Informativo da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal - Ano XVIII - Número 63 - Dezembro 2008 ENTIDADE FILIADA ISP Campanha Salarial 2009 PARA NÃO PAGAR PELA CRISE, SERVIDORES ORGANIZAM LUTA POR NOVAS CONQUISTAS Reunidos na 6ª Plenária Estatutária da Condsef, mais de 200 delegados sindicais elegeram as principais bandeiras que vão conduzir lutas dos servidores no próximo ano P ARY CANABARRO reparando o lançamento da Campanha Salarial 2009 (veja quadro) de mais de 800 mil servidores do Executivo, a Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) realizou no início de dezembro, em Porto Alegre (RS), sua 6ª Plenária Estatutária. A crise financeira foi exaustivamente debatida por mais de 200 delegados sindicais de todo o Brasil. Declarações dos ministros da Fazenda e do Planejamento à imprensa mostram que os servidores devem mesmo ficar atentos. Afirmações publicadas nos principais jornais de que reajustes já tornados lei poderão ser suspensos provam que é intenção do governo repassar a conta da crise à categoria. As ameaças, entretanto, serão combatidas. Por unanimidade, representantes de cerca de 80% dos servidores do Executivo Federal deixaram claro que não vão pagar pela crise. Manifestações e discussões para organizar uma grande greve - para defender direitos e arrancar avanços - farão parte dos debates em 2009. Unidade será caminho de servidores para combater efeitos da alardeada crise financeira. DEFENDA SUAS BANDEIRAS DE LUTA TABELA ÚNICA NO SETOR PÚBLICO DIRETRIZES DE PLANO DE CARREIRA PLANO DE CARREIRA PARA OS QUE AINDA NÃO TÊM CUMPRIMENTO INTEGRAL DOS ACORDOS JÁ FIRMADOS PARIDADE ENTRE ATIVOS, APOSENTADOS E PENSIONISTAS Veja outras bandeiras de luta na PÁGINA 3 Em busca da unidade - Condsef e CUT (Central Única dos Trabalhadores) vão agir para fortalecer a luta. O objetivo é reunir diversas entidades representativas do setor em uma grande campanha em defesa dos servidores e dos serviços públicos. “Para alcançar a vitória nessa difícil tarefa, a união será fundamental”, adianta Josemilton Costa, secretário-geral da Condsef. O lançamento da Campanha Salarial 2009 acontece na 2ª quinzena de março com um grande ato em Brasília. Serão três dias de atividades. Uma marcha em defesa da paridade está entre os destaques. As datas oficiais serão definidas em janeiro, no próximo Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Condsef. Condsef vai ampliar ação no Congresso em defesa de projetos como a ratificação da Convenção 151 que garante direito à negociação coletiva. Entidade também combate projetos como o PLP 92 que possibilita a criação de Fundações Estatais de Direito Privado e o desmonte de órgãos públicos. Incra, Ibama, Funasa e Ministério da Cultura já sofrem com ações que buscam esvaziar instituições e enfraquecer setor público. Na foto: Em setembro, Condsef, CUT e Fasubra entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, abaixo-assinado com mais de 500 mil assinaturas contra o PLP 92. Leia mais na página 3 Talento PÚBLICO Crianças da Escola Gomes Carneiro, do RS, encantam participantes da 6ª Plenária Estatutária com danças típicas gaúchas. PÁG 2 MARCOS BOTELHO Trabalho reforçado 2 Jornal da Condsef - Dezembro de 2008 Em dezembro de 2007, o fim da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi usado pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva para tentar cancelar acordos de reajustes firmados com milhares de servidores públicos. Um ano depois, o governo quer, mais uma vez, usar os servidores como válvula de escape. Agora, a crise financeira mundial, que tem mexido com o planeta, está sendo usada como justificativa para a suspensão de reajustes já transformados em Lei. Mas a crise não é nossa. Essa crise não é dos trabalhadores, portanto, seu ônus não deve parar nos bolsos da população. Apesar disso, muito do que vem sendo feito para aplacar essa tragédia financeira vem sendo tirado dos cofres públicos. Nos Estados Unidos, o governo Bush já gastou, segundo