Hidrodinâmica 2º Trabalho Laboratorial Perfis Alares Tiago Moutinho, nº 57263 Sebastião Carvalho, nº 58977 João Florindo, nº 65800 Dados experimentais No seguinte gráfico apresentam-se os valores obtidos experimentalmente para os coeficientes de pressão obtidos para cada tomada de pressão. -3 Cp -2.5 -2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 x/c (%) Gráfico 1: Coeficiente de pressão calculado directamente através dos valores medidos. Discussão de resultados Partindo do gráfico dos coeficientes de pressão (Cp) em função do comprimento sobre a corda (x/c), obtido através dos resultados experimentais (Gráfico 1), observou-se que alguns dos pontos divergiam claramente do contexto geral. Tal facto pode dever-se a vários factores que induzem erro, tal como obstruções ou fugas nos tubos de ligação ao multi-manómetro e erros ou imprecisões de leitura. Verificou-se ainda no gráfico 1, que não é cumprida uma importante característica dos perfis alares em fluido perfeito, uma vez que o valor de Cp deveria ser um no ponto de estagnação. 2 Começou-se por alterar no gráfico os valores de coeficientes de pressão nos pontos em que os valores divergiam do esperado, obtendo o seguinte gráfico: -3 Cp -2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 x/c (%) Gráfico 2: Coeficientes de pressão corrigidos Depois de corrigido o gráfico, pode observar-se que já existe um ponto no intradorso onde Cp=1, adicionalmente, na região entre os 10% e os 40% da extensão do extradorso, verificaram-se leituras pouco consistentes, e desprezaram-se os valores obtidos na região do bordo de fuga, uma vez que estes eram completamente inconsistentes. Da análise do gráfico conclui-se ainda que para o ângulo de ataque em estudo (α=8˚) não se verifica separação da camada limite, uma vez que não se observa nenhum aumento brusco no valor do Cp. Esta conclusão foi também corroborada durante a realização da experiencia, recorrendo a um fio de lã. 3 0.1 x/c (%) 0 0 20 40 60 80 100 -0.1 Cp.x/c -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6 Gráfico 3: Da correcção do gráfico 1, resultam também correcções no gráfico 3, onde se voltam a verificar valores inconsistentes na região do bordo de fuga. Após serem feitas as correcções, analisaram-se os gráficos do coeficiente de sustentação (CL) em função do ângulo de ataque (α). Em fluido real a variação do CL é linear para a gama de valores de α apresentados. Observa-se que o valor obtido para o ângulo de ataque em estudo (α=8˚) se encontra sobre a curva, como se pode observar no gráfico 4. 2.5 CL 2 1.5 1 0.5 0 -0.5 -1 -10 -5 0 5 10 15 20 a (º) Gráfico 4: Coeficiente de sustentação em função do ângulo de ataque 4