relatório anual 2013 Conselho Deliberativo Conselho Fiscal Diretoria Executiva Presidente Conselheiros indicados Diretor-presidente Luiz Fernando Telles Rudge André Natali Schonert Wagner Tirolli Conselheiros indicados Cássio Ricardo de Moura Diretores Gilson Galvão Krause Conselheiro eleito Marcia Fernandes Kopelman José Rodrigo Parreira Rosana Bretzel Mário Sérgio de Pina Ribeiro Luiz Gonzaga Marinho Brandão Suplente Milton Lopes Antelo Filho Conselheiros eleitos Paulo Antônio Arouca Cláudio Pfiszter Mônica Maria Orsolini Raul Antonio Del Fiol Suplentes Comitê de Investimentos Conselho Consultivo Coordenador Adilson Augusto Peres Luiz Ernesto Gemignani Herbert José Azevedo Paulo Accioly Fragelli Octavio Pieranti Filho Mário Sérgio de Pina Ribeiro Felipe Alceu Amoroso Lima Luiz Ernesto Gemignani Luiz Fernando Telles Rudge Luiz Gonzaga Marinho Brandão Paulo Accioly Fragelli Wagner Tirolli (mandatos 2013–2016) Sumário A FPPS em 2013 Plano MultiFlex Plano BásicoPlus 1 6 16 Plano de Gestão Administrativa 26 Relatório dos Auditores Independentes 29 Site Fundação Promon 31 A versão completa deste Relatório Anual está disponível na Área de Participantes do site da FPPS | www.fundacaopromon.com.br A FPPS em 2013 A Fundação Promon de Previdência Social (FPPS) registrou ativos totais de seus dois planos previdenciários de quase R$ 1,2 bilhão ao final do período. Pioneira entre as entidades de previdência complementar patrocinada por empresa do setor privado, a FPPS vem contribuindo há quase quatro décadas para que seus profissionais tenham um futuro financeiramente melhor na fase de aposentadoria. Ao longo de 2013 a FPPS pagou benefícios previdenciários da ordem de R$ 51,2 milhões aos seus 673 participantes assistidos e recebeu contribuições no valor de R$ 26,5 milhões para seus participantes ativos. No período, a FPPS registrou aumento de 4% no número de participantes, totalizando 2.776 pessoas, das quais 563 encontram-se no plano Promon BásicoPlus, da modalidade benefício definido (cujas adesões foram encerradas em 2005), e 2.213 no plano Promon MultiFlex, da modalidade contribuição definida. Os resultados financeiros foram diferentes entre os dois planos, por conta de critérios de registro dos títulos da carteira de renda fixa. A rentabilidade do MultiFlex, cujo ativo total atingiu R$ 472,8 milhões em dezembro de 2013, ficou negativa em 3,4%, devido principalmente à marcação a mercado da extensa carteira de renda fixa em títulos do governo de prazo mais longo e indexados à inflação (NTN-B), que sofreu queda em consequência da elevação dos juros. Desde o fim de 2012 o Conselho Deliberativo da FPPS adotou o critério de reconhecimento de seus preços a valores de mercado, fator importante em se tratando de um plano de cotas. Convém lembrar, no entanto, que a volatilidade registrada em 2013 foi mitigada pela excepcional rentabilidade de 30,2% alcançada no período anterior. Ano a ano, a FPPS tem registrado um volume crescente de aportes voluntários entre os participantes do MultiFlex. Em 2013, as contribuições voluntárias somaram R$ 7,7 milhões, 15% a mais do que no ano anterior. Nos dois últimos períodos, esse crescimento superou os 55%, o que demonstra a compreensão, por parte dos participantes ativos, da importância do planejamento previdenciário individual. Já o plano BásicoPlus registrou expressiva rentabilidade de 17,9%, superando a meta atuarial de 10,9%. Esse plano tem suas aplicações estruturadas a partir de estudos de asset-liability management (ALM), que consiste em correlacionar os ativos constantes de sua carteira com o fluxo de pagamento dos compromissos futuros junto a seus participantes. Nessa condição, sua carteira de renda fixa em títulos do governo continua precificada pela curva desses papéis e gerou rentabilidade positiva de 12,2%. Com a valorização captada no processo de reavaliação de seus imóveis, o BásicoPlus passou a ter, no segundo semestre, cerca de 14% de seus ativos nesse patrimônio. Com o bom desempenho de 2013, o ativo total do BásicoPlus atingiu R$ 708,9 milhões em dezembro. A relação entre o superávit técnico e o exigível atuarial, que já era bastante confortável no ano anterior, possibilitou em 2013 a geração de uma reserva especial da ordem de R$ 35,0 milhões. Essa reserva é consequência, principalmente, do processo de reavaliação do valor dos imóveis detidos pelo plano. O estudo, empreendido durante o ano por empresa especializada independente, capturou a valorização ocorrida no mercado imobiliário nos últimos anos, sendo um evento especial e não recorrente. 1 Entre as iniciativas implementadas em 2013, merece destaque a entrada em operação do novo sistema de gestão administrativa, que assinala uma era de maior disponibilidade para o relacionamento com os participantes e as questões estratégicas. Até então realizadas internamente, as atividades de processamento – como a de folha de pagamento de benefícios, emissão de demonstrativos e contabilidade, entre outros – passaram a ser executadas pela Itaú Soluções Previdenciárias. Essa terceirização possibilitará à equipe da Fundação dedicar tempo e suas competências a atividades mais relevantes, como o relacionamento com os participantes, ações de educação previdenciária e gestão dos investimentos. O lançamento de um novo website ocorrido no fim do ano, com melhores ferramentas, permite agora ao participante maior interatividade às consultas de cadastro pessoal e rentabilidade de seu patrimônio, entre outras informações. No exercício, de forma a atender a dispositivos previstos pela legislação, a Towers Watson foi contratada pela Fundação para realizar dois estudos. O primeiro, um estudo de aderência das hipóteses atuariais adotadas nos dois planos da Fundação. Adicionalmente, foi calculada a taxa interna de retorno dos fluxos futuros de pagamento de benefícios líquido de receitas de contribuições dos planos, com base na expectativa de rentabilidade e no fluxo de pagamento dos benefícios dos planos. Para estimular a reflexão sobre a importância de se planejar a aposentadoria e reforçar o apoio oferecido aos profissionais a fim de que possam elaborar e executar esse planejamento, a entidade finalizou a estruturação de uma primeira fase do programa de educação financeira e previdenciária, que será implementado e disponibilizado aos participantes ativos no segundo semestre de 2014. A FPPS segue engajada em organizações que contribuem para o desenvolvimento do setor, com a participação de seus executivos na presidência da Associação dos Fundos de Pensão de Empresas Privadas e na Câmara de Recursos da Previdência Complementar, órgão do Ministério da Previdência Social no qual representa as empresas patrocinadoras dos fundos de pensão. A exemplo do ano anterior, os maiores desafios para 2014 virão do ambiente econômico-financeiro, que aponta para uma combinação de inflação em alta e a continuação dos juros em patamares elevados. Tal cenário demandará uma vigilante gestão de riscos, a continuidade da convivência com eventual volatilidade e a gradual diversificação dos investimentos, cuja alocação passará a contar com aplicações cautelosas no exterior. Governança O ano de 2013 marcou, também, a renovação da composição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da Fundação, bem como de sua Diretoria Executiva, com mandatos até 2016. 