FTC – Psicologia Psicologia os Grupos Prof. Elma Moura Teatro Espontâneo: O grupo busca, através das técnicas de aquecimento, o tema condutor do espetáculo; Jornal Vivo: O tema é encontrado a partir de manchetes dos jornais diários, lidas e escolhidas no processo de aquecimento. (...) “JORNAL VIVO: pode ser considerado o antecessor do sociodrama, porque permite ao grupo vivenciar o presente sociocultural da comunidade, numa experiência de criação coletiva, onde não há um protagonista individual, mas onde todos o são, a partir da notícia. Tanto uma técnica quanto a outra atendem ao propósito original da gênese teatral: a catarse coletiva.” (...) “ As etapas em que se desdobra o andamento do TEATRO ESPONTÂNEO assemelham-se às de sessão de psicoterapia grupal ou de psicodrama; e não poderia ser diferente, pois, a partir dessa forma de teatro, organizaram-se as idéias e a práticas psicodramáticas.” TEATRO ESPONTÂNEO (...) “As etapas são: Aquecimento: gênese das idéias do grupo, a proposta da tarefa a ser executada, o que o grupo deseja protagonizar; Dramatização e criação: busca da concepção dramática, distribuição dos papéis, a “armação” do cenário e a metamorforse dos atores.” TEATRO ESPONTÂNEO (...) “Compartilhar: é finalizada a dramatização específica, central na preocupação do grupo; momento de compartilhar as emoções levantadas, percebendo-se a realidade da dinâmica co-inconsciente do grupo e ocorrendo outros tipos de reconhecimento afetivo e intelectual, necessários para possíveis transformações.” TEATRO ESPONTÂNEO (...) “Comentários: o grupo ainda exerce a tele-sensibilidade, mas há um predomínio da reflexão intelectual, buscando-se a elaboração do acontecido com o grupo como um todo e com cada um, atingido em sua individualidade” (...) “Em Moreno, ‘resistência’ significa dificuldade em se conseguir a participação de todos para a realização proposta. São elas: contradições ou exclusões na busca do tema comum; dificuldades dos participantes em utilizar a movimentação do corpo e de colocar o corpo em relação com o do seu próximo, através da mímica, dos gestos, do toque; dificuldades em assumir os papéis distribuídos ou tomados(...) (...) fixando-os em ‘tipos’ da conserva cultural, evitando-se o espontâneo, o autenticamente criativo; dificuldades inerentes à própria personalidade do sujeito; dificuldades impostas de fora, pelos demais participantes que, no auditório, por omissão ou interferência indevida, não permitem o andamento do trabalho.” (...) “A superação das resistências ou dificuldades se faz através das técnicas de aquecimento. Regra básica e fundamental é a de aquecimento adequado, no tempo e na qualidade, com observação consequente do que está acontecendo e oportuna intervenção do diretor no ritmo da ação.” (...) “Existem três grandes momentos ou estágios no desenvolvimento do indivíduo na matriz... Estágio de identidade total (eu): (...) “A técnica que está embasada nesse estágio é a técnica do duplo, que no Psicodrama é feita pelo ego-auxiliar ou, algumas vezes, pelo diretor que expressa, num determinado momento, aquilo que o protagonista não está conseguindo expressar. Estágio do reconhecimento do eu: Fase do espelho – A técnica do espelho pode ser utilizada de duas formas: uma onde, no contexto dramático, o ego-auxiliar entra e passa a espelhar o protagonista, que a ssiste a si mesmo, frente a frente. Em outra forma, o diretor retira o protagonista de cena e fica ao seu lado, assistindo ao desempenho do ego-auxiliar, que toma seu lugar na dramatização. Estágio do reconhecimento do tu: nesse estágio o indivíduo torna-se capaz de sair de si mesma e colocar-se no papel de outra pessoa; (...) “Baseado nesse estágio, Moreno criou a técnica da inversão de papéis, dando também o mesmo nome a essa etapa de desenvolvimento.” (...) “É das três técnicas básicas, duplo, espelho e inversão, que surgem todas as outras já criadas ou por criar, pois qualquer outra técnica contém ao menos o princípio contido em algumas delas.” Auto-apresentação: o cliente que se propõe ao trabalho apresenta-se ao grupo falando de si. Em seguida, escolhe papéis ou cenas, considerados significativos, para mostrar o que pretende naquele momento. As situações dramatizadas podem referir-se ao passado, ao presente ou ao futuro, como podem ser contracenadas com pessoas reais presentes ou solicitado a um dos membros do grupo, entre eles os terapeutas, que na função de ego-auxiliar, interage com o protagonista. Solilóquio: é uma das técnicas verbais utilizadas para tornar expressáveis níveis mais profundos do “mundo interpessoal” do protagonista. Interpolação de Resistências: visa a “contrariar” disposições conscientes e rígidas do protagonista, possibilitando acesso a novos pontos de vista, mais flexibilidade em posições relacionais e busca de caminhos mais produtivos para a tele-sensibilidade. Concretização: trata-se de representação de Realidade Suplementar: vivência de fatos objetos inanimados, entidades abstratas (emoções, conflitos), partes corporais, doenças orgânicas, através de imagens, movimentos e fala dramáticos, o que é feito pelo próprio cliente ou pelo ego-auxiliar. subjetivos da necessidade emocional do cliente até mesmo não tenham sido realidade. Permitir dramatizar o “não acontecido” com a finalidade de conhecer, no processo psicoterápico, o sentido e o significado dessa realidade para o protagonista. Onirodrama: técnica psicodramática para a representação dos sonhos, ou técnica dos sonhos, ou ainda método dos sonhos. É a técnica que permite examinar o “sonho em ação”, ou seja, revivê-lo na ação dramática. (...) “A princípio qualquer sonho poderia ser trabalhado pelo onirodrama, mas a experiência mostra que os sonhos mais importantes para o indivíduo esclarecer são basicamente de três tipos: (...) 1. 2. 3. Pesadelos – sonhos com intensa emoção,comumente assustadores e que na maioria das vezes forçam o despertar; Sonhos repetitivos – surgem iguais ou com leves modificações, muitas vezes, durante anos; Sonhos focais – são, na maioria das vezes, curtos e pobres em imagens, mas sempre apresentam emoções fortes associadas o sonhador sente uma necessidade de clarificá-los; Como dramatizar : Refazer o dia que antecedeu ao sonho – (présonho) aquecimento; “Mundo dos sonhos” – organização de cena para facilitar a entrada no mundo onírico, de uma lógica diferente daquela que dirige o pensamento das pessoas quando despertas; Exploração de cada elemento que aparece, através da técnica da inversão de papéis; Trabalho de uma cena única – todo o sonho é trabalhado apenas na primeira cena, identificada como elo dramático que conduz a outras cenas necessárias para a identificação conflitual do protagonista. Boa noite... Prof. Elma