1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA SOUZA ENSINO DE LITERATURA: UMA NOVA PERSPECTIVA NA FORMAÇÃO LEITORA ITAPORANGA-PB DEZEMBRO – 2013 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA 2 CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES CURSO DE LETRAS A DISTÂNCIA ENSINO DE LITERATURA: UMA NOVA PERSPECTIVA NA FORMAÇÃO LEITORA Artigo apresentado como requisito à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Letras na Modalidade à Distância, do Centro de Educação da Universidade Federal da Paraíba, como requisito parcial à obtenção do título de licenciada em Letras. Orientador: Raniere de Araújo Marques ITAPORANGA-PB DEZEMBRO 2013 3 MARIA DAS GRAÇAS DA SILVA SOUZA ENSINO DE LITERATURA: UMA NOVA PERSPECTIVA NA FORMAÇÃO LEITORA Artigo apresentado ao Curso de Letras a Distância da Universidade Federal da Paraíba, como requisito para a obtenção do grau Licenciatura em Letras. Data de aprovação: ____/____/____ BANCA EXAMINADORA PROF°. RANIERE DE ARAÚJO MARQUES ORIENTADOR - EAD PROFª. ALVANIRA LÚCIA DE BARROS EXAMINADORA PROFª. ENEIDA MARTINS DE OLIVEIRA EXAMINADORA 4 RESUMO A presente pesquisa pretende mostrar a importância do ensino de literatura no Ensino Fundamental II. Sendo assim, para delimitação do tema foi pensado o seguinte: O que é literatura? Qual a função da escola na formação leitora? Qual a importância do professor no ensino de literatura? Como o professor media o trabalho de leitura de obras literárias e dos gêneros textuais que circulam dentro da escola? – O aporte teórico incluiu autores como Candido (1989), Zanine & Santos (2002), Paulo Freire (1989), entre outros teóricos que foram surgindo durante as leituras realizadas, configurando-se como uma pesquisa de cunho qualitativo, esse trabalho busca descrever e refletir, a partir de fontes teóricas diversas, estratégias para o ensino de literatura. Ao longo da pesquisa o objetivo foi refletir sobre o ensino de literatura e o porquê de alguns professores ainda não se dedicarem ao ensino de literatura nas aulas de Língua Portuguesa. Para tanto foi feito um levantamento de dados e acerca do ensino de literatura na atualidade na escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Avelino de Almeida e um confronto entre a prática dos professores nas aulas e o suporte teórico metodológico sugerido pelas diretrizes que norteiam esse ensino no país: Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s). Ao longo do trabalho é possível perceber a procura de professores e alunos por um ensino significativo de literatura que ultrapasse a mera decodificação dos textos, para a formação de um leitor que se aproprie de forma autônoma das obras e do próprio processo de leitura, de um leitor literário. Palavras-chave: Literatura; Ensino de Literatura; Leitura Literária. 5 ABSTRACT This research aims to show the importance of literature teaching in Secondary School. Thus, for delimitation of the subject was the following thought: What is literature? What is the function of the reader training school? What is the importance of the teacher in teaching literature? As the teacher mediates the reading work of literary and textual genres that circulate within the school? - The theoretical contribution included authors such as Candido (1989), Zanine & Santos (2002), Paulo Freire (1989), among other theorists that emerged during readings performed, configured as a qualitative research, this paper seeks to describe and reflect the diverse theoretical sources, strategies for teaching literature. Throughout this study the objective was to reflect on the teaching of literature and why some teachers do not even engage in the teaching of literature in Portuguese Language classes. For such a survey was done and data about the teaching of literature today at the State School Primary and Secondary Antonio Avelino de Almeida and a showdown between the practice of teachers in the classroom and the theoretical and methodological support suggested by the guidelines by which such education in country : The Curriculum ( NCP's ) National Parameters . Throughout the work one can see the demand for teachers and students by a significant teaching of literature that goes beyond the mere decoding of text, to the formation of a reader who appropriates autonomously works and the reading process itself, a literary reader. Keywords: Literature, Teaching Literature, Literary Reading. 6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................ 8 2.1 O QUE É LITERATURA? ............................................................................................ 8 3 QUAL A FUNÇÃO DA ESCOLA NA FORMAÇÃO LEITORA? .................................. 9 4 O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO ENSINO DE LITERATURA .................... 10 5 A LEITURA LITERÁRIA E OS GÊNEROS TEXTUAIS QUE CIRCULAM DENTRO DA ESCOLA ......................................................................................................... 12 6 METODOLOGIA................................................................................................................ 13 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................ 14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................. 