta de Unidade Corporal na Pregação
Os ouvintes do sermão pregado perdem o interesse pelo
recado do pregador quando este apresenta uma mensagem
que consiste numa mera junção de versículos bíblicos, às
vezes até desconexos, pulando de um livro para outro, sem
unidade interior, sem um tema organizador. A falta de
unidade corporal na pregação leva o ouvinte a depreciar até
a mais correta exposição da Palavra de Deus.[1]
•
• [1] REIFLER, Pregação ao alcance de todos. São Paulo: Vida Nova, 1993, 14.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
2.2 - Falta de Vivência Real do Pregador na Fé Cristã
O pior que pode acontecer ao pregador do evangelho é este
proclamar as verdades libertadoras de Cristo e, ao mesmo
tempo, levar uma vida arraigada no pecado e em total
desobediência aos princípios da Palavra de Deus. Neste
ponto é necessário que o pregador faça como o apóstolo
Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu sou de
Cristo.” (1 Co 11.1; cf. 1 Co 4.16; Fp 3.17).[1]
•
[1] REIFLER, Pregação ao alcance de todos. São Paulo: Vida Nova, 1993, 14.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
2.3 -Falta de Aplicação Prática às Necessidades
Existentes na Igreja
Muitas mensagens são boas em si mesmas, mas se tornam
pobres na prática, na edificação do povo de Deus.
Constituem verdadeiros castelos doutrinários, mas não
mostram como colocar em prática, de maneira viável, o
ensino da Palavra de Deus, negligenciando, por exemplo,
oferecer ajuda concreta a um ouvinte que não sabe como
proceder diante do sermão exposto. O sermão não deve
apenas discutir abstrações doutrinárias, mas sim ensinar os
ouvintes a como caminharem na fé diante da Palavra de
Deus.
FALTAS OCASIONADAS PELO NÃO USO DA
HOMILÉTICA
2.4 -Falta de Prioridade da Mensagem na Liturgia
O culto teve início pontualmente às 19h 30min, com um belo
programa musical seguido de muitos testemunhos
empolgantes, várias orações e diversos avisos. Finalmente
às 20:45h, quando toda a congregação já estava cansada, o
dirigente anunciou:
_ “Vamos agora para a parte mais importante de nosso
culto. Com a palavra, nosso pastor, que vai pregar o Santo
Evangelho”.[1]
O pregador então, fica constrangido de pregar 40 minutos,
pois sabe que ninguém irá agüentar. Logo, é necessário que
o dirigente do culto esteja atento para o prioridade que deve
ser dispensada a transmissão da Palavra de Deus.
A característica principal de um culto deve ser a
pregação da palavra de Deus.
•
[1] REIFLER, Pregação ao alcance de todos. São Paulo: Vida Nova, 1993, 14-5.
OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA UMA
BOA HOMILÉTICA
1 - PIEDADE
A piedade é uma qualidade da alma. Esta qualidade referese à sinceridade, ou honestidade, que é enraizada numa
contínua experiência da companhia de Deus. É uma
reverente dedicação à vontade divina. Não é puro
misticismo, ascetismo ou extra-mundanismo, no sentido
dum orgulhoso afastamento dos interesses humanos, mas é
algo que se mistura com a vida, no fortalecimento das
virtudes cristãs.[1]
•
[1] CABRAL, Elienai. O pregador eficaz. Rio de Janeiro: CPAD, 1981, p. 37-8.
OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA UMA
BOA HOMILÉTICA
2 - DOTES NATURAIS
Os dotes naturais são qualidades, ou características,
predicativos que são inerentes ao ser humano.
O pregador precisa ter capacidade de pensar de maneira
clara, de sentir profundamente e ter imaginação vigorosa.
Deve igualmente possuir facilidade de expressão e dicção
clara.
Existem muitos outros dotes que ajudarão o pregador na
execução de sua mensagem. Esses são apenas alguns dos
que consideramos quase que indispensáveis para qualquer
grau de eficiência. Cada um deles pode ser melhorado e
outros podem ser desenvolvidos em pessoas que não julgam
possui-los.
OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA UMA
BOA HOMILÉTICA
3 - CONHECIMENTO
Cabe ao pregador o dever de conhecer a verdade religiosa e
aquelas verdades que levam luz sobre ela. Deve também
conhecer a natureza humana em suas relações com a
verdade religiosa e com as atuais condições da vida humana
ao seu redor. O pensamento favorito de Cícero era que o
orador deve conhecer tudo.
A piedade fornece força motriz; os dotes naturais
cultivados quando possível, suprem os meios; o
conhecimento fornece material.
OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA UMA
BOA HOMILÉTICA
4 - PERÍCIA
A perícia está relacionada com a coleta, escolha e disposição
de material. Pregar é uma arte. A arte não pode criar
poderes mentais, corporais e nem substituir a perícia. Uma
vez realmente ausentes, pode não obstante desenvolvê-los
com maiores vantagens. Alcançar perícia, portanto, é o
objetivo dos estudos da retórica; perícia na construção e na
apresentação do discurso.
PARA FINALIZAR…
Olhemos, pois, para o Pregador-modelo! Como Ele pregaria
em nossos dias? Seria Ele um pregador cheio de
trejeitos, espalhafatoso? Faria Ele gracejos para o povo?
Gritaria a ponto de esgoelar? Pediria ao Pai, para
impressionar o público, querubins ao seu lado? O
Pregador-modelo, hoje, contaria vantagens,
mencionando os lugares por onde tem pregado o
evangelho? Vestir-se-ia como um astro? Rodaria o seu
paletó sobre a cabeça ou o lançaria sobre os ouvintes?
Jogaria uma peça de sua roupa violentamente ao chão?
Divertiria o povo "orando" mais ou menos assim: "Pai, se
houver aqui algum demônio maluco, porque só pode ser
maluco para estar neste lugar, que seja queimado
agoooooooraaaaa"? Ele mandaria o povo repetir frases
de efeito? Jogaria água sobre o povo?
Muitas dessas perguntas receberiam "sim" como resposta
se estivéssemos nos referindo aos chamados
"pregadores de massa" da atualidade... Mas as fizemos
tendo em mente o pregador Jesus! E eu pergunto: Você
quer seguir ao exemplo do Pregador-modelo? Ou prefere
ser popular, fazer sucesso, sendo um grande animador
ou humorista?