UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA-UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE-CCBS CURSO FISIOTERAPIA ASTOLFO SACRAMENTO CUNHA JÚNIOR INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM PRATICANTES DE JIU-JITSU. Belém – PA 2009 ASTOLFO SACRAMENTO CUNHA JÚNIOR INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM PRATICANTES DE JIU-JITSU. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade da Amazônia - UNAMA, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia sob a orientação do Profo. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. Belém – PA 2009 C972i Cunha Júnior, Astolfo Sacramento Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu / Astolfo Sacramento Cunha Júnior. - Belém, 2009. 62 f. Trabalho de Conclusão de Curso -- (Graduação) Universidade da Amazônia. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, curso de Fisioterapia Orientador: Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço ASTOLFO SACRAMENTO CUNHA JÚNIOR INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO DE LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS EM PRATICANTES DE JIU-JITSU. Trabalho de conclusão de curso apresentado á Universidade da Amazônia – UNAMA, para obtenção do grau de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço. . Banca Examinadora ____________________________________________ Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço ____________________________________________ Prof. Flavio Freitas _____________________________________________ Prof. Nelson Higino de Oliveira Filho Apresentado em: ___/___/___ Conceito: ________________ Belém – Pará 2009 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais que sempre estiveram ao meu lado nos momentos em que precisei de apoio, e em especial a minha Irmã que foi minha inspiração em todos os momentos da minha vida... AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Dr. Manoel Gionovaldo Freire Lourenço, por me aceitar como seu aluno e orientando, por sua imensa paciência e sua presteza e diversos momentos que eu necessitei, sem ele esse trabalho não passaria de apenas uma idéia. Aos meus pais, por terem me apoiado em toda a minha vida em tudo que eu precisei, pelo carinho atenção e segurança, sem eles eu nunca teria chegado aqui. A minha Irma, pelo amor, carinho e paciência nos momentos difíceis, por me aturar em momentos que ninguém mais faria e por está ao meu lado em todos os momentos que eu precisei e que ainda precisarei. A prof. Dra. Maria Lucia, pelos ensinamentos e conselhos que foram importantes do inicio até o final do meu curso, pela sabedoria que fez eu ver o estudo e o entendimento da ciência de outra forma. Ao mestre Michel Menezes, pela amizade e ensinamentos que foram essenciais para que eu tivesse a visão necessária para dar inicio a este trabalho. Ao Meu amigo Thiago Brasil, por ser esse grande amigo que esteve ao meu lado em todos os momentos difíceis do meu trabalho me dando apoio e me ajudando de todas as maneiras. A todos que de maneira direta ou indireta participaram da realização deste trabalho. “Todas as lesões deixam a dor na memória, com exceção da maior lesão, que é a morte, que mata a memória juntamente com a vida.” (Leonardo da Vinci, 1452-1519). RESUMO Introdução: O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no país: possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino somente nas grandes capitais, muitos esportistas excepcionais estão obrigados a dispensar mais atenção e tempo na cura das enfermidades e dos traumatismos que na própria atividade de treinamento e competição Objetivo: Definir a incidência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu das academias de Belém do Pará. Metodologia: Neste estudo foram estudados 57 praticantes de jiu-jitsu de academias de Belem do PA que possuíam lesões musculoesqueléticas diagnosticada. Resultado: Após a análise dos dados foi observado que a média das idades dos praticantes de jiu-jitsu é superior a media das idades dos praticantes de outras modalidades de artes marciais. O Índice de massa corpórea dos entrevistados está classificado segundo a Organização Mundial de Saúde como préobesos e risco aumentado. Os atletas de jiu-jitsu na maioria possuem a graduação de faixa azul e a minoria tem a de faixa preta. O tatame mais utilizado para a pratica é o tipo lona, o mesmo represente uma relação com as lesões no joelho, o tatame do tipo sintético que foi o menos utilizado apresenta um grande relação com a lesões no tornozelos dos que praticam a modalidade. O tipo de lesão mais freqüente foi entorse e as estruturas mais acometidas pelas lesões foram o joelho, ombro e tornozelo. PALAVRAS–CHAVES: Jiu-jitsu, Lesões Musculoesqueléticas, tatame ABSTRACT Introduction: The Jiu-Jitsu is now the fastest growing sport in which individual country, has around 350 thousand players with 1,500 educational institutions only in major capitals, many exceptional athletes are required to pay greater attention and time in the cure of diseases and trauma that in the activity of training and competition Objective: the incidence of musculoskeletal injuries in practicing Jiu-Jitsu academies of the Belém do Pará Methodology: This study investigated 57 jiujitsu practitioners of the academies of the Belem PA Result: who had musculoskeletal injuries diagnosed after the analysis of data was observed that the average age of practicing Jiu-Jitsu is over the age of media practitioners of other forms of martial arts. The body mass index of respondents are classified according to World Health Organization as pre-obese and increased risk. The athletes from Jiu-Jitsu in the majority have the graduation of the blue band and has a minority of black belt. The tatami more used to the practice is the type canvas, this represents a relationship with the knee injury in the tatami-type synthetic that was the least used has a great relationship with lesions in the ankles of those who practice the sport. The most frequent type of injury was sprains and structures were more affected by the knee injuries, shoulder and ankle. KEY WORDS: Jiu-jitsu, Lesions, Tatame. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Ilustração 1: Gráfico 1 – Demonstrativo da média das idades e dados antropométricos dos praticantes de jiujitsu. Pag. 40 Ilustração 2: Gráfico 2 – Objetivos que os praticantes buscavam com a pratica da modalidade. Pag. 41 Ilustração 3: Gráfico 3 - Demonstrativo dos praticantes de jiu-jitsu por graduação. Pag. 42 Ilustração 4: Gráfico 4 – Distribuição dos praticantes de jiu-jitsu que utilizam a musculação como medida preparatória para a modalidade. Pag. 43 Ilustração 5: Gráfico 5 – Demonstrativo da relação temporal entre médias dos anos de prática e hora/treino (semanal) dos praticantes de jiu-jitsu. Pag. 44 Ilustração 6: Gráfico 6 – Demonstração dos tipos de ambiente de treino dos praticantes de jiu-jitsu. Pag. 45 Ilustração 7: Gráfico – Distribuição da ocorrência dos principais tipos de lesões em praticantes de jiu-jitsu. Pag. 46 Ilustração 8: Gráfico 8 – Distribuição da lesões por segmentos corporais em praticantes de jiu-jitsu. Pag. 47 Ilustração 9: Demonstrativo do percentual de lesões em relação ao ambiente de treino dos praticantes de jiujitsu. Pag. 48 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Dados antropométricos dos praticantes de Jiu-Jitsu. Pag. 40 Tabela 2: Demonstrativo dos objetivos que os praticantes Pag. 41 buscavam com a pratica da modalidade. Tabela 3: Distribuição de praticantes de Jiu-Jitsu por graduação Pag. 42 (faixa). Tabela 4 - Demonstrativo dos praticantes que praticam musculação. Pag. 43 Tabela 5 - Distribuição da relação temporal da prática em anos e das horas/treino semanais dos praticantes de Jiu-Jitsu. Pag. 44 Tabela 6 - Demonstrativo dos tipos de ambiente (tatames) de treino utilizado por praticantes de Jiu-Jitsu. Pag. 45 Tabela 7 - Distribuição dos principais tipos Lesões em praticantes de Jiu-Jitsu. Pag. 46 Tabela 8 - Distribuição das Leões músculo esqueléticas por seguimentos corporais em praticantes de Jiu-Jitsu. Pag. 47 Tabela 9 – Distribuição do piso utilizado durante as lesões no MMII. Pag. 48 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 21 2 REFERENCIAL TEORICO 22 2.1 ASPECTOS GERAIS DO JIU-JITSU 22 2.2 CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES E TÉCNICAS. 