18 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 19 ANEXOS ................................................................................................................................. 20 ANEXO A - ENTREVISTA COM A PROFESSORA E ALUNOS.................................. 21 7 1 INTRODUÇÃO A literatura está presente nas diversas manifestações culturais, seja na música, na pintura, na poesia, no conto, na história transmitida de geração em geração ou em outras formas de expressões. É um bem cultural da humanidade que deve ser desenvolvida em consonância com a escola, professores e alunos. A presente pesquisa surgiu da necessidade de entender como é desenvolvido o ensino da literatura na prática bem como investigar o porquê que alguns docentes ainda não aderiram ao ensino de literatura nas aulas de Língua Portuguesa. Diante da consciência da importância da literatura, cabe ao professor abordar a leitura de forma que os estudantes sintam-se envolvidos pela leitura literária, entendam o que o autor disse e atribua sentido ao que foi lido, que o leitor seja capaz de fazer relação entre o texto e o contexto numa condição de sujeito crítico para que dessa forma, adquira conhecimento que servirá não só no âmbito escolar, mas, para toda vida. O trabalho com a literatura deve ser prazeroso, deve possibilitar ao leitor novas descobertas, novas experiências, e assim, despertar nele a imaginação, a emoção, o sentimento, revisando conceitos, a fim de que o leitor entenda o seu papel no contexto social como sujeito ativo. A tarefa não parece ser fácil, uma vez que exige do professor dedicação, tempo e, acima de tudo, muita leitura. Sem esses pré-requisitos o aluno não firmará o interesse pela leitura, nem tampouco pela aula de literatura. Esta é a base para que sejam formados leitores competentes, com habilidades leitoras, e principalmente, senso-crítico. O presente texto está estruturado em quatro tópicos: O primeiro deles, de título, “O que é literatura?” traz o conceito de literatura; O segundo tópico, “Qual a função da escola na formação leitora?”, traz informação sobre a formação leitora dentro da escola, como também a importância do professor em desenvolver atividades em sala de aula que estimulem e despertem nos alunos o interesse pela leitura literária; no terceiro tópico “O Professor como mediador no ensino de literatura”, apresentam-se reflexões para os profissionais de educação, em especial, os professores que ensinam literatura. O último tópico, “A leitura literária e os gêneros que circulam dentro da escola” faz referência aos textos e diferentes gêneros que circulam e são estudados no ambiente escolar. Para tanto, o estudo teve como base os teóricos que discutem a respeito do Ensino de Literatura, tais como: Barbosa (2011), Cosson (2006), Freire (1998), Fritzen (2007), Kleiman (2001), Magnani (1989) Zinani e Santos (2002), além dos PCN´s (1997) e outas fontes. 8 Esse tema tem alta relevância acadêmica tendo em vista abordar e confrontar a teoria e a prática no ensino de literatura, além de ressaltar a importância da formação de leitores. A leitura possibilita a observação, análise e o despertar de sentimentos ainda adormecidos, por isso que é importante o contato com outros textos para aquisição do conhecimento, no entanto este é um processo que se constrói a cada dia, a cada leitura que é realizada e incentivada. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 O QUE É LITERATURA? O dicionário Aurélio conceitua literatura como o conjunto das obras escritas de um país, de uma época, ou que se relaciona com determinada época. Assim pode-se dizer que não é possível delimitar uma data especifica para o surgimento desta arte. Alguns estudos apontam que a produção literária acompanha a história e a evolução do homem, e está presente nas diversas formas de expressão da linguagem, seja na música, na poesia, no conto, desta forma a literatura está integrada no cotidiano e tem uma função humanizadora. Segundo Cândido (apud MAGNANI 1989, p. 75): A literatura tem uma função humanizadora, ou seja, tem a capacidade de confirmar a humanidade do homem. [...] satisfazer a necessidade universal de fantasia, contribuir para a formação da personalidade e ainda, ser uma forma de conhecimento do mundo e do ser. Para o autor a literatura tem a função de humanizar, ou seja, faz com o leitor a partir das leituras realizadas reflita sobre vários fatos sociais, históricos e culturais, e assim possa contribuir para a formação da personalidade e ainda, ser uma forma de conhecimento do mundo e do ser. Assim, a literatura é importante para a compreensão de mundo e o desenvolvimento do senso crítico do leitor, por sua vez acredita-se que depois da realização da leitura, o leitor provavelmente terá uma visão mais ampla da realidade, como também estará mais sensibilizado para situações as quais esteja envolvido e preparado para atuar como agente modificador do contexto social (ZINANI; SANTOS, 2002). Por este viés, é importante que a escola atue com organizadora desse processo aprendizagem, para que o estudante tenha uma formação leitora adequada, não sendo um 9 mero decodificador, mas agindo e assumindo-se como leitor crítico, capaz de refletir sobre o que está lendo e tecendo relação com seu cotidiano constantemente. Diante desse desafio o papel da escola estabelece-se como fundamental. 