Anais do II Seminário Nacional Literatura e Cultura
Vol. 2, São Cristóvão: GELIC, 2010. ISSN 2175-4128
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TRAGÉDIA E MORTE EM “EXÍLIO” DE LYA LUFT
Cleidiane da Silva Vieira Oliveira (UFS)1
INTRODUÇÃO
Romance escrito em 1987, Exílio “fazia parte do quadro das obras mais vendidas do
Brasil” (KUKUL, 2005, p. 02) e é “considerado por muitos críticos como o ponto máximo da
carreira de Lya Luft. Narra os conflitos existenciais de uma mulher dividida entre o desejo de
retornar a sua casa, após a descoberta de traição do seu marido, razão pela qual abandona
o filho Lucas e vai viver na Casa Vermelha, e de “abraçar” a relação que mantém com
Antônio, antigo namorado e amante. No lugar escolhido para exilar-se, a protagonista passa
a questionar o seu passado, reencontra-se com seu irmão Gabriel, exilado do mundo e da
sanidade mental e física e com o Anão, amigo “imaginário” com quem conversava na
infância. O enredo é fortemente marcado pela tentativa da protagonista em reconstruir a
imagem da mãe alcoólatra, a qual se suicidara quando os filhos ainda eram pequenos. É por
meio das conversas mantidas entre a protagonista e o Anão, assim como pela sua
introspecção, que a doutora vai expondo seu passado e com ele as perdas e dores que
marcaram duramente sua vida, propiciando seu isolamento.
A narrativa expõe os traumas interiores da protagonista, revelando a natureza
humana em sua intimidade. Esta exposição acontece por meio da rememoração do passado
e dos sentimentos que ele desperta. Isso acontece porque enquanto a protagonista não
compreende seu passado, não consegue situar-se no presente, portanto, precisa
estabelecer um elo entre eles, pois o passado ainda dói e, por isso, permanece na memória.
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Graduada em Letras pela Universidade Federal de Sergipe e especialista em Educação e Gestão.
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A solidão física e a solidão da alma seriam amenizadas com sua chegada ao
internato, espaço em que passa a viver na adolescência e que trará a ela paz de espírito
devido à amizade que construira com Irmã Cândida por quem passa a nutrir amor maternal,
companheirismo e atenção.
Com vistas a estudar o estado de isolamento em que a protagonista se encontra,
este estudo apresenta uma análise do romance Exílio, tomando-se a perspectiva da morte.
Ressalta-se, porém, que dentro do romance a palavra morte não se limita apenas à morte
física, ou seja, quando o corpo se separa do espírito. Há nele uma conotação de morte
como separação do mundo, das pessoas, como uma impossibilidade de sentir-se parte de
um lugar ou de um grupo de pessoas.
Exílio, num primeiro momento, significa estar isolado do convívio social e a morte é o
fim de qualquer tipo de convívio ou relação. Nesse sentido, observa-se que as duas
palavras ligam-se à vida da protagonista, cuja companhia é sua solidão, seus pensamentos
e a dor que o passado lhe incute.
O LUGAR DA IDENTIDADE NO EXÍLIO
Para compreender o significado do título do romance, reportamo-nos ao significado
da palavra que, de acordo com o Dicionário Houaiss (2001, p. 324), é o “afastamento
forçado ou voluntário da terra natal; degredo, desterro; isolamento do convívio social”. Exílio
pode ser, então, o distanciamento do indivíduo, seja este por coação ou espontâneo, do seu
lar ou afastar-se das pessoas que ama e com quem precisa conviver.
A partir da análise de algumas passagens, observamos que a condição de exilada da
protagonista foi no passado a mesma condição da mãe suicida, assim, podemos dizer que
há na filha uma continuidade de muitas das aflições que consumiram a mãe. Entendemos
que tal observação pode ser confirmada já no primeiro capítulo do romance, no qual se tem:
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“VOCÊ ESTÁ CADA VEZ MAIS PARECIDA com a Rainha Exilada – grasnou o Anão,
sarcástico, empoleirado no meu criado mudo”( p. 132).
Nessa passagem, primeiramente destaca-se a letra em caixa alta, para enfatizar a
comparação feita entre a protagonista e a mãe suicida. Atenção especial há que ser dada ao
modo como o Anão se refere à mãe: Rainha Exilada. A palavra rainha, por si só, já sugere
alguém soberano, em geral, tratado de maneira diferenciada e cuja postura deve primar por
certo distanciamento do povo, ou seja, uma vida mais reservada. Acompanhando a palavra
rainha, tem-se o adjetivo exilada, elucidando a condição da mãe e colocando a filha na
mesma situação.