2 De acordo com o Estatuto da FPPS, o Conselho de Administração da Promon S.A. designou quatro membros do Conselho Deliberativo, enquanto outros três membros, com seus respectivos suplentes, foram escolhidos diretamente pelos participantes através de eleição. Foram designados pela Promon S.A., para compor o Conselho Deliberativo, Luiz Fernando T. Rudge, Luiz Gonzaga Marinho Brandão, Gilson Galvão Krause e José Rodrigo Parreira, cabendo a Luiz Fernando T. Rudge a função de presidente. Foram eleitos pelos participantes para integrar o Conselho Deliberativo Claudio Pfiszter, Mônica Maria Orsolini e Raul Antonio Del Fiol, que terão como suplentes, também eleitos, Adilson Augusto Peres, Herbert José Azevedo e Octávio Pieranti Filho. Ainda mediante atribuição estabelecida no Estatuto, o Conselho de Administração da Promon S.A. designou André Natali Schonert e Cássio Ricardo de Moura para compor o Conselho Fiscal da FPPS, órgão que se completa com os profissionais eleitos pelos participantes, Rosana Bretzel e Paulo Antônio Arouca (suplente). O Conselho Deliberativo recém-eleito aprovou, nos termos do Estatuto da Fundação, a instituição de um Conselho Consultivo, sem competência deliberativa, para assessorá-lo e aconselhá-lo em temas relativos a estratégias, oportunidades, políticas e tendências, bem como para auxiliá-lo a promover o desenvolvimento de relacionamentos estratégicos externos da Fundação. Foram nomeados para compor o Conselho Consultivo Luiz Ernesto Gemignani e Paulo Accioly Fragelli, profissionais que compunham o Conselho Deliberativo no mandato anterior. O Conselho Deliberativo elegeu Wagner Tirolli para o cargo de diretor-presidente da FPPS, assim como Marcia Fernandes Kopelman, Mário Sérgio de Pina Ribeiro e Milton Lopes Antelo Filho para compor sua Diretoria Executiva nesse novo mandato. Destaca-se, ainda, a certificação de praticamente todos os gestores da entidade pelo Instituto de Certificação dos Profissionais de Seguridade Social (ICSS), antecipando-se aos prazos estabelecidos pela legislação para tal providência. PARTICIPANTES em 31 DE DEZEMBRO DE 2013 MultiFlex Assistidos Funcionários Autopatrocinados Vinculados Total BásicoPlus TOTAL 188 485673 1.685 371.722 314 41355 26 026 2.213 5632.776 3 BALANÇOS PATRIMONIAIS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 Valores em milhares de R$ ATIVO 2013 2012 PASSIVO 2013 2012 Disponível 2.837 898 Exigível operacional 1.387 1.940 Realizável 1.178.676 1.112.977 Gestão previdencial 808 1.202 – 44 Gestão administrativa 576 738 Investimentos 1.178.676 1.112.933 3 – Títulos públicos 462.073 606.926 Exigível contingencial 452 428 11.375 14.826 Gestão previdencial 452 428 585.760 408.560 Patrimônio Social 1.179.910 1.111.905 Investimentos imobiliários 98.772 55.961 Patrimônio de cobertura do plano 1.174.402 1.107.151 Empréstimos 19.791 25.565 Provisões matemáticas 985.299 Outros realizáveis 905 1.095 613.604 603.506 Permanente 236 398 • Benefícios concedidos • Benefícios a conceder 1.007.047 393.443 381.793 Diferido 236 398 Equilíbrio Técnico 167.355 121.852 Resultados realizados 167.355 121.852 Superávit técnico acumulado 167.355 121.852 Fundos 5.508 4.754 Fundo administrativo 5.468 4.719 40 35 1.181.749 1.114.273 Gestão previdencial Créditos privados e depósitos Fundos de investimento Investimentos Fundos dos investimentos Total do ativo 4 1.181.749 1.114.273 Total do passivo DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL CONSOLIDADOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ descrição Variação (%) 2013 2012 1.111.905 938.153 18,52 124.783 221.864 (43,76) (+) Contribuições previdenciais 26.487 24.812 6,75 (+) Resultado positivo dos investimentos | Gestão previdencial 91.914 190.088 (51,65) 5.976 6.681 (10,55) 401 283 41,70 5 – 100,00 (56.778) (48.112) 18,01 (51.150) (43.171) 18,48 (5.628) (4.941) 13,90 68.005 173.752 (60,86) (+/–) Provisões matemáticas 21.748 144.976 (85,00) (+/–) Superávit técnico do exercício 45.503 26.753 70,09 749 2.023 (62,98) 5 – 100,00 – – – – – – 1.179.910 1.111.905 6,12 A) Patrimônio social - Início do exercício 1. Adições (+) Receitas administrativas (+) Resultado positivo dos investimentos | Gestão administrativa (+) Constituição de Fundos de Investimento 2. Destinações (–) Benefícios (–) Despesas administrativas 3. Acréscimo no patrimônio social (1+2) (+/–) Fundos administrativos (+/–) Fundos dos Investimentos 4. Operações transitórias (+/–) Operações transitórias B) Patrimônio social - Final do exercício (A+3+4) 5 Plano MultiFlex Rentabilidade O plano MultiFlex é um plano de previdência complementar na modalidade de contribuição definida. O valor dos benefícios é calculado em função do montante acumulado até o momento da solicitação da aposentadoria, como resultado das contribuições feitas pelas patrocinadoras (e opcionalmente pelos participantes) e dos rendimentos financeiros resultantes de sua aplicação, sendo pagos na forma de renda por prazo certo. Ao final de 2013 o ativo total do plano alcançou R$ 472,8 milhões, valor 2,1% inferior ao de 2012. O valor da cota do plano MultiFlex apresentou no ano uma rentabilidade negativa de 3,4% em termos nominais. Esse resultado se deve, principalmente, à parcela de ativos alocada em fundos de renda fixa, que possuem em seu portfólio títulos do governo indexados à inflação, conhecidos como NTN-B (Notas do Tesouro Nacional). Esses títulos correspondem a aproximadamente 45% do patrimônio do plano. Apesar do resultado desfavorável em 2013, nos últimos 24 meses a rentabilidade alcançada pelo plano foi de 25,8%, superior à inflação no período medida pelo INPC, que atingiu 12,1%, bem como ao CDI, que ficou em 17,2%. Considerando-se o período de 36 meses, o rendimento do plano foi de 36,0%, superando largamente a inflação de 18,9%, bem como o CDI para o mesmo período, que atingiu 30,8%. O quadro a seguir ilustra as rentabilidades reais obtidas desde a implantação do plano MultiFlex em 1º de julho de 2005. Período 2º semestre de 2005 CDI (%) Variação do INPC (%) Rendimento real (%) 8,9 9,2 1,7 7,1 2006 15,8 15,0 2,8 12,7 2007 18,2 11,8 5,2 12,4 2008 3,7 12,4 6,5 (2,6) 2009 15,6 9,9 4,1 11,0 2010 10,9 9,7 6,5 4,1 2011 8,1 11,6 6,1 1,9 2012 30,2 8,4 6,2 22,6 2013 (3,4) 8,1 5,6 (8,5) 169,4 148,8 54,5 74,5 Acumulado 6 Variação da cota MultiFlex (%) Como divulgado aos participantes na ocasião, a necessidade de se preservar a adequação do preço das cotas do plano às condições de mercado, aliada a sucessivas quedas nas taxas de juros no longo prazo, verificadas no país durante o ano de 2012, levou à decisão, aprovada em 11 de dezembro de 2012 pelo Conselho Deliberativo da FPPS, da alteração nos critérios de precificação dos papeis de renda fixa do plano, que passaram a ter seus valores atualizados a mercado (marcação a mercado). O Banco Central, entretanto, iniciou em abril de 2013 um movimento abrupto de ascensão das taxas de juros em função tanto de questões externas (perspectiva de aumento das taxas nos Estados Unidos, que deveriam estimular elevações nas demais economias) quanto internas (contenção do aumento da inflação no país). Por conta da marcação a mercado dos títulos públicos de longo prazo detidos pela carteira do plano, esse aumento de juros, muito acima da normalidade, passou a gerar significativa volatilidade e impactos negativos nos resultados dessas aplicações, cuja rentabilidade depende da expectativa do nível de juros reais da economia – que é a diferença esperada entre as taxas prefixadas e a inflação. Essa elevada volatilidade, sentida por vários planos de previdência complementar do mercado, refletiu-se diretamente no preço da cota do MultiFlex, razão pela qual a avaliação mais adequada da rentabilidade do plano deve ser feita com base em um horizonte mais longo de tempo. A carteira de renda fixa do plano MultiFlex encerrou o ano com um volume da ordem de R$ 335,2 milhões, correspondentes a 71% dos recursos garantidores do plano. Essa carteira, que havia no ano anterior registrado uma rentabilidade de 36,5%, encerrou o período com uma rentabilidade negativa de 5,5%, inferior à variação do CDI, que ficou positiva em 8,1%, seu marco de referência. Compõem essa carteira cerca de R$ 211,8 milhões em títulos públicos, além de R$ 123,4 milhões investidos em fundos administrados por gestores selecionados pela FPPS. O ano de 2013 foi difícil também para os mercados de risco e marcou uma clara diferenciação entre as Bolsas de Valores de países desenvolvidos e emergentes. A performance positiva recorde do índice estadunidense S&P 500 de 29,6% contrapôsse ao Ibovespa, que fechou o ano com queda de 15,5%, fruto de um cenário doméstico preocupante, com inflação pressionada, alta de juros e números de crescimento fracos, o que mantém um viés de queda na lucratividade das empresas e, consequentemente, do valor de suas respectivas ações. A carteira de renda variável do MultiFlex, responsável por 15% dos ativos garantidores do plano, registrou no ano um desempenho negativo de 1,4%, embora ainda superior ao seu benchmark, o índice IBrX, que ficou negativo em 3,1%. Ao final do período, a carteira era composta por cerca de R$ 67,9 milhões, dos quais R$ 39,8 milhões investidos em dois fundos exclusivos, administrados por dois gestores escolhidos pela FPPS, e R$ 28,1 milhões de aplicações em dez fundos abertos. 