3 QUAL A FUNÇÃO DA ESCOLA NA FORMAÇÃO LEITORA? A escola é responsável pela formação do estudante, e atua como orientadora e depuradora. Quando se fala em escola, não se pode vê-la como parte isolada, que apenas tem a finalidade de transmitir os conteúdos escolares, e que não contribui para a formação de um ser pensante e atuante. Este é um pensamento errôneo, o estudante precisa receber uma formação adequada, que possa possibilitar o crescimento e o desenvolvimento mental e físico ao longo de sua vida. Nesta perspectiva, a escola deve prezar por um ensino de qualidade, que ofereça condições necessárias para que o estudante possa carregar uma “bagagem” rica de conhecimento. Neste contexto onde percebe-se a importante função da escola na formação de leitores, faz-se também necessário conhecer o sentido da literatura como uma arte que permite a expressão através da linguagem, de pensamentos diretamente ligados à cultura e a vida social. No entanto, o que se percebe é que a literatura não está sendo explorada como deveria nas escolas, além da pouca importância que vem sendo dadas as aulas de literatura, colocando-a em segundo plano na organização do ensino, ou até mesmo esquecendo-a. O objetivo do ensino de língua é desenvolver a competência e habilidade de leitura, escrita e fala, enquanto sujeito ativo. Neste sentido, os PCN´s (1997, p.41) afirmam o seguinte: Compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, interpretando-os corretamente e inferindo as intenções de quem os produz; Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela literatura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos; Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de reflexão sobre a língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica. O Ensino de Português e neste caso de literatura devem visar o desenvolvimento da capacidade de observar, analisar, criticar. Por este viés, é essencial construir um ambiente saudável e prazeroso para abordar os textos literários em sala de aula, para que a partir dele 10 possa realmente haver momentos de trocas de conhecimentos, e não sirva de pretextos para preencherem as lacunas ou tempo de aula, segundo KLEIMAN (2001, P.18): A literatura, a julgar pelos exercícios de compreensão e de interpretação dos livros didáticos e da sala de aula, fica reduzida quase sem exceção à manipulação mecanista de sequência descrita de sentenças, não havendo preocupação pela depreensão de significado global do texto. A escrita assim como a leitura não pode ser trabalhada, de forma vaga, com exercícios mecânicos de identificação de fragmentos de textos, muitas vezes, conhecidos como cânone, tronando-se as aulas cansativas e insatisfatórias, o que não contribui para o “amadurecimento”, nem possibilita o estudante a ampliar seus conhecimentos, como também a experimentar novas experiências. Outro fator que deve receber atenção e reflexão é a dependência do livro didático, e como essas atividades vêm sendo ensinadas. É sabido que com o avanço tecnológico e as mudanças na vida social, o estudante de hoje possui diversos interesses e conflitos que influenciam diretamente sua vida escolar e desse modo ele não aprende da mesma forma como os estudantes de décadas passadas aprendia, entretanto mesmo diante de tal constatação há uma forte resistência por parte de muitos professores que insistem e persistem em velhos métodos que não são atrativos para o aluno. É preciso que haja mais esforço para querer ensinar, e encontrar mecanismos para motivar o estudante, muitos são os desafios, mas não é impossível, todos precisam dar as mãos para caminhar na mesma direção, pois o sucesso não dependerá, nem pertencerá a um só membro, mas a todos envolvidos. Assim, desde já, o professor precisa capacitar-se para atender as novas exigências da vida moderna, pois a educação é extremamente necessária e faz parte da vida. Vale salientar que o professor precisa estar atento a essas transformações, então é fundamental que se capacite, busque renovar-se e conheça novas ideias para que possa subsidiar a prática em sala de aula, visando o pleno desenvolvimento do educando. È necessária toda uma mudança de comportamento e postura diante do ensino de literatura por parte do docente, de detentor do saber ele passa a agir como agente mediador entre o aluno e a compreensão dos textos literários. 4 O PROFESSOR COMO MEDIADOR NO ENSINO DE LITERATURA A escola é um espaço privilegiado para desenvolver a leitura literária. Nela, podem ser encontradas ferramentas adequadas para o exercício da prática de leitura e escrita, uma vez 11 que a leitura, segundo Kleiman (2001), é essencial se dermos sentido ao texto, ao ler o leitor amplia o conhecimento e desenvolve o senso crítico. Ao ensinar a ler, mais do que alfabetizar, de acordo com Freire (1989), o professor ensina também a estabelecer relações entre texto e contexto, entre palavra e mundo. Assim, cria condições para que o leitor internalize seus conhecimentos, estabelecendo relação entre o mundo em que está situado e o mundo da leitura. É importante que o professor saiba valorizar o conhecimento que o estudante possui previamente, fazer uma ponte entre o que sabe (que são vivências) e o que não conhece, isto é, levar em conta as especificidades dos estudantes. Neste sentido, Cosson (2006, p.48) propõe três perspectivas metodologicas para serem usadas em sala de aula com o intuíto de melhorar as aulas de literatura: A primeira dessas perspectivas é a técnica bem conhecida da oficina. Sob a máxima de aprender fazendo, ela consiste em levar o aluno a construir pela prática seu conhecimento [...]