13 de fevereiro de 2015 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira ALTA DO DÓLAR AJUDA MINERAÇÃO A RESISTIR AOS EFEITOS DA QUEDA DAS COMMODITIES Mesmo abaladas com a queda dos preços das matérias-primas, as companhias de mineração prometeram recentemente que não vão reduzir a produção, afirmando que a valorização do dólar está atenuando o impacto das perdas de receita. Essas mineradoras - desde as gigantes anglo-australianas BHP Billiton e Rio Tinto até empresas menores, como a Lonmin PLC, que opera na África do Sul - estão se beneficiando do fortalecimento da moeda americana porque recebem em dólar pelas vendas do ouro, cobre e minério de ferro que exploram, mas usam moedas locais para pagar trabalhadores e outras despesas. Quando o dólar sobe, a receita gerada pela venda dos metais consegue cobrir um montante maior de despesas. A alta do dólar está reverberando na economia global, dividindo o mundo corporativo em ganhadores e perdedores e redesenhando a próxima fase dos preços das commodities. O dólar se valorizou em relação a praticamente todas as outras moedas em 2014 e começou este ano embalado, uma vez que alguns bancos centrais estão tomando medidas para enfraquecer suas moedas como forma de estimular suas debilitadas economias. As moedas dos grandes exportadores de commodities estão entre as que mais se desvalorizaram em relação ao dólar. Até ontem, o dólar subiu no ano 4,5% ante o dólar australiano, 6,6% em relação ao dólar canadense e 6,5% comparado com o real. Para muitas empresas dos Estados Unidos que fazem negócios fora do país, o dólar valorizado é uma desvantagem, já que deixa seus produtos mais caros para compradores de outros mercados e reduz o valor das vendas externas quando estas são convertidas na moeda americana. Mas as mineradoras que poderiam ser, de outra forma, forçadas a adiar projetos diante dos atuais preços das commodities estão mantendo suas minas abertas e, em alguns casos, ampliando a produção à medida que os custos caem com a ascensão do dólar. Como resultado, a oferta continua subindo e analistas estão reduzindo suas previsões para os preços dos metais, estimando que eles cairão ainda mais e vão permanecer mais tempo baixos. "O câmbio vem sendo uma válvula de escape", diz Ben Magara, diretor-presidente da Lonmin. Na sexta-feira, a Anglo American PLC, quinta maior mineradora do mundo em valor de mercado, tornou-se a mais recente empresa do setor a ressaltar as vantagens da força do dólar. A companhia britânica, que registrou prejuízo em 2014, afirmou que a desvalorização das moedas dos países onde opera adicionou US$ 1,3 bilhão ao seu lucro, ou mais da metade das perdas de US$ 2,4 bilhões que sofreu com a queda dos preços das commodities. A Anglo também informou que planeja elevar a produção de minério de ferro em minas no Brasil e África do Sul nos próximos anos, ainda que os preços desse componente básico do aço estejam perto do seu menor nível nos últimos cinco anos e meio. Na semana passada, a Rio Tinto divulgou um aumento nos lucros, informando que o enfraquecimento do dólar canadense e australiano ajudou a impulsionar as margens. A Newcrest Mining Ltd., por sua vez, informou na sextafeira que irá colocar uma das maiores minas de ouro da Austrália à venda para pagar dívidas, uma medida facilitada pela desvalorização do dólar australiano, que deixou a mina mais atraente para potenciais compradores. Alguns observadores do setor dizem, porém, que o dólar mais forte está apenas adiando um desfecho inevitável na mineração. Ao manter as minas abertas, as empresas estão alimentando um excedente global de metais, carvão e minério de ferro. A demanda está fraca no principal consumidor mundial de matérias- primas, a China, cuja economia, em 2014, cresceu no seu ritmo mais lento em dez anos. Além disso, muitas mineradoras contraíram empréstimos pesados em dólar para financiar sua expansão durante os anos do boom. Agora, elas precisam de lucros acima de determinado nível para pagar os credores. "O dólar valorizado criou uma proteção contra parte