analistas, cerca de US$ 1 trilhão do dinheiro público numa tentativa de salvar bancos e grandes empresas da falência. Apesar do balanço positivo com a conquista de importantes avanços, 2009 não será um ano fácil. Precisamos avançar muito mais O mesmo não acontece com os empregos. Cada vez mais trabalhadores têm sofrido com a ameaça iminente do desemprego em todo o mundo. No Brasil, a demissão na Vale do Rio Doce revoltou entidades que representam a classe trabalhadora. A CUT já anuncia greves em todas as empresas que demitirem seus funcionários. O que o governo não quer explicar é que o pânico trazido aos mercados financeiros pela roda especulativa do capital nada tem a ver com os trabalhadores, nem do setor público, nem da iniciativa privada. O que muitos estão chamando de “tsunami financeiro” foi provocado principalmente por banqueiros, grandes empresários e latifundiários, a quem a conta deve ser repassada. No setor público, as declarações dos ministros da Fazenda e Planejamento provam que a intenção do governo é suavizar os impactos negativos da crise à custa de reajustes já negociados com milhares de servidores. Apesar do balanço positivo com a conquista de importantes avanços, 2009 não será um ano fácil. Precisamos avançar muito mais. Garantir direitos como a paridade, a regulamentação da negociação coletiva e barrar projetos como o PLP 92 que propõe a criação de Fundações Estatais de Direito Privado não será tarefa simples. Desde já precisamos nos organizar para que os ataques, que certamente virão, sejam barrados com muita luta e mobilização. Para isso, a união será fundamental. Precisamos abraçar uma causa que é de todos: Não pagaremos pela crise. Vamos à luta pelo cumprimento de nossos acordos e para avançar em novas conquistas. Talentos mirins mostram resultados positivos da educação pública VALE A PENA INVESTIR CRÉDITO Alunos da Escola Estadual Gomes Carneiro encantaram platéia de servidores com apresentação de danças típicas gaúchas. Ao lado: Luis Ribeiro com o filho Lucas. Escola pública promove crescimento humano. E les chegaram esbanjando entusiasmo ao Hotel Embaixador, no centro de Porto Alegre, onde acontecia a 6ª Plenária Estatutária da Condsef. Um grupo de alunos da Escola Estadual Gomes Carneiro, que compõem o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Negrinho do Pastoreio, interrompeu por alguns momentos as discussões e debates sobre a luta dos servidores públicos em 2009 para dar um espetáculo. Conduzidos pela professora Leda Salvi, os meninos apresentaram danças típicas do Rio Grande do Sul. A turma mostrou a força de uma educação pública de qualidade que promove o crescimento das crianças enfatizando a cultura regional. A apresentação emocionou os presentes. A professora contou como os alunos se entregam com alma ao projeto de danças típicas e revelou a importância de repassar às crianças o conhecimento dessa cultura. Mais investimentos - Apesar das dificuldades já conhecidas pelos pais e professores que lecionam em escolas públicas, os alunos provaram como é possível colher bons frutos de uma educação promovida pelo Estado. Apoiador do grupo, Luis Ribeiro, servidor público do Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), conta como ele e a esposa fizeram a opção para que seu filho EXPEDIENTE CONDSEF S.C.S. Ed. Wady Cecílio II, 6º andar, Q. 02, nº 164 70302-915 – Brasília/DF Fone: (61) 2103-7200 – Fax: (61) 2103-7221 www.condsef.org.br e-mail: [email protected] DIREÇÃO EXECUTIVA Secretaria Geral Josemilton Maurício da Costa Lucas de 8 anos freqüentasse o ensino público. Lucas estava entre as crianças que se apresentaram para a platéia de servidores. “Sou filho de servidora pública aposentada que trabalhou 35 anos lecionando. Estudei a vida toda em colégio público. Minha esposa também. Estudar em escola pública não nos impediu de alcançar uma boa formação acadêmica”, conta. Para Ribeiro, o convívio com realidades diferentes foi o diferencial que levou ele e a esposa