Portal Educacional do Estado do Paraná
Proposta N°8559
Situação do OAC: Rascunho
Autor: MARILIS BALZER MACIEL
Estabelecimento: CORREIA, C E SEN - E FUND MEDIO
Ensino: E F ANOS FINAIS
Disciplina: EDUCACAO FISICA
Conteúdo: ESPORTE
Cor do conteúdo:
Problematização do Conteúdo
Chamada para a Problematização: "A sociedade muda, quando os indivíduos que vivem
nela mudam também". Paulo Freire
A violência nos dias atuais é considerada uma das maiores preocupações, medos e
angustias da sociedade. Esta violência apresenta-se sob as mais diversas formas, afetando as
pessoas de forma direta ou indireta, independentemente da classe social a que pertencem.
A escola também é alvo da violência, o que acaba comprometendo sua identidade,
pois ao mesmo tempo em que é considerada um local de aprendizagem de valores, do
exercício da cidadania, da ética e da razão, é noticiada como lugar de incivilidades, brigas,
invasões, depredações e até mortes.
Uma manifestação de comportamento que denota graus variados de violência tem
chamado a atenção de educadores, o Bullying, o mesmo foi visto por muito tempo como
simples brincadeira, não sendo, portanto levado muito a sério.
A proporção da ocorrência de fatos nas escolas nesse sentido vem ocasionando grande
preocupação para pais, professores e estudantes, pois estudos revelam que este tipo de
violência pode ocasionar muitos problemas, prejudicando o desenvolvimento psíquico, físico,
moral, cognitivo e afetivo social daqueles alunos que estão envolvidos de alguma forma com
esse tipo de situação.
O Bullying é uma manifestação de violência, tal termo é de origem inglesa, sendo
assim utilizado no Brasil por não existir uma tradução fiel associada ao termo que denomina a
agressividade entre iguais.
Para Botelho et al (2007), Bullying compreende todas as formas de atitudes
agressivas, intencionais e repetidas (de maneira insistente e perturbadora) que ocorrem sem
motivação evidente e de forma velada, sendo adotadas por um ou mais estudantes contra
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outro(s), dentro de uma relação desigual de poder. Este fenômeno se manifesta sutilmente,
podendo ser sob a forma de brincadeiras, apelidos, trotes gozações e agressões físicas.
Estudos realizados sobre o Bullying revelam que muitas tragédias e suicídios foram
cometidos por indivíduos que sofreram este tipo de violência em algum momento da sua vida.
Portanto não podemos ignorar este problema que, muitas vezes acontece na escola, e por não
ser explícita passa despercebida pela maioria dos profissionais que atuam neste contexto.
Entre as inúmeras causas de tanta violência percebemos que as desigualdades sociais,
o consumismo e a carência de valores morais e éticos contribuem para a incidência destas
ocorrências nas escolas.
Segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (DCEs/PR,2006) a conscientização dos
alunos passa pelo entendimento da corporalidade e da importância dos valores para o seu
desenvolvimento integral, visando um melhor entendimento sobre os fatores que afetam
positivamente ou negativamente o seu desenvolvimento.
Neste sentido a Educação Física ao assumir um papel social e transformador na
escola, desenvolvendo conhecimentos da cultura corporal de movimento, poderá contribuir
para minimizar a violência entre os escolares manifestada principalmente através do Bullying.
Entre os conteúdos da Educação Física elegemos o esporte para ser desenvolvido na
escola, pois é um dos fenômenos sociais de maior significado, sendo acima de tudo um
patrimônio cultural, exercendo grande influência sobre as crianças e adolescentes nos mais
diferentes aspectos, entre eles: de comportamento, de preferência em relação a determinadas
práticas, na forma de se vestirem, entre outras. (FINCK, 1995).
Sabemos que não existe receita para acabar com a violência, mas como educadores
não podemos deixar de tratar pedagogicamente temáticas relacionadas a essa questão social e
fazermos a nossa parte, na busca de encaminhamentos, estratégias a fim de fundamentar uma
educação voltada para o desenvolvimento de valores, da paz e de pessoas mais humanas.
Na escola, muitas vezes, o aluno é visto como mais um número, uma matrícula, e nada
ou pouco sabemos sobre sua vida, sua história, a preocupação dos professores é mais
direcionada a transmissão dos conteúdos.
Nas aulas de Educação Física o enfoque no desenvolvimento do conhecimento,
geralmente, se dá mais no aspecto motor, portanto é o mais evidenciado, sendo os demais
(cognitivo, afetivo e social) considerados como menos importantes no processo de formação
dos educandos.
Ensinamos aos nossos alunos muitos exercícios, jogos, fundamentos esportivos,
conhecimentos importantes, mas que não são suficientes.
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Na escola é necessário e urgente uma educação integral, onde o ser humano é visto
na sua totalidade e individualidade, como ser que pensa, sente, interage, se comunica e se
expressa.
Investigação Disciplinar
Título: O Esporte Educacional e a Formação de Valores na Escola
A principal questão tratada neste OAC é abordagem do esporte através de ações
pedagógicas que visem o desenvolvimento dos alunos numa perspectiva integral, buscando a
reflexão e o desenvolvimento de habilidades para dialogar sobre a violência em suas diversas
formas de manifestações, assim como trabalhar com valores e princípios visando a formação
de cidadãos mais humanizados.
Ao desejarmos uma sociedade solidária, compreensiva, tolerante, justa e participativa,
quais as possibilidades de intervenções que podemos desenvolver na escola através de ações
pedagógicas do esporte voltadas para a construção desta sociedade?
Em relação ao fenômeno Bullying que estratégia de intervenção a Educação Física
poderá adotar, através do esporte, na prevenção e combate a esta violência?
O desenvolvimento do esporte no contexto escolar voltado para objetivos educacionais
poderá contribuir para minimizar a violência?
A crise de valores que estamos enfrentando seria um reflexo no aumento do índice de
violência na atualidade?
A falta e a inversão dos valores humanos, o desrespeito ao direito do outro e a
valorização de uma sociedade organizada e determinada por um modelo econômico
capitalista, que enaltece o consumo e as coisas materiais em detrimento da essência da pessoa
humana constituem os principais fatores de desigualdade e da violência.
Nesse sentido todo professor deveria estar empenhado na sua prática pedagógica em
buscar ações na busca da reflexão e do estabelecimento de estratégias para o desenvolvimento
de valores, muitas vezes esquecidos ou considerados ultrapassados na atualidade.
A disciplina de Educação Física, devido as suas especificidades e aos diferentes
encaminhamentos metodológicos que utiliza, possibilita ao professor o desenvolvimento de
conhecimentos específicos da área, de forma a estabelecer relações com questões mais amplas
como a afetividade, os valores, os conflitos, entre outras.
Entre os conhecimentos da Educação Física Escolar vemos o esporte como sendo o de
maior significado para os alunos, pois é ao mesmo tempo motivante e aglutinador,
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envolvendo a maioria nas aulas quando a temática se dá em torno dele.
Acreditamos que o esporte quando organizado de forma que seus objetivos estejam
voltados para uma perspectiva educacional estará contribuindo na formação integral das
crianças, jovens e adultos, desenvolvendo a solidariedade, o respeito, a integridade e a
dignidade.
Perspectiva Interdisciplinar
Título: Alguns Caminhos para Reflexão
É comum ouvirmos dos professores queixas em relação à indisciplina dos alunos que
se apresentam ansiosos, agitados, inquietos. Também as conversas paralelas e a agressividade
entre eles e com os professores aumentaram consideravelmente nos últimos anos. Diante
dessas situações, nos perguntamos: O que fazer?
