Trabalho Submetido para Avaliação - 17/09/2012 10:44:53 ACEITABILIDADE DAS REFEIÇÕES SERVIDAS EM HOSPITAL DE SANTA MARIA - RS KARIN BARBOSA DE OLIVEIRA ([email protected]) / nutrição/unifra, Santa Maria - RS DAIANE RECK ([email protected]) / nutrição/unifra, Santa Maria - RS CRISTIANE COPETTI ([email protected]) / nutrição/unifra, Santa Maria - RS TIFFANY HAUTRIVE ([email protected]) / nutrição/unifra, Santa Maria - RS Palavras-Chave: aceitabilidade, qualidade, serviço de nutrição; A dieta hospitalar é importante para garantir o aporte de nutrientes ao paciente hospitalizado, possibilitando a preservação ou recuperação de seu estado nutricional, pelo papel co- terapêutico da dieta em doenças crônicas e agudas e, por ser uma prática importante na experiência da internação (GARCIA, 2006). O nutricionista deve sempre buscar uma interação humana e dedicada, não se preocupando somente com o estado nutricional e biológico do paciente, formando um ciclo hamornioso de convívio entre a equipe nutricional, familiares e pacientes (SOUZA; PROENÇA, 2004). O presente trabalho teve por objetivo analisar a satisfação de pacientes, acompanhantes e funcionários/militares, quanto aos cardápios oferecidos na instituição, visando à busca de opiniões para conseqüente melhora do serviço. Trata-se de um estudo qualiquantitativo, realizado em um hospital do município de Santa Maria - RS. O público-alvo foi composto por indivíduos que trabalham e freqüentam o hospital, de ambos os gêneros, distribuídos nas mais variadas faixas etárias. A coleta de dados foi realizada nos meses de março e abril de 2012, através de dois questionários, um para militares/funcionários e outro para pacientes e acompanhantes. Os questionários aplicados aos funcionários continham perguntas referentes aos gêneros (arroz, feijão, carne, guarnição, saladas, sobremesas) e, avaliação geral do cardápio de acordo com as classificações (ótimo, bom, regular e ruim). Já o questionário aplicado a pacientes e acompanhantes incluía questionamentos referente à idade, dieta recebida, avaliação da refeição servida e aceitabilidade da mesma, preferência por alguma refeição em particular, aspectos a ser melhorado nas preparações, o que poderia ser acrescentado para melhorar o sabor da comida, horários de distribuição, variação das refeições, quantidade de alimentos recebidos, preparação menos aceita; avaliação do serviço de copa do hospital e ainda sobre o ato de comer em ambiente hospitalar. A amostra foi composta por 95 indivíduos. Referente ao questionamento sobre a classificação dos gêneros (27%) considerou o prato principal (carne) como ótimo, (41%, 28% e 27%) consideraram o arroz, a salada e a sobremesa como bons respectivamente, o feijão apresentou (28%) de classificação ruim, seguido do complemento com (23%). Já na avaliação geral do cardápio (31%) optaram pelo conceito bom. Para que o cardápio tenha boa aceitação devem-se identificar os hábitos alimentares de sua clientela, mediante sondagem de preferências, objetivando elaborar cardápios que o satisfaçam e sejam condizentes com os recursos financeiros, mão de obra, equipamentos, disponibilidades de gêneros e harmonia dos nutrientes e de suas respectivas características sensoriais (TEIXEIRA et. al., 2007). Deste modo, justifica-se a baixa aceitabilidade dos entrevistados na pesquisa em questão, uma vez que os cardápios são elaborados para o publico geral, não considerando preferências individuais e, que as preparações são elaboradas a partir dos gêneros disponíveis no hospital. Quanto aos aspectos a serem melhorados (37,5 %) dos pacientes relatam que seria o sabor, enquanto os acompanhantes consideram o sabor, a temperatura e a consistência, todos os aspectos com (37,5%) respectivamente. Já, quando inquiridos sobre a refeição de maior preferência (31,25%) dos pacientes e (65%) dos acompanhantes referiram ser o almoço. Quando interrogados a respeito das melhorias necessárias para tornar a comida mais saborosa (37,5%) dos pacientes consideram ser necessário o acréscimo ou aumento da quantidade de temperos nas preparações, contra (60%) dos acompanhantes que também fizeram esta observação. A respeito da apresentação das refeições, pacientes (43,75%) e acompanhantes (60%) consideraram o aspecto agradável, na questão sobre a preparação menos aceita, não se obteve resposta de ambos os públicos. Em relação à pontualidade dos horários de distribuição, (75%) dos pacientes sentem-se satisfeitos contra (60%) dos acompanhantes. O serviço de copa é considerado satisfatório tanto pelos pacientes (93,75%) e acompanhantes com (80%). O ambiente hospitalar é analisado como um fator que não prejudica a vontade e, o ato de comer por (50%) dos acompanhantes e (43,75%) dos pacientes. Conclui-se que a investigação da aceitabilidade é bastante instável dentro do ambiente hospitalar e que a satisfação dos funcionários, pacientes e acompanhantes varia de acordo com o cardápio, modo de preparo, patologia existente, cardápio servido e, ainda com o hábito alimentar individual. Enfim, conhecer as preferências e necessidades do público-alvo a que se destina o serviço é fundamental para garantir uma assistência integral e humanizada, a fim de garantir condições de saúde a estes indivíduos. REFERÊNCIAS: GARCIA, R. W. D.; A dieta hospitalar na perspectiva dos sujeitos envolvidos em sua produção e em seu planejamento; Revista de Nutrição; 19; 129-144; 2006. TEIXEIRA, S.; OLIVEIRA Z.; REGO J.; BISCONTINI T. ; Administração aplicada às unidades de alimentação e nutrição; São Paulo; Atheneu; 2007. SOUZA, A. A.; PROENÇA, R. P. C. ; Tecnologias de gestão dos cuidados nutricionais: recomendações para qualificação de atendimento nas unidades de alimentação e nutrição hospitalares.; Revista de Nutrição; 17; 425- 436 ; 2004.