22 2.3 CARACTERIZAÇÃO DO TREINAMENTO. 26 2.4 LESÃO MUSCULOESQUELÉTICA. 27 2.5 LESÃO TECIDUAL. 29 2.6 EVIDENCIAS DE LESÕES PÓS-EXERCÍCIO. 30 2.7 TREINAMENTO FÍSICO X LESÃO. 32 2.8 O AMBIENTE DE TREINO COMO POSSÍVEL FATOR DE LESÃO. 35 2.9 PRINCIPAIS LESÕES NO DESPORTO. 36 3 OBJETIVOS 37 4 METODOLOGIA 38 5 RESULTADOS 40 6 DISCUÇÃO 49 7 CONCLUSÃO 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52 APÊNDICES 55 1 – INTRODUÇÃO. O fato de o esporte ou a prática de exercícios, tido como hábito de estilo de vida saudável, predispor o indivíduo à aquisição de doenças, no caso lesões, pode permitir recorrer a esta ciência na investigação da prevalência e incidência do fato. A prevalência diz respeito ao aparecimento de novos casos, enquanto que a incidência, ao número. Ambas se interrelacionam. O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no país: possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino somente nas grandes capitais. A Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu afirma que o Brasil, devido ao grande crescimento e divulgação da arte, é a grande potência mundial no esporte. Embora seja um esporte de expressão, a literatura científica sobre essa modalidade é escassa, tendo apenas poucos autores e trabalhos nessa área. Embora alguns trabalhos científicos tenham aparecido nos últimos tempos a respeito do Jiu-jitsu entre eles estão pesquisas procurando descrever as características antropométricas, fisiológicas e psicológicas dos atletas da modalidade, porém encontra-se longe de alcançar o corpo teórico-científico adquirido por outras modalidades de luta como o Judô e o Wrestling (estilo Greco-romano e Livre) (FRANCHINI, TAKITO, PEREIRA, 2003). Platonov (2004) afirma que muitos esportistas excepcionais estão obrigados a dispensar mais atenção e tempo na cura das enfermidades e dos traumatismos que na própria atividade de treinamento e competição. Vários deles têm suportado gravíssimas cirurgias e gasto tempo e forças na posterior reabilitação e recuperação do nível de treinamento. 2 – REFERENCIAL TEORICO. 2.1 – ASPECTOS GERAIS DO JIU-JITSU. Historicamente o jiu-jitsu surgiu por volta de 2500 anos atrás, sendo praticado por monges budistas que habitavam uma região situada entre a índia e a china, naquela época os monges que possuíam biótipos físicos em sua maioria fracos, desenvolveram técnicas de defesa que lhes permitissem desviar de ataques provenientes de armas brancas utilizadas pelos seus agressores e por muitas vezes conseguiam por defesa própria, ficas em melhor situação que seus oponentes (GURGEL 2003). Naquela época as técnicas utilizadas com essa prática de defesa pessoal eram muito primitivas, com o passar do tempo foram encorpando aos movimentos iniciais novos gestos básicos que por muitas vezes chegavam a imitar alguns movimentos de animais. No inicio do século passado com a imigração japonesa, chegou ao Brasil, em Belém do Pará um conde japonês (Maeda Koma) descendente direto de samurai e campeão japonês de jiu-jitsu. Que iniciou uma amizade com a família Gracie, que os ensinou os princípios básicos e os conhecimentos do jiu-jitsu. Com o passar do tempo os irmãos Carlos e Hélio Gracie criaram seu próprio estilo de Jiu-jitsu que utilizava menos força física e movimentos mais suáveis de artes marciais, daí surgiu o jiu-jitsu brasileiro. (DUARTE, 2005). 2.2- CARACTERIZAÇÃO DAS MODALIDADES E TÉCNICAS. As lutas desportivas pertencem ao grupo das modalidades com condições variáveis de competição e que exigem resistência específica. Essa modalidade tem como característica a existência de um conjunto amplo de movimentos motores complexos caracterizados pelo nível de desenvolvimento da capacidade de aplicar esforços explosivos, possuindo certa variedade de adaptação às condições variáveis de competição. É também necessário que exista uma grande capacidade de resistir à fadiga para que não aconteça a diminuição da eficácia das técnicas e habilidades que a modalidade proporciona (VERKHOSHANSKY, 2000). Entre as capacidades e habilidades físicas utilizadas para um bom desempenho então a velocidade, força explosiva, resistência de força, reatividade neuromuscular, coordenações grossa e fina, força máxima e equilíbrio. E necessário que todas elas atuem de maneira conjunta e influenciadas diretamente pelo estado emocional e preparação psicológica do atleta. Componentes técnico e tático também são um importante fator no resultado final. O resultado competitivo nunca pode ser atribuído a performance de uma variável apenas, mas sim ao conjunto de todas desenvolvendo-se em harmonia. (IDE, 2004). Para (IDE 2004) O Jiu-jitsu desportivo abrange uma gama de seis técnicas permitidas em competições. São elas: 1. Projeções. 2. Imobilizações. 3. Pinçamentos. 4. Chaves. 5. Torções. 6. Estrangulamentos. Todas são fundamentadas em princípios biomecânicos e podem causar sérios traumas aos adversários quando aplicadas com toda sua magnitude. Somente as imobilizações constituem um grupo que não têm como objetivo levar situações de perigo ao adversário e nem provocar lesões, e que devido a esse fato, esses movimentos não apresentam riscos de lesões tanto para quem aplica quanto para quem recebe a técnica. O objetivo das imobilizações é bloquear os movimentos mais ofensivos e possíveis reações do oponente (NEME & ALVES, 2005). Projeções São utilizadas com o intuito de desequilibrar e derrubar o adversário projetando-o em direção ao solo, e a partir desse momento o combate desenvolvase no chão. Lesões aos rins associados à aplicação de técnicas de projeção em treinamentos foram encontradas em estudos. O paciente apresentava após a queda, um ponto doloroso no lado esquerdo do tronco e urina com coloração avermelhada, indicando uma possível lesão ao rim devido ao amortecimento mal realizado e o violento impacto com o chão (ITAGAKI, 2004). Segundo França (2001), Projeções podem ocasionar fraturas no processo odontóide, sendo divididas em 3 tipos (fratura do ápice, do corpo e da base). São descritas como possíveis lesões relacionadas às técnicas de projeções (estiramentos e entorses de primeiro a terceiro grau, luxações e sub-luxações articulares, sinovites, defeitos osteocondrais e fraturas) associadas