Toda esta agitação é, em parte, resultado de um sistema social acelerado e da crise de
valores vivenciada nos dias de hoje, principalmente nas sociedades capitalistas, como é o caso
da nossa, onde os bens materiais tendem a tornarem-se valores supremos em torno dos quais
fazemos muitas vezes nossas escolhas, atingindo também as crianças e adolescentes
principalmente através da mídia.
Quando éramos crianças nossos pais sabiam quais valores deveriam nos ensinar: ser
honesto, verdadeiro, solidário, procurar fazer o bem, entre outros. O bem e o mal pareciam
estar bem definidos e quase ninguém tinha dúvida sobre os valores morais. Hoje muitas vezes,
as pessoas estão perdidas, vivemos momentos de crise de valores isto é, uma mudança
cultural que está redefinindo valores da nossa sociedade.
Como exemplo podemos falar sobre a honestidade. Ensinamos que ser honesto é um
valor bom, e a desonestidade qualificamos como um valor mal. Porém, as pessoas não sabem
se é melhor ganhar a vida honestamente ou usar de meios ilícitos para enriquecer (há quem
ache que a desonestidade é simplesmente uma questão de esperteza). A incivilidade, o
desrespeito são cenas cotidianas em quase todos os lugares.
Também a violência passou a ser vista como algo normal e aceitável na mídia,
principalmente no cinema e na televisão, as cenas de violência são cada vez mais explícitas.
Convivemos tanto com estas imagens que nos tornamos aos poucos indiferentes. Não ficamos
mais chocados com tanta violência, nos acostumamos com ela. Até os desenhos animados e
os jogos eletrônicos trazem uma carga elevada de violência e nossas crianças e jovens
brincam de matar, de fazer guerra como se isso fosse normal.
Outros exemplos de inversão de valores estão na corrupção mostrando que as pessoas
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passaram a dar mais valor aos seus interesses pessoais do que à honra, à dignidade e o
respeito. Também o individualismo e o egoísmo, a busca do prazer, a impunidade,
evidenciam toda esta crise onde o bem e o mal parecem próximos como se fazer o bem ou o
mal tivesse o mesmo significado.
Na sociedade as grandes desigualdades sociais, a valorização do ter ao invés do ser
aonde valores morais e éticos dão lugar ao consumismo exacerbado aos padrões de beleza que
estão em evidência e são valorizados pela mídia e pelo mercado econômico, esses aspectos
sendo por demais evidenciados contribuem para influenciar muitas vezes às pessoas a
buscarem e satisfazerem seus desejos a qualquer custo, o que acaba degradando-as,
influenciando também negativamente as crianças e adolescentes, o que pode ser percebido em
muitas atitudes e formas de expressão dos alunos no cotidiano escolar.
Todos estes exemplos nos mostram que a crise de valores geralmente vem associada à
crise das instituições, como por exemplo, a família que depois de passar pelos valores trazidos
pela sociedade como o divórcio, o aborto, a união homossexual, o amor livre, etc, perdeu sua
identidade.
Como educadores não podemos ficar indiferentes, muitos dos nossos educandos não
tem referências familiares como supomos que deveriam ter, portanto compreender a sala de
aula como um espaço ético é saber que tais educandos precisam aprender ali o que em casa
não aprendem.
Portanto, acreditamos que o melhor caminho diante dessa situação que acaba
prejudicando não só os alunos mais também os professores é a prevenção pela educação. O
professor precisa encontrar formas de, em sua prática educativa cotidiana, recuperar os
valores esquecidos pela sociedade.
Uma das formas de mudanças acreditamos estar no diálogo e na reflexão crítica
contra um sistema social que levam jovens a serem escravos de padrões de beleza imposta
pela mídia. Este padrão incomum de beleza difundido na sociedade que leva ao
desenvolvimento de anorexia nervosa, bulimia, vigorexia, depressão precisam ser trazido para
a sala de aula, discutido, criticado, orientado.
Precisamos aplicar técnicas para melhorar a auto-estima dos nossos jovens, como
utilizar de música ambiente, sentar em círculo e debater idéias, exercícios de relaxamento
como fechar os olhos, ficar em silêncio e conectar-se com o ritmo de uma respiração
tranqüila, ajudam a acalmar os pensamentos, desejos e emoções.
Preparar esse espaço como um momento especial, um momento para ouvir, para
compreender-nos e viver um pouco melhor. A atividade harmonizadora realizada de forma
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constante desenvolve também a memória, a atenção e a concentração, podendo ser através da
música, ou de um texto, ou observando uma figura. Estas técnicas poderiam ser adotadas por
todas as disciplinas no início das aulas como motivação ou no final em forma de relaxamento.
Também o esporte quando trabalhado visando a incorporação de valores humanos
passa a ser de fundamental importância no combate, prevenção e conscientização contra
muitos males que afetam nossas vidas, pois ele possibilita um direcionamento positivo para
minimizar a agressividade, quando mostramos os valores que ele proporciona, ensinando a
não agredir fisicamente nem psicologicamente propondo alternativas que conduzam ao
autocontrole das forças que atuam no interior das pessoas.
Neste sentido acreditamos estar colaborando na formação de um sujeito livre e
emancipado, com uma outra postura e visão de mundo.
Contextualização
Título: Construindo e Refletindo Valores no Contexto Escolar
No contexto atual, percebemos que os problemas relacionados à violência, a
indisciplina e ao desrespeito estão diretamente interligados à crise de valores presente na
sociedade e conseqüentemente entre as pessoas.
Diante de tantas mudanças sociais e tecnológicas, as pessoas passaram a dar menos
importância a valores, como a solidariedade, o respeito, a cooperação, o amor ao próximo.
Precisamos dentro do processo educacional, estimular o respeito mútuo, a justiça, o diálogo, a
auto-estima, levando os alunos a refletirem e a fazerem opções positivas frente à realidade.
A escola é um espaço formal de educação, é nele que os alunos ampliam suas relações
sociais, formam grupos com pares, convivem com a diversidade, conhecem regras e normas
num contexto social maior do que aquele vivido no ambiente familiar. A escola deve,
portanto, ser o local onde o aluno poderá ter sua formação e educação melhorada, nesse
espaço educacional devemos abordar temas como: paz, respeito, responsabilidade,
valorização do “eu”, amor e felicidade, possibilitando situações pedagógicas que levem os
alunos à reflexão sobre o seu papel na sociedade.
Neste sentido, destacamos o papel fundamental do professor, pois ao escolhermos
sermos educadores assumimos uma responsabilidade muito maior do que apenas transmitir
conhecimentos, mas sim de formarmos verdadeiros cidadãos, com princípios, valores,
conhecedores dos seus direitos e deveres, conscientes da importância dos mesmos para uma
vida mais humana e digna.
Resgatar o humano no homem é uma tarefa importante para que a vida torne-se mais
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leve e menos focada na mera obtenção de bens e posição social. Acreditamos que uma das
melhores formas dos alunos entenderem e incorporarem valores está na humanização do
conhecimento.
Na Educação Física acreditamos que através da tendência Crítico-Emancipatória
(Kunz, 2000) estaremos caminhando para atingirmos estes objetivos. Nesta tendência o que
não podemos desconsiderar é o humano no homem ao ensinarmos os conteúdos da Educação
Física, fugindo da aprendizagem apenas dos movimentos mecânicos, padronizados e
estereotipados, que não levam o sujeito a pensar, criticar e desenvolver sua criatividade para
sua emancipação.
Seus estudos apontam que o Ser Humano deve ser analisado de forma integral, como
Ser Humano. “Não são corpos que correm, saltam e brincam, mas sim Seres Humanos que se
movimentam". O Se-Movimentar" é "uma conduta significativa, um acontecimento mediado
por uma relação significativa."
Kunz critica o movimento nos esportes, quanto à padronização dos movimentos
predeterminados e a execução dos gestos mecânicos visando à melhoria do rendimento e
habilidades na prática da Educação Física Escolar.