Esse sentimento de seguir o mesmo caminho que a mãe é perceptível em outra
passagem, na qual a protagonista começa a reviver o momento da morte da mãe,
questionando-se sobre como ela teve coragem de deixá-los num momento em que o amor
materno era fundamental.
Nossa mãe morreu há pouco tempo; vestimos luto fechado, e temos a cara
perplexa de todos os órfãos: como foi que ela nos abandonou assim, como?
Mas essa expressão também aparece nos nossos poucos retratos
anteriores; porque, de certa forma, ela nunca esteve conosco (p. 31).
Embora busque resposta à pergunta, ela sabe que já tem, admitindo que a mãe fazia
parte de outro mundo, pois “vivia isolada de tudo, como os secretos mundos dentro
daqueles pesos de papel, cápsulas de vidro que o meu pai colecionava” (p. 13). Vê-se que a
protagonista também sente-se exilada. Deixou para trás Lucas e veio para a Casa
Vermelha, cenário de seu sofrido viver que a coloca em um mundo tão distante quanto o
que vivia a mãe.
[...] Uma mulher tão grande, dama antiga de sólida aparência: no entanto,
toda fragilidade, medo. Sede. Perdição. Corpo de parideira, mas o coração
no exílio. Tinha uma pele muito doce: eu raramente a tocava, ela não
queria; encolhia-se toda, nossos abraços e beijos tinham de ser breves e
superficiais (p. 163 – 164).
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Distante a ponto de impedir os beijos, negar o toque, assim fora a mãe, mulher de
grande beleza que é assim descrita: “O retrato dela aparecia nos jornais: nariz perfeito, boca
perfeita, olhos perfeitos, toda perfeição. Eu guardava os recortes, lia e relia escondido.
Quanto mais distante, mais amada” (p. 35).
Distanciamento e desprezo. Era este o tratamento dispensado aos filhos por ela. A
protagonista, porém, não oferece ao filho o mesmo tratamento que recebera da mãe, mas o
momento em que ela vive não permite que ofereça a Lucas a presença e o amor maternos.
Mamãe,quando eu quiser passear com você eu digo, tá?Você não gostou
do carrinho novo? Gostei. Mãe, lembra as noites em que não nascia neném,
e você contava histórias pra eu dormir? (p. 154)
Observa-se que o filho refere-se a ações feitas no passado, já que neste momento
não há mais histórias e a intimidade dos dois se dissolve a cada dia. Ao falar sobre o que
sente em relação a ela e aos seus, em especial Lucas, a protagonista assim se expressa:
“Tenho pena de nós, de Gabriel, de mim, de meu filho Lucas, que tem seis anos e não sabe
por que sua mãe foi embora: alguns traços dele aparecem nos dois rostos daquele
melancólico retrato” (p. 31). Entende-se que a personagem se lastima por evidenciar o ciclo
triste e duro imposto aos seus. Se ela e Gabriel não foram amados pela mãe, uma vez que
esta viveu em uma redoma sem querer ser incomodada, Lucas também está privado da
companhia materna. Deixá-lo para ficar com Antonio, seu namorado, é apenas uma saída, o
que se vê nessa situação é uma mulher que não consegue ser mãe, não consegue ser
esposa, pois o passado a persegue e o presente a conduz para “uma floresta pela qual não
há entradas” (p. 31).
A pena que sente de si mesma e do irmão Gabriel é fruto do que ela vê agora: dois
adultos com lembranças latentes de um passado de dor, com marcas que jamais serão
apagadas. Quanto ao filho, sente pena por não saber o que acontecerá com ele no futuro.
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A protagonista deixa Lucas e o seu verdadeiro lar para viver na Casa Vermelha,
lugar que “carrega em seu bojo roído pelo tempo, habitado de ratos e infectado de
angústias, toda uma raça de exilados” (p. 47). A casa, além de abrigar pessoas exiladas, é
descrita pela protagonista como “isolada [...] parece um ferimento no morro” (p. 32). Trata-se
de um lugar desconhecido que na verdade funciona no romance como o espaço da busca
pela compreensão da identidade do eu e nesse espaço observa-se uma constituição
labiríntica e enigmática, muito semelhante à floresta que a narradora persiste em conhecer:
um lugar de fuga da realidade, um lugar de encontro consigo mesma, a busca pela sua
identidade (BATISTA, 2007, p. 37).
Stuart Hall, ao discutir a identidade do sujeito pós-moderno, afirma que “se sentimos
que temos uma identidade unificada desde o nascimento até a morte, é apenas porque
construímos uma cômoda história sobre nós mesmos ou uma confortadora narrativa do eu”
(2004, p. 13).