a múltiplas estruturas musculares e articulares (FRANÇA, 2001). Pinçamentos ("chave de bíceps" e "chave de panturrilha"). São ataques que objetivam pressionar estruturas musculares e centros nervosos dos adversários. Num primeiro momento provocam extrema dor e fazem com que o adversário recue de seus ataques. Os mais comuns e utilizados são os que pressionam a tíbia do atacante contra os músculos bíceps braquial e tríceps sural do oponente. As lesões a essas estruturas dependem da magnitude da força aplicada pelo praticante e podem constituir estiramentos de primeiro a terceiro grau (NEME & ALVES, 2005) Chaves Ataques a estruturas articulares que visam suas imobilizações e extensões além das respectivas amplitudes de movimento. As chaves mais utilizadas são as que hiperextendem as articulações do cotovelo e do joelho, conhecidas como "Arm lock" e "Leg lock". O "Arm lock" pode levar a uma diminuição da amplitude de movimento e surgimento de dor, pois o movimento feito de forma violenta, ou com repetição contínua, pode causar uma cicatrização da cápsula dentro da articulação do cotovelo, e lesão com cicatrização muscular na sua porção anterior (GARCIA, 2004). De maneira geral as duas técnicas podem ocasionar traumas do tipo (Estiramento e entorse de primeiro a terceiro grau, luxação e subluxação articular, fraturas articulares e defeitos osteocondrais). Torções Essas técnicas também constituem ataques a estruturas articulares, mas que visam submetê-las a amplitudes de movimento além das suportadas pelas mesmas. As principais são as que atacam as articulações do ombro ("Americanas" e "Omoplatas"), do tornozelo ("Americana de pé" e "Chave de pé reta"), e a porção cervical da coluna vertebral ("Cervical"). Todas podem ocasionar traumas do tipo Estiramento e entorse de primeiro a terceiro grau, luxação e subluxação articular, fraturas articulares, defeitos osteocondrais e tetraplegia (Somente para “cervical”). As lesões cervicais também podem causar danos neurológicos, viscerais e de grandes vasos. Danos neurológicos podem ser identificados e terem sido causados por secção, contusão, compressão e isquemia medular. A fratura de C1 ("de Jefferson") é uma fratura estável que ocorre com o impacto do anel de C1 contra os côndilos occipitais. Pode ocorrer por uma sobrecarga axial no topo da cabeça (FRANÇA, 2001). Estrangulamentos Tem como objetivo interromper o fluxo de ar para os pulmões e/ou sanguíneo para o cérebro. Apresentam um tipo de lesão ao lutador que não são encontradas em nenhuma outra manifestação desportiva. Eles proporcionam traumas que são unicamente conseqüentes das técnicas das lutas e artes marciais. O estrangulamento é a asfixia mecânica onde ocorre uma constrição do pescoço, causando embaraço à livre entrada de ar no aparelho respiratório feito por meio de um laço acionado pela força muscular da própria vítima, ou de um estranho, pode se utilizar o kimono (Roupa utilizada para a pratica) para que se execute a técnica (FRANÇA, 2001). Possíveis lesões (FRANÇA, 2001): • Morte - pelo impedimento da penetração do ar nas vias aéreas; por morte circulatória devido à compressão dos grandes vasos do pescoço que conduzem para o cérebro; por morte nervosa do mecanismo reflexo (inibição vagal). • Equimoses de pequenas dimensões na face, nas conjuntivas, pescoço e face anterior do tórax. • Infiltração hemorrágica em tela subcutânea e musculatura subjacente ao sulco. • Rupturas musculares. • Fraturas e luxações das vértebras cervicais. 2.3 – CARACTERIZAÇÃO DO TREINAMENTO. No Jiu-jitsu, o treinamento é realizado na maioria das vezes em conjunto com outro praticante, onde se realiza movimentos de empurrar, puxar, derrubar, pressionar, girar e outros, este se assemelha muito com os treinos de judô, onde esse movimentos também ocorrem nas técnicas de queda (ROQUETTE, 1994). Para que se realize esses movimentos, é necessário a utilização de um gasto energético e de força maior de que se realizado sem um adversário, já que o mesmo impõe uma resistência mecânica ocasionada pelo seu peso. Devido ao esforço realizado para a realização da modalidade, esta pode ser caracterizada como uma atividade com peso, porem não com as características das realizadas com pesos livres e aparelhos em salas de musculação. Se isso for correto, o jiujitsu pode ser caracterizado como um tipo de exercício resistido. Sendo assim, a pratica dessa modalidade deve ser realizada com metodologia especifica para o trabalho de força. O praticante adulto utiliza o sistema de graduação de cinco faixas, iniciando pela faixa branca que não necessita de tempo nem idade mínima para que passe para a faixa azul, com dois anos de treinamento ele pode passar para a graduação roxa, com um ano e meio para a marrom e com um ano se forma na faixa preta. O tempo em cada faixa pode variar para mais de acordo com o tempo que o praticante leve para adquirir o conhecimento de técnicas e habilidades que cada faixa exige (CAMARGO, 2003). 2.4 – LESÃO MUSCULOESQUELÉTICA. A lesão é uma ocorrência da vida cotidiana. Enquanto alguns indivíduos sofrem lesão de maior gravidade mais freqüentemente do que outros, ninguém é poupado de dor, de transtorno e da incapacidade causados por uma lesão. Qualquer lesão é acompanhada por custos físicos, emocionais e econômicos inevitáveis, assim como pro perda de tempo e da função normal (WHITING & ZERNICKE, 2001). As lesões musculoesqueléticas têm origens antigas. A evidencia de lesões em fosseis de vertebrados e de doenças em ossos de dinossauros sugere que a lesão é tão antiga quanto a própria vida. Restos de esqueletos dos primeiros seres humanos mostram evidencias de artrite e de fraturas, sugerindo que, em nenhuma época, tivemos livres dos efeitos de lesões. A natureza das lesões pode dar uma idéia acerca da historia de um era. Alguns esqueletos dos antigos egípcios, por exemplo, mostram uma fratura da ulna clava. Atualmente, às vezes esses tipos de fraturas são denominados fraturas por cassetetes. A evidencia de distúrbios musculoesqueléticos é observada comumente na arte das antigas civilizações, a maioria das vezes nas estatuas e nas pinturas de parede de determinada época (VAN MECHELEN, 1992; PAULA, 1993; WHITING & ZERNICKE, 2001). Alem dos médicos da época que estudavam e tratavam as lesões, alguns dos grandes nomes da historia, conhecidos freqüentemente por outras atividades e realizações, mencionaram as lesões de alguma forma e lhes conferiram uma certa proeminência em seu trabalho. O poeta grego Homero, em seu poema clássico ilíada, escreveu com freqüência tanto sobre os traumatismos quanto acerca de seu tratamento, descrevendo mais de uma centena de feridas e lesões especificas (WHITING & ZERNICKE, 2001). Leonardo da Vinci (1452 - 1519), talvez a figura mais conhecida da renascença, ficou apaixonado pela natureza da dor e do traumatismo. Os critérios de da Vinci e de outros pensadores da época da renascença podem parecer elementares, porem em comparação com o conhecimento do que se dispunha e que fora aceito por muitos séculos, suas conquistas foram extraordinárias (WHITING & ZERNICKE, 2001). O processo da ciência continua na atualidade e os avanços no diagnostico e tratamento das lesões não mostram sinais de que haverá uma redução em sua velocidade. Apenas algumas décadas atrás, a sugestão da praticabilidade da substituição articular, a cirurgia a laser, as técnicas de imagem avançadas (p.ex., imagem por ressonância magnética, a microcirurgia e a cirurgia orientada por computados ou robô) eram rejeitadas como especulações futurísticas. Avanços constantes na ciência dos materiais, na tecnologia dos computadores, na robótica e na engenharia genética prometem avanços ainda mais espetaculares no futuro. Enquanto a lesão continua sendo uma ocorrência lamentável na vida cotidiana, é inevitável que os desafios tecnológicos tanto de investigação como te tratamento sofrerão avanços positivos. 