Para o ensino dos esportes é necessário uma transformação didático-pedagógica,
priorizando movimentos livres e espontâneos. É necessário pensar no sujeito que está
aprendendo, no ser humano que se movimenta, respeitando as dimensões afetivas, cognitiva,
sociais e motoras.
Sítios
Título do Sítio: Lecturas: Educación Física e Deportes
Disponível em (endereço web): http://www.efdeportes.com/
Acessado em (mês.ano): Novembro/2008
Comentários:
Esta revista digital não tem, a princípio, uma linha editorial monolítica e dogmática. Nela o
professor encontra artigos científicos com temas da educação física, esportes, atividades
físicas de aventura na natureza, tempo livre, recreação, treinamento desportivo, ciências
aplicadas, atividades físicas para portadores de necessidades especiais, entre outros.
Título do Sítio: Revista Nova Escola
Disponível em (endereço web): http://revistaescola.abril.com.br/home/
Acessado em (mês. ano): Setembro/2007
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Comentários:
Este site disponibiliza as edições da Revista Nova Escola, nele podemos encontrar
praticamente todos os números, bem como as edições especiais. Esta revista é direcionada ao
professor, principalmente aquele que atua no ensino fundamental, traz reportagens
importantes, bem como relatos dos trabalhos desenvolvidos pelos professores no seu dia a dia
em sala de aula.
Título do Sítio: Revista Movimento
Disponível em (endereço web): http://www.seer.ufrgs.br/index.php/Movimento
Acessado em (mês. ano): Maio/2006
Comentários:
Neste site o professor encontrará disponibilizada uma importante e conceituada Revista da
área de Educação Física, com artigos relacionados a diversos temas. O acesso a esta revista é
de fundamental importância para os professores que buscam se atualizar em relação a seus
conhecimentos.
Título do Sítio: Boletim Educação Física
Disponível em (endereço web): http://www.boletimef.org
Acessado em (mês. ano): Dezembro/2007
Comentários:
Este site apresenta vários trabalhos cientificos na área de Educação Física como artigos,
resumos de monografias, dissertações e teses. É um endereço importante e fundamental para o
professor.
Título do Sítio: ABRAPIA - Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
a Adolescência
Disponível
em
(endereço
eletrônico):
http://www.abrapia.org.br
/
www.observatoriodainfancia.com.br / www.bullying.com.br
Acessado em (mês. ano): Novembro/2008
Comentários:
Neste site, a ABRAPIA, é desenvolvido um programa de redução do comportamento
agressivo
entre
estudantes.
O
Bullying
é
um
dos
temas
estudado.
No
site
www.observatoriodainfancia.com.br vamos encontrar o que todos precisam saber sobre o
Bullying. É muito educativo e esclarecedor, pois é um site completo , com muitas sugestões
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de como trabalhar com o Bullying, questionários, artigos, relatos, livros, vídeos, pesquisas,
slides, etc. Vale a pena conferir!
Sons e Vídeos
Categoria: Vídeo
Título: Elephant
Direção: Gus Van Sant
Produtora:Warner
Duração (hh:mm): 01:21
Local da Publicação: EUA
Ano: 2003
Disponível em (endereço web):
Comentário:
O filme Elephant tem um fundo verídico, contando a história de dois jovens (perturbados),
que decidem levar armas para a escola Liceu de Columbine e matar.
Elephant, leva-nos a uma reflexão sobre a violência, mostrando o dia de vários alunos que
vivem muitas vezes sem ligações afetivas, sem relacionamentos sociais, fechados, fora da
realidade e também confusos em relação a sua própria sexualidade, família, religião, etc. O
filme também retrata a facilidade em adquirir armas e a violência dos jogos eletrônicos.
Categoria: Vídeo
Título:Um Grande Garoto
Direção: Chris Weitz, Paul Weitz
Produtora: Universal
Duração (hh:mm): 01:41
Local da Publicação:EUA
Ano: 2002
Disponível em (endereço web):
Comentário:
O filme Um Grande Garoto, é uma comédia dramática, que mostra o drama de um menino
(Marcus), e sua mãe com problemas de depressão. Marcus é vítima de Bullying na escola,
mais com a ajuda de Will (um rapaz de 38 anos sem nenhuma responsabilidade mais ao
conhecer Marcus também muda seu comportamento em relação as mulheres e crianças) e
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juntos conseguem dar a volta por cima.
Categoria: Vídeo
Título: Lucas - um intruso no formigueiro
Direção: John A. Davis
Produtora: Warner
Duração (hh:mm): 01:28
Local da Publicação: EUA
Ano: 2006
Disponível em (endereço web):
Comentário:
Lucas é um menino pequeno que sofre nas mãos de um menino maior. No entanto Lucas
vinga-se destruindo formigueiros, por serem menor que ele. Através de uma magia Lucas cai
dentro do formigueiro para a vingança das formigas. Esta aventura faz com que Lucas
aprenda o valor das pessoas, do trabalho em grupo e dos respeito ao próximo.
Categoria: Áudio-CD/MP3
Título da Música: Imagine
Intérprete: John Lennon
Título do CD: CD John Lennon-Imagine
Número da Faixa: 1
Número do CD: 6784
Nome da Gravadora: EMI
Ano:1999
Disponível em (endereço web):
Local:
Comentário:
A música Imagine poderá ser explorada pelos professores da língua inglesa ou por qualquer
disciplina, pedindo para que eles leiam o poema, cantem, traduzam e façam reflexões.
Imagine there's no heav
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
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Imagine all the people
Living for today
Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will be as one
Categoria: Vídeo
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Título: A Hora da Virada
Direção: Steve Carr
Produtora: Fox
Duração (hh:mm): 01:26
Local da Publicação: EUA
Ano: 2005
Disponível em (endereço web): http://www.reboundthemovie.com/home.html
Comentário:
A Hora da Virada é uma comédia, onde o treinador de basquete precisa treinar um grupo de
adolescentes que nunca ganharam um jogo. É um ótimo filme para mostrarmos a importância
dos valores aos nossos alunos. O técnico por meio dos seus atos, técnicas e diálogo trabalha o
valor da dedicação, da solidariedade, da inclusão, do respeito as diferenças, do trabalho em
equipe para alcançarem seus objetivos.
Categoria: Vídeo
Título: Coach Carter - Treino para a Vida
Direção: Thomas Carter
Produtora: Paramount Home Entertainment
Duração (hh:mm): 02:16
Local da Publicação:EUA /Alemanha
Ano: 2005
Disponível em (endereço web):
Comentário:
Este filme conta a história real de um treinador que decide mostrar os diversos aspectos dos
valores de uma vida ao suspender seu time campeão por causa do desempenho acadêmico dos
atletas.
Dessa forma, Ken Carter (treinador) recebe elogios e críticas, além de muita pressão para
levar o time de volta às quadras. Porém seu desejo é transformar a vida dos garotos utilizando
o esporte e a educação.
O objetivo de Carter é mostrar um mundo diferente para aqueles jovens, com a possibilidade
de irem para a universidade, de não pertencerem ao mundo que seus pais e amigos viviam
(das drogas e do crime) , tornando-se verdadeiros cidadãos e profissionais.
Esses meninos descobrem suas potencialidades, passam a ter auto-confiança,
auto-estima ,
aprendem o que é ser uma equipe ajudando aos outros. Aprendem a ganhar e perder como
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ocorre na vida.
Proposta de Atividades
Título:Utilizando o filme como meio de sensibilizar e educar
Tipo de atividade: análise, reflexão e discussão.
Objetivo: Informar, sensibilizar e conscientizar os alunos sobre o Bullying.
Recursos: Vídeo, filme.
Método: individual e em grupo.