. A segunda perspectiva é a técnica do andaime. Trata-se de dividir com o aluno e, em alguns casos, transferir para ele a edificação do conhecimento. Ao professor, cabe atuar como um andaime, sustentando as atividades a serem desenvolvidas de maneira autônoma pelos alunos. Em nossa proposta, o andaime está ligado às atividades de reconstrução do saber literário, que envolvem pesquisa e desenvolvimento de projetos por parte dos alunos. A terceira perspectiva é a do portfólio. Tomado de empréstimo das áreas de publicidade e finanças, passando pelas artes visuais, o uso do portfólio oferece ao aluno e ao professor a possibilidade de registrar as diversas atividades realizadas em um curso, ao mesmo tempo em que permite a visualização do crescimento alcançado pela comparação dos resultados iniciais com os últimos, quer seja do aluno, quer seja da turma. Nas palavras do autor é fundamental que o educador se prepare para ministrar as aulas, pois é um processo de construção e reconstrução, e ainda, é preciso formar futuros pesquisadores capazes de elaborarem projetos para darem sua parcela de contribuição perante a sociedade. Portanto, o professor tem a função de mediador e/ ou facilitador no processo de aprendizagem e desenvolvimento do estudante, sendo assim, a sua atuação apresenta-se como indispensável neste processo de construção do conhecimento a partir do trabalho com texto literário. Desta forma, o professor precisa ajudar o estudante na formação leitora com a prática diária de leitura. Ler é um hábito que só se desenvolve mediante a descoberta pelo prazer do mergulho do leitor nas linhas e entrelinhas do texto, e para isso é necessário prática, assim como o ser humano se alimenta de comida e sacia sua sede com a água, através da leitura ele irá matar sua fome e sede de conhecimento, enriquecendo seu vocabulário, adquirindo novos conhecimentos e projetando a ficção e a realidade a qual está inserido. 12 Outra função importante do professor como mediador do processo de leitura se dá na escolha dos gêneros textuais a serem trabalhados em sala de aula, tendo em vista que os gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, e que essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns. Selecionar os gêneros e planejar um trabalho que cative a atenção do aluno e desperte-o para o gosto e prazer da leitura. Uma boa ideia é começar trabalhando com os gêneros textuais que circulam dentro da escola, como os instrucionais, narrativos (contos), é uma forma de estimular a leitura para que esteja presente no dia a dia do estudante, tornado o ato de ler uma atividade prazerosa de realizar e, assim desenvolver com os alunos atividade diversificadas, tendo por base a leitura, que possam possibilitar a formação de um leitor autônomo, crítico, reflexivo. 5 A LEITURA LITERÁRIA E OS GÊNEROS TEXTUAIS QUE CIRCULAM DENTRO DA ESCOLA Trabalhar com a leitura literária é uma forma de motivar o leitor para o mundo da leitura, como também contribui para a formação leitora e o desenvolvimento do sujeito como ser pensante, uma vez que deve estar presente em toda a sua trajetória, segundo os PCN´s (1998, p. 26): O texto literário constitui uma forma peculiar de representação e estilos predominam a força criativa da imaginação e a intenção à estética. Não é mera fantasia que nada tem a ver com o que se entende por realidade, nem puro exercício lúdico sobre as formas e sentidos da linguagem e da língua. Para tanto, o texto literário deve ser abordado em sala de aula de modo que o leitor sinta-se motivado pela leitura, possibilitando ampliar novos horizontes, em que oportunize a exercitar a imaginação e a criticidade de quem entra em contato com esta arte, Fritzen (2007, p. 11) propõe que: Se concebermos um leitor literário como aquele capaz de reconhecer e com a matéria viva de seu tempo, tais processos não podem ocorrer sem questionar as especificidades de linguagem, as intertextualidades, as relações com os contextos de produção e recepção das obras de modo a incorporá-las criticamente a efetivação, por ele, de uma nova escrita, sem que ele se torne também autor de sua história. 