2 Alternativo O Estado do Maranhão - São Luís, 9 de maio de 2010 - domingo Malazartes Jesus Santos P [email protected] assei toda a Semana Santa trabalhando nas ilustrações do livro de Waldemiro Viana, “A Tara e a Toga”. Uma espécie de obsessão se apoderou de mim não permitindo que eu me afastasse da mesa de desenho em que trabalho e, enquanto ia recriando os personagens, ia me convencendo do poder de forças mediúnicas que cercam um pobre artista quando ele se mete a recompor personagens que passaram para a história por atitudes pouco recomendáveis. Essa história que é uma lenda urbana de São Luís, desde minha infância me comove e me intriga, acho que já falei disso nessa coluna movido pelo entusiasmo que o convite para ilustrar o livro exerceu em min. Não quero cansar o leitor nesse domingo repetindo idéias que já publiquei mas peço sua atenção para o fenômeno que se operacionalizou aqui no quarto andar onde moro. Estava eu ainda redesenhando partes da Serpente da Lagoa, projeto que gorou, nas mãos de algum secretário “habilidoso” em sumir com dinheiro público, frustrando a intenção da governadora e de alguns amigos, uma vez que, o dinheiro destinado à operacionalização do projeto, durante o carnaval virou ‘folia” quando entre lápis, pincéis, e tintas, com as quais tentei recompor partes da serpente, uma vez que mesmo sabendo do pouco conhecimento local, é preciso dizer que nada disso é feito à toa, coloquei um bloco de desenho com o papel ideal para desenhar e pintar as ilustrações do livro do amigo. Eu precisava criar o personagem central que é o desembargador Pontes Visgueiro sem tirar à importância de Mariquinhas a “devassa” que sendo a vítima, tem também grande importância na história. Aos poucos na ponta do lápis foi brotando, por assim dizer, uma figurinha sensual, de uma sensualidade perversa com um sorriso maroto e enigmático desses que pode preceder uma maldição ou uma benção. Fiquei olhando e persisti no desenho contornando-lhe as formas, definindo a bunda e os seios. Mariquinhas aos poucos ia tomando mais que forma; ia tomando vida. Mas como ninguém bebe quando trabalha para, mantendo a lucidez, poder dar conta do recado fiquei intrigado com a vida que o desenho tinha, ansioso pela cor que lhe redefiniria o espaço ocupado.Como pode repentinamente eu e Mariquinhas a “devassa”, a sós no meu apartamento, nas horas mortas da madrugada quando tudo acontece, até com alma do outro mundo? Confesso que um “medo erótico” se apoderou de mim. Mariquinha não tinha boa fama na visão dos puritanos das ordens religiosas da cidade. Era dada a esbórnia dançava samba não usava sutiã, não ia à missa das cinco na igreja do Carmo, dormia e fornicava com velhos e garotos , e dizem, seu livro de cabeceira era o Kama Sutra. Maravilhoso personagem essa Mariquinha. Aos poucos fui me acostumando com a idéia de conviver com ela e caprichei nos detalhes: pernas torneadas, boca lasciva, bunda convidativa e cabelos revoltos. Aos poucos notei que os olhos de Mariquinhas estavam fixos em mim. Sei que o leitor vai pensar que é fantasia porque foi a primeira idéia que me ocorreu. Aos poucos, com cautela me levantei e fui à janela para ver a noite, passava das três da madrugada e um cachorro ou outro ameaçava as sombras da noite. Admiráveis esses animais, em Lima é comum dizer que eles passam a noite Vilão de “Lost” é cotado para dois filmes de ficção Eu e a “devassa” nas caladas da noite espantando os ladrões, e os espíritos. O vento morno que embalsamava a noite invadiu a sala e me recolocou na real. Quando voltei para a mesa de desenho, havia sumido o papel com a imagem de mariquinhas e o local estava vazio. Não pense o leitor que enlouqueci em todo o espaço da sala nem sombra do desenho de Mariquinhas, próximo, sobre a mapoteca o desenho do desembargador Pontes Visgueiro parecia sorrir. Como quem tem... tem medo, invoquei meus santos de guarda e comecei a busca. Nada atrás do sofá nem por trás do aparelho de som, embaixo do tapete ou por trás da cortina. Teria a “devassa” caído na noite em plena semana santa? Ou por isso?Afinal,”quanto mais forte é a reza, pior é a força da danação”, já vaticinava o poeta José Maria do Nascimento. Cansado, tomei leite zero e me joguei na cama. Os ventos que bolinavam a cortina traziam um cheiro forte de terra, a noite transcorria sem atropelos e ainda ouvindo um cão distante que ensaiava um trecho da Traviata, adormeci. Não sei se foi sonho ou se o irreal aconteceu realmente, mas a noite toda em enquanto dormia parecia estar andando pelo apartamento