Relação de alguns filmes que poderemos utilizar para informar, sensibilizar e conscientizar
sobre o Bullying:
- Um grande garoto
- Lucas um intruso no formigueiro
- Ponte para Terabítia
- O sexto sentido
- Meninas malvadas
- Elefhant
- A peste da Janice
-Bang-bang você morreu
Assistir e escolher o filme mais coerente para a série a ser trabalhada. Passar o vídeo para os
alunos. Após a apresentação, dispor os alunos em círculo e através de questionamentos leválos a uma reflexão. O que mais chamou a atenção? ( imagem, som, palavra). O que dizem as
cenas (significados). Quais as conseqüências e aplicações para a nossa vida?
Em seguida realizar um debate buscando formas de como poderemos combater o Bullying na
nossa escola.
Os alunos serão avaliados pela sua participação e envolvimento nas análises do filme.
Título: Refletir sobre Discriminação através da música
Tipo de Atividade: análise e discussão.
Objetivos: refletir sobre as várias formas de discriminação que muitas vezes se revertem em
violência.
Recursos: cd; caderno; caneta; texto.
Método: individual e em grupo.
Escutar a música do Gabriel Pensador - Rascismo é Burrice. Acompanhar com a leitura da
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letra da música.
Salve, meus irmãos africanos e lusitanos, do outro lado do oceano
"O Atlântico é pequeno pra nos separar, porque o sangue é mais forte que a água do mar"
Racismo, preconceito e discriminação em geral;
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal, que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral
Racismo é burrice
Não seja um imbecil
Não seja um ignorante
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco
Aliás, branco no Brasil é difícil, porque no Brasil somos todos mestiços
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Se você discorda, então olhe para trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou
Nasceram os brasileiros, cada um com a sua cor
Uns com a pele clara, outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral
Racismo é burrice
Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil, o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou o que lava o chão de uma
delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento
Que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro, ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
O Juiz Lalau ou o PC Farias
Não, você não faria isso não
Você aprendeu que preto é ladrão
Muitos negros roubam, mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
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Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa música você aprender e fazer
A lavagem cerebral
Racismo é burrice
O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não pára pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Nenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo que é racista não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
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Racismo é burrice
E se você é mais um burro, não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você.
Esta letra foi retirada do site letras.mus.br www.letras.mus.br
Após a análise e reflexão da letra da música:
Organizar 5 equipes de 6 alunos cada. Agrupar por temas:
Equipe A – Discriminação de gênero
Equipe B - Racismo
Equipe C – Discriminação religiosa
Equipe D – Discriminação por doenças
Equipe E – Discriminação de portadores de deficiência
Dar número de 1 a 6 para cada membro das diferentes equipes. Pedir para cada equipe
levantar por escrito os problemas relativos ao tema sob a sua responsabilidade. Formar uma
nova equipe agrupando todos os nº1 e todos os 2 e assim sucessivamente. Pedir para as novas
equipes estabeleçam por escrito as relações existentes entre os diversos problemas levantados
pelas suas equipes de origem. Pedir para os alunos que de posse desses registros voltem a sua
equipe de origem, discutam e encaminhem soluções para as problemáticas apresentadas.
A avaliação será feita pelo professor através dos registros apresentados por cada equipe.
Título: O Futebol numa abordagem crítico-emancipatória
Tipo de Atividade: prática.
Objetivo: a partir de conhecimentos acumulados, os alunos coletivamente deverão
reproduzir, modificar e criar movimentos refletindo criticamente sobre suas ações, elevando
sua consciência e superando o individualismo através do diálogo e da construção de regras
que atendam aos interesses de todos.
Recursos: cordas, quadra, bolas, giz.
Método: em grupo.
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Num primeiro momento, damos liberdade ao aluno para realizarem o jogo de futebol
conforme já vinham praticando e expressarem assim através das suas ações suas
compreensões de como é jogar futebol.
Em seguida dialogar e refletir com os alunos, como foi o jogo, se todos participaram que
regras utilizaram, etc.
A partir desta visão de como os alunos praticam o futebol, estruturaremos a aula, re
(significando) as compreensões prévias dos alunos, atendendo a princípios pedagógicos que
centram a atenção não somente no jogo em si, mas no “se-movimentar” dos sujeitos.
Alguns exemplos de atividades:
Futebol caranguejo: nesta forma de jogar o gol passa a não ser visto como um dos principais
elementos do jogo, e sim a forma deles se movimentarem, desafiando os alunos a tentarem
outras formas de movimento, trabalhando com a criatividade.
Futebol estátua: todos escolhem uma posição no campo e não poderão mais se movimentar
para receber a bola, levando-os a trabalhar os passes, identificando-o como um elemento
significativo da modalidade e entendendo o valor da cooperação para atingir o objetivo do
jogo.
Futebol com meta móvel: os alunos jogam normalmente com os pés, porém a trave é
formada por 2 alunos segurando uma corda que se movimentam por todo o campo. Através da
problematização da atividade, eles deverão criar estratégias para atingir os objetivos. O
mesmo jogo poderá ser realizado em duplas de mãos dadas, onde o professor poderá dialogar
questões de gênero e interação entre eles, criando novas regras e adaptando para que as
meninas participem ativamente do jogo. Por meio do diálogo, levantar sugestões como por
exemplo os meninos só poderão tocar a bola para as meninas e vice-versa.
Futebol com 3 zonas: dividir o campo em 3 zonas: ataque, meio e defesa. Dividir os alunos
nas zonas e através da comunicação entre eles atribuir outros sentidos e significados para o
jogo buscando re (significar) suas ações.
Futebol pebolim humano: semelhante ao jogo de mesa, dividir a quadra com cordas
alternando as fileiras, com os alunos, onde os jogadores poderão se movimentar somente
dentro da sua área limitada pela corda.
Através desses jogos estaremos desenvolvendo a comunicação entre os alunos, fugindo dos
18
gestos mecânicos e alienantes de um jogo que possui regras prontas, e normalmente é
conhecido dos alunos. Dentro desta abordagem estaremos estruturando nossas aulas dando
sentido no que está sendo realizado dentro do contexto sócio-cultural .
Estas atividades estão direcionadas para o futebol mais poderemos trabalhar com todos os
esportes dentro desta proposta.
A avaliação ocorrerá pela participação e desenvolvimento das atividades propostas
observando a capacidade do aluno refletir, discutir, organizar, planejar e superar conflitos.
Título: Conhecendo Melhor o Bullying
Tipo de Atividade: discussão.
Objetivo: Conhecer melhor o Fenômeno Bullying, suas características, causas e
consequências para os envolvidos.
Recurso: Imagens sobre Bullying, tv pendrive.
Método Utilizado: Individual e em grupo.
Atividade Bullying:
Mostrar uma imagem ou várias imagens de ocorrência de Bullying para os alunos.
Pedir para que descrevam oralmente o que vêem.
Identificar junto com os alunos os alvos (vítimas), os autores, as testemunhas de Bullying.
Identificar as características dos agressores mostrando as conseqüências para os envolvidos.
Refletir com os alunos as conseqüências do Bullying no ambiente escolar e como descobrir se
alguém está sendo vítima de Bullying.
A avaliação será individual por escrito através de uma análise sobre o que ele aprendeu sobre
o Bullying.
Título: Aprendendo o Valor da Igualdade
Tipo de Atividade: discussão.
Objetivo: entender o valor da igualdade e a importância da inclusão social.
Recursos: cartazes.
Método utilizado: em grupo.