A identidade unificada, mencionada pelo autor, não pode ser percebida no romance,
pois na realidade a protagonista não se integra aos grupos aos quais pertence,
considerando que, para isso acontecer, ela precisa de respostas para compreender sua
história. É essa cômoda história sobre si que ela busca reconstruir, o que a faz mudar sua
identidade pessoal, porque ela mesma afirma não se reconhecer, não olhar para o espelho
e ver a médica decidida e mãe dedicada que fora um dia.
Seus sentimentos são manifestados nesta passagem: “Nunca mais terei aquelas
mãos firmes, aquele jeito autoritário e sereno” (p. 46). Verifica-se um pesar na fala da
personagem por não encontrar mais em si as qualidades que a faziam alguém tão forte. E
segue ainda narrando o modo como se sente no momento, deslocada e só:
Mas só tenho essa espantosa solidão; insegurança; e medo, medo. O que
será minha vida com Antonio? Poderei me reconstruir ou terei sempre essa
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sensação de estar mutilada, fora do mundo, dos segredos e do afeto
alheio? (p. 56).
Por esse motivo, sua identidade é cambiante, ou seja, muda à medida que tenta
buscá-la ou compreendê-la. E ela, ao passo que retoma seu passado, fecha-se num ciclo
cada vez mais solitário, que abarca seu passado e seu presente, mas não oferece uma
possibilidade de futuro. Luft consegue, por meio da linguagem, apresentar o universo
fragmentado e suspenso da protagonista, a revelar um ser descontínuo que se encontra em
permanente busca e cuja identidade apresenta-se também fragmentada, incompleta e
desorientada. Sentindo-se assim, tão perdida e em busca de respostas, a protagonista sabe
que “o cascalho do tempo ecoa na memória: conto fatos da minha vida como quem
contasse carneiros. Só que não quero dormir: preciso ficar lúcida, para desatar o nó do meu
destino emperrado e complexo” (p. 17).
Infelizmente, o nó do destino da protagonista não se desfaz, o que se tem é uma
narrativa que se fecha na medida em que o sofrimento dela aumenta, levando-a cada vez
mais para a condição de exilada. No entanto, ela precisa conviver com as dificuldades que
vieram com o exílio e, conseqüentemente, os sentimentos provocados por ele:
Encalhei aqui, o tempo passa, e às vezes parece muito conseguir
sobreviver até o fim do dia. Digo a mim mesma o que disse tantas
vezes às mulheres de grandes ventres distendidos a quem ajudava a
parir: Agüente mais um pouco, um pouco só (p. 21).
Ao eleger como título do romance a palavra Exílio, Lya Luft já antecipa ao leitor parte
da temática do romance: o estado de afastamento da protagonista em relação ao mundo
que a rodeia. Cabe, então, esclarecer que o significado de exílio, dentro do romance,
assume mais de uma forma, ou seja, não se refere simplesmente ao ato de deixar sua terra,
sua casa ou de ser afastado do convívio social.
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Em Luft, observa-se que a palavra refere-se à inadaptação da personagem com o
mundo, motivada por traumas que tomaram uma proporção tão acentuada, capaz de fazer
com que ela se isole. Nesse sentido, Brizuela (2003, p.183) explica que “para ser exilado
não é preciso que se tenha deixado o lugar de origem, porque este lugar de origem, por um
lado, não é fixo, mas fugidio e escorregadio [...]", ou seja, um indivíduo para exilar-se não
precisa deixar seu lar, sua terra, basta que ele não consiga mais encontrar as características
que o fazem pertencer, sentir-se parte, fazendo com que ele nutra em relação ao lugar um
sentimento de não pertencimento.
Isso ocorre com a protagonista de Exílio, para quem o lar deixou de fazer sentido,
viver com Lucas e com Marcos passou a ser impossível e ela então decide ir buscar abrigo
em outro lugar, porque a vida de antes já não cabia em seu mundo, já não lhe competia
mais.
Daí emerge parte de seu sofrimento, por sentir-se definitivamente fora da vida de
alguém que surgiu a partir de sua própria vida: seu filho. O maior sofrimento, porém, advém
de sua retomada ao passado, pois para encontrar-se e responder a tantas perguntas
interiores, a protagonista recompõe o passado, e é nesta recomposição que ela passará por
um processo de descoberta. Organiza os fatos vividos, mencionando as ações do pai diante
da mãe ‘doente’, a recomposição dos lugares – casa dos avós, internato, sua casa. Cada
ponto rememorado dá à protagonista a consciência de seu fim, sabe que está se
despedindo da vida, pois tem noção do abandono de si e dos seus e das coisas. Em sua
vida não há alegria, há a destruição e a presença da morte cada vez mais.