em busca do desenho que teria que entregar na segunda feira. Lembro que uma figura leve e zombeteira por horas parecia ajudarme para depois sumir deixando no ar um perfume de jasmim. Acordei cansado e satisfeito como os amantes. Não sei que prazeres meu inconsciente me proporcionou. Só posso garantir que depois de desperto, aproximei-me da mesa e sobre ela estava o desenho da devassa, que eu juro, parecia estar sorrindo para mim. “Eu precisava criar o personagem central que éo desembargador Pontes Visgueiro sem tirar à importância de Mariquinhas a ‘devassa’” Divulgação Escritora cria roteiro especial para versão adolescente da personagem Kevin Durand foi o vilão Martin Keamy na cultuada série de televisão; Ator está em negociações para atuar em dois longas da Dreamworks O ator Kevin Durand, que viveu o vilão Martin Keamy na série de TV "Lost", está em negociações para atuar em duas ficções científicas dos estúdios Dreamworks. Durand deverá estar no elenco de "I am number four", sobre alienígenas. Se sua agenda e o cronograma das filmagens permitir, ele também estrelará "Real steel", cujo tema são os robôs. A Dreamworks começará a filmar as produções nos próximos meses. "I am number four" será dirigido por J.D. Caruso. A trama se concentra em nove aliens que escapam de seu planeta-natal e se escondem na Terra, na pele de colegiais. Durand será o am- bicioso comandante dos alienígenas que vêm buscar seus conterrâneos. Já "Real steel" terá a direção de Shaun Levy e será protagonizado por Hugh Jackman. O filme retrata um futuro em que lutas de boxe são feitas usando robôs. Jackman será o empresário de um dos humanoides lutadores. Durand, se as negociações se confirmarem, será um dos promotores do violento ringue. A partir de 14 de maio, o exvilão de "Lost" (ele entrou na trama na 4ª temporada e atuou em 12 episódios, chegando à 6ª temporada) estará nas telonas em "Robin Hood", de Ridley Scott e com Russell Crowe no elenco. Thalita Rebouças ganha quadro de futebol e versão de Luluzinha O ator Kevin Durand, que foi de 'Lost', em cena do filme “Robin Hood” A escritora Thalita Rebouças, autora da popular série de livros “Fala sério”, foi convidada neste mês para escrever o roteiro da edição de maio do gibi “Luluzinha teen e sua turma”, versão adolescente da personagem criada por Marjorie Henderson Buell em 1932. “Aprendi a gostar de ler graças aos gibis do ‘Fantasma’, da ‘Turma da Mônica’, ‘Tio Patinhas e até mesmo ‘Asterix’”, explica a autora, que vendeu 500 mil livros lançados no país de acordo com sua editora, a Rocco. Thalita já tinha ganhado uma versão animada de si mesmo em dezembro, em uma edição da mesma revista. Dessa vez, ela preferiu assinar a história que, segundo a escritora, tem como tema a amizade. Nela, Luluzinha é nomeada representante de sua escola para um congresso estudantil. Lá, ela conhecerá novos paqueras, para desespero de Bolinha - agora magro e apaixonado por Lulu. O gibi tem conteúdo exclusivo para a internet, como tirinhas e vídeos que interagem com o conteúdo impresso. Que cena! - Além do gibi, Thalita tem outras duas novidades para esta semana. Agora mesmo está em Portugal para o lançamento de seu 5ª livro por lá, cuja série “Fala sério” ganhou o curioso nome de “Que cena”. Mas ela garante que só o título é diferente. “Adolescente é tudo a mesma coisa, só muda de endereço. Mas uma diferença que senti lá é que os jovens portugueses respeitam muito mais os professores. É uma autoridade intacta que, infelizmente, se perdeu por aqui”, comenta. Hoje, ela também estréia um novo quadro no “Esporte espetacular”, o “EE de bolsa”. O programete surgiu na internet e traz Thalita tentando de entender as regras do futebol. “Já sei quantos jogadores o técnico convoca para a Copa do Mundo e aprendi o que é tiro de meta. Mas o impedimento ainda é um grande segredo”, brinca. Em novembro, a escritora irá lançar o seu primeiro livro com um protagonista masculino. Ainda sem título, a obra irá mostrar a relação entre garotos e garotas de 12 anos em um colégio. Ela diz não temer uma certa rejeição dos meninos ao trabalho, afinal, Thalita é conhecida como autora de “livros de menininha”. “Existe um certo preconceito porque a capa dos meus livros é rosa, mas tem muito menino que os lê escondido, sabia? Menina não tem esse preconceito, lê de tudo. O Ziraldo que me disso isso e é verdade”, diz. “Aliás, por que menina pode ler ‘Menino Maluquinho’ e menino não pode me ler?”, reclama, com bom humor. A versão animada da escritora Thalita Rebouças, ao lado de Luluzinha