Informar os alunos sobre o valor da igualdade. Refletir com eles que o fundamento da
igualdade é que somos todos humanos. Não é o sangue, a cor, o sexo, o país de origem, o
dinheiro, a ciência e o nº de diplomas que temos, nem mesmo a religião ou o partido que
fazemos parte que garantem a nossa dignidade. Dependendo da série mostrar que os maiores
erros cometidos pela humanidade ocorreram por não aceitar e respeitar pessoas diferentes,
19
seja no campo intelectual, social, racial, cultural ou religiosa; levando-os a entender também
o valor da inclusão.
Após esta explanação, escrever cada pergunta abaixo num cartaz::
- Na sua vida como você pode aprender a viver sem discriminar o outro?
- Hoje, há muito empenho da sociedade para evitar qualquer papel de discriminação. O que
mais poderia ser feito para garantir o valor da igualdade entre as pessoas?
- Na sua opinião, como a escola pode ajudar as pessoas a aprenderem a respeitar o valor da
igualdade?
Organizar os alunos em 3 equipes e pedir para que escolham um nome para sua equipe.
Entregar a cada equipe um cartaz, pedindo para que escrevam a resposta da pergunta e
coloquem ao lado o nome da equipe. Em seguida deverão trocar os cartazes entre as equipes e
novamente respondem a pergunta identificando sua equipe. Após responderem os 3 cartazes,
cada equipe irá apresentar os cartazes e discutir as respostas dadas as questões propostas.
Os alunos serão avaliados pela apresentação dos cartazes.
Imagens
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Comentários e outras sugestões de Imagens:
Podemos observar que a violência que cresce a cada dia na sociedade reflete cada vez
mais no comportamento dos alunos dentro das escolas.
Acreditamos ser o esporte uma possibilidade e direcionamento positivo para
minimizar a agressividade, quando trabalhamos com os valores que ele proporciona,
ensinando a não agredir fisicamente nem psicologicamente explicando as razões para esse
comportamento propondo alternativas que conduzam ao autocontrole das forças que atuam no
interior das pessoas.
Observardo as imagens sobre os esportes tanto no futebol, como no basquete,
ciclismo , atletismo, volei, tênis, etc, percebemos que riqueza cultural temos em nossas mãos
para trabalharmos com tantos valores como responsabilidade, cooperação, auto-respeito,
respeito pelos outros, honradez, solidariedade, organização, criatividade, individualidade,
21
identidade, auto-confiança, carinho, entre outras.
Esporte: " o mais consagrado elemento da cultura do movimento humano".
Neste sentido o esporte deve ser o mediador para uma educação voltada para os
valores morais e sociais, onde sua prática pedagógica será priorizada através de ações que
evidenciem que o ser humano pode e deve viver em sociedade sem agredir ou prejudicar o
outro.
As atividades esportivas também são promotoras de tensão, de competição e de
disputa de poder, o que pode ocasionar conflitos expressados por meio da agressividade e do
descontentamento em vários sentidos. É necessário e fundamental que o professor faça as
mediações de tais situações, no sentido de canalizar as mesmas para objetivos voltados à
formação dos alunos.
Essas situações, não negam o valor educativo do esporte, pois oferecem importantes
elementos para reflexões, levando ao autoconhecimento, autocontrole, favorecendo a
superação das condutas negativas, com a ajuda do professor, que utilizará os bons e maus
exemplos dos esportes para reflexão.
Sugestão de Leitura
Categoria: Internet
Sobrenome: OLIVEIRA
Nome: Flávia Fernandes
Sobrenome Autor: VOTRE
Nome Autor: Sebastião Josué
Título:Bullying nas Aulas de Educação Física
Disponível em (endereço WEB): http://www.revistamovimento.br
Acesso em (mês. ano): Junho/2005
Comentários:
Neste artigo a autora analisa e relata alguns casos de Bullying ocorridos com meninas e
meninos nas aulas de Educação Física numa escola pública do Rio de Janeiro.
Seus estudos revelam que o Bullying acontece nas escolas porém nem sempre é percebido
pelo corpo docente, direção ou pela família.
Nas aulas de Educação Física o fenômeno ocorre muitas vezes pela rejeição quando o
indivíduo não se adapta ao estereótipo construído pela sociedade.
22
Categoria: Internet
Sobrenome: Botelho
Nome: Rafael Guimarães
Título:Bullying e Educação Física nas Escolas:características, casos, consequências e
estratégias de interv
Disponível em (endereço WEB):http://www.boletimef.org
Acesso em (mês. ano):Dezembro/2007
Comentários:
Este artigo artigo discute o problema do Bullying no âmbito escolar da Educação Física,
propondo estratégias para
a prevenção desse fenômeno desde a educação infantil ao
ensino médio.
O autor também aponta características, casos, consequências e estratégias de intervenção
sobre o tema.
Categoria: Livro
Sobrenome: Barbieri
Nome: César Augusto Santos
Título do Livro: Esporte educacional: uma possibilidade para a restauração do humano no
homem
Edição:
Local da Publicação: Canoas
Editora:Ulbra
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 2001
Comentário:
Esta obra está fundamentada numa visão dialética-fenomenológica do mundo, numa visão
emergente-emancipadora da educação e numa visão contemporâneo-integradora do esporte, o
autor apresenta sua concepção de esporte educacional, significado como uma possibilidade de
restauração do humano.
Categoria: Livro
Sobrenome:Puebla
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Nome: Eugenia
Título do Livro:Educar com o Coração
Edição: 3
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Fundação Peirópolis
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação:1997
Comentário:
Educar com o Coração oferece sugestões pedagógicas para favorecer o desenvolvimento da
intuição por meio da harmonização, uma das bases práticas do Programa de Educação em
Valores Humanos.A técnica da harmonização acalma e organiza pensamentos, desejos e
emoções, promovendo dessa forma, um estado de paz interior e preparando o aluno de
qualquer idade para assimilar o aprendizado e participar dele integralmente.Segundo a autora
o papel da escola no mundo atual é o de agente transformador que deve se abrir à criatividade
e enriquecer-se a partir de propostas novas. Os professores são chamados para dar sua
contribuição efetiva para a transformação social e para a construção de uma sociedade
harmoniosa, que reconheça os Valores Humanos a chave para o crescimento pessoal e
comunitário.
Categoria: Livro
Sobrenome:Paes
Nome: Roberto Rodrigues
Título do Livro: Educação Física Escolar: o esporte como conteúdo pedagógico do ensino
fundamental
Edição: 1
Local da Publicação:
Editora: Ulbra
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 2001
Comentário:
A obra elege o esporte como elemento central de estudo, através de uma abordagem
pedagógica não restrita somente aos aspectos biomecânicos do movimento, manifestado
através de gestos e habilidades. O autor busca discutir suas possibilidades na Educação Física
Escolar, questionando a finalidade da Educação Física e sua dinâmica no ensino fundamental.
24
Categoria: Livro
Sobrenome: Martinelli
Nome: Marilu
Título do Livro: Aulas de Transformação - O Programa de Educação em Valores Humanos
Edição: 1
Local da Publicação: São Paulo
Editora: Fundação Peirópolis
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 1996
Comentário:
O livro Aulas de Transformação - O Programa de Educação em Valores Humanos, nos ensina
o que são valores humanos, e nos mostra os subvalores atribuídos a cada valor. O programa
elucida alguns princípios que devemos nortear enquanto nos dedicarmos a transformar a
educação num instrumento efetivo para a realização do homem, a conquista da paz e da
liberdade criativa na busca da perfeição. A autora também nos ensina como implantar o
Programa de Educação em Valores Humanos, utilizando a metodologia, técnicas, modelo de
aula e a avaliação do desenvolvimento dos alunos, dos professores e familiares nos valores
humanos.