13 Existe uma grande variedade de textos que circulam dentro da escola, tais como: os livros, os cartazes, os rótulos dos produtos, este último é um grande suporte para explorar, por exemplo, situações reais que são vivenciadas no dia a dia. Outra forma para se trabalhar a literatura em sala de aula são com os temas caracterizadores, nesta proposta os estudantes são submetidos a diferentes situações comunicativas, em que poderá fazer uso e reflexão da linguagem, assim estará tendo a oportunidade de ampliar sua capacidade leitora e escritora, Barbosa afirma (2011, p.13): O ensino das literaturas de língua portuguesa através dos temas caracterizadores, possibilita aproximar épocas distantes, diversos gêneros, suportes e linguagens variadas, como a música, a pintura que reforçam seu caráter histórico e atualizando o seu sentido. Os gêneros textuais tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais, possuem características que lhes dão estilo próprio diferenciando-os dos demais. Desse modo estão atrelados a textos que utilizam à imagem, o som, a escrita, a oralidade nas diversas atividades sociocomunicativa, e, o estudante, mesmo sem se da conta, faz uso nas mais diferentes situações do cotidiano. O trabalho com gêneros textuais permite trabalhar situações específicas do uso da linguagem nas relações sociais, sendo assim é de suma importância que sejam trabalhados em sala de aula, e a partir de sua apropriação possa refletir sobre o uso da linguagem nas variadas práticas sociais presente numa sociedade. 6 METODOLOGIA A referida pesquisa tem cunho qualitativo, pois foi baseada em estudos feitos por teóricos, como Candido (1989), Zanina & Santos (2002), Paulo Freire (1989) entre outros teóricos que surgiram ao longo das leituras. A investigação teve como cenário a escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Avelino de Almeida, localizada no município de Olho D´Àgua/PB, o trabalho foi realizado tendo como público alvo os alunos do 8º ano todos com idade regular do Ensino Fundamental II. Para a realização da pesquisa foi elaborada e aplicada uma entrevista, com o professor da disciplina Língua Portuguesa e posteriormente com os alunos, elencou-se perguntas, tais como: Como você avalia a participação dos alunos nas aulas de literatura? Como vem sendo 14 ministradas as aulas de literatura? Para ambos envolvidos na pesquisa como já foi mencionado acima. O estudo teve um caráter qualitativo, com o intuito de discutir os dados obtidos na entrevista aplicada. O objetivo da pesquisa foi refletir sobre o ensino de literatura e sua importância para a formação do leitor. Em relação às etapas, foram organizadas da seguinte forma: No primeiro momento apresentaram-se as falas obtidas na entrevista dos envolvidos na pesquisa, em seguida foi feita uma síntese dos depoimentos, e por fim inseriu-se a interpretação das falas. É importante frisar, que para preservar a identidade dos sujeitos da pesquisa, foram utilizadas siglas com as iniciais dos nomes ou nomes fictícios. 7 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os depoimentos que foram coletados vão servir de material para a análise desta pesquisa. A partir dos dados obtidos na entrevista realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Avelino de Almeida fica possível ter uma melhor compreensão de como está sendo trabalhado o ensino de literatura, como também qual a participação dos alunos nas aulas de literatura. A entrevista foi desenvolvida com base em duas perguntas, a primeira: Como você avalia a participação dos alunos nas aulas de literatura? Como vem sendo ministrada as aulas de literatura? Segue a partir de agora a transcrição da fala da professora que participou da pesquisa. Em relação à primeira pergunta como avalia a participação dos alunos nas aulas de literatura, foi dito o seguinte: “Excelente, estão despertando para a leitura, acho que eles estão numa rapidez, embora o aluno não se tenha aquele estímulo”, a professora M.S.C.C. reconhece que falta estímulo para a leitura, mas com o trabalho que vem sendo desenvolvido por ela percebe-se que os estudantes estão se desenvolvendo e despertando para a leitura, no entanto é um trabalho contínuo que precisa ser feito a cada leitura que é incentivada cada dia. Na segunda pergunta: Como vem sendo ministrada as aulas de literatura? Foi feita a seguinte declaração: “Leituras de obras literárias, textos, interpretação”, na fala da professora pode-se perceber que há preocupação em trabalhar de forma diversificada, com a finalidade de despertar no estudante o gosto pela leitura, para que o aluno torne um leitor proficiente, ou seja, nos momentos de leitura seja capaz de compreender o texto. Outro ponto que foi citado no depoimento da professora M.S.C.C. é a falta de estímulo pela leitura, alguns alunos não se sentem motivados para a leitura, e 15 consequentemente não gostam de ler. É de suma importância que o professor e aluno caminhem juntos, que interajam e dialoguem, e assim possam construir conhecimento, pois um depende do outro para que as ações aconteçam de forma prazerosa e que pouco a pouco possam avançar seu ritmo de leitura. Para isto é preciso que existam ações conjuntas, todos devem estar envolvidos, dando sua parcela de contribuição na construção do conhecimento. Depois de apresentação da fala da professora e sua respectiva analise, apresenta-se nesse segundo momento as falas dos alunos. As declarações feitas pelos alunos aparecem na ordem em que foram entrevistados. As falas foram agrupadas de acordo com as perguntas realizadas, já que a temática apresentada é a mesma. Assim a pergunta respondida pelos alunos da turma do 8º ano do Ensino Fundamental II foi a seguinte: Gosta de ler? Caso responda que não diga o por quê? Aluno A ”Sim, porque com a leitura agente aprende.” Aluno B “Sim, porque quando mais ler mais aprende.” Aluno C “Sim, porque quando ler aprende, e