do impacto da queda nos preços das commodities, [...] mas não todo", diz Daniel Rohr, diretor de pesquisa de materiais da empresa de pesquisa Morningstar Inc. "As mineradoras precisam aumentar a produção, pagar dividendos aos acionistas e manter suas finanças saudáveis, e num ambiente de preços baixos não dá para fazer os três." A Lonmin viu os preços da platina, seu principal produto, cair 20% desde julho. Mas Magara diz que a empresa vai manter sua produção neste ano. Ele atribui a redução dos custos na África do Sul à valorização do dólar contra o rand. Na semana passada, o dólar atingiu um pico recorde de 13 anos ante a moeda sul-africana. O declínio do rand "está ajudando muito", diz Magara. "Ganhamos cerca de 10% graças ao câmbio, então o impacto do preço [da platina] foi mitigado." Como muitas mineradoras, a Lonmin ainda enfrenta dificuldades. Depois de uma alta nos preços dos metais que durou dez anos, o setor de mineração passou os últimos três se ajustando a uma demanda menor. A China, cuja ascensão ao posto de segunda maior economia do mundo foi acompanhada por uma rápida urbanização e industrialização, viu seu apetite por matérias-primas arrefecer. Os preços dos metais caíram. O do cobre recuou para uma mínima de cinco anos e meio em janeiro e já caiu 7,8% este ano. Já o preço do minério de ferro caiu pela metade no ano passado e acumula uma baixa de mais de 10% em 2015. A Lonmin registrou um prejuízo de US$ 188 milhões no ano fiscal encerrado em 30 de setembro devido à queda dos preços da platina e uma greve nas minas da África do Sul. Na semana passada, a Glencore PLC afirmou que vai vender sua participação de 23,9% na empresa. Algumas mineradoras se retraíram, fechando minas e vendendo ativos. Além de vender sua fatia na Lonmin, a Glencore alertou, em janeiro, que iria fechar minas de carvão na África do Sul. Enquanto isso, outras empresas aumentaram a produção. No segundo semestre do ano passado, a BHP Billiton, maior mineradora do mundo, alcançou uma produção recorde em oito operações dedicadas ao todo a cinco matérias-primas. A empresa afirmou que sua produção total no período de dois anos encerrado em junho de 2015 vai crescer 16%, apesar do enfraquecimento generalizado dos preços das commodities. A Rio Tinto ampliou a produção de minério de ferro e cobre no ano passado. Mas analistas e investidores dizem que há um limite para a ajuda que a valorização do dólar pode dar à mineração. "Com vendas, lucratividade e fluxo de caixa em queda, a capacidade das mineradoras de pagar sua dívida será afetada", diz Wen Li, analista sênior da CreditSights. Na indústria mineradora mundial como um todo, os vencedores relativos são, neste momento, aqueles com operações fora dos EUA, diz Rick de los Reyes, que administra US$ 1,5 bilhão em investimentos em metais na gestora T.Rowe Price Group Inc. "Se eu tivesse que escolher entre uma mineradora de minério de ferro nos EUA e outra na Austrália, eu escolheria a australiana", diz de los Reyes. Autor(es): Tatyana Shumsky, John W. Miller e Rhiannon Hoyle Fonte: Valor Econômico Data: 18/02/2015 TRAFIGURA COMPRA MINERINVEST E NEGOCIA MINA DA MMX A Trafigura finaliza a aquisição da Minerinvest Mineração, produtora de minério de ferro de Minas gerais, apurou o *Valor*. A trading, que junto com a Mubadala comprou o Porto Sudeste, no litoral do Rio, decidiu ir às compras para completar a carga necessária para viabilizar o seu porto, um dos empreendimentos que o empresário Eike Batista teve de se desfazer. A Trafigura aproveita o momento atual do setor de mineração, em que os preços do minério de ferro estão em queda muito acentuada - ontem fechou próximo dos US$ 60 a tonelada -, para fazer aquisições, pagando preços baixos pelos ativos. Não há informações sobre os valores da operação. Após a Minerinvest, o próximo negócio a ser fechado pela Trafigura deverá ser a compra de uma mina de ferro da MMX Sudeste, que está em recuperação judicial. Ao ficar o ativo com a empresa nesse processo, a companhia vai se livrar de quaisquer questões com os credores. O