A VEROSSIMILHANÇA NAS ESTRUTURAS NARRATIVAS DO CONTO "FRIO" DE JOÃO ANTÔNIO. Ana Cláudia Pereira dos Santos (UNIFEG) [email protected] O conto nos passa por meio de sua narrativa, as ações sofridas por um menino de apenas dez anos, e que não mereceu nome. Esse sobrevive aos cuidados de Paraná, personagem que apesar de não ter muita ação, é o companheiro do garoto na história, e se destaca por suas atitudes, em relação ao garoto. Há esse é pedido um favor que consiste em levar um suspeito "embrulhinho branco", para o próprio companheiro (Paraná). Toda narrativa é no seu trajeto ao ferro-velho, lugar onde tem que deixar o embrulho. O conto deixa uma atmosfera de vício referente à personagem adulta Paraná. E o menino pode estar a servir-se de "cobaia", para fazer esse serviço. O conto apresenta também duas personagens secundárias, Seu Aluísio e sua filha Lúcia, essas irão proporcionar a criança momentos de alegria. Nesse conto, analisaremos até que ponto podemos assegurar a verossimilhança no mesmo, que é narrado por um narrador heterodiegético, situado em um nível extradiegético e também os discursos presentes na narrativa, o qual entre eles destaca-se o discurso indireto livre, que causa dificuldade em distinguir quem esta a falar, portanto, não sabemos se quem fala é o narrador ou a personagem. Propõe-se, com a análise do conto "Frio", estudar os elementos das estruturas narrativas: modo, voz e tempo no conto sobre o qual o objetivo é investigar a construção da narrativa literária e estabelecer quais estratégias lingüísticas que foram utilizadas para estabelecer o caráter de verossimilhança na história narrada. Iremos fazer essa análise, a partir dos pressupostos teóricos de Gerard Genette em Teoria da narrativa.