a matricularem Lucas em uma escola pública. “Conviver com as diferenças será importante para o crescimento do nosso filho como pessoa”, avalia. Antes da escolha, entretanto, Ribeiro que está cursando uma faculdade pública, e a esposa, advogada formada também por uma faculdade pública, visitaram várias escolas estaduais da região. Os pais garantem que não estão arrependidos. “A escola pública tem seus problemas, mas a particular também os tem”, argumenta Ribeiro. “Participamos ativamente das atividades da escola de nosso filho. Se mais pessoas colocassem seus filhos em escolas públicas, mais o ensino tenderia a melhorar”, opina. Cantigas inclusivas – Após as danças, a professora Leda Salvi regeu um coral onde os pequenos artistas cantam também na linguagem de sinais. “Em poucas escolas particulares se vê um trabalho tão completo desenvolvido Secretaria de Administração José Carlos de Oliveira Secretaria de Finanças Pedro Armengol de Souza Secretaria de Imprensa e Comunicação Sérgio Ronaldo da Silva Secretaria de Política Sindical e Formação Neide Rocha Cunha Solimões Secretaria de Assuntos Jurídicos, Parlamentares e de Classe Edison Vitor Cardoni Secretaria de Relações Internacionais CANABARRO A crise não é dos trabalhadores apresentação FOTOS: ARY Editorial para crianças”, elogia Sérgio Ronaldo da Silva, diretor da Condsef. “Por isso nossa entidade continua lutando na defesa de investimentos públicos e pelo reconhecimento dos profissionais do setor”, acrescenta. “Trabalhos positivos como este são louváveis e devem servir como exemplo para outras escolas do País”, completou. Arrancando muitos aplausos, as crianças só se distraíram para observar um telão que projetava seu desempenho artístico. Segundo a professora Leda, aquela era a primeira vez em que os pequenos ficavam frente a frente com tal tecnologia. Durante a tradicional Semana Farroupilha, a maior festa popular do Rio Grande do Sul, as crianças chegam a se apresentar diariamente em diversos CTG´s de Porto Alegre. Viagens para outras cidades só não são feitas por falta de infra-estrutura e patrocínio de que o grupo precisa. Quem quiser conhecer mais o trabalho desenvolvimento pelo CTG Negrinho do Pastoreio acesse: negrinhodopastoreiopoa.blogspot.com. Edvaldo Andrade Pitanga Secretaria de Aposentados e Pensionistas Luís Carlos de Alencar Macêdo Secretaria de Políticas Públicas e Social Eladir Elizabeth Lima Tiragem: 5 mil exemplares Diagramação: Paulo de Morais MG07996JP Jornalista Responsável: Graziela Pereira de Almeida MG08090 JP Impressão: Starprint 3 Jornal da Condsef - Dezembro de 2008 MOBILIZAÇÃO e greve Condsef, CUT e outras entidades sindicais, como Fasubra, levaram milhares de servidores às ruas em 2008. Necessidade de ampliar pressão no próximo ano pode decidir sobre greve. MAIS MANIFESTAÇÕES EM 2009 N egociações com o governo, manifestações na Esplanada dos Ministérios e trabalho de pressão no Congresso Nacional fizeram parte da agenda de atividades da Condsef (Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal) ao logo deste ano. Prevendo tempos difíceis para 2009 no campo das negociações e também no que diz respeito a projetos polêmicos que estão na pauta de votação no Congresso, a Condsef convoca suas filiadas a redobrar os trabalhos de mobilização nos estados. A Confederação entende que 2008 foi um ano de importantes conquistas. O balanço positivo de avanços conquistados a duras penas foi fruto de um trabalho permanente de mobilização que não afasta a necessidade de continuar a luta por novas conquistas. Ao contrário. A receita que combina ingredientes como a crise financeira mundial - que ameaça reajustes - e a possível aprovação de projetos como o PLP 92, das Fundações Estatais de Direito Privado, pode ser um prato indigesto para os servidores. Nesse sentido, união e mobilização tornam-se temperos indispensáveis. PLP 92: Desmonte público não é solução – Contra o PLP 92, muitas ações foram tomadas e continuarão sendo necessárias até