7 A classe de ativos denominada Investimentos Estruturados é composta de aplicações em fundos multimercados abertos com perfil de risco mais agressivo e da participação em um fundo de investimento imobiliário, ambos investimentos com maior volatilidade e com retorno de longo prazo. O total aplicado nessa carteira no fim do ano atingiu R$ 47,4 milhões, correspondentes a 10% dos recursos garantidores do plano. Sua rentabilidade foi de 7,9%, valor ligeiramente inferior ao CDI, índice de referência dessas aplicações. O plano MultiFlex administra, ainda, uma carteira de empréstimos a participantes, que encerrou o ano com um saldo de R$ 18,6 milhões, cerca de 4% do total de ativos, e rentabilidade de 12,8%. Essa carteira corresponde a um volume de 1.275 contratos, que atendem a mais de 1.250 participantes. Política de Investimentos O Conselho Deliberativo da Fundação Promon, em reunião ocorrida em 10 de dezembro de 2013, aprovou a revisão da Política de Investimentos do Plano MultiFlex, válida para o período 2014-2018, obedecendo às disposições legais estabelecidas pela Resolução CGPC nº 7, de 4 de dezembro de 2003, que define que a vigência da Política de Investimentos das entidades fechadas de previdência complementar é de, no mínimo, cinco anos, com revisões anuais. A exemplo dos anos anteriores, a Fundação Promon contou com o apoio de empresa especializada para realizar novo “Estudo Tático de Fronteira Eficiente”, válido para as classes de ativos que compõem a carteira de investimentos do plano. A partir de um cenário econômico básico, definido pela Fundação conjuntamente com a empresa contratada, o estudo sugere uma série de carteiras com alta probabilidade de permitir, nos próximos cinco anos, a obtenção do melhor retorno para um determinado nível de risco. Adicionalmente, a construção do portfólio de investimentos da Fundação leva em conta as restrições de aplicação em classes de ativos impostas pela legislação vigente. Segmento / Mandato Índice de referência Benchmark Limite legal Alocação-objetivo 50% CDI - 50% IMAB 100% 58% 40% 100% IBrX 70% 16% 0% 30% Investimentos estruturados INPC+5% ao ano 20% 17% 0% 20% Investimentos no exterior INPC+5% ao ano 10% 1% 0% 2% Imóveis INPC+5% ao ano 8% 0% 0% 8% Operações com participantes INPC+5% ao ano 15% 8% 0% 15% Renda fixa Renda variável Limites Inferior | Superior Apreçamento A Fundação Promon pratica, desde 31 de dezembro de 2012, a marcação a mercado para todos os ativos que compõem o portfólio de aplicações do plano Promon MultiFlex, de acordo com os critérios recomendados pela CVM e pela Anbima. 8 Esse método consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, pelo preço transacionado no mercado na data de cálculo ou, quando esse preço não é observável, pela melhor estimativa de preço que o ativo teria em uma eventual transação feita no mercado financeiro naquela data. Tal preço de mercado para os diferentes ativos é estabelecido por um agente custodiante independente – no caso da Fundação Promon, o Banco Itaú Unibanco S.A. Derivativos Os mandatos outorgados pela Fundação Promon aos gestores de seus fundos exclusivos permitem que eles utilizem derivativos tão somente para fins de hedge, sendo-lhes vetada a prática de operações a descoberto ou alavancadas. Essas restrições não existem na carteira de fundos multimercados não institucionais que integra o segmento de Investimentos Estruturados. O controle da aderência a essas disposições é feito pela custódia e, adicionalmente, por relatórios semanais gerados pelos consultores especializados em gestão de risco. Plano anual de custeio para 2014 O plano anual de custeio para o período compreendido entre abril de 2014 e março de 2015 mantém as contribuições mensais efetuadas pelas patrocinadoras para os participantes ativos. A contribuição básica é definida no regulamento do plano como sendo de 5% do salário nominal do participante ativo, e continua sendo aplicada da mesma forma. As patrocinadoras deverão, ainda, realizar contribuições normais correspondentes a 3% do salário nominal dos participantes ativos. As mesmas poderão manifestar sua intenção de definir a referida contribuição como equivalente a um percentual da contribuição normal do participante ativo, conforme critérios estabelecidos no artigo 31 do regulamento do plano. As patrocinadoras não realizarão contribuição para custeio dos benefícios de risco do plano (morte e invalidez de participante ativo) durante esse período, visto que o valor presente dos benefícios encontra-se coberto pelo patrimônio do plano. Os participantes autopatrocinados devem, necessariamente, realizar a contribuição básica mensal de 5% do salário nominal. A contribuição destinada à cobertura dos benefícios de risco também não precisará ser paga por tais participantes durante o período. O custeio administrativo terá como fontes a contribuição individual feita por todos os participantes e uma destinação dos rendimentos dos investimentos. O valor mensal da contribuição individual será mantido em R$ 50,00 por participante (ativo, autopatrocinado, vinculado ou assistido). A complementação necessária continuará sendo feita mediante a destinação, no ano, do correspondente a 0,35% dos investimentos dos recursos garantidores do plano, conforme decisão do Conselho Deliberativo, tomada em reunião de 19 de março de 2014. 9 As tabelas a seguir apresentam a rentabilidade dos investimentos do plano para cada segmento de aplicação nos últimos três exercícios, o comparativo de alocação em cada classe de ativo, o demonstrativo analítico detalhado dos recursos sob gestão própria e gestão de terceiros, bem como o detalhamento de gastos com essa gestão terceirizada. rentabilidade por segmento de aplicação MultiFlex 2013 2012 2011 Renda fixa (5,5%) 36,5% 13,2% Renda variável (1,4%) 13,4% (14,7%) 7,9% 17,6% 9,8% Empréstimos 12,8% 12,2% 13,3% Total (3,4%) 30,7% 8,9% 8,1% 8,4% 11,6% (1,3%) 17,2% 13,4% (15,5%) 7,4% (18,1%) IBrX (3,1%) 11,5% (11,4%) INPC+5% ao ano 10,9% 11,3% 11,5% segmentos Investimentos estruturados Indicadores CDI 50% CDI - 50% IMAB Ibovespa Comparativo de alocação dos INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ MultiFlex 31/12/2012 R$ mil % R$ mil % 335.229 71,2 372.278 77,4 Títulos públicos – – 207.081 43,1 Títulos privados 4.600 1,0 4.708 1,0 325.650 69,2 158.968 33,1 4.979 1,1 1.521 0,3 Investimentos estruturados 47.390 10,1 28.110 5,8 Fundos exclusivos 32.168 6,8 19.942 4,1 Fundos abertos 15.222 3,2 8.168 1,7 Renda variável 67.878 14,4 55.185 11,5 Fundos exclusivos 39.815 8,5 38.129 7,9 Fundos abertos 28.063 6,0 17.056 3,5 – – – 18.629 4,0 1.668 470.794 Renda fixa Fundos exclusivos Fundos abertos Investimentos imobiliários Empréstimos a participantes Disponível Total 10 31/12/2013 Limite da Política de Investimentos Res. nº 3.792 de 24/09/2009 Inferior | Superior 40% 100% 100% 0% 20% 