pode viajar na imaginação.” Aluno D “Sim, porque ao lermos nós descobrimos novas coisas e ensinamento para a vida.” Aluno E “Sim, porque eu acho que devemos descobrir outros mundos através da leitura.” Aluno F “Não, porque tem muitos livros chatos, que falam de coisas nada a ver e são bastante demorados.” Aluno G “Muitos pela metade, porque às vezes eu leio e não gosto.” Aluno H “Sim, porque tem muita coisa interessante, principalmente os fatos reais.” Aluno I “Sim, porque com a leitura a gente aprende mais.” Aluno J “Sim, porque a leitura é um ensino em primeira coisa que você deve aprender na escola e, a leitura porque ela nos ensina a crescer na vida.” Percebe-se nas falas dos alunos que os mesmos reconhecem a importância da leitura na vida, seja acadêmica ou pessoal, pois faz com que descubra-se outros mundos através da leitura como afirma o aluno E. É preciso que a leitura seja incentivada deste cedo para que o aluno tome gosto e não ache as leituras chatas como o Aluno F “não, porque muitos livros chatos, que falam de coisas nada a ver e são bastante demoradas.” aqui o aluno acha as leituras chatas, e estão fora da sua realidade, desta forma é importante que o professor faça um diagnóstico de cada aluno, observando quais são as suas necessidades, e a partir daí possa fazer seus planejamentos, assim, quando o aluno estiver lendo não se sinta desestimulado e pare na metade da leitura, como o aluno G “Muitos pela metade, porque às vezes eu leio e não gosto.” Quantos livros foram lidos nos últimos 12 meses? Aluno A ”Vidas Secas, O Pequeno Príncipe e a A Casa Assombrada.” Aluno B ”Vidas Secas e Iracema.” Aluno C “li três livros, Vidas secas Ali Baba e os Quarentas Ladrões.” Aluno D ”Li três livros, Iracema, O Monge e o Executivo e a Orquídea.” Aluno E ”Apenas um, Iracema.” Aluno F “Um, Iracema.” Aluno 16 G “Muitos pela metade, porque às vezes eu leio e não gosto.” Aluno H “um, Iracema.” Aluno I “Vidas Secas e o Pequeno Príncipe.” Aluno J “Iracema, Vidas Secas.” Com que frequência costuma fazer as leituras? Aluno A “Todos os dias, na escola.” Aluno B ”Diariamente, em casa.” Aluno C ”Quase todo dia eu leio na escola, e em casa.” Aluno D “Todo dia na escola, e em casa (à noite).” Aluno E ”Na escola apenas nas aulas de português, artes.” Aluno F “Nas aulas de todas as disciplinas, porque a leitura está em toda parte.” Aluno G “Numa frequência boa.” Aluno H “Na escola para ter mais aprendizado e ficar mais informado.” Aluno I “Diariamente em casa” Aluno J “Na escola, em casa.” Nas respostas dadas pelos alunos percebe-se que a escola tem grande influencia para a realização das leituras, pois é na instituição escolar que os conhecimentos acontecem de forma sistematizados, muitas vezes é na escola que a leitura é incentivada. Outro ponto que chamou atenção foi a resposta do aluno E, quando ele diz que apenas costuma fazer as leitura nas aula de português e artes, é interessante um trabalho interdisciplinar para que possa trabalhar a questão da motivação, a fim de que o aluno sinta-se motivado para ler não apenas nas aulas de português, mas em todas as outras. Quais motivos você poderia dizer para a não realização de leitura de livros? Aluno A “Livros muito grande com mais de 300 páginas eu demoro para ler e não entendo o livro.” Aluno B “Alguns livros são de difícil compreensão.” Aluno C “Porque alguns livros que eu não leio são muitos grandes, e por isso da preguiça.” Aluno D “Porque tem certos livros que não são interessantes quando não tenho tempo.” Aluno E “As vezes, porque o título não chama muito atenção.” Aluno F “As vezes tem livros que pelo título dá pra ver que o livro não é muito interessante.” Aluno G “Porque quando está no meio eu sinto preguiça de terminar.” Aluno H “Falta de hábito, mau interpretação, nervosismo.” Aluno J “Falta de hábito e preguiça.” Quando o aluno não é estimulado desde cedo à leitura, consequentemente irá encontrar muitas dificuldades na realização da leitura, isto poderá acarretar o desinteresse pela leitura de textos literários ao longo de sua vida. Em relação às atividades que são desenvolvidas na escola você gosta de fazer? Aluno A “Sim, porque ajuda no aprendizado.” Aluno B “Sim, porque é muito importante e ajuda no aprendizado.” Aluno C “Sim, porque são elas que me estimula a ler mais.” Aluno D “Sim, porque é muito importante para o nosso desenvolvimento.” Aluno E “Sim, apenas algumas porque depende do assunto.” Aluno F “Algumas, porque tem umas que não consigo acompanhas.” Aluno G “Sim, ajuda na aprendizagem e no desenvolvimento mental” Aluno H “Sim, porque ajuda a se desenvolver mais.” Aluno J “Sim, porque eu sempre quero melhorar 17 o meu desempenho na sala.” Os alunos reconhecem que a instituição escolar tem um papel importante de estimular a leitura, pois ajuda no aprendizado. Como você avalia sua participação nas aulas de literatura? Aluno A “Participo muito, com perguntas.” Aluno B ”Eu participo muito, para tirar minhas dúvidas.” Aluno C “Boa, porque gosto de participar das aulas de leituras, pois gosto de perguntar quando tenho dúvidas.” Aluno D “Boa, porque eu presto atenção nas aulas.” Aluno E ”Pouca, às vezes por medo de perguntar alguma coisa que não tenha nada a ver com o texto.” Aluno F “Participo