2.5 – LESÃO TECIDUAL. Microlesão justifica-se porque as lesões iniciais são usualmente subcelulares e freqüentemente ocorrem em relação a pequenas proporções de fibras musculares. As conseqüências praticas destas lesões incluem redução temporária na produção de força e músculos doloridos, ambos caminhos podem afetas a performance. Dados laboratoriais associados com a doença incluem elevação das enzimas plasmáticas como a CK, metabólicos protéicos vindos de músculos lesados e lesão estrutural de componentes subcelulares como indicados no exame de microscopia ótica e elétrica (ARMSTRONG, 1990). A resposta imediata a lesão muscular é um estagio inicial de autólise, onde uma das razões para isso é a falta de homeostasia do cálcio celular (SMITH, 1991; TIDBALL, 1995). Essa diminuição da homeostasia, leva ativação de proteases cálcio dependentes como proteínas miofibrilares e citoesqueléticas. Uma vez iniciado o estagio fagocítico, os neutrófilos são as primeiras células inflamatórias aumentadas em número após a lesão muscular (1 – 5 horas pós lesão), na sequência, os macrófagos também começam a aumentar (9 – 12 horas pós lesão) e, conseqüentemente os neutrófilos a diminuir. Os macrófagos têm subpopulações, onde uma população (ED1+) é associada com fagocitose de células alteradas nos tecidos lesados e a outra população (ED2+) associada com processo de regeneração celular (TIDBALL, 1995). O processo inflamatório é controlado por substancias conhecidas como mediadores químicos. Estes incluem a histamina, que é sempre imediatamente disponível, assim como outros mediados – tais como serotonina, bradicinina, prostaglandina, leucotrienos e plasmina – produzidos no local da inflamação ou pelos leucócitos (glóbulos brancos) que se dirigem ao local da lesão através da quimiotaxia (TIDBALL, 1995; WHITING & ZERNICKE, 2001). Uma lesão produz uma resposta vasoconstritora, seguida dentro de poucos minutos por uma faze vasodilatadora, durante a qual um aumento na permeabilidade vascular torna possível o fluxo de matérias dos vasos para dentro dos tecidos circundantes. Essas substancias moveis são denominadas exsudato e consistem em liquido e proteínas plasmáticas, incluindo fibrinogênio (um precursor da fibrina, que é uma proteína essencial no processo da coagulação). Apesar de o edema (tumefação) causado pelo exsudato poder contribuir para a dor, o exsudato desempenha inúmeras funções positivas: dilui e inativa as toxinas; proporciona nutrientes para as células inflamatórias; e contem anticorpos e fibrinogênio (ARMSTRONG, 1990; WHITTING & ZERNICKE, 2001). A inflamação tem como finalidade essencial funcionar como a primeira linha de defesa do corpo contra qualquer insulto, como aquele imposto por uma lesão. Apesar de toda a complexidade aparente de processo inflamatório, “parece... que quanto mais aprendemos acerca da inflamação, mais simples se torna a sua mensagem: nossas células e humores defendem o organismo contra os exércitos invisíveis do outro. Podemos chamar nossas perdas de ‘infecção’ e nossas vitorias de ‘imunidade’ (WHITING & ZERNICKE, 2001). O estagio final envolvendo regeneração das celular lesadas, aparentemente resultam em completa restauração funcional das miofibrilas. Em músculos saudáveis em geral a lesão é rapidamente reparada e a remodelação muscular inicia precocemente, aumentando a habilidade para gerar força e melhorando a capacidade para sustentar a produção de ATP (MCCORMICK, 2004). 2.6 – EVIDENCIAS DE LESÕES PÓS-EXERCÍCIO. Algumas observações demonstram que fibras musculares são lesadas agudamente durante o exercício. SMITH (1991); NOSAKA et al. (2002), descrevem que exercícios de resistência induzem lesão histológica, aumentos de proteínas musculares no sangue e anormalidades nos exames por imagem. Estas observações indicam que durante que durante o exercício são iniciadas a desintegração das miofibrilas e das estruturas protéicas em algumas fibras musculares. Uma observação importante é o entendimento dos eventos iniciais do efluxo das proteínas intramusculares para o espaço extracelular. As enzimas plasmáticas apresentam uma ampla variabilidade nas respostas entre os sujeitos, pois fatores como a aptidão do sujeito, o modo, intensidade e duração do exercício afetam tanto a magnitude da resposta como o aparecimento tardio dos níveis plasmáticos após os exercícios (TIIDUA & IANUZZO, 1983; VOLFINGER et al., 1994). Estudos usando técnicas histológicas e estruturais têm documentado lesões em músculos de membros que desenvolvem exercícios os quais não estão acostumados (BROWN et al., 1997; NOSAKA et al., 2002; NOSAKA et al., 2004) referindo-se a desorganização estrutural, normalmente o local mais afetado é a linha Z, e segundo ARMSTRONG (1990), que estudou ratos sedentários que desenvolveram caminhada e declive (exercício excêntrico), observou uma elevação significativa da atividade da creatina quinase e lactato desidrogenase no plasma logo após exercício, enquanto outros sanguíneos de enzimas musculares num período mais tardio, com pico em torno de 24h pós exercício. Uma interpretação desses achados é que o exercício tem causado rompimento do sarcolema, facilitando a saída de proteínas intracelulares para gradientes de menos concentração. Segundo Kisner & Colby (1992), A lesão músculo esquelética pode ser classificada levando-se em consideração as lesões de tecidos moles em: 1) Distensão – alongamento excessivo, excesso de exercício de uso do tecido mole; tende a ser menos grave que uma entorse. Ocorre devido a trauma leve ou traumas não usuais repetidos de grau mínimo. Esse temo é freqüentemente usado como referencia especifica a algum grau de comprometimento de unidade musculotendinea. 2) Entorse – sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como acasula articular, ligamento, tendão ou músculo. Esse temo é freqüentemente usado em referencia especifica a lesão de um ligamento, e recebe a graduação de entoese de primeiro grau (leve), segundo grau (moderado), ou terceiro grau (grave). 3) Ruptura ou laceração entre músculos e tendão – se ruptura ou laceração é parcial, ocorre dor na região da fissura quando o músculo é alongado ou quando se contrai contra resistência. Se a ruptura ou laceração é completa. O músculo não traciona o local lesado, de modo que alongamento ou contração do músculo não causa dor. 4) Lesões tendíneas – tenossinovite é uma inflamação da bainha sinovial que cobre um tendão, normalmente há crepitação ao movimento. Tendinite é a formação de cicatriz ou deposição de cálcio em um tendão. Tenovaginite é um espessamento da bainha tendinea. 5) Sinovite – inflamação da membrana sinovial; um excesso de liquido sinovial normal dentro de uma articulação, geralmente devido a trauma ou doença. 