20% 0% 30% 70% – 0% 8% 8% 24.641 5,1 0% 15% 15% 0,3 718 0,1 100,0 480.932 100,0 DEMONSTRATIVO ANALÍTICO DOS INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ 31/12/2013 MultiFlex 31/12/2012 R$ mil % R$ mil % 470.794 100,0 480.932 100,0 24.897 5,3 237.148 49,3 4.600 1,0 211.789 44,1 Títulos públicos − − 207.081 43,1 Títulos privados 4.600 1,0 4.708 1,0 18.629 4,0 24.641 5,1 Recursos garantidores das reservas técnicas Gestão própria Investimentos de renda fixa Empréstimos a participantes 1.668 0,3 718 0,1 Gestão terceirizada 445.897 94,7 243.784 50,7 Investimentos de renda fixa 330.629 70,2 160.489 33,4 Bradesco Mogno 108.010 23,0 − − HSBC FIC Jequitibá 104.601 22,2 150.225 31,2 22.154 4,7 31.567 6,6 18.867 4,0 30.960 6,4 25.803 5,5 34.643 7,2 19.060 4,1 27.382 5,7 18.717 4,0 25.673 5,3 103.805 22,1 − − Bnp Paribas Castanheira Institucional 9.233 2,0 8.743 1,8 BRZ Multi Recebíveis II 3.344 0,7 − − Lacan Equil fim 1.635 0,3 1.521 0,3 Investimentos de renda variável 67.878 14,4 55.185 11,5 HSBC Pau Brasil 20.331 4,3 − − Disponível • Santander fi Angelim • Bnp Paribas fi Guarantãs •BTG Sucupira • Itaú fi Paineira • Votorantim fi Angico BTG Sucupira II Bradesco Fia Promon 19.485 4,1 17.775 3,7 Msquare Ficfia 5.425 1,2 3.018 0,6 Btg Dividendos Fia 4.815 1,0 2.656 0,6 Btg Absoluto Fia 3.505 0,7 1.597 0,3 Jardim Botânico Ficfia 2.938 0,6 2.969 0,6 Kondor Equity fia 2.455 0,5 2.567 0,5 Rio Bravo Fundamental Fia 1.907 0,4 1.969 0,4 Vinci Valor Ficfia 972 0,2 1.059 0,2 Vinci Valor Dividendos 2.891 0,6 − − Vinci Dividendos 2.070 0,4 − − Fator Sinergia Fia 1.085 0,2 1.221 0,3 − − 20.354 4,2 Investimentos estruturados 47.390 10,1 28.110 5,8 Citibank Aroeira Multimercado ficfi 32.168 6,8 19.942 4,1 Pátria Real Estate III Fip 5.547 1,2 − − Pátria Real Estate II Fip Schroders FIA Promon 2.722 0,6 2.256 0,5 Credit Suisse Hedging-GriffoIv Ficfim 6.114 1,3 5.198 1,1 Credit Suisse Hedging-Griffoix ficfim 840 0,2 714 0,1 11 DEMONSTRATIVO DE GASTOS COM A CARTEIRA TERCEIRIZADA Valores em milhares de R$ MultiFlex 2013 Taxa de Administração Taxa de Performance 125 0,10% do PL ao ano – 54 0,015% do PL ao ano somada – Gastos com a gestão terceirizada Investimentos de renda fixa Bradesco Mogno HSBC FIC Jequitibá a 0,03% sobre serviços de • Santander FI Angelim • BNP Paribas FI Guarantãs • BTG Sucupira tesouraria, entre outros 123 0,26% do PL ao ano – 100 0,23% do PL ao ano – 72 0,05% do PL ao ano somada – a 0,03% sobre serviços de • Itau FI Paineira • Votorantim FI Angico tesouraria, entre outros 101 0,23% do PL ao ano – 87 0,20% do PL ao ano – BTG Sucupira II 75 0,15% do PL ao ano – BNP Paribas Castanheira Institucional 32 0,28% ao ano (até R$35MM) – 0,26% ao ano (acima de R$35MM) 5 1,0% do PL ao ano 20% acima IPCA + 8,0% 59 1,75% do PL ao ano – 74 0,37% a.a. – Bradesco FIA Promon 115 0,50% do PL ao ano 20% acima 100% IBrX Msquare FICFIA 255 2% a.a. 20% acima IGPM + 6% BTG Dividendos FIA 117 3,0% a.a. – BTG Absoluto FIA 95 3,0% a.a. – Jardim Botânico FICFIA 34 1,5% a.a. 15% acima IGPM + 6% Kondor Equity FIA 37 1,5% a.a. 20% acima 100% IBOV Rio Branco Fundamental FIA 40 2,0% do PL ao ano 20% acima IGPM + 6% Vinci Valor FICFIA 0 1,6% a.a. 20% acima 100% SMLL Vinci Valor Dividendos 3 1,6% a.a. 20% acima 100% SMLL Vinci Dividendos 0 2,0% a.a. 20% acima 100% IBOV Fator Sinergia FIA 24 1,5% do PL ao ano 20% acima INPC+ 10% 96 0,20% do PL ao ano 20% acima 100% IFM Pátria Real Estate III FIP 1 2,00% do PL ao ano 20% acima IPCA + 6% Pátria Real Estate II FIP 19 2,00% do PL ao ano 20% acima IPCA + 7% Credit Suisse Hedging Griffo IV FICFIM 267 2,00% do PL ao ano 20% acima 100% CDI Credit Suisse Hedging Griffo IX FICFIM 37 2,00% do PL ao ano 20% acima 100% CDI BRZ Multi Recebíveis II Lacan Equil FIM Investimentos de renda variável HSBC Pau Brasil Investimentos estruturados Citibank Aroeira Multimercado FICFI PL = patrimônio líquido 12 As tabelas a seguir apresentam: As demonstrações das provisões técnicas, contendo, entre outras informações, os valores comprometidos com os parâmetros de benefícios (“provisões matemáticas”) e o resultado superavitário (“equilíbrio técnico”) do plano As demonstrações dos ativos líquidos, contendo o patrimônio do plano (“ativos”), suas obrigações imediatas, os fundos não previdenciais (valores para pagamentos de despesas administrativas) e o montante de recursos que o plano possui para cumprir com o pagamento dos benefícios (“ativo líquido”) As mutações dos ativos líquidos, com as alterações ocorridas entre o início e o término do exercício. DEMONSTRAÇÕES DAS PROVISÕES TÉCNICAS DO PLANO DE BENEFÍCIOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ MultiFlex Variação (%) 2013 2012 Provisões técnicas (1+2+3+4+5) 471.013 481.307 (2,14) Patrimônio de cobertura do plano (1+2) 470.460 480.781 (2,15) 1. Provisões matemáticas 469.029 478.297 (1,94) 1.1. Benefícios concedidos 200.063 215.020 (6,96) 2.168 1.925 100,0 Contribuição definida 197.895 213.095 (7,13) 1.2. Benefícios a conceder 268.966 263.277 2,16 Contribuição definida 256.042 251.465 1,82 128.320 124.421 3,13 127.722 127.044 0,53 12.924 11.812 9,41 2. Equilíbrio técnico 1.431 2.484 (42,39) 2.1. Resultados realizados 1.431 2.484 (42,39) Superávit técnico acumulado 1.431 2.484 (42,39) Reserva de contingência 1.431 2.484 (42,39) – – – 4. Exigível operacional 553 526 5,13 Gestão previdencial 309 284 8,80 Investimentos | Gestão previdencial 244 242 0,83 – – – Benefício definido • Saldo de contas | Parcela patrocinadores / instituidores • Saldo de contas | Parcela participantes Benefício definido 3. Fundos 5. Exigível contingencial 13 DEMONSTRAÇÕES DOS ATIVOS LÍQUIDOS POR PLANO DE BENEFÍCIOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ MultiFlex 2013 2012 Variação (%) 472.770 483.136 (2,15) Disponível 1.668 718 132,31 Recebível 1.976 2.203 (10,30) 469.126 480.215 (2,31) – 207.081 (100,0) 4.601 4.708 (2,27) 445.896 243.785 82,91 18.629 24.641 (24,40) 2. Obrigações 553 526 5,13 Operacional 553 526 5,13 3. Fundos não previdenciais 1.757 1.829 (3,94) Fundos administrativos 1.757 1.829 (3,94) – – – 5. Ativo líquido (1-2-3-4) 470.460 480.781 (2,15) Provisões matemáticas 469.029 478.297 (1,94) 1.431 2.484 (42,39) 1. Ativos Investimento Títulos públicos Créditos privados e depósitos Fundos de investimentos Empréstimos 4. Resultados a realizar Superávit técnico DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DOS ATIVOS LÍQUIDOS POR PLANO DE BENEFÍCIO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ descrição MultiFlex 2012 480.781 361.082 33,15 27.060 134.827 (79,93) 27.060 25.125 7,70 – 109.702 (100,0) (37.381) (15.128) 147,10 (–) Benefícios (19.457) (13.849) 40,49 (–) Resultado negativo dos investimentos | Gestão previdencial (16.475) – 100,0 (1.449) (1.279) 13,29 (10.321) 119.699 (108,62) (+/–) Provisões matemáticas (9.268) 117.215 (107,91) (+/–) (Déficit)/Superávit técnico do exercício (1.053) 2.484 (142,39) – – – – – – 470.460 480.781 (2,15) 1.757 1.829 (3,94) 1.757 1.829 (3,94) – – – A) Ativo líquido - Início do exercício 1. Adições (+) Contribuições (+) Resultado positivo dos investimentos | Gestão previdencial 2. Destinações (–) Custeio administrativo 3. Acréscimo no ativo líquido (1+2) 4. Operações transitórias (+/–) Operações transitórias B) Ativo líquido- Final do exercício (A+3+4) C ) Fundos não previdenciais (+/–) Fundos administrativos (+/–) Fundos dos investimentos 14 Variação (%) 2013 As demonstrações abaixo apresentam as receitas e despesas administrativas do plano MultiFlex, registradas no Plano de Gestão Administrativa (PGA) da Fundação. O detalhamento do PGA está destacado em capítulo específico deste relatório. DEMONSTRAÇÕES DO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ MultiFlex 2013 2012 A - Fundo administrativo do exercício anterior 1.829 826 121,43 1. Custeio da gestão administrativa 3.104 3.708 (16,29) 