Categoria: Livro
Sobrenome: Fante
Nome: Cleo
Título do Livro: Fenômeno Bullying - Como Prevenir a Violência na Escolas e Educar para a
Paz
Edição: 2
Local da Publicação:
Editora: Verus
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 2005
Comentário:
Com uma proposta de "Educar para a Paz", a pesquisadora e educadora brasileira Cleo Fante,
escreveu o livro "Fenômeno Bullying". Em uma edição revisada e atualizada por recentes
pesquisas, o texto apresenta o "Bullying", como um fenômeno que vem sendo tema de
25
preocupação e de interesse nos meios educacionais e sociais em todo o mundo.
Embora ofereça um panorama mundial sobre o problema, Cleo Fante destaca a realidade
vivida hoje no Brasil e apresenta um programa inédito e extremamente prático a ser aplicado
nas escolas, que já vem sendo desenvolvido em alguns estabelecimentos de ensino, com
sucesso.
O livro "Fenômeno Bullying" tem como objetivo despertar autoridades educacionais,
educadores, pais, alunos e a sociedade em geral para o assunto muitas vezes encoberto nas
escolas.
Acreditando que uma nova geração, mais pacífica, é possível, o Programa Educar para a
Paz é fundamentado em valores como a tolerância e a solidariedade, que devem ser
estimulados entre os alunos, através do diálogo. O respeito e as relações de cooperação
também precisam ser valorizados. Para isso é preciso que haja união e interesse de todos:
direção da escola, professores e comunidade.
Categoria: Livro
Sobrenome: PAES
Nome: Roberto Rodrigues
Sobrenome Autor: BALBINO
Nome Autor: Hermes Ferreira
Título do Livro: Pedagogia do Esporte: contextos e perspectivas
Edição: 1
Local da Publicação:
Editora: Guanabara Koogan
Disponível em (endereço WEB):
Ano da Publicação: 2005
Comentário: Neste livro são apresentados nove capítulos, elaborados a partir das discussões e
reflexões levantadas pelo Grupo de Estudos em Pedagogia do Esporte (GEPESP) da
Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas (FEF-UNICAMP).
Diversos temas pertinentes à Pedagogia do Esporte são abordados, desde a iniciação em
modalidades individuais e coletivas até o treinamento nessas modalidades, acolhendo diversos
segmentos da sociedade que o esporte alcança nos dias de hoje.
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Notícias
Categoria: Jornal
Sobrenome: SIMAS
Nome: ANNA
*Título da Notícia/Artigo: 70% dos Alunos já Sofreram Violência Escolar
*Nome do Jornal:Gazeta do Povo
*Data de Publicação: 08/10/2008
*Página:
Coluna:
Disponível em (endereço WEB): http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidacidadania ou
http://www.cnte.org.br
Comentário:
A notícia nos apresenta os resultados de uma pesquisa sobre o Bullying e a Violência
nas escolas. A educadora Ana Maria Eyng que participou do 3º Congresso Ibero-Americano
sobre violência nas escolas realizado em Curitiba, nos revela que o Bullying acontece tanto na
escola pública como na privada, porém é mais divulgada na primeira. Alguns relatos de
Bullying e como algumas escolas procuram tratar o assunto fazem parte da notícia. ONG
lança campanha mundial "Aprender sem medo". No Brasil, foco será o Bullying.
No Brasil, sete em cada dez crianças dizem ter sido vítimas de algum tipo de
violência dentro da escola, praticada pelos colegas. As principais formas são o castigo
corporal, a violência sexual e o Bullying - atitudes agressivas, intencionais e repetidas de um
ou mais estudantes contra outro. De um grupo de 12 mil estudantes de seis estados brasileiros,
84% consideram suas escolas violentas e um em cada três jovens já participou de alguma
forma do Bullying, seja como vítima ou agressor. Os dados são de uma pesquisa sobre
violência escolar da organização não-governamental de desenvolvimento Plan.
A ONG fez pesquisas semelhantes em vários países e ontem lançou a campanha
mundial "Aprender sem medo" . "Nas escolas do Brasil ela começa efetivamente no início do
ano letivo de 2009. O foco aqui será o Bullying", diz o pedagogo e assessor de educação da
organização, Charles Martins.
A educadora Ana Maria Eyng, que participa do 3º Congresso Ibero-Americano sobre
Violência nas Escolas, realizado em Curitiba nesta semana, diz que o Bullying acontece tanto
em escolas públicas quanto particulares, embora seja mais divulgadas na primeiras. O
psicólogo e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Faculdade
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Evangélica de Medicina do Paraná (Fempar), Cloves Amorim, fez uma pesquisa com 300
alunos, metade em escolas particulares e outra metade em públicas, que confirma o que diz a
educadora. "Acontece nos dois tipos de instituição, mas nas particulares as meninas são as
maiores vítimas. Geralmente acontece discriminação por causa de roupa e aparência", explica.
Para o psicólogo, o Bullying não traz nenhum resultado benéfico para a criança,
nem como forma dela criar mecanismos de defesa ao longo da vida. "As pesquisas mostram
que esse tipo de agressão, que pode ser física ou verbal, é uma tragédia. Percebe-se isso pelo
número de jovens que deixam de ir à escola e pela diminuição da "auto-estima". Prevenção:
Pais e professores têm papel fundamental para identificar o Bulliyng e lidar com ele. Pais:
Identifique se seu o filho é vítima de algum tipo de agressão na escola. Se for o caso,
denuncie imeditamente às autoridades competentes.
Para saber se o filho é o agressor, preste atenção se ele tem comportamento
agressivo, egoísta e competitivo. Questione sobre a forma como ele age com os colegas na
escola. Professores: Passe atividades, como filmes, que estimulem o respeito às diferenças.
Desenvolva projetos específicos voltados à cultura da paz que envolvam todos os alunos.
Aplique trabalhos preventivos contra agressões físicas e verbais."Eu não agüentava mais
"Alice (nome fictício), 15 anos, estuda no Colégio Estadual Cyríaco Russo, em Bandeirantes,
Norte Pioneiro do Paraná, e antes de pedir ajuda à coordenadora da escola, quase foi para
outra instituição por não agüentar mais as agressões. A menina conta que desde o começo do
ano é motivo de piada para seus colegas. "Eles viviam tirando sarro. Semana passada eu entrei
na sala e todos deram risada e gritaram: 'Olha, que guria ridícula!'" A menina chegou a pedir a
seu pai para sair da escola, pois é tímida e não tinha coragem de reclamar para os professores.
"Essa semana eu tomei coragem e contei para a coordenadora. Não agüentava mais".
Segundo a coordenadora da escola, Nilcea Maciel Ramos, o bullying ocorre com
bastante freqüência no local e muitas crianças já deixaram a escola por causa das humilhações
sofridas. "Esse tipo de coisa ocupa um espaço enorme na vida de um jovem. Muitos
problemas de suicídio decorrem disso. É muito sério e preocupante". As atitudes de repressão,
como chamar a atenção do aluno, registrar ocorrência ou chamar os pais nem sempre dão
resultado. "Estamos estudando a melhor forma de resolver e acreditamos que até o fim do mês
teremos um resultado para ser aplicado pelos docentes", diz Nilcea.
Uma das estudantes que agredia verbalmente Alice diz que ela tinha um cabelo
engraçado e que uma outra colega foi perguntar por que ela o usava assim. "Ela se ofendeu e
no outro dia não quis mais entrar na sala de aula", conta a adolescente, que não quis se
identificar. Ela e outros alunos que tiveram a mesma atitude já foram identificados pela
28
coordenadora.
Categoria: Jornal
Sobrenome: Sayão
Nome: Rosely
*Título da Notícia/Artigo: "Bullying e Incivilidade"
*Nome do Jornal: Folha de São Paulo
*Data de Publicação: 06/03/2008
*Página:
Coluna:
Disponível em (endereço WEB): http://folhasp.com.br
Comentário: esta notícia publicada no jornal Folha de São Paulo nos leva a refletir o Bullying
como atos de incivilidade. Ao darmos um novo olhar para este fenômeno surge algumas
interrogações: Que exemplos nós, como pais e professores passamos para nossas crianças
com relação a incivilidade?