6) Hemartrose – sangramento dentro de uma articulação, geralmente devido a trauma grave. 7) Contusão - golpe direto, resultando em uma ruptura capilar, sangramento. Edema e resposta inflamatória. 8) Bursite – inflamação de uma bolsa (bursa). 9) Gânglio – um balonamento da parede de uma cápsula articular ou bainha tendínea. 10)Subluxação – deslocamento incompleto ou parcial que geralmente envolve trauma secundário ao tecido mole vizinho. 11)Luxação – deslocamento de uma parte, geralmente as partes ósseas dentro de uma articulação, levando a lesão de tecido mole, inflamação, dor e espasmo muscular. 12)Síndromes por uso excessivo – sobrecarga repetida e/ou desgaste por fricção em músculo ou tendão resultando em inflamação e dor. 2.7 – TREINAMENTO FÍSICO X LESÃO. Geralmente entende-se por treinamento a soma de todas as medidas que conduzem a um aumento planejado da capacidade de rendimento físico, não sendo de modo algum uma atividade exclusiva dos esportistas ou atletas. Treinar significa qualquer instrução organizada, cujo objetivo é o rendimento físico, psicológico, intelectual ou mecânico. O treinamento físico é uma repetição sistemática de movimentos que produzem reflexos de adaptação morfológicos e funcionais, com o objetivo de aumentar o rendimento num determinado espaço de tempo (BARBANTI, 1988). O aspecto preventivo das lesões esportivas reveste-se de muita importância quer se discuta atividade física de alto desempenho quer como mero coadjuvante de tratamentos médicos. A necessidade de aumentar a longevidade dos atletas, a maio indicação terapêutica de atividade física e o próprio aumento do numero de pessoas que querem usufruir de seus benéficos com que os aspectos preventivos devam ser encarados com prioridade cada vez maior pelos profissionais da área da saúde. O desempenho físico da cada pessoa é baseado na interação de aspectos cognitivos, capacidades físicas e psicológicas, que, na presença de certos fatores externos associados a condições limitantes, levam a aptidão física. A ocorrência de lesões esportivas é decorrência de inter-relação entre o atleta e o esporte praticado. Toda atividade física gera uma sobrecarga em algum ponto do aparelho locomotor, se esta sobrecarga fica circunscrita a capacidade fisiológica do organismo de se recuperar, não há a instalação de um processo patológico. A base de todas as teorias envolvidas no trabalho de prevenção das leões leva em conta a capacidade de se avaliar adequadamente as limitações de quem pratica o esporta e associada com o conhecimento da magnitude e tipo de sobrecarga que a pratica do esporta gera. Atletas bem condicionados sofrem um menos numero de lesões (GREVE & AMATUZZI, 1999). Organizar e quantificar um trabalho de treinamento é a melhor forma para que treinadores, médicos, profissionais de educação física e terapeutas falem a mesma língua visando identificar pontos de risco nesse cronograma de treino, evitando tanto o supertreinamento ou o mau condicionamento, ambos muito frustrantes para toda a equipe (Gomes, 2002). Alguns aspectos são básicos quando se discute treinamento, como por exemplo força muscular, resistência, aptidão cardiorrespiratória. O trabalho muscular tem como dado primordial a carga máxima que um músculo pode suportar num determinado movimento. Temos que lembrar que nunca um movimento é executado por apenas um músculo e que sempre um músculo antagonista modulando a execução deste movimento. O trabalho muscular como qualquer outro deve ser o mais especifico possível para o esporte praticado, para que o músculo desenvolva as capacidades necessárias para a execução repetitiva dos atos motores seqüenciais determinados pelo esporte. Devemos levar em conta que os músculos compõem-se de fibras que possuem características metabólicas diferenciadas: 1- Baixa velocidade de condução do impulso, suporta prolongada tensão. Baixo índice de fadiga com alta atividade oxidativa; 2- Alta velocidade de condução do impulso, suporta tensão maior por tempo menor, alto índice de fadiga com baixa capacidade oxidativa (WEINECK, 2001). A composição muscular de um individuo é determinada geneticamente, embora estudos mais recentes mostrem uma plasticidade maior de fibras tipo II. Esta plasticidade ocorre em função do tipo de sobrecarga que é imposta a estas fibras. O treinamento muscular deve ser expresso em porcentagem da carga máxima levando-se em conta o numero de repetições de cada exercício, o numero de series, o tempo de execução do exercício, o tempo de repouso entre as series e a seqüência de sua execução (WEINECK, 2001; GOMES, 2002). Todo treinamento esportivo tem uma preparação, existe a preparação básica, a preparação especifica e a etapa de altos rendimentos. Quando o atleta em uma destas fases possui um aumento muito rápido da quantidade de treinamento, ou seja, instrução exagerada com desenvolvimentos motores difíceis, acumulação de competições com intervalos pequenos de uma prova para outra, ocorre o chamado “overtrainning”, isto ocorre quando o atleta tem uma recaída devido a fadiga levando a falta de animo provocando danos fisiológicos pelos exageros da preparação (WEINECK, 2001; WILMORE & COSTIL, 2001). 2.8 - O AMBIENTE DE TREINO COMO POSSÍVEL FATOR DE LESÃO. Impactos gerados por colisões entre corpos são muito freqüentes em modalidades esportivas. Na prática do Jiu-Jitsu, o impacto entre o corpo do praticante e a superfície de queda (tatame) é inerente a esta prática, na medida que todas as projeções efetuadas resultam, em quedas. Para SANTOS e MELO (2001), a partir desta característica, de prática as quedas adquirem muita importância e exigem além de um material específico para a prática (tatame), também uma técnica apropriada para amenizar os impactos (amortecimento de queda). Contudo, para proteger o organismo contra os efeitos dinâmicos dos amortecimentos de quedas. SANTOS e MELO (2001) citam dois mecanismos que podem ser adotados. O primeiro está relacionado ao domínio dos amortecimentos de queda, o qual, segundo ROCHA (1984) e ROQUETTE (1994), é utilizado para reduzir os efeitos das vibrações advindos dos impactos do corpo do jiujiteiro contra o solo. O segundo fator de segurança, diz respeito à composição dos materiais, que resultam em propriedades físico-mecânicas que favoreçam a absorção de energia, elasticidade e amortecimento. Porém, constata-se que poucos fabricantes fornecem as especificações técnicas dos materiais e, quando o fazem, referem-se à cor, as dimensões e ao tipo de material (EVA – com polímero etileno acetato de vinila, palha, sintético e tradicional). Alguns fornecedores apresentam os valores da densidade, porém, não informam sobre a capacidade de amortecimento destes materiais, considerada muito importante para a segurança do praticante, na redução dos valores dos impactos. Mesmo com a existência de materiais (tatames) e técnicas específicas para os amortecimentos de quedas, estudos apontam lesões, que podem ser agrupadas em duas categorias segundo o mecanismo de origem: a) aquelas provenientes das execuções incorretas dos amortecimentos de quedas,conforme apontam vários estudos (GALLI, SANTOS & DUARTE,2000; GAMA, 1986; LIMA & NOGUEIRA, 1998; LIMA, NOGUEIRA & ROCHA,1998) e; b) aquelas lesões relacionadas à superfície de queda (SANTOS, DUARTE & MELO, 2000; SANTOS & SHIGUNOV, 2001). 