1.1 Receitas 3.104 3.708 (16,29) Custeio administrativo da gestão previdencial 1.449 1.279 13,29 Custeio administrativo dos investimentos 1.425 2.261 (36,97) 43 64 (32,81) 187 104 79,81 2. Despesas administrativas 3.176 2.705 17,41 2.1. Administração previdencial 2.003 1.799 11,34 Despesas comuns 1.491 1.298 14,87 512 501 2,20 75 87 (13,79) – 1 (100,0) 349 354 (1,41) 88 59 100,0 1.173 906 29,47 Despesas comuns 666 577 15,42 Despesas específicas 507 329 54,10 60 39 53,85 44 47 (6,38) 311 243 27,98 92 – 100,0 – – – 4. (Insuficiência) / Sobra da gestão administrativa (1-2-3) (72) 1.003 (107,18) 5. (Reversão) / Constituição do fundo administrativo (4) (72) 1.003 (107,18) 1.757 1.829 (3,94) Taxa de administração de empréstimos e financiamentos Resultado positivo dos investimentos Despesas específicas • Pessoal e encargos • Viagens e estadias • Serviços de terceiros • Despesas gerais 2.2. Administração dos investimentos • Pessoal e encargos • Serviços de terceiros • Despesas gerais • Outras despesas 3. Resultado negativo dos investimentos B - Fundo administrativo do exercício atual (A+5) Variação (%) 15 Plano BásicoPlus Rentabilidade e exigível atuarial Os ativos do plano BásicoPlus totalizaram R$ 708,9 milhões no fim de 2013, representando uma rentabilidade bruta de 17,9% no período, valor bem acima da meta atuarial do plano, que ficou em 10,9%. Com exceção da carteira de ativos em renda variável, todas as demais classes de ativos que fazem parte do portfólio do plano tiveram um bom desempenho no ano. O destaque, entretanto, ficou com a carteira de imóveis, que apresentou uma rentabilidade extraordinária, resultado de um processo de reavaliação de seu valor, empreendido durante o ano. Caso não houvesse sido feita essa reavaliação, a rentabilidade bruta do plano, no período, teria ficado exatamente na meta de 10,9%. O superávit acumulado do plano atingiu R$ 165,9 milhões no período, valor que reflete o efeito excepcional e não recorrente da valorização verificada nos imóveis. A importante relação entre esse superávit e o passivo atuarial excedeu ao patamar de 25% determinado pela legislação vigente para a reserva de contingência (Resolução CGPC nº 26, de 29 de setembro de 2008). Com isso, o plano passou a apresentar, pela primeira vez, uma reserva especial da ordem de R$ 35,0 milhões. O ano de 2013 foi particularmente difícil para os mercados de risco e marcou uma clara diferenciação entre as Bolsas de Valores de países desenvolvidos e emergentes. A performance positiva do índice estadunidense S&P de 29,6% contrapôs-se ao Ibovespa, que fechou o ano com queda de 15,5%, fruto de um cenário doméstico preocupante, com inflação pressionada, alta de juros e números de crescimento fracos, o que mantém um viés de queda na lucratividade das empresas e, consequentemente, do valor de suas respectivas ações. A carteira de renda variável do BásicoPlus, responsável por 8% dos ativos garantidores do plano, registrou no ano um desempenho negativo de 1,9%, embora ainda superior ao seu benchmark, o índice IBrX, que ficou negativo em 3,1%. Ao final do período, a carteira era composta por cerca de R$ 58,4 milhões, dos quais R$ 38,8 milhões investidos em dois fundos exclusivos, administrados por dois gestores escolhidos pela FPPS, e R$ 18,7 milhões de aplicações em nove fundos abertos. A classe de renda fixa, por sua vez, com ativos de R$ 503,2 milhões, representando cerca de 71% dos ativos garantidores do plano, obteve um desempenho muito bom, atingindo 12,2% ao ano, valor expressivamente maior do que a taxa do CDI, que ficou em 8,1%, e da meta atuarial do plano. Dessa carteira, R$ 462,1 milhões estão alocados em títulos públicos de prazos variáveis, a serem mantidos até seu vencimento e contratados com taxas superiores à meta atuarial, o que continua deixando o plano imune às decisões relativas à taxa Selic. Outros R$ 41,1 milhões estão investidos em fundos exclusivos e abertos, administrados por gestores selecionados pela FPPS, e em títulos privados. 16 As aplicações na classe denominada Investimentos Estruturados, cujos ativos são compostos de aplicações em fundos multimercados abertos e da participação num fundo de investimento imobiliário – representando 6% do patrimônio total do plano –, atingiram, no fim do ano, R$ 43,3 milhões. Sua rentabilidade foi de 11,8% no ano, também superior à meta atuarial do plano. A carteira imobiliária do plano BásicoPlus é composta por dez unidades e outras pequenas áreas no Condomínio São Luiz, na cidade de São Paulo. Em outubro de 2013 foi realizada uma reavaliação do valor desses ativos, elaborada por uma empresa especializada independente. Esse trabalho capturou a expressiva valorização ocorrida no mercado imobiliário nos últimos anos e levou o valor desses ativos para R$ 98,8 milhões, correspondendo a uma rentabilidade anual de 99,5% em relação ao período anterior. O plano BásicoPlus mantém uma pequena carteira de empréstimos a participantes, que encerrou o ano com um saldo de R$ 1,2 milhão. Os empréstimos são remunerados através da cobrança de INPC mais 6% ao ano, taxa que garante a superação da meta atuarial. Hipóteses e métodos atuariais A avaliação atuarial foi elaborada a partir da adoção de um conjunto de hipóteses e métodos atuariais resultante de um processo de interação entre a Towers Watson (atuário contratado para realizar esse estudo) e a Fundação Promon, contando com o aval das patrocinadoras. O modelo utilizado pelo atuário para realização do cálculo de aderência da taxa de desconto considerou os fluxos futuros de pagamento de benefícios líquido das receitas de contribuições do plano BásicoPlus e a projeção de retorno real composto anualizado dos recursos garantidores do plano. A partir do resultado dessas análises, a Fundação Promon, adotando o princípio do conservadorismo, optou pela manutenção da taxa real de juros já utilizada no exercício anterior, de 5% ao ano, inferior à taxa anual máxima de 5,75% permitida pela legislação (Resolução CNPC nº 9, de 29 de novembro de 2012), tendo sido essa proposta aprovada na reunião do Conselho Deliberativo da FPPS em 10 de dezembro de 2013. Para a apuração das provisões matemáticas e custos do plano em 31 de dezembro de 2013, mantiveram-se as principais hipóteses e métodos atuariais utilizados no período anterior: 1 2 3 4 Método de financiamento Crédito unitário projetado Taxa de desconto INPC+5% ao ano Tábua biométrica AT-2000 (desagravada em 20%) Crescimento salarial 3% ao ano para funcionários, salário de participação constante para autopatrocinados 5 Rotatividade de pessoal 6 Entrada em benefício Nula Experiência de aposentadoria antecipada BásicoPlus 17 Política de Investimentos O Conselho Deliberativo da Fundação Promon, em reunião ocorrida em 10 de dezembro de 2013, aprovou a revisão da Política de Investimentos do Plano BásicoPlus, válida para o período 2014-2018, obedecendo às disposições legais estabelecidas pela Resolução CGPC nº 7, de 4 de dezembro de 2003, que define que a vigência da Política de Investimentos das entidades fechadas de previdência complementar é de, no mínimo, cinco anos, com revisões anuais. O Conselho Deliberativo da entidade também referendou estudo da equipe técnica da Fundação, cujo objetivo era reavaliar a alocação em renda variável do plano. Esse trabalho, juntamente com o estudo de asset-liability management (ALM) realizado em 2012, permitiu a aprovação da manutenção da distribuição da carteira, com ajustes pontuais no portfólio. Em face da maturidade do plano, e dando continuidade ao trabalho que vem sendo realizado periodicamente, em 2014 a Fundação contratará um novo estudo de ALM, a fim de verificar a eventual necessidade de ajustar sua carteira de ativos às necessidades de pagamento de benefícios do plano. O principal destaque do ano foi o estudo de reavaliação dos valores dos imóveis detidos pelo plano. Realizado por empresa independente no segundo semestre de 2013, o estudo apontou uma valorização expressiva das unidades, o que levou essa classe de investimentos a compor 14% da carteira total do plano, valor acima do limite legal de 8%. Esse desenquadramento passivo, entretanto, por representar um valor inferior ao do superávit do plano, não exige providências imediatas de desinvestimento, devendo somente ser monitorado pelos órgãos diretivos da Fundação. Segmento / Mandato Índice de referência Benchmark Limite legal Alocação-objetivo INPC+5% ao ano 100% 70% 50% 100% IBrX 70% 9% 0% 20% Investimentos estruturados INPC+5% ao ano 20% 11% 0% 20% Investimentos no exterior INPC+5% ao ano 10% 1% 0% 2% Imóveis INPC+5% ao ano 8% 8% 0% 8% Operações com participantes INPC+5% ao ano 15% 1% 0% 2% Renda fixa Renda variável Limites Inferior | Superior Apreçamento Os títulos e valores mobiliários integrantes das carteiras e dos fundos de investimentos (exclusivos ou não) nos quais o plano aplica recursos devem ser marcados a valor de mercado, de acordo com os critérios recomendados pela CVM e pela Anbima. 