"Bullying" e Incivilidade
Rosely Sayão
O "Bullying" não é um fenômeno moderno, mas hoje os pais estão bem
preocupados porque parece que ele se alastrou nos locais onde há grupos de crianças e jovens,
principalmente na escola. Todos têm receio de que o filho seja alvo de humilhação, exclusão
ou brincadeiras de mau gosto por parte dos colegas, para citar exemplos da prática, mas
poucos são os que se preocupam em preparar o filho para que ele não seja autor dessas
atividades. Quando pensamos no "Bu- llying", logo consideramos os atos violentos e
agressivos, mas é raro que os consideremos como atos de incivilidade. Vamos, então, refletir
a respeito desse fenômeno sob essa ótica. Por que é que mesmo os adultos que nunca foram
vítimas de atos de violência, como assalto ou furto, sentem uma grande sensação de
insegurança nos espaços públicos? Simples: porque eles sentem que nesses locais tudo pode
acontecer.
A vida em comunidade está comprometida, e cada um faz o que julga o melhor para
si sem considerar o bem comum. Outro dia, vi uma cena que exemplifica bem essa situação.
Em uma farmácia repleta de clientes, só dois caixas funcionavam, o que causou uma fila
imensa. Em dado momento, um terceiro caixa abriu e o atendente chamou o próximo cliente.
O que aconteceu? Várias pessoas que estavam no fim da fila e outras que aguardavam ainda a
29
sua vez correram para serem atendidas. Apenas uma jovem mulher reagiu e disse que estavam
todos com pressa e aguardando a sua vez. Ela se tornou alvo de ironias e ainda ouviu um
homem dizer que "a vida é dos mais espertos".
Essa cena permite uma conclusão: a de que ser um cidadão responsável e respeitoso
promove desvantagens. É esse clima que, de um modo geral, reina entre crianças e jovens: o
de que ser um bom garoto ou aluno correto não é um bem em si. Além disso, as crianças e os
jovens também convivem com essa sensação de insegurança de que, na escola, tudo pode
acontecer. Muitos criam estratégias para evitar serem vistos como frágeis e se tornarem alvo
de zombarias. Tais estratégias podem se transformar em atos de incivilidade. A convivência
promove conflitos variados e é preciso saber negociá-los com estratégias respeitosas e
civilizadas. Muitos pais ensinam seus filhos a negociarem conflitos de modo pacífico e
polido, mas muitos não o fazem. É preciso estar atento a esse detalhe. Aliás, costumo dizer
que é nos detalhes que a educação acontece. Faz parte também do trabalho da escola esse
ensinamento.
Aprender a não cometer atos de incivilidade diminuiria muito o "Bullying". Para tanto,
não se pode abandonar crianças ou jovens à própria sorte: é preciso a presença educativa e
reguladora dos adultos. Isso vale, principalmente, nos horários escolares em que o fenômeno
mais ocorre: na entrada, na saída e no recreio.
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (ed. Publifolha)
roselysayao folhasp.com.br blogdaroselysayao.blog.uol.com.br
Destaques
Título: Atirador da Virgínia era vítima de bullying
Fonte: Fonte:http://www.estadao.com.br/ultimas/mundo/noticias/2007/abr/19/180.htm?RSS
Comentário: Notícias como estas que acontecem em escolas nos Estados Unidos ou em
outros países, podem não ser a realidade das escolas brasileiras, mais é importante refletirmos
a que ponto um indivíduo que sofre Bullying ou qualquer outro tipo de violência ou
discriminação pode chegar..
Sotaque sul-coreano e timidez tornavam Cho motivo de chacota durante aulas:
BLACKSBURG, Estados Unidos - Muito antes de massacrar 32 pessoas e se suicidar na pior
chacina em uma instituição de ensino na história dos Estados Unidos, o atirador da
universidade Virginia Tech, Cho Seung-Hui, foi intimidado por colegas quando estava no
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ensino médio, vítima de um fenômeno conhecido por psicólogos como "bullying".
O sul-coreano Cho era atormentado por alunos que caçoavam de sua timidez e de seu
modo estranho de falar (com um sotaque de seu idioma original), disseram ex-colegas de
classe. Chris Davids, aluno da Virginia Tech que se graduou no colegial com Cho em 2003,
relembra que o sul-coreano quase nunca abria a boca e ignorava quando alguém tentava puxar
conversa. Uma vez em uma aula de inglês, a professora pediu aos estudantes que lessem em
voz alta e, quando foi a vez de Cho, ele apenas olhou para baixo em silêncio, disse Davids.
Finalmente, após a professora ameaçá-lo de reprovação, Cho começou a ler com uma voz
estranha, profunda e que soava "como se ele tivesse alguma coisa na boca", afirmou Davids.
"Assim que ele começou a ler, a classe toda riu e apontou pra ele, dizendo ´volte pra China´",
lembrou Davids, explicando uma das situações constrangedoras pela qual o garoto passou.
Stephanie Roberts, 22, ex-colega de classe de Cho no colegial, disse que nunca presenciou
nenhum ato constrangedor a Cho cometido por colegas. "Eu só me lembro dele como um
garoto tímido que não queria falar com ninguém", disse. "Eu acho que um monte de gente
sentia que havia uma barreira de idiomas". "Mas haviam algumas pessoas que realmente eram
malvadas com ele e que zombavam dele e davam risada", disse Roberts. "Ele não falava
inglês bem, e todos riam dele". A estudante da Virginia Tech Alison Heck disse que uma
colega de quarto, Christina Lilick, achou um misterioso ponto de interrogação no seu quarto,
na porta. Lilick ia à mesma escola que Cho. Na primeira aula de literatura, a professora pediu
que os alunos escrevessem seus nomes em uma etiqueta e colassem na camiseta. Cho colocou
apenas um ponto de interrogação, e começou a ser chamado apenas como "o garoto ponto de
interrogação".
Os depoimentos de colegas ajudam a traçar o perfil psicológico do assassino, e podem
ajudar a decifrar os propósitos do garoto no vídeo enviado à NBC durante seu crime. No
vídeo, Cho se mostra perseguido e irritado com garotos ricos. "Sua Mercedes não era o
bastante", disse. "Suas jóias de ouro não eram o bastante, seus esnobes. Sua vodca e seu
conhaque não eram o bastante. Todas suas festas não eram o bastante. Essas coisas não foram
suficientes para preencher suas necessidades hedonistas. Vocês tinham tudo". Cho no vídeo.
"Mas vocês decidiram cuspir meu sangue. Vocês me encurralaram num canto e me deram
apenas uma opção. A decisão foi de vocês. Agora vocês tem meu sangue em suas mãos, que
nunca será limpo".
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Paraná
Título: No Paraná - Projeto de Lei para Combater o Bullying nas Escolas
Comentário: no Paraná já existe um projeto de lei nº 612/07 da autoria do Deputado Estadual
Douglas Fabrício, com o objetivo de instituir um Programa de Combate ao Bullying nas
Escolas. O programa visa atingir vários objetivos mostrando que "Bullying" não é
"Brincadeira". As escolas, locais de ocorrência de Bullying, deverão desenvolver estratégias
de combate a este fenômeno como: resgate de valores de cidadania, tolerância, solidariedade,
respeito entre alunos e docentes, estimulando e valorizando as individualidades dos alunos,
melhorando sua auto-estima.
PROJETO DE LEI Nº 612/07
SÚMULA: Fica o Poder Executivo autorizado a instituir o Programa de Combate ao Bullying,
de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas escolas públicas e privadas do
Estado do Paraná.