consórcio dono do Porto Sudeste é formado pela Impala, subsidiária da Trafigura, e Mubadala, empresa de investimentos e desenvolvimento de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Juntas, as sócias têm 65% do empreendimento. O restante ainda é da MMX. Os novos donos precisam de minério para encher a carga no porto, pois do contrário não conseguirão se financiar. Quando atingir plena capacidade, que era prevista para 2016, terá capacidade de movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano. Mas poderá ir a 70 milhões com investimento adicional, ainda em análise pelos novos sócios. O porto já tem um contrato com a Usiminas Mineração, o qual previa começar com embarque de 3 milhões de toneladas em 2012, atingindo até 12 milhões de toneladas em 2016. Mas a Usiminas também pôs o pé no freio dos seus investimentos, de chegar a 29 milhões de toneladas. Com a crise, deverá mesmo ficar nas 12 milhões de toneladas de hoje. A Trafigura, segundo apurou o *Valor*, está em negociação para a compra de mais ativos em regiões próximas ao Porto Sudeste. Em 2011, antes da difícil crise financeira do Grupo EBX, a MMX havia fechado acordo com a Minerinvest de compra e operações de minério no Porto Sudeste. A negociação previa até 5 milhões de toneladas ao ano, durante dez anos, desde o início de operação do porto, inicialmente fixado para 2012. Procurada pelo *Valor*, a Trafigura não concedeu entrevista. Autor(es): Ana Paula Ragazzi e Ivo Ribeiro Fonte: Valor Econômico Data: 27/01/2015 . UM ADVOGADO DA CAUSA MINERAL “Fiz muitas coisas, porque só fui avisado de que eram impossíveis depois que estavam prontas”. Não é difícil comprovar a veracidade – e a extensão – da assertiva quando conhecemos seu autor. William Freire dispensa apresentações. Quem não o encontrou em fóruns e congressos setoriais de mineração, não leu ao menos um de seus 16 livros ou inúmeros artigos técnicos, não passou por suas aulas de Direito Minerário e Ambiental em vários cursos de pós-graduação e não assistiu a pelo menos uma de suas quase cem palestras, realmente não viveu. O impecável e elegante advogado formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) consolidou uma trajetória de sucesso desde que, há 25 anos, percebeu o potencial da mineração e enveredou pelos meandros do Direito Minerário. Fundou, então, a William Freire Advogados Associados, hoje um dos mais respeitáveis escritórios de advocacia do Brasil, com profissionais atuando também nas áreas ambiental e tributária. Nos últimos seis anos, Freire tem sido um dos críticos mais contundentes do projeto de lei do Governo Federal que cria o novo Marco Regulatório da Mineração (MRM). Como especialista no assunto, sobram-lhe argumentos. Não bastasse o texto do projeto em si, tantas vezes visado e revisado – e, agora, ao que tudo indica, engavetado -, reforçam a oposição medidas capitaneadas pelo Ministério das Minas e Energia (MME), como a restrição à outorga de títulos minerários, em flagrante desrespeito ao Código Nacional de Minas em vigor e aos agentes e investidores do setor. Nesta entrevista exclusiva a In The Mine, Freire fala dos pilares básicos do Direito Minerário mundial, das controvérsias resultantes do projeto do novo MRM, da carga tributária e distribuição dos royalties da mineração. Deseja que o novo ministro das Minas e Energia, Carlos Eduardo de Souza Braga, passe para a história do País por ter conseguido aperfeiçoar a legislação mineral. E diz aguardar o desfecho desse processo para finalizar e publicar seu novo livro, cujo tema não é senão outro: o terceiro código de mineração, “por enquanto, apenas um sonho”. A matéria completa está disponível através do link inthemine.com.br/site/index.php/um-advogado-da-causa-mineral/ Autor(es): Tébis Oliveira Fonte: In The Mine Data: nº 54 - 09/02/2015 CHINA DEVE FECHAR MAIS MINAS DE MINÉRIO DE FERRO PEQUIM (Reuters) - Cerca de um terço das minas de minério de ferro da China interromperam a produção, patamar que pode subir para até 45 por cento até o fim deste ano se o preço da matéria-prima