Ao descrever o Anão, ela deixa claro não ser ele igual aos anões de livros, tampouco
ser um anão de circo ou que serve ao rei. Como se sabe, os anões dos contos de fadas são
retratados como doces homenzinhos; já a figura do anão no circo é cômica e está ligada ao
fazer graça, do mesmo modo no palácio, onde o anão está relacionado com a figura do
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Bobo da Corte. O anão de Exílio é diferente: “usava roupa preta, séria, um chapeuzinho
antiquado na mesma cor” (p. 60) e aparecia “nas horas mais inesperadas” (p. 61).
Observa-se que a protagonista tem consciência de que está exilada em um mundo
no qual um dia sua mãe também viveu. E para não se esquecer disso, ela tem a figura do
Anão, que é uma “espécie de consciência acusadora, lembra a Doutora insistentemente
dessa semelhança com sua mãe” (BATISTA, 2007, p. 44).
A morte do Anão já no final do romance é para ela uma perda irreparável, é como se
ele assumisse em seu lugar a morte: “Não me quis a morte: o Anão assumiu todo o meu
espaço dentro dela” (p. 200). O choro pela morte de seu amigo é profundo e ela se
pergunta: “Já chorei assim alguma vez, eu, que tenho chorado tanto? O choro de quem dá à
luz a si mesma, abre as pernas dolorosamente e sai dali entre gemidos fundos, sangue e
gosma” (p. 198).
O desfecho trágico do Anão é o adiantamento do fim da protagonista, já que ela, ao
final, aniquila seus anseios e se embrenha na floresta que cerca a Casa Vermelha e que
durante todo o romance a ‘convida’ para explorá-la:
Estou indo, estou indo. Vou tomar rumo. Ainda não consertaram aqueles
arames farpados. Primeiros passos, tropeçando. Cheiro de mato, almíscar,
musgos úmidos. Decomposição e nascimento, cogumelos saltando do
esterco. Depois meu passo se firma. Aqui e ali, reflexos verdes: ratazanas
não têm olhos assim. Aqui haverá enfim lugar, como nunca tive. Avanço
rápido, arfando: Mãe, mãe... (p. 200).
Nessa passagem, observa-se que a protagonista encontrou seu fim, o qual se
entende ser a morte. Seus primeiros passos rumo à floresta são firmes, lá ela encontrará
‘enfim lugar’, nota-se um sentimento de pertencer a um espaço, não se sentir mais exilada.
Depois, ela encontra decomposição e nascimento, palavras com significados opostos. A
primeira refere-se àquilo que está se deteriorando, estragando, apodrecendo. Já
nascimento, refere-se ao novo, à vida. Assim, entende-se que neste momento ela deixa
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para trás a vida arruinada por tantos episódios trágicos e se prepara para receber uma nova
vida. Vida esta que se faz com a morte, libertando-a dos males tão dolorosos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O universo de Exílio é marcado pelo mundo fragmentado da Doutora. Seu
desamparo é grande, ainda maior seu pesar diante de tantas perdas e verdades que, pouco
a pouco, emergem como um flash em sua memória.
A composição do difícil viver da protagonista, marcado por separações irrevogáveis e
as perdas conduzem-na para um estado de luto e de dor que lateja constantemente na
alma.
A morte envolve o romance num primeiro momento é a morte do outro, mas à
medida que ela rememora seu passado, seu mundo a conduz para a própria morte. Morte
que se apresenta como ‘maldita’ e ao mesmo tempo ‘venerada’; que por um lado é o eco de
um tempo de tristeza e dor e, por outro, representa a libertação de uma vida tomada pela
aflição e angústia. Desse modo, observou-se que a razão já não existe, o que ficou foi a
emoção que a arrasta para a floresta convidativa, para o lugar que a conduzirá
definitivamente para a morte.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Curitiba: 2007, 95 f. Disponível em:
http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/1884/13603/1/dissert_pdf.pdf
BRIZUELA, Natalia. “Uma mulher; mulher” ou O exílio permanente. In: SÜSSEKIND, Flora;
DIAS, Tânia; AZEVEDO, Carlito. Vozes femininas: gênero, mediações e práticas da escrita.
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celebrações em torno da escritora Lya Luft e de sua obra. In: Revista Patrimônio e
Memória. UNESP – FCLAS – CEDAP, v.1, n. 2, 2005, p. 15.
LUFT, Lya. Exílio. Lya Luft. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
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