muito, porque eu pergunto, questiono.” Aluno G ”Ótima, pois faço perguntas.” Aluno H “Pretendo participar mais, porque tem vez que não tenho muito interesse.” Aluno I “Eu participo muito, por que eu faço várias perguntas.” Aluno J “Eu participo preguntando a professora para o desenvolvimento das tarefas.” Nas respondas dadas pelos alunos há participação dos alunos nas aulas de literatura, nas falas deles é importante participar para que possam tirar suas dúvidas, por mais que seja “boba” a pergunta Aluno E “pouca, às vezes por medo de perguntar alguma coisa que não tem a ver com o texto”, para que haja interação o aluno precisa participar, no entanto a professora M.S.C.C. vem trabalhando de modo que os alunos estão despertando para a leitura como afirma ”Excelente, estão despertando para a leitura, acho que eles estão numa rapidez, embora o aluno não se tenha aquele estímulo”, e assim possa haver aprendizagem. Como estão sendo ministradas as aulas de literatura? Aluno A “Boas, com muitos textos, e livros para nos estimular a ler e descobrir coisas novas.” Aluno B “Boas, com vários textos, atividades com estudos de texto, e muitas leitura.” Aluno C ”Ótima, com textos, atividades textual.” Aluno D “Ótimas, fazendo projetos sobre a leitura dos livros.” Aluno E “ótima, porque nas aulas estão sendo ministrados com livro, textos.” Aluno F “Bem, ela desenvolve com textos interessantes.” Aluno G “Fazendo projetos, slide sobre a leitura dos livros.” Aluno H “Ótima, pois a professora faz várias produções de textos.” Percebemos através dos depoimentos dos alunos que há um esforço da professora para ministrar as aulas de literatura, pois há uma preocupação com o material que vai ser trabalhado em sala de aula, como afirma a professora M.S.C.C. ”Leituras de obras literárias, textos, interpretação,” são trazidos textos diversificados para que os alunos tenham acesso a diversos tipos de textos, sendo assim possam aprofundar seus conhecimentos. Diante do depoimento dos alunos, fica evidente a falta estímulo para a leitura, alguns não se sentem motivados, embora o professor se esforce para ministrar as aulas de literatura. Sendo assim, é interessante que se proponham estratégias de leitura para a formação leitora dos estudantes, e que os textos literários sejam trabalhados de forma contextualizados e 18 interdisciplinares, trazendo para a realidade, ou seja, possam relacionar com a vivência do dia a dia e que estes conhecimentos não fiquem restritos nos muros da escola, mas que possam servir para toda a vida, desta forma os alunos sinta-se motivados para a leitura de textos literários. CONSIDERAÇÕES FINAIS O acesso a textos literários contribui para a formação do indivíduo em todos os aspectos, seja intelectual e/ou pessoal, além do que o estudante tem o contato com a linguagem literária. O ato de ler, consequentemente, vai aumentar seu repertório de palavras, o que torna importante para a formação linguística do educando. Assim ao longo desse trabalho procurou-se refletir sobre o ensino de literatura no Ensino Fundamental II e sua importância na formação leitora, uma vez que a leitura literária, quando feita diariamente, poderá contribuir para a formação de leitores competentes, tendo como pressuposto que a literatura exerce um importante papel na formação do aluno enquanto cidadão. Mediante ao que foi exposto ao longo do trabalho, percebe-se a função da escola na formação leitora, por este viés cabe à escola criar um espaço agradável e prazeroso para que possam ser explorados os textos literários, sendo assim, cabe à instituição escolar estimular o potencial do estudante, como a imaginação, a criticidade, desta forma, a escola deve estar atenta para as transformações que vem ocorrendo ao longo da história do homem, para que possa propor novas propostas pedagógicas. Diante ao que foi discutido sobre o ensino de literatura, é importante destacar a contribuição do professor como agente facilitador e/ ou mediador entre as leituras, visto que o docente exerce um importantíssimo papel na formação leitora. 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AURÉLIO BUARQUE DE HOLANDA FERREIRA. Dicionário Aurélio Ilustrado. 1ª Ed. Revista Curitiba: 2011 Editora Positivo. BARBOSA, Socorro de Fátima Pacífico (org.). Ensinar literatura através projetos e de temas caracterizadores. João Pessoa: Editora da UFPB, 2011. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. 1º e 2º ciclos. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental MEC, 1997 COSSON, Rildo. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2006. FREIRE, P. A. Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam: 36º ed. São Paulo: Cortez, 1998. FRITZEN, Celdon. O lugar do cânone no letramento literário. In: reunião anualda associação nacional de pesquisa em pós-graduação, 30, 2007, Caxambu: Anped, 2007. KLEIMAN, Â. Leitura: Ensino e pesquisa. Campinas SP: Pontes, 2ª Ed. 2001. MAGNANI, Maria do Rosário M. Leitura, Literatura e Escola: Subsídios para uma reflexão sobre a formação do gosto. São Paulo. Martins Fontes, 1989. Rio de Janeiro: Letras Brasileiras, 2005. 119 p. ZINANI, C.J.A.; SANTOS, S.R.P. dos. Ensino da literatura: lugar do texto literário. In: ZINANI, C.J.A. et al. Transformando o ensino de língua e de literatura: análise da realidade e propostas metodológicas. Caxias do Sul, RS: Educs, 2002. 