18 Esse método consiste em registrar todos os ativos, para efeito de valorização e cálculo de cotas dos fundos de investimento, pelo preço transacionado no mercado ou, quando este não é observável, pela melhor estimativa de preço que o ativo teria em uma eventual transação feita no mercado financeiro. Isso não exclui, porém, a possibilidade de o plano contabilizar os títulos que pretende carregar até o vencimento pela taxa do papel, método chamado de marcação na curva, o que é feito, por exemplo, nos títulos públicos que não estão sob gestão direta de terceiros. A decisão de aquisição desses títulos e sua manutenção na carteira até o vencimento foi a estratégia adotada para proteger o plano de eventuais volatilidades nas taxas de juros de longo prazo, o que efetivamente vem se verificando. A adoção desse critério, respaldada por nossa capacidade financeira de manter os títulos até seu vencimento, foi submetida e formalmente aprovada pelos órgãos reguladores. O cálculo do valor dos papeis na curva é realizado pelo agente custodiante independente – no caso da Fundação Promon, o Banco Itaú Unibanco S.A. Derivativos Os mandatos outorgados pela Fundação Promon aos gestores de seus fundos exclusivos permitem que eles utilizem derivativos tão somente para fins de hedge, sendo-lhes vetada a prática de operações a descoberto ou alavancadas. Essas restrições não existem na carteira de fundos multimercados não institucionais que integra o segmento de Investimentos Estruturados. O controle da aderência a essas disposições é feito pela custódia e, adicionalmente, por consultores especializados em gestão de risco. Plano anual de custeio para 2014 A utilização da rentabilidade projetada para os excedentes patrimoniais como fonte de custeio do plano continuará permitindo manter apenas as contribuições, tanto das patrocinadoras quanto dos participantes autopatrocinados, necessárias à cobertura das despesas administrativas. Essa contribuição será de 2,95% dos salários de participação no período compreendido entre abril de 2014 e março de 2015. O Conselho Deliberativo aprovou, ainda, a destinação de 0,35% ao ano dos investimentos dos recursos garantidores para complemento da fonte de custeio do plano e a progressiva constituição de um fundo administrativo mais robusto. Por motivos de caráter técnico e visando preservar a isonomia no tratamento da relação entre valor do benefício e tempo de participação no plano, as contribuições associadas à cobertura do serviço passado (a “joia” do plano de 1976) continuarão a ser cobradas, de acordo com o estabelecido no regulamento do plano. 19 As tabelas a seguir apresentam a rentabilidade dos investimentos do plano para cada segmento de aplicação nos últimos três exercícios, o comparativo de alocação em cada classe de ativo, o demonstrativo analítico detalhado dos recursos sob gestão própria e gestão de terceiros, bem como o detalhamento de gastos com essa gestão terceirizada. rentabilidade por segmento de aplicação BásicoPlus 2013 2012 2011 Renda fixa 12,2% 14,2% 13,5% Renda variável (1,9%) 13,4% (14,5%) Investimentos estruturados 11,8% 24,3% 8,6% Imóveis 99,4% 11,7% 9,6% Empréstimos 13,7% 13,3% 13,3% Total 17,9% 14,7% 8,2% 8,1% 8,4% 11,6% (15,5%) 7,4% (18,1%) IBrX (3,1%) 11,5% (11,4%) INPC+5% ao ano (meta atuarial) 10,9% 11,3% 11,5% segmentos Indicadores CDI Ibovespa Comparativo de alocação dos INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ BásicoPlus 31/12/2012 R$ mil % R$ mil % Renda fixa 503.243 71,4 484.983 77,3 Títulos públicos 462.073 65,5 399.845 63,7 Títulos privados 6.774 1,0 10.118 1,6 33.585 4,8 74.265 11,8 811 0,1 755 0,1 Investimentos estruturados 43.259 6,1 31.338 5,0 Fundos exclusivos 20.617 2,9 14.275 2,3 Fundos abertos 22.642 3,2 17.063 2,7 Renda variável 58.381 8,3 54.392 8,7 Fundos exclusivos 38.826 5,5 36.384 5,8 Fundos abertos 18.650 2,6 16.913 2,7 905 0,1 1.095 0,2 98.772 14,0 55.961 1.162 0,2 358 705.175 Fundos exclusivos Fundos abertos Outros ativos Investimentos imobiliários Empréstimos a participantes Disponível Total 20 31/12/2013 Limite da Política de Investimentos Res. nº 3.792 de 24/09/2009 Inferior | Superior 50% 100% 100% 0% 20% 20% 0% 20% 70% 8,9 0% 8% 8% 924 0,1 0% 2% 15% 0,1 121 0,0 100,0 627.719 100,0 DEMONSTRATIVO ANALÍTICO DOS INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ 31/12/2013 BásicoPlus Recursos garantidores das reservas técnicas 31/12/2012 R$ mil % R$ mil % 705.175 100,0 627.719 100,0 Gestão própria 570.044 80,8 468.064 74,6 Investimentos de renda fixa 468.847 66,5 409.963 65,3 Títulos públicos 462.073 65,5 399.845 63,7 Títulos privados 6.774 1,0 10.118 1,6 Investimentos de renda variável 905 0,1 1.095 0,2 Ouro 905 0,1 1.095 0,2 Investimentos imobiliários 98.772 14,0 55.961 8,9 Edificações locadas à(s) Patrocinadora(s) 98.772 14,0 29.701 4,7 Edificações para Renda − − 26.260 4,2 1.162 0,2 924 0,1 358 0,1 121 0,0 Gestão terceirizada 135.131 19,2 159.655 25,4 Investimentos de renda fixa 34.396 4,9 75.020 12,0 HSBC FIC Jequitibá 20.485 2,9 61.861 9,9 4.339 0,6 12.999 2,1 3.695 0,5 12.749 2,0 5.053 0,7 14.265 2,3 3.733 0,5 11.276 1,8 3.666 0,5 10.572 1,7 13.100 1,9 12.404 2,0 811 0,1 755 0,1 Investimentos de renda variável 57.476 8,2 53.297 8,5 HSBC Pau Brasil 20.317 2,9 − − Bradesco Fia Promon Empréstimos a participantes Disponível • Santander fi Angelim • Bnp Paribas fi Guarantãs •BTG Sucupira • Itaú fi Paineira • Votorantim fi Angico Bnp Paribas Castanheira Institucional Lacan Equil fim 18.509 2,6 14.661 2,3 Rio Bravo Fundamental Fia 3.814 0,5 3.938 0,6 Kondor Equity fia 3.617 0,5 2.781 0,4 Btg Dividendos Fia 2.173 0,3 2.140 0,3 Btg Absoluto Fia 1.129 0,2 1.083 0,2 Msquare Ficfia 2.567 0,4 2.347 0,4 Jardim Botânico Ficfia 2.285 0,3 2.309 0,4 Vinci Valor Ficfia 1.361 0,2 1.482 0,2 Vinci Valor Dividendos 964 0,1 − − Fator Sinergia Fia 740 0,1 833 0,1 − − 21.723 3,5 Investimentos estruturados 43.259 6,1 31.338 5,0 Citibank Aroeira Multimercado ficfi 20.617 2,9 14.275 2,3 Pátria Real Estate II Fip 11.265 1,6 9.572 1,5 Pátria Real Estate III Fip 1.849 0,3 − − Credit Suisse Hedging-GriffoIv Ficfim 6.933 1,0 5.895 0,9 Credit Suisse Hedging-Griffoix ficfim 1.299 0,2 1.104 0,2 Lacan Florestal FIP 1.296 0,2 492 0,1 Schroders FIA Promon 21 DEMONSTRATIVO DE GASTOS COM A CARTEIRA TERCEIRIZADA Valores em milhares de R$ BásicoPlus 2013 Taxa de Administração Taxa de Performance 11 0,015% do PL ao ano somada – Gastos com a gestão terceirizada Investimentos de renda fixa HSBC FIC Jequitibá a 0,03% sobre serviços de • Santander FI Angelim • BNP Paribas FI Guarantãs • BTG Sucupira tesouraria, entre outros 24 0,26% do PL ao ano – 20 0,23% do PL ao ano – 14 0,05% do PL ao ano somada – a 0,03% sobre serviços de • Itau