2.9 – PRINCIPAIS LESÕES NO DESPORTO. Atletismo A distribuição das freqüências de locais anatômicos acometidos nos membros inferiores foram os mais lesionados, independente da forma de coleta, com destaque para a coxa, tornozelo/pé e perna/ panturrilha; neste caso o nível de concordância foi de 91,67% (PASTRE, 2004). Handebol A incidência e o local de lesões que os atletas foram acometidos nos últimos 2 anos,dentre os segmentos lesionados, o joelho (5/9) e tornozelo (3/9) foram os segmentos mais comprometidos e, segundo os atletas, os mecanismos causadores de lesão mais freqüentes foram a finta, a marcação, a repetitividade de arremessos e o impacto contra o solo (SANTOS, 2007). Judo Observou-se que as lesões ocorreram com prevalência de 23%, sob o total de relatos, para articulação do joelho, seguido de 16% para ombro, 22% em dedos de mãos e pés e as demais ocorrências totalizaram 39% (BARSOTTINI & GUIMARÃES, 2005). Futebol Com relação à prevalência de lesões de acordo com diagnóstico, foi encontrado na literatura, como lesões mais comuns, entorses de tornozelo e joelho, contusão e distensão (SILVA, 2005). 3 – OBJETIVOS 3.1 - GERAL: Definir a incidência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu das academias de Belém do Pará. 3.2 - ESPECÍFICOS: - Traçar o perfil dos dados antropométricos dos praticantes de jiu-jitsu. - Definir os objetivos dos praticantes em relação ao jiu-jitsu e os níveis de graduação dos mesmos. - Avaliar a relação temporal da pratica em anos e das horas/treino semanais da pratica do jiu-jitsu, bem como o ambiente de treino (tatame). - Identificar os tipos de lesões mais freqüentes e articulações mais acometidas na pratica do jiu-jitsu. - Relacionar as lesões mais freqüentes com o tipo de solo (tatame) de treino. 4 – METODOLOGIA 4.1 - TIPOS DE ESTUDO Será realizado estudo observacional, prospectivo e transversal. 4.2 - LOCAIS DE PESQUISA A pesquisa foi realizada em academias de artes marciais de Belém sendo elas, Apam Machida, Menezes Jiu-jítsu, Michel Men Jiu-jítsu e Sobrancelha jiu-jítsu Team, no ano de 2009. 4.3 - POPULAÇÃO E AMOSTRA Foram avaliados 57 praticantes de jiu-jitsu do sexo masculino. 4.4 - ASPECTOS ÉTICOS Todos os procedimentos da pesquisa foram realizados de acordo com a Declaração de Helsinque e do Código de Nuremberg, obedecidas as Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS 196/96) do Conselho Nacional de Saúde, respeitando as normas éticas e os direitos dos pacientes. Os dados foram coletados com o consentimento dos pacientes após assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE 1). 4.5 – CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO Foram incluídos na pesquisa os indivíduos do sexo masculino, praticantes de jiu-jitsu no Estado do Pará, com tempo de treino superior a 1 ano e idade entre 20 e 45 anos com algum tipo de lesão músculo esquelética diagnosticada. Foram excluídos na pesquisa os indivíduos do sexo feminino, com tempo de treino inferior a 1 ano, praticantes de outro tipo de atividade de contato e com algum tipo de lesão porem não diagnosticada por profissional. 4.6 – COLETA E ARMAZENAMENTO DE DADOS Os dados foram coletados através da aplicação de protocolo (APÊNDICE 2) com o consentimento dos pacientes após assinatura de um termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE 1). Os dados foram armazenados em planilhas do programa Microsoft Excel®. Entre os dados coletados constaram dados como nome, idade, peso, altura, perimétrica de membros superior e inferior, tempo de pratica, freqüência de treinos semanais, carga horária de treinos semanais, Objetivos da pratica do esporte, pratica de outro esporte, graduação, academia de origem, tipo de tatame, atividades resistivas associada, história de lesões musculoesqueléticas, bem como seu tipo e localização e a ocasião em que ocorreu, nos treinos ou competições. Os dados foram analisados segundo a informação dos atletas. 4.7 – TABULAÇÕES DE DADOS E ANÁLISE ESTATÍSTICA Os dados foram armazenados no programa Microsoft Excel 2007, também utilizado para a confecção dos gráficos. A análise estatística foi feita através do programa BIOESTAT 5.0® com o emprego dos testes estatísticos adequados. A significância será intervalo de confiança de 95% e p < 0,05, utilizando-se o teste quiquadrado quando comparadas variáveis categóricas. 5 – RESULTADOS Os dados estão apresentados segundo os objetivos específicos e pro variável investigada. Tabela 1 - Dados antropométricos dos praticantes de Jiu-Jitsu. Idade (anos) Peso (Kg) Altura (cm) IMC (Kg/m2) X 27,63 85,5 180,00 26,50 SD 4,61 14,24 4,18 3,57 Valores representam a média (x) ± (SD) desvio padrão da idade, peso, altura e índice de massa corporal. A tabela 1 mostra que a média das idades dos praticantes foi de ± 27,63 anos e desvio padrão de ± 4,61, o peso médio foi ± 85,5kg e desvio padrão de ± 14,24, a altura teve como media ± 180,00cm e desvio padrão de ± 4,18 e o IMC dos praticantes apresentou como media ± 26,50kg/m² e desvio padrão de ± 3,57. Gráfico 1 - Demonstrativo da média das idades e dados antropométricos dos praticantes de Jiu Jitsu Valores médios 180 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 86,5 Peso (kg) Altura (cm) 26,5 27,63 IMC (Kg/m2) Idade (anos) Tabela 2 - Demonstrativo dos objetivos que os praticantes buscavam com a pratica da modalidade. Condicionamento Físico Competição N % N % 37 64,91 20 35,08 Valores representam percentual de praticantes que objetivavam com a pratica, condicionamento físico ou competição. A tabela 2 mostra que a maioria dos praticantes 64,91% tinha como objetivo dos treinos o condicionamento físico, e a minoria 35,08% treinavam com o objetivo de participar de competições na modalidade. Gráfico 2 - Objetivos que os praticantes buscavem com a prática da modalidade 64,91% 70% Percentual 60% 35,08% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Condicionamento Ccompetição Objetivos Tabela 3 - Distribuição de praticantes de Jiu-Jitsu por graduação (faixa). Azul Roxa Marrom Preta N % N % N % N % 28 49,12 17 29,82 7 12,28 5 8,77 Valores representam percentual de distribuição da graduação entre os praticantes de Jiu-jitsu. A tabela 3 mostra a divisão dos praticantes por faixa onde a maioria 49,12% possuía a graduação de faixa azul e a minoria 8,77% possuía a faixa preta. Gráfico 3 - Demonstrativo dos praticantes de Jiu Jitsu por graduação 49,12% 50% Percentual 40% 29,82% 30% 12,28% 20% 8,77% 10% 0% Azul Roxa Maron Faixas Preta Tabela 4 - Demonstrativo dos praticantes de jiu-jitsu que utilizam a musculação como medida preparatória para a modalidade. Sim Não N % N % 45 78,94 12 21,05 Valores representam percentual entre a pratica de musculação entre os praticantes. A tabela 4 mostra que a maioria dos entrevistados 78,94 praticavam também a musculação como forma de condicionamento físico simultaneamente aos treinos de jiu-jitsu. Gráfico 4 - Distribuição dos preticantes de Jiu-Jitsu que utilizam a musculação como medida preparatória para modadlidade Percentual 78,94% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 21,05% Sim Não musculação como medida preparatória Tabela 5 - Distribuição da relação temporal da prática em anos