20 ANEXOS 21 ANEXO A - ENTREVISTA COM A PROFESSORA E ALUNOS ENTREVISTA COM A PROFESSORA 1. Como você avalia a participação dos alunos nas aulas de literatura? “Excelente, estão despertando para a leitura, acho que eles estão numa rapidez, embora o aluno não se tenha aquele estímulo.” 2. Como vem sendo ministrada as aulas de literatura? “Leituras de obras literárias, textos, interpretação.” ENTREVISTA COM OS ALUNOS 1. Gosta de ler? Caso responda que não diga o por quê? Aluno A “Sim, porque com a leitura agente aprende.” Aluno B ”Sim, porque quando mais ler mais aprende.” Aluno C ”Sim, porque quando ler aprende e pode viajar na imaginação.” Aluno D ”Sim, porque ao lermos nós descobrimos novas coisas e ensinamento para a vida.” Aluno E ”Sim, porque eu acho que devemos descobrir outros mundos através da leitura.” Aluno F ”Não, porque muitos livros chatos, que falam de coisas nada a ver e são bastante demoradas.” Aluno F “Não, porque tem muitos livros chatos, que falam de coisas nada a ver e são bastante demorados.” Aluno G “Muitos pela metade, porque às vezes leio e não gosto.” Aluno H “Sim, porque tem muita coisa interessante, principalmente os fatos reais.” Aluno I “Sim, porque com a leitura a gente aprende mais.” Aluno J “Sim, porque a leitura é um ensino em primeira coisa que você deve aprender na escola e, a leitura porque ela nos ensina a crescer na vida.” 2. Quantos livros foram lidos nos últimos 12 meses? Aluno A “Vidas Secas, O Pequeno Príncipe e a A Casa Assombrada.” Aluno B ”Vidas secas e Iracema.” Aluno C ”li três livros, Vidas Secas, Ali Baba e os Quarentas Ladrões.” Aluno D ”Li três livros, Iracema, O Monge e o Executivo e a Orquídea.” Aluno F “Apenas um, Iracema.” Aluno E ”Apenas um, Iracema.” Aluno F “Um, Iracema.” Aluno G “Muitos pela 22 metade, porque às vezes leio e não gosto.” Aluno H “Um, Iracema.” Aluno I “Vidas Secas e o Pequeno Príncipe.” Aluno J “Iracema, Vidas Secas.” 3. Com que frequência costuma fazer as leituras? Aluno A “Todos os dias, na escola.” Aluno B ”Diariamente, em casa.” Aluno C ”Quase todo dia eu leio na escola, e em casa.” Aluno D “Todo dia na escola, e em casa (à noite).” Aluno E ”Na escola apenas nas aulas de português, artes.” Aluno F “Nas aulas de todas as disciplinas, porque a leitura está em toda parte.” Aluno G “Numa frequência boa.” Aluno H “Na escola para ter mais aprendizado e ficar mais informado.” Aluno I “Diariamente em casa” Aluno J “Na escola, em casa.” 4. Quais motivos você poderia dizer para a não realização de leitura de livros? Aluno A “Livros muito grande com mais de 300 páginas eu demoro para ler e não entendo o livro.” Aluno B ”Alguns livros são de difícil compreensão.” Aluno C ”Por alguns livros que eu não leio são muitos grandes, e por isso da preguiça.” Aluno D ”Porque tem certos livros que não são interessantes quando não tenho tempo.” Aluno E “As vezes porque o título não chama muito atenção.” Aluno F “As vezes tem livros que pelo título dá pra ver que o livro não é muito interessante.” Aluno G “Porque quando está no meio eu sinto preguiça de terminar.” Aluno H “Falta de hábito, mau interpretação, nervosismo.” Aluno J “Falta de hábito e preguiça.” 5. Em relação às atividades que são desenvolvidas na escola, quais você gosta de fazer? Aluno A “Sim, porque ajuda no aprendizado.” Aluno B “Sim, porque é muito importante e ajuda no aprendizado.” Aluno C “Sim, porque são elas que me estimula a ler mais.” Aluno D “Sim, porque é muito importante para o nosso desenvolvimento.” Aluno E “Sim, apenas algumas, porque depende do assunto.” Aluno F “Algumas, porque tem umas que não consigo acompanhas.” Aluno G “Sim, ajuda na aprendizagem e no desenvolvimento mental” Aluno H “Sim, porque ajuda a se desenvolver mais.” Aluno J “Sim, porque eu sempre quero melhorar o meu desempenho na sala.” 23 6. Como você avalia sua participação nas aulas de Literatura? Aluno A “Participo muito, com perguntas.” Aluno B ”Eu participo muito, para tirar minhas dúvidas.” Aluno C “Boa, porque gosto de participar das aulas de leituras, pois gosto de perguntas quando tenho dúvidas.” Aluno D “Boa, porque eu presto atenção nas aulas.” Aluno E “Pouca, às vezes por medo de perguntar alguma coisa que não tem a ver com o texto.” Aluno F “Participo muito, porque eu pergunto, questiono.” Aluno G ”Ótima, pois faço perguntas.” Aluno H “Pretendo participar mais, porque tem vez que não tenho muito interesse.” Aluno I “Eu participo muito, por que eu faço várias perguntas.” Aluno J “Eu participo preguntando a professora para o desenvolvimento das tarefas.” 7. Como estão sendo ministradas as aulas de Literatura? Aluno A “Boas, com muitos textos, e livros para nos estimular a ler e descobrir coisas novas.” Aluno B “Boas, com vários textos, atividades com estudos de texto, e muitas leitura.” Aluno C “Ótima, com textos, atividades textual.” Aluno D “Ótimas, fazendo projetos sobre a leitura dos livros.” Aluno E “Ótima, porque nas aulas estão sendo ministrados com livro, textos.” Aluno F “Bem, ela desenvolve com textos interessantes.” Aluno G “Fazendo projetos, slide sobre a leitura dos livros.” Aluno H “Ótima, pois a professora faz várias produções de textos.”