que se derrube o projeto. Condsef, CUT e Fasubra vêm combatendo o PLP 92/07 desde que o projeto estava no Ministério do Planejamento. Em setembro, as entidades entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, cópia com mais de 500 mil assinaturas coletadas em todos os estados brasileiros contra a criação de Fundações Estatais de Direito Privado. O abaixo-assinado dá voz àqueles que entendem que este modelo administrativo está na contramão do crescimento e fortalecimento do Estado Brasileiro. Inclusive do próprio PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), dito a menina dos olhos do governo. Para alcançar desenvolvimento, áreas estratégicas como educação, pesquisa, saúde, reforma agrária, ambiente, cultura, devem continuar responsabilidade do Estado, com financiamento e gestão pública. Já são vítimas da política de desmonte do governo órgãos como Incra, Ibama, Funasa e Cultura. Todos passam pelo desafio de frear a criação de institutos MARCOS BOTELHO GP contra o imposto compulsório Multidão de servidores protesta contra Fundações Estatais, em defesa da Paridade e a favor da negociação coletiva no setor público. Cenas como essas devem se repetir com mais força em 2009 que pretendem criar cargos comissionados (DAS) e substituir funções atribuídas a servidores de carreira. Vitórias no passado – A determinação das entidades tem respaldo nos resultados já conquistados com movimentos como este. Ouvindo as reclamações de representantes dos movimentos sociais, estudantis e sindicais, o Congresso Nacional já derrubou, durante o governo Collor e FHC, a PEC-56 e a PEC-370. Ambas propunham a transformação das Universidades Públicas Federais em Organizações Sociais. OIT e Negociação Coletiva – Para evitar o que define como um ataque feroz à história de luta trabalhista, a Condsef, ajudada pela CUT, vem tentando convencer o governo a ratificar a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Na contramão do que é preciso para dirimir e evitar conflitos o governo propõe limitar o direito de greve dos servidores sem antes regulamentar a negociação coletiva no setor. Mas apenas o caminho da negociação é encarado pela categoria como responsável pela solução de conflitos. “Sem isso, as greves continuarão sendo inevitáveis”, prevê Pedro Armengol de Souza, diretor da Condsef. Em março – E por falar em greve, março é o mês onde a categoria decide sobre a necessidade de paralisar atividades para ampliar a pressão em torno de suas bandeiras de luta (veja quadro). Ao longo de quase seis anos de governo Lula, nunca os servidores públicos federais precisaram realizar tantas greves em defesa de seus direitos. Esse fato mostra a insatisfação do setor público com a atual política conduzida pelo governo. Em todo o país, entidades filiadas à Confederação devem preparar a categoria para enfrentar os ataques promovidos pelo governo. “Sem pressão, mobilização e uma greve forte e unificada, o governo sairá vitorioso”, alertou o secretário-geral Josemilton Costa durante 6ª Plenária Estatutária da Condsef (foto). “Vamos mostrar que não estamos alheios aos perigos impostos pelo governo e continuar defendendo a paridade entre ativos e aposentados, nossos direitos e os direitos da sociedade por um serviço público digno e de qualidade para o Brasil”, disse. Condsef e CUT lutam para que o Ministério do Trabalho (MTE) acabe com a Instrução Normativa 1, criada para cobrar imposto sindical aos servidores federais. A pressão exercida por entidades cutistas levou o MTE a realizar seminário para discutir negociação coletiva e organização sindical no setor público. A expectativa é de que, como resultado do debate, o governo reconheça esses direitos. Enquanto isso, segue a todo o vapor a pressão pelo o fim da Instrução Normativa 1 para que prevaleça a livre organização sindical dos servidores. Há quase duas décadas, Condsef e suas filiadas têm atuação garantida graças ao pagamento voluntário de servidores que acreditam e apostam na livre