Artigo 1° - Fica o Poder Executivo autorizado a instituir o Programa de Combate ao
Bullying, de ação interdisciplinar e de participação comunitária, nas escolas públicas e
privadas, no Estado do Paraná.
Parágrafo único – Entende-se por bullying atitudes de violência física ou psicológica,
intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, praticadas por um indivíduo
(bully) ou grupos de indivíduos, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la
ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder
entre as partes envolvidas.
Artigo 2o – A violência física ou psicológica pode ser evidenciada em atos de intimidação,
humilhação e discriminação, entre os quais:
I) Insultos pessoais;
II) Comentários pejorativos;
III) Ataques físicos;
IV) Grafitagens depreciativas;
V) Expressões ameaçadoras e preconceituosas;
VI) Isolamento social;
VII) Ameaças;
32
VIII) Pilhérias.
Artigo 3º - O bullying pode ser classificado em três tipos, conforme as ações praticadas:
I) Sexual: assediar, induzir e/ou abusar;
II) Exclusão social: ignorar, isolar e excluir;
III) Psicológica: perseguir, amedrontar, aterrorizar, intimidar, dominar, infernizar, tiranizar,
chantagear e manipular.
Artigo 4º - Para a implementação deste programa, a unidade escolar criará uma equipe
multidisciplinar, com a participação de docentes, alunos, pais e voluntários, para a promoção
de atividades didáticas, informativas, de orientação e prevenção.
Artigo 5º - São objetivos do programa:
I- Prevenir e combater a prática de bullying nas escolas;
II- Capacitar docentes e equipe pedagógica para a implementação das ações de discussão,
prevenção, orientação e solução do problema;
III – Incluir, no Regimento Escolar, após ampla discussão no Conselho de Escola, regras
normativas contra o Bullying;
IV- Esclarecer sobre os aspectos éticos e legais que envolvem o Bullying;
V- Observar, analisar e identificar eventuais praticantes e vítimas de Bullying nas escolas;
VI- Discernir, de forma clara e objetiva, o que é brincadeira e o que é Bullying;
VII- Desenvolver campanhas educativas, informativas e de conscientização com a utilização
de cartazes e de recursos de áudio e áudio-visual;
VIII- Valorizar as individualidades, canalizando as diferenças para a melhoria da auto-estima
dos estudantes;
IX- Integrar a comunidade, as organizações da sociedade e os meios de comunicação nas
ações multidisciplinares de combate ao Bullying;
X- Coibir atos de agressão, discriminação, humilhação e qualquer outro comportamento de
intimidação, constrangimento ou violência;
XI- Realizar debates e reflexões a respeito do assunto, com ensinamentos que visem a
convivência harmônica na escola;
XII- Promover um ambiente escolar seguro e sadio, incentivando a tolerância e o respeito
mútuo;
XIII- Propor dinâmicas de integração entre alunos e professores;
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XIV- Estimular a amizade, a solidariedade, a cooperação e o companheirismo no ambiente
escolar;
XV- Orientar pais e familiares sobre como proceder diante da prática de Bullying;
XVI – Auxiliar vítimas e agressores.
Artigo 6º - Compete à unidade escolar aprovar um plano de ações, no Calendário da Escola,
para a implantação das medidas previstas no programa.
Artigo 7º - Fica autorizada a realização de convênios e parcerias para a garantia do
cumprimento dos objetivos do programa.
Artigo 8º - A escola poderá encaminhar vítimas e agressores aos serviços de assistência
médica, social, psicológica e jurídica, que poderão ser oferecidos por meio de parcerias e
convênios.
Artigo 9º – O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar
da data da sua publicação.
Artigo 10 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação
Sala das Sessões, 21 de Agosto de 2007.
DOUGLAS FABRÍCIO
Deputado Estadual
JUSTIFICATIVA
O bullying, palavra de origem inglesa, significa tiranizar, ameaçar, oprimir,
amedrontar e intimidar. A prática já se tornou comum entre os adolescentes. Um problema
que começa a ser discutido com mais intensidade diante do aumento da violência escolar. A
preocupação com o bullying é um fenômeno mundial. Pesquisa feita em Portugal, com 7 mil
alunos, constatou que 1 em cada 5 alunos já foi vítima desse tipo de agressão. O estudo
mostrou que os locais mais comuns de violência são os pátios de recreio, em 78% dos casos,
seguidos dos corredores (31,5%). Na Espanha, o nível de incidência de bullying já chega a
20% entre os alunos. O percentual assusta as autoridades espanholas, que já desenvolvem
ações para coibir a prática.A Grã Bretanha também está apreensiva com a maior incidência de
34
ocorrências. Foi apurado, em pesquisa, que 37% dos alunos do primeiro grau das escolas
britânicas admitiram que sofram Bullying pelo menos uma vez por semana.O tema desperta o
interesse de pesquisadores dos Estados Unidos, onde o fenômeno de violência foge do
controle. Estima-se que até 35% das crianças em idade escolar estão envolvidas em alguma
forma de agressão e de violência na escola. Em Colorado (EUA), dois adolescentes do ensino
médio mataram 13 pessoas e deixaram dezenas de feridos, em um repentino ataque com arma
de fogo. Após o ato, cometeram suicídio. Os agressores sofriam constantes humilhações dos
colegas de escola.
No Brasil, não há pesquisas recentes sobre o Bullying, muito embora seja evidente o
aumento do número de agressões e atos de discriminação e humilhação em ambiente escolar.
Estudo feito pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e
Adolescência (Abrapia), em 2002, no Rio de Janeiro, com 5875 estudantes de 5a a 8a séries,
de onze escolas fluminenses, revelou que 40,5% dos entrevistados confessaram o
envolvimento direto em atos de Bullying. No Paraná, faltam estatísticas oficiais sobre esse
tipo de agressão. Como conseqüência do agravamento das ocorrências de Bullying, pais de
aluno ameaçam processar a escola, acusando professores e diretores de falta de supervisão.
Principalmente em atos de violação dos direitos civis e de discriminação racial ou de assédio
moral. Nas ações, os pais requerem indenizações por danos patrimoniais e morais. A
responsabilidade da escola é objetiva, ou seja, não precisa provar a intenção, basta a
comprovação da omissão.
O Bullying é uma forma de agressão que afeta a alma das pessoas. Pode provocar, nas
vítimas, um sentimento de isolamento. Outros efeitos são a redução do rendimento escolar e
atos de violência contra e si e terceiros. Em 2004, um aluno de 18 anos de uma escola de
Taiúva (SP) feriu oito pessoas com disparos de um revólver calibre 38, suicidando-se em
seguida. O jovem era obeso e, por isso, vítima constante de apelidos humilhantes. Alvo de
gargalhadas e sussurros pelos corredores.O modo como os adolescentes agem em sala de aula,
com a colocação de apelidos nos seus colegas, pode contribuir para que pessoas agredidas não
atinjam plenamente o seu desenvolvimento educacional. São atitudes comportamentais que
provocam fissuras que podem durar para a vida toda. Criar um estigma ou um rótulo sobre as
pessoas é como pré conceituá-las, ou seja, praticar o Bullying. Além de ser uma agressão
moral, é uma atitude de humilhação que pode deixar seqüelas emocionais à vítima. Outros
exemplos são os comentários pejorativos sobre peso, altura, cor da pele, tipo de cabelo, gosto
musical, entre outros.
A instituição de programa de combate ao Bullying nas escolas vai permitir o
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desenvolvimento de ações de solidariedade e de resgate de valores de cidadania, tolerância,
respeito mútuo entre alunos e docentes. Estimular e valorizar as individualidades do aluno. A
iniciativa pretende ainda potencializar as eventuais diferenças, canalizando-as para aspectos
positivos que resultem na melhoria da auto-estima dos nossos estudantes.
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