e das horas/treino semanais dos praticantes de Jiu-Jitsu Valores Anos de Prática Horas Treino/sem X 7,5 3,75 SD 4,47 1,3 Valores representam à média (x) ± (SD) desvio padrão dos anos de prática e horas/treino semanais. A tabela 5 mostra a media de anos de pratica que foi ± 7,5 com desvio padrão de ± 4,47 e a media de horas de treino semanal foi de ± 3,75 com desvio padrão de ± 1,3. Gráfico 5 - Demonstrativo da relação temporal entre médias dos anos de prática e hora/treino (semanal) dos praticantes de Jiu Jitsu 7,5 8 Valores médios 7 6 3,75 5 4 3 2 1 0 Pratica (anos) Hora/Treino (Sem) Relação temporal Tabela 6 - Demonstrativo dos tipos de ambiente (tatames) de treino utilizado por praticantes de Jiu-Jitsu. Lona Sintético N % N % 33 57,89 24 42,1 Valores representam percentual da divisão entre os tipos de piso utilizados pelos praticantes. A tabela 6 mostra que a maioria dos praticantes 57,89% treina utilizando o piso de lona em suas academias, enquanto a minoria utiliza o piso do tipo sintético com 42,1%. Gráfico 6 - Demonstração dos tipos ambiente de treino dos praticantes de Jiu-Jitsu 57,89% 42,10% 60% Percentual 50% 40% 30% 20% 10% 0% Lona Sintético Tipo de Tatame Tabela 7 - Distribuição dos principais tipos Lesões em praticantes de Jiu-Jitsu. Entorse Luxação Fratura Sub luxação N % N % N % N % 46 80,7 2 3,5 3 5,26 6 10,52 Valores mostram percentual entre as distribuições das lesões em praticantes de jiu-jitsu. O tipo de lesão que mais acometeu as estruturas musculo-esqueleticas dos praticantes foi a entorse, com 80,7%, sendo o único tipo de lesão que acometeu todos os tipos de estrutura citados. Gráfico 7 - Distribuição da ocorrência dos principais tipos de lesões em praticantes de Jiu-Jitsu Percentual 80,70% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10,52% 5,26% 3,50% Entorse Luxação Fratura Tipos de lesões Sub-Luxação Tabela 8 - Distribuição das Leões músculo esqueléticas por seguimentos corporais em praticantes de Jiu-Jitsu. Joelho Tornozelo N % N % 20 35,08 7 12,28 Ombro N Cotovelo % 19 33,33 Dedos/Mão Punho N % N % N % 5 8,77 4 7,01 2 3,5 Valores representam percentual da distribuição entre os seguimentos corporais mais lesionados entre os praticantes. A tabela 8 mostra que a estrutura mais acometida foi o joelho com 35,08% seguido do ombro com 33,33%, a menos afetada foi o punho com 3,5% de incidência de lesão. Gráfico 8 - Distribuição das lesões por segmentos corporais em praticantes de Jiu-Jitsu 40% 35,08% 33,33% 35% Percentual 30% 25% 20% 12,28% 15% 8,77% 7,01% 10% 5% 0% Joelho Ombro Dedos/Mão Seguimentos corporais 3,50% Tabela 9 – Distribuição do piso utilizado durante as lesões no MMII. Joelho Tornozelo Lona Sintético Lona Sintético 70% 30% 0% 100% Valores representam percentual entre a divisão do piso utilizado durantes as lesões nos seguimentos do MMII. A Tabela 9 mostra que nas lesões dos MMII, a relação do segmento corporal lesionado com o ambiente de treino, o joelho teve estreita relação com o tipo de solo (tatame de lona) 70%, e nas lesões do tornozelo o tipo de solo diretamente relacionado foi o tatame sintético com 100% das lesões ocorridas neste ambiente de treino. Gráfico 9 - Demonstrativo do percentual de lesões em relação ao ambiente de treino dos praticantes de Jiu-Jitsu 100% 100% 70% Percentual 80% 60% 30% 40% 0% 20% 0% Lona Sintético Joelho Lona Sintético Tornozelo 6 – DISCUÇÃO Após a análise dos dados dos 57 praticantes de jiu-jitsu investigados neste estudo, verificou-se que a idade média dos praticantes de jiu-jitsu com historia de lesão foi de ± 27,63 anos. Idade esta superior a media das idades de outros praticantes de lutas desportivas que ocorreram na faixa etária compreendida entre 13 a 19 anos comforme o estudo de Vital et al. 2007. Em relação ao Índice de massa corporal os praticantes de jiu-jitsu por nos estudados puderam ser classificados segundo a Organização Mundial de Saúde como préobesos e risco aumentado (OBESITY, OMS, 1997). Segundo estudos de BARSOTTINI & GUIMARÃES, 2005 com praticantes de judô, observou-se que as lesões ocorreram com prevalência de 23%, sob o total de relatos, para articulação do joelho, seguido de 16% para ombro, 22% em dedos de mãos e pés, corroborando com nosso estudos que demonstraram os segmentos corporais joelho e ombro como os mais acometidos. Clebis e Natali 2001, explicam que o nível de uma lesão é determinado pela duração e intensidade do exercício, ocorrendo desta forma que as atividades de resistência ou de explosão produzem vários níveis de resposta celular e de lesão muscular. Fato semelhante foi observado nosso estudo onde vimos que a media de anos de pratica foi de 7,5 anos e as horas de treino semanal foram de 3,75 horas sinalizando que as lesões podem estar associadas a longos períodos de treino. Diversos autores descrevem os membros inferiores como a região mais lesionada durante a prática do futebol, estando o joelho entre as articulações mais afetadas. Segundo Ekstrand e Gillquist, a entorse do joelho é um dos traumatismos mais freqüentes. A entorse, seja por mecanismo direto ou indireto, pode originar lesões que modificam o desempenho esportivo dos indivíduos, conforme observaram Rezende et al. Mesmo com a existência de materiais (tatames) e técnicas específicas para os. amortecimentos de quedas, estudos apontam lesões, que podem ser agrupadas em duas categorias segundo o mecanismo de origem: a) aquelas provenientes das execuções incorretas dos amortecimentos de quedas,conforme apontam vários estudos (GALLI, SANTOS & DUARTE,2000; GAMA, 1986; LIMA & NOGUEIRA, 1998; LIMA, NOGUEIRA & ROCHA,1998) e; b) aquelas lesões relacionadas à superfície de queda (SANTOS, DUARTE & MELO, 2000; SANTOS & SHIGUNOV, 2001). Entretanto em nosso estudos, observou-se que a relação do segmento corporal lesionado com o ambiente de treino, o joelho teve estreita relação com o tipo de solo (tatame de lona) 70%, e nas lesões do tornozelo o tipo de solo diretamente relacionado foi o tatame sintético com 100% das lesões ocorridas neste ambiente de treino. 7 – CONCLUSÃO A partir da apresentação e discussão dos resultados, chegou-se as seguintes conclusões: A media das idades dos praticantes de jiu-jitsu é superior a media das idades dos praticantes de outras modalidades de artes marciais. O Índice de massa corpórea dos entrevistados está classificado segundo a Organização Mundial de Saúde como pré-obesos e risco aumentado. Os atletas de jiu-jitsu na maioria possuem a graduação de faixa azul e a minoria tem a de faixa preta. O tatame mais utilizado para a pratica é o tipo lona, o mesmo represente uma relação com as lesões no joelho, o tatame do tipo sintético que foi o menos utilizado apresenta uma grande relação com as lesões no tornozelo dos que praticam a modalidade. O tipo de lesão mais freqüente foi entorse e as estruturas mais acometidas pelas lesões foram o joelho, ombro e tornozelo. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO GURGEL, F. Personal jiu-jitsu. Axcel Books, 1ª Ed. Rio de Janeiro, 2003. VERKHOSHANSKI, Y. V. Treinamento desportivo - teoria e metodologia. Porto Alegre ARTMED, 2001. IDE, B. N. Considerações sobre a redução da massa corporal antes das competições nas modalidades desportivas de luta. Lecturas educacion fisica y deportes. http://www.efdeportes.com/ . Buenos Aires, ano 10, n° 75. Agosto de 2004. NEME, B. I.; ALVES, A. P. Possíveis lesões decorrentes da aplicação das técnicas do jiu-jitsu desportivo. Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 83 Abril de 2005. FRANÇA, G. V. 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SANTOS, S.G.; DUARTE, M.F.S.; MELO, S.I.L. Percepção de conforto corporal em judocas frente aos impactos(.ukemis.) no judô. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, 23., 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: CELAFISCS, 2000. p.164. SANTOS, S.G.; SHIGUNOV, V. Percepção do atleta sobre as causas de suas lesões. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 16., 2001, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: FIEP, 2001. p.273. . Apêndices APÊNDICE 1 – TCLE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu. Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa acima citado. O documento abaixo contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua colaboração neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer momento, isso não causará nenhum prejuízo a você. Eu, ____________________________________________, residente e domiciliado na _______________________________________________, portador da cédula de identidade, RG __________________ , e inscrito no CPF____________________, nascido em _____ / _____ /_______, abaixo assinado, concordo de livre e espontânea vontade em participar como voluntário do estudo “Incidência de lesões musculoesqueléticas em atletas de jiu-jitsu.”. Estou ciente que: I) A pesquisa tem por objetivo definir a incidência de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu das academias de Belém do Pará e que o participante deverá responder de forma objetiva um questionário que constará de informações sobre a história de lesões apresentadas, seu peso e estatura, tempo e intensidade da prática do esporte, e prática de musculação entre outros; II) III) IV) V) VI) VII) VIII) IX) X) XI) Os dados serão coletados em academias de Belém-PA através de questionário sucinto para a caracterização da amostra; Não sou obrigado a responder as perguntas realizadas no questionário de avaliação; A participação neste projeto não tem objetivo de me submeter a um tratamento, bem como não me causará nenhum gasto com relação aos procedimentos efetuados; Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração neste estudo no momento em que desejar, sem necessidade de qualquer explicação; A minha desistência não causará nenhum prejuízo ao estudo ou a mim; A minha participação neste projeto contribuirá para acrescentar à literatura dados referentes ao tema, direcionando as ações voltadas para a promoção da saúde e não causará nenhum risco; Não receberei remuneração e nenhum tipo de recompensa nesta pesquisa, sendo minha participação voluntária; Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo; Concordo que os resultados sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam mencionados; Caso eu deseje, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados parciais e finais desta pesquisa. ( ) Desejo conhecer os resultados desta pesquisa. ( ) Não desejo conhecer os resultados desta pesquisa. Belém, de de 2008 Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos os eventuais esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas. ................................................................................................... ( ) Participante / ( ) Responsável Testemunha 1 : _______________________________________________ Nome / RG / Telefone Testemunha 2 : ___________________________________________________ Nome / RG / Telefone Responsável pelo Projeto: ______________________________________ Manoel Gionovaldo Freire Lourenço Doutor em ciências pelo instituto Osvaldo cruz / fio cruz Telefone para contato: 3223-4974 / 9997-2526 APÊNDICE 2 – PROTOCOLO DE PESQUISA PROTOCOLO DE PESQUISA Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu. NOME: IDADE: PESO: ALTURA: ACADEMIA: FAIXA: TEMPO DE TREINO: NO DE TREINOS SEMANAIS: TIPO DE TATAME: ( ) LONA ( ) SINTÉTICO ( ) NÃO ( ) NÃO ( ) COMPETIÇÃO MUSCULAÇÃO: ( ) SIM JÁ APRESENTOU LESÕES? ( ) SIM ONDE OCORREU? ( ) TREINO EM QUAIS ARTICULAÇÕES: ( ) COLUNA CERVICAL ( ) COLUNA TORÁCICA ( ) COLUNA LOMBAR ( ) OMBRO ( ) COTOVELO ( ) PUNHO ( ) DEDOS - MÃO ( ) QUADRIL ( ) JOELHO ( ) TORNOZELO ( ) DEDOS – PÉ EM QUAIS GRUPOS MUSCULARES: ( ) PEITORAL ( ) ABDÔMEN ( ) COSTA ( ) BRAÇO ( ) ANTEBRAÇO ( ) GLÚTEO ( ) COXA ( ) PERNA TIPO DE LESÃO: ( ) FRATURA ( ) LUXAÇÃO ( ) ENTORSE ( ) ESTIRAMENTO ( ) ROMPIMENTO ( ) OUTROS APÊNDICE 5 – DECLARAÇÃO DA ACADEMIA 1 Declaração Declaro em nome da academia Apam - Machida ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu” de autoria do acadêmico Astolfo Sacramento Cunha Júnior, da Universidade da Amazônia – UNAMA dando – lhe consentimento para realizar o trabalho nesta academia, coletar dados, durante o período pré – estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, sendo obrigatoriamente citada na publicação a Academia Apam - Machida como local de realização do trabalho. Belém, 20 de fevereiro de 2009. ___________________________________ Assinatura do responsável técnico da Academia APÊNDICE 6 – DECLARAÇÃO DA ACADEMIA 2 Declaração Declaro em nome da academia Menezes Jiu-jítsu ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu” de autoria do acadêmico Astolfo Sacramento Cunha Júnior, da Universidade da Amazônia – UNAMA dando – lhe consentimento para realizar o trabalho nesta academia, coletar dados, durante o período pré – estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, sendo obrigatoriamente citada na publicação a Academia Menezes Jiu-jítsu como local de realização do trabalho. Belém, 20 de fevereiro de 2009. ___________________________________ Assinatura do responsável técnico da Academia APÊNDICE 7 – DECLARAÇÃO DA ACADEMIA 3 Declaração Declaro em nome da academia Michel Men jiu-jitsu ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu” de autoria do acadêmico Astolfo Sacramento Cunha Júnior, da Universidade da Amazônia – UNAMA dando – lhe consentimento para realizar o trabalho nesta academia, coletar dados, durante o período pré – estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, sendo obrigatoriamente citada na publicação a Academia Michel Men jiu-jitsu como local de realização do trabalho. Belém, 20 de fevereiro de 2009. ___________________________________ Assinatura do responsável técnico da Academia APÊNDICE 8 – DECLARAÇÃO DA ACADEMIA 4 Declaração Declaro em nome da academia Sobrancelha Jiu-jitsu Team ter conhecimento do Anteprojeto de Pesquisa do trabalho intitulado “Incidência e fatores de risco de lesões musculoesqueléticas em praticantes de jiu-jitsu” de autoria do acadêmico Astolfo Sacramento Cunha Júnior, da Universidade da Amazônia – UNAMA dando – lhe consentimento para realizar o trabalho nesta academia, coletar dados, durante o período pré – estabelecido pelo cronograma. Estamos também cientes e concordamos com a publicação dos resultados encontrados, sendo obrigatoriamente citada na publicação a Academia Sobrancelha Jiu-jitsu Team como local de realização do trabalho. Belém, 20 de fevereiro de 2009. ___________________________________ Assinatura do responsável técnico da Academia