organização sindical. Reajuste em auxílios Além de continuar buscando o cumprimento dos acordos já firmados, a Condsef se prepara para negociar reajustes nos auxíliosalimentação e creche do Executivo, congelados há anos. O auxílioalimentação é, inclusive, o menor pago aos servidores públicos federais. A Condsef cobra isonomia no pagamento desses benefícios. A negociação por melhores condições nos planos de saúde que atendem servidores e seus familiares também está entre as prioridades em 2009. “Mas ainda é preciso mais para garantir ao servidor público a qualidade e condições adequadas de trabalho, única fórmula capaz de ajudar o Brasil a continuar crescendo com qualidade nos serviços públicos”, avalia Josemilton Costa. Josemilton Costa defende pressão e unidade para arrancar novas conquinstas MAIS BANDEIRAS DE LUTA EM 2009 Não ao PLP-01: Congelamento Salarial é inaceitável Pelo fortalecimento das instituições públicas Não ao PLP 92 e às Fundações Estatais de Direito Privado Pela regulamentação da negociação coletiva no setor público Contra toda restrição ao Direito de Greve Contra a Instrução Normativa 1 que impõe cobrança de imposto sindical Pelo reconhecimento ao direito da livre organização sindical Pelo cumprimento de todos os acordos Reajuste nos auxílios-alimentação, creche, transporte e planos de saúde Diretrizes, Plano de Carreira e Política Salarial atrelada à inflação Paridade entre ativos, aposentados e pensionistas Correção das distorções salariais Não ao PL 248 que autoriza demissão involuntária Tabela salarial única para o setor público Fim das terceirizações e contratos temporários Abertura de concursos públicos Retorno imediato dos demitidos e anistiados do Governo Collor ARY CANABARRO 4 Jornal da Condsef - Dezembro de 2008 UM 2009 SEM CRISE ANTONIO CRUZ / ABr SERVIDORES DO MINISTÉRIO DA CULTURA EM MANIFESTAÇÃO DURANTE GREVE DA CATEGORIA S e pudesse escolher como seria o ano novo, a Condsef escolheria um Brasil de igualdade. Não haveria servidores mal remunerados ou submetidos a condições inadequadas de trabalho. Não haveria filas em hospitais, nem risco de morte por dengue ou febre amarela, leishmaniose, ou outra doença. Servidores estariam nas ruas, aos montes, defendendo os brasileiros no combate a endemias e epidemias. Se pudesse escolher um ano novo, a Condsef apostaria em um Brasil alfabetizado. Professores e alunos viveriam em harmonia. Com educação, não haveria violência. O respeito seria a palavra de ordem. As escolas públicas estariam recheadas de livros, computadores e equipamentos suficientes para levar saber e qualidade de ensino a todos. Se pudesse escolher o ano novo, a Condsef veria um Brasil cercado por estradas conservadas. A infraestrutura manteria aquecida a economia. Não haveria morte, só ordem e progresso. Não haveria terras improdutivas no nosso ano novo. Teríamos famílias impulsionando a economia agrícola. A Amazônia seria só do Brasil, sem grileiros, sem madeireiras, sem clandestinidade. No lugar, haveria equipes de pesquisa explorando nossa biodiversidade em favor dos brasileiros. Índios teriam respeitado seu direito à terra e viveriam dela. Todos teriam acesso à cultura. Nesse ano novo, ninguém passaria fome. Todos teriam empregos. Os impostos seriam revertidos em serviços de qualidade e a Constituição finalmente faria sentido. Mas esse é exatamente o ano novo que a Condsef escolheu defender. O que parece um sonho distante está, na verdade, ao alcance de nossas mãos. Para um ano novo de verdade, devemos renovar também nossa esperança. Devemos lembrar que temos escolha. São nossas escolhas diárias que nos levarão ao ano novo que merecemos e podemos ter. A Condsef deseja às suas filiadas, aos servidores públicos e toda a sociedade, um ano novo de paz e tranqüilidade. Que este seja um ano de muita energia com vontade renovada para a luta. Tudo para que tenhamos o 2009 que merecemos. Um 2009 sem crise. Josemilton Costa Secretário-geral da Condsef ACESSE WWW.CONDSEF.ORG.BR