FI Paineira • Votorantim FI Angico BNP Paribas Castanheira Institucional tesouraria, entre outros 20 0,23% do PL ao ano – 17 0,20% do PL ao ano – 45 0,28% ao ano (até R$35MM) – 0,26% ao ano (acima de R$35MM) 29 1,75% do PL ao ano – 74 0,37% a.a. – Bradesco FIA Promon 109 0,50% do PL ao ano 20% acima 100% IBrX Msquare FICFIA 120 2% a.a. 20% acima IGPM + 6% BTG Dividendos FIA 53 3,0% a.a. – BTG Absoluto FIA 30 3,0% a.a. – 120 1,5% a.a. 15% acima IGPM + 6% Kondor Equity FIA 55 1,5% a.a. 20% acima 100% IBOV Rio Branco Fundamental FIA 80 2,0% do PL ao ano 20% acima IGPM + 6% Vinci Valor FICFIA 0 1,6% a.a. 20% acima 100% SMLL Vinci Valor Dividendos 1 1,6% a.a. 20% acima 100% SMLL 16 1,5% do PL ao ano 20% acima INPC+ 10% 62 0,20% do PL ao ano 20% acima 100% IFM Pátria Real Estate III FIP 0 2,0% do PL ao ano 20% acima IPCA + 6% Pátria Real Estate II FIP 77 2,0% do PL ao ano 20% acima IPCA + 7% Credit Suisse Hedging Griffo IV FICFIM 303 2,0% do PL ao ano 20% acima 100% CDI Credit Suisse Hedging Griffo IX FICFIM 57 2,0% do PL ao ano 20% acima 100% CDI Lacan Florestal FIP 68 1,0% do PL ao ano 20% acima IPCA + 10% Lacan Equil FIM Investimentos de renda variável HSBC Pau Brasil Jardim Botânico FICFIA Fator Sinergia FIA Investimentos estruturados Citibank Aroeira Multimercado FICFI PL = patrimônio líquido 22 As tabelas a seguir apresentam: As demonstrações das provisões técnicas, contendo, entre outras informações, os valores comprometidos com os parâmetros de benefícios (“provisões matemáticas”) e o resultado superavitário (“equilíbrio técnico”) do plano As demonstrações dos ativos líquidos, contendo o patrimônio do plano (“ativos”), suas obrigações imediatas, os fundos não previdenciais (valores para pagamentos de despesas administrativas) e o montante de recursos que o plano possui para cumprir com o pagamento dos benefícios (“ativo líquido”) As mutações dos ativos líquidos, com as alterações ocorridas entre o início e o término do exercício. DEMONSTRAÇÕES DAS PROVISÕES TÉCNICAS DO PLANO DE BENEFÍCIOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ BásicoPlus Variação (%) 2013 2012 Provisões técnicas (1+2+3+4+5) 705.192 627.787 12,33 Patrimônio de cobertura do plano (1+2) 703.942 626.370 12,38 1. Provisões matemáticas 538.018 507.002 6,12 1.1. Benefícios concedidos 413.541 388.486 6,45 Benefício definido 412.866 388.486 6,28 675 – 100,0 124.477 118.516 5,03 13.683 13.149 4,06 13.683 13.149 4,06 Benefício definido 110.794 105.367 5,15 2. Equilíbrio técnico 165.924 119.368 39,00 2.1. Resultados realizados 165.924 119.368 39,00 Superávit técnico acumulado 165.924 119.368 39,00 Reserva de contingência 130.915 119.368 9,67 35.009 – 100,0 3. Fundos 40 35 14,29 Fundos de investimentos | Gestão previdencial 40 35 14,29 4. Exigível operacional 758 954 (20,55) Gestão previdencial 499 918 (45,64) Investimentos | Gestão previdencial 259 36 619,44 5. Exigível contingencial 452 428 5,61 Gestão previdencial 452 428 5,61 Contribuição definida 1.2. Benefícios a conceder Contribuição definida • Saldo de contas | Parcela participantes Reserva especial para revisão de plano 23 DEMONSTRAÇÕES DOS ATIVOS LÍQUIDOS POR PLANO DE BENEFÍCIOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ BásicoPlus 2013 2012 Variação (%) 708.903 630.677 12,40 358 121 195,87 3.728 2.958 26,03 Investimento 704.817 627.598 12,30 Títulos públicos 462.073 399.845 15,56 6.774 10.118 (33,05) Fundos de investimentos 135.131 159.655 (15,36) Investimentos imobiliários 98.722 55.961 76,50 1.162 924 25,76 905 1.095 (17,35) 1.210 1.382 (12,45) Operacional 758 954 (20,55) Contingencial 452 428 5,61 3. Fundos não previdenciais 3.751 2.925 28,24 Fundos administrativos 3.711 2.890 28,41 Fundos dos investimentos 40 35 14,29 4. Resultados a realizar – – – 5. Ativo líquido (1-2-3-4) 703.942 626.370 12,38 Provisões matemáticas 538.018 507.002 6,12 Superávit técnico 165.924 119.368 39,00 1. Ativos Disponível Recebível Créditos privados e depósitos Empréstimos Outros realizáveis 2. Obrigações DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DOS ATIVOS LÍQUIDOS POR PLANO DE BENEFÍCIO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ descrição BásicoPlus 2012 A) Ativo líquido - Início do exercício 626.370 574.339 9,06 1. Adições 109.859 81.954 34,05 1.470 1.568 (6,25) 108.389 80.386 34,84 (32.287) (29.923) 7,90 (31.693) (29.322) 8,09 (594) (601) (1,16) 77.572 52.031 49,09 (+/–) Provisões matemáticas 31.016 27.762 11,72 (+/–) Superávit técnico do exercício 46.556 24.269 91,83 – – – – – – 703.942 626.370 12,38 3.751 2.925 28,24 3.711 2.890 28,41 40 35 14,29 (+) Contribuições (+) Resultado positivo dos investimentos | Gestão previdencial 2. Destinações (–) Benefícios (–) Custeio administrativo 3. Acréscimo no ativo líquido (1+2) 4. Operações transitórias (+/–) Operações transitórias B) Ativo líquido- Final do exercício (A+3+4) C ) Fundos não previdenciais (+/–) Fundos administrativos (+/–) Fundos dos investimentos 24 Variação (%) 2013 As demonstrações abaixo apresentam as receitas e despesas administrativas do plano BásicoPlus, registradas no Plano de Gestão Administrativa (PGA) da Fundação. O detalhamento do PGA está destacado em capítulo específico deste relatório. DEMONSTRAÇÕES DO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ BásicoPlus 2013 2012 A - Fundo administrativo do exercício anterior 2.890 1.870 54,55 1. Custeio da gestão administrativa 3.273 3.256 0,52 1.1 Receitas 3.273 3.256 0,52 594 601 (1,16) 2.461 2.473 (0,49) 3 3 – 215 179 20,11 2.452 2.236 9,66 2.1. Administração previdencial 987 920 7,28 Despesas comuns 607 634 (4,26) Despesas específicas 380 286 32,87 295 217 35,94 85 69 23,19 1.465 1.316 11,32 Despesas comuns 863 880 (1,93) Despesas específicas 602 436 38,07 58 80 (27,50) 448 356 25,84 96 – 100,0 3. Resultado negativo dos investimentos – – – 4. Sobra da gestão administrativa (1-2-3) 821 1.020 (19,51) 5. Constituição do fundo administrativo (4) 821 1.020 (19,51) 3.711 2.890 28,41 Custeio administrativo da gestão previdencial Custeio administrativo dos investimentos Taxa de administração de empréstimos e financiamentos Resultado positivo dos investimentos 2. Despesas administrativas • Serviços de terceiros • Despesas gerais 2.2. Administração dos investimentos • Serviços de terceiros • Despesas gerais • Outras despesas B - Fundo administrativo do exercício atual (A+5) Variação (%) 25 Plano de Gestão Administrativa O Plano de Gestão Administrativa (PGA) registra as receitas e despesas administrativas da Fundação referentes aos seus gastos com a gestão previdencial e de investimentos. Possui balanço próprio, tem seus recursos financeiros aplicados conforme sua política de investimentos e suas regras de funcionamento estão estabelecidas em seu regulamento, aprovado pelo Conselho Deliberativo. As despesas administrativas são contabilizadas no PGA, considerando-se o plano previdenciário correspondente – ou seja, as despesas específicas de cada plano de benefícios são alocadas diretamente a eles, e as despesas comuns aos planos são segregadas de acordo com um critério de rateio elaborado por consultores externos especializados. As despesas administrativas previdenciárias comuns foram rateadas na proporção do número de participantes de cada plano, ponderado segundo sua situação (ativo, autopatrocinado ou assistido), de forma a refletir, da melhor forma possível, o esforço administrativo associado ao plano. Já as despesas administrativas comuns de investimentos foram rateadas na proporção do valor do patrimônio de cada plano de benefícios. Em 2013, essas despesas totalizaram R$ 5,6 milhões, sendo R$3,2 milhões referentes ao plano MultiFlex e R$2,4 milhões ao plano BásicoPlus. As receitas administrativas representam as contribuições dos participantes e das patrocinadoras e a parcela dos rendimentos dos investimentos, de acordo com o plano