A Química Somando Forças: Ensino e Pesquisa com Empreendedorismo e Inovação Estudo simultâneo da dinâmica de deposição polimérica por Voltametria Cíclica (VC) e Microbalança de Cristal de Quartzo (MCQ) da Politoluidina 1 1 2 1 P. M. Silva *, J. G. Oliveira , M. R. A. Alves , H. D. R. Calado e T. Matêncio 1 1 - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – Campus Pampulha, Av.: Presidente Antônio Carlos, 6627-São Luís, 31270901, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil 2 - Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) - Campus Itabira, Rua: Irmã Ivone Drumond, 200 - Distrito Industrial II, 35903-087, Itabira, Minas Gerais, Brasil *e-mail: [email protected] Palavras chave: Politoluidina e polímeros condutores. -4 6.0x10 RESULTADOS E DISCUSSÕES A politoluidina foi eletropolimerizada por Voltametria Cíclica (VC). A célula eletroquímica utilizada apresentou uma configuração convencional de três eletrodos, tendo como eletrodo de trabalho (ET) 2 um disco de Pt/Ti (a = 1,6129 cm ) ou Au (a = 0,0725 2 cm ), um contra eletrodo (CE) de Pt e como pseudo+ referência Ag/Ag . O monômero o-toluidina (Aldrich, 99%) foi utilizado com concentração de 50mM. Como eletrólitos, foram utilizados solução de ácido sulfúrico (H2SO4) e de sulfato de sódio (Na2SO4) a 0,5M em 2 temperatura ambiente . Na figura 1 (A), observa-se grande evolução de correntes anódica e catódica (direção das setas), as quais estão relacionadas à eletrodeposição do polímero e de seu mecanismo redox. O estudo do perfil eletroquímico por VC (Fig. 1 (B)), em meio livre de monômero, mostrou eletroatividade na faixa de -0,3V a 0,85V, com comportamento quase-reversível. Para uma velocidade de 50mV/s, determinou-se Epa = 0,21V e Epc = 0,066V. Foi também observada uma tendência à linearidade da corrente de pico anódico com a raiz quadrada da velocidade de varredura. O massograma obitdo mostrou a evolução de massa do polímero em função do tempo ao longo dos 20 ciclos de crescimento. O gráfico pode ser destacado em três regiões, A, B e C. A região A relaciona-se à oxidação do monômero e deposição de polímero. Os saltos de massa são crescentes para os primeiros 100s de deposição. Evidenciando que o monômero apresenta oxidação bastante favorável, o que pode ser confirmado pelas curvas de voltametria cíclica da POT, em 1,1V. -4 2.0x10 I (A) Polímeros condutores derivados da polianilina (PANI), como politoluidina (POT), têm sido alvo de estudos por pesquisadores da área de materiais poliméricos devido às excelentes propriedades químicas e físicas que estes materiais têm 1 demonstrado . Neste trabalho, foram preparados filmes do polímero conjugado politoluidina, caracterizando-os por técnicas eletroquímicas convencionais e por Mirobalança de Cristal de Quartzo (MCQ), a fim de se avaliar parâmetros físico-químicos importantes da dinâmica de deposição de massa, elucidando os possíveis mecanismos de transporte de íons na interface matriz polimérica/eletrodo de trabalho. 50 mV/s A A -4 4.0x10 -4 4.0x10 0.0 0.0 -2.0x10 -4 -4.0x10 -4 -0.4 -0.2 B -4 2.0x10 I (A) INTRODUÇÃO 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 -2.0x10 -4 -4.0x10 -4 -6.0x10 -4 -8.0x10 -4 10 mV/s 20 mV/s 30 mV/s 40 mV/s 50 mV/s 75 mV/s 100 mV/s -0.4 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 E (V) E (V) Figura 1. A) Perfil voltamétrico da eletrodeposição da POT e B) Perfil eletroquímico da POT a diferentes velocidades de varredura. Isto pode estar relacionado à grande estabilidade que o cátion-radical apresenta no meio reacional, devido à presença da metila orto ao grupo amina da otoluidina. A região B está relacionada a saltos de massa praticamente constantes, em que se verifica processos de oxidação (entrada de ânions na matriz polimérica) correspondendo a um máximo de massa e redução (saída de excesso de ânions da matriz polimérica) correspondendo a um mínimo no massograma, a fim de se manter a eletroneutralidade do polímero. Na região C, pode-se notar uma diminuição considerável de saltos de massa, isto pode estar relacionado à saturação da matriz polimérica, ou seja, ela já não se apresenta com sua capacidade ótima de adsorver cátions/ânions e desta forma há uma grande diminuição na evolução de massa da POT. CONCLUSÕES O polímero politoluidina foi obtido com sucesso pelo método potenciodinâmico. O perfil eletroquímico da POT demonstra um comportamento quasereversível, indicando que os processos de eletrodo são dependentes do transporte na solução, apresentandose com grande eletroatividade, e boa reversibilidade nos processos redox. Devido à observação de variação reversível de cor (amarelo para azul), a POT é promissora como camada ativa em dispositivos eletrocrômicos. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, à PRPq-UFMG, à FAPEMIG e à CAPES. REFERÊNCIAS 1 Okabayashi, K.; Goto, F.; Abe, K.; Yoshida, T. Synthetic Metals, p. 18, 365 1997. 2 Moya, L.M. - Efeitos da radiação sobre propriedades eletroquímicas da polianilina. Dissertação de Mestrado. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Brasil, 2006. XXVIII Encontro Regional da Sociedade Brasileira de Química – MG, 10 a 12 de Novembro de 2014, Poços de Caldas - MG