anual de custeio aprovado pelo Conselho Deliberativo. As contribuições em 2013 foram de R$ 6,0 milhões, sendo R$ 2,9 milhões correspondentes ao plano MultiFlex e R$ 3,1 milhões ao plano BásicoPlus. O patrimônio do PGA é constituído pela acumulação da diferença entre receitas e despesas administrativas de cada plano de benefícios, cuja sobra ou insuficiência no exercício é alocada ou revertida ao respectivo fundo administrativo. O saldo em 31 de dezembro de 2013 era de R$ 5,5 milhões, sendo R$ 1,8 milhões do plano MultiFlex e R$ 3,7 milhões do plano BásicoPlus. Política de investimentos Segmento / Mandato Limite legal Alocação-objetivo 98% CDI 100% 90% 40% 100% – 70% IFM 20% 10% 0% 10% Investimentos no exterior – 10% Imóveis – 8% Operações com participantes – 15% Renda fixa Renda variável Investimentos estruturados 26 Índice de referência Benchmark Limites Inferior | Superior Os quadros a seguir apresentam a rentabilidade alcançada pelos investimentos, a demonstração de resultados e as despesas administrativas referentes aos exercícios de 2012 e 2013. rentabilidade por segmento de aplicação segmentos 2013 2012 2011 Renda fixa 7,9% 8,4% 12,2% Total 7,9% 8,4% 12,2% 8,1% 8,4% 11,6% (15,5%) 7,4% (18,1%) (3,1%) 11,5% (11,4%) Indicadores CDI Ibovespa IBrX Comparativo de alocação dos INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ PGA R$ mil % R$ mil % Renda fixa 4.731 85,4 5.121 98,8 Fundos abertos 4.731 85,4 5.121 98,8 812 14,6 60 1,2 5.543 100,0 5.181 100,0 Disponível Total Limite da Política de Investimentos 31/12/2012 31/12/2013 Inferior Superior 40% 100% Res. nº 3.792 de 24/09/2009 100% DEMONSTRATIVO ANALÍTICO DOS INVESTIMENTOS Valores em milhares de R$ 31/12/2013 PGA 31/12/2012 R$ mil % R$ mil % Recursos garantidores das reservas técnicas 4.731 100,0 5.121 100,0 Gestão TERCEIRIZADA 4.731 100,0 5.121 100,0 Investimentos de renda fixa 4.731 100,0 5.121 100,0 Santander Soberano DI 4.731 100,0 5.121 100,0 DEMONSTRATIVO DE GASTOS COM A CARTEIRA TERCEIRIZADA Valores em milhares de R$ PGA 2013 Taxa de Administração Taxa de Performance 12 0,2% do PL ao ano – Gastos com a gestão terceirizada Investimentos de renda fixa Santander Soberano DI PL = patrimônio líquido 27 DEMONSTRAÇÕES DO PLANO DE GESTÃO ADMINISTRATIVA CONSOLIDADAS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2013 e 2012 | Valores em milhares de R$ PGA 2013 2012 A - Fundo administrativo do exercício anterior 4.719 2.696 75,04 1. Custeio da gestão administrativa 6.377 6.964 (8,43) 1.1 Receitas 6.377 6.964 (8,43) Custeio administrativo da gestão previdencial 2.043 1.880 8,67 Custeio administrativo dos investimentos 3.886 4.734 (17,91) 46 67 (31,34) 402 283 42,05 2. Despesas administrativas 5.628 4.941 13,90 2.1. Administração previdencial 2.990 2.719 9,97 Pessoal e encargos 1.467 1.525 (3,80) Treinamentos, congressos e seminários 16 21 (23,81) Viagens e estadias 8 5 60,0 Serviços de terceiros 1.144 933 22,62 Despesas gerais 287 235 22,13 Depreciações e amortizações 68 – 100,0 2.2. Administração dos investimentos 2.638 2.222 18,72 Pessoal e encargos 1.178 1.191 (1,09) Treinamentos, congressos e seminários 13 14 (7,14) Viagens e estadias 6 6 – Serviços de terceiros 436 385 13,25 Despesas gerais 812 626 29,71 Outras despesas 193 – 100,0 3. Resultado negativo dos investimentos – – – 4. Sobra da gestão administrativa (1-2-3) 749 2.023 (62,98) 5. Constituição do fundo administrativo (4) 749 2.023 (62,98) – – – 5.468 4.719 15,87 Taxa de administração de empréstimos e financiamentos Resultado positivo dos investimentos 6. Operações transitórias B - Fundo administrativo do exercício atual (A+5+6) Variação (%) demonstrações das Despesas administrativas | Valores em milhares de R$ MultiFlex Consolidado 2012 2013 2012 2013 2012 Salários e encargos 1.610 1.607 1.035 1.109 2.645 2.716 Consultoria atuarial 170 70 106 110 276 180 Consultoria contábil 100 65 65 39 165 104 Consultoria jurídica 150 70 110 56 259 126 Sistemas 231 258 200 201 431 458 Gestão 219 206 187 194 406 400 Custódia 290 250 397 359 687 609 Impostos e taxas Indicadores Outras despesas 101 36 137 60 238 96 306 143 216 107 522 250 3.177 2.705 2.452 2.235 5.629 4.940 Total 28 BásicoPlus 2013 Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações contábeis Aos administradores, conselheiros, participantes e patrocinadores da Fundação Promon de Previdência Social São Paulo – SP Examinamos as demonstrações contábeis da Fundação Promon de Previdência Social (“Entidade”), que compreendem o balanço patrimonial consolidado (representado pelo somatório de todos os planos de benefícios administrados pela Fundação Promon de Previdência Social, aqui denominado de consolidado, por definição da Resolução CNPC nº 8) em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações consolidadas da mutação do patrimônio social e do plano de gestão administrativa, e as demonstrações individuais por plano de benefícios que compreendem a demonstração do ativo líquido, da mutação do ativo líquido e das provisões técnicas por plano para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis A Administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a entidades reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC), e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Entidade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião 29 sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam de adequadamente, em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira consolidada da Fundação Promon de Previdência Social e individual por plano de benefício em 31 de dezembro de 2013 e o desempenho consolidado e por plano de benefício de suas operações para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades reguladas pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). Ênfase Conforme mencionado na nota explicativa nº 2 às demonstrações contábeis, de acordo com a Resolução nº 12, de 19 de agosto de 2013, o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) alterou a forma de apresentação das demonstrações contábeis pela substituição da demonstração das obrigações atuariais do plano de benefícios pela demonstração das provisões técnicas do plano de benefícios. Nossa opinião não contém ressalva relacionada a este assunto. São Paulo, 14 de março de 2014. KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6 Zenko Nakassato Contador CRC 1SP160769/O-0 30 Site Fundação Promon O novo website da Fundação Promon traz um pouco da história da Entidade e dos planos que ela administra, apresenta a estrutura de governança, as patrocinadoras e um resumo das informações financeiras da FPPS ao longo dos últimos cinco anos. É por meio dele que os participantes acessam o Portal do Participante, um ambiente no qual estão disponíveis informações sobre os planos, saldo de conta, simuladores, entre outras. www.fundacaopromon.com.br /ACESSO AO PORTAL DO PARTICIPANTE 1 Informe seu CPF no campo Área do Participante 2 Confirme seu nome 3 Informe sua data de nascimento, caso ainda não tenha uma uma senha de acesso ao Portal cadastrada O site encaminhará um e-mail de confirmação com instruções para cadastramento da senha de acesso ao Portal, caso o participante ainda não a tenha cadastrado. 31 /PÁGINA INICIAL Página inicial do Portal do Participante na qual estão disponíveis atalhos de páginas e menu principal personalizados de acordo com o plano de previdência do participante na FPPS. /SOBRE A ENTIDADE Página da área Sobre a Entidade na qual estão disponíveis os manuais dos planos, as políticas de investimentos, os normativos, entre outros documentos. Secretaria: (11) 5213 4107 | Benefício: (11) 5213 4238 | Empréstimo/Autopatrocínio: (11) 5213 4344 32 33 FPPS | Fundação Promon de Previdência Social Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 1830 04543-900 São Paulo SP Brasil www.fundacaopromon.com.br