de siderúrgicas ficar abaixo de 70 dólares a tonelada, disse um executivo local do setor de mineração nesta quinta-feira. "Acho que vai ficar pior e pior", disse Pan Guocheng, presidente da China Hankiing Group, durante um evento do setor em Pequim. Pan disse que cerca de um terço das mineradoras da China interrompeu a produção em janeiro e que a produção atual está em cerca de 70 por cento da capacidade total. Segundo o Morgan Stanley, 52 milhões de toneladas da produção chinesa foram eliminadas no ano passado, levando a produção total do país no ano passado para cerca de 345 milhões de toneladas. A Associação de Ferro e Aço da China disse que a oferta de minério de ferro chinesa deve cair em 70 milhões de toneladas neste ano e as importações avançarem 7,1 por cento para atingir 1 bilhão de toneladas pela primeira vez. Uma estratégia controversa das gigantes da mineração Vale VALE5.SA, BHP Billiton (BHP.AX: Cotações) BHP.L e Rio Tinto (RIO.AX: Cotações) (RIO.L: Cotações) para saturar o mercado chinês com minério importando e pressionar mineradoras locais derrubou os preços em mais da metade no ano passado. Reciclagem de aço é vista como ameaça crescente a demanda por ferro Os esforços da China para aumentar a quantidade de aço que o país recicla devem ter um impacto crescente sobre a demanda para o minério de ferro, ameaçando piorar um excesso global de oferta e colocando ainda mais pressão sobre fornecedoras mundiais. A China obteve 78,5 por cento de suas necessidades totais de minério de ferro do exterior no ano passado, importando um recorde de 933 milhões de toneladas, mas agora está tentando fazer mais uso das vastas quantidades de aço enterradas em aterros ou presas em concreto. Analistas disseram que os esforços podem começar a ter impacto no mercado já neste ano, conforme medidas para melhorar as taxas de coleta começam entrar em vigor, e até 200 milhões de toneladas de sucata podem ser gerados por ano até 2020. "A demanda por minério de ferro vai estar em queda a partir de 2017 pois a geração de sucata vai crescer mais rápido que a demanda", disse o analista da CLSA Ian Roper, numa conferência em Pequim. "Os altofornos chineses usam apenas 8 por cento de sucata e é possível elevar isso até 20 por cento", acrescentou Roper. Mega mineradoras como a Vale, a Rio Tinto e a BHP Billiton elevaram as ofertas em 234 milhões de toneladas nos últimos dois anos, pressionando os preços e aumentando suas participações no mercado na China, que compra cerca de dois terços do minério de ferro global. Uma desaceleração econômica cortou o consumo aparente de aço da China no ano passado pela primeira vez desde 1981. Em projeções anteriores, a BHP Billiton estimou que a proporção de sucata da China subirá para cerca de 20 por cento até 2020 e para entre 30 a 39 por cento até 2030. Autor(es): David Stanway Fonte: Reuters Data: 05/02/2015 JUST WHEN YOU THOUGHT RARE EARTH PRICES COULDN'T FALL ANY FURTHER Following a World Trade Organization ruling, China in January announced it's abolishing its decade-old export quota system for rare earths. China produces nearly 90% of the world's REEs and is also the top consumer of the 17 elements used in a variety of hi-tech industries including renewable energy, medical devices and defence. But even before the lifting of quotas the country's rare earth exports started to expand rapidly. Customs data show export volumes grew 27.3% in 2014 to 28,000 tonnes, according to a China News Service report. At the same time the average export price of rare earth products plummeted to only 83,000 yuan ($13,000) per tonne. That's a decrease of 47.8% from the year before and the third year in a row of sharp declines. According to the report improving US manufacturing demand was behind the higher volumes. Japan was the number one buyer receiving nearly 43% of outbound shipments while the US ranked second. "Sluggish demand downstream" is blamed for the drag on prices. China's downstream industry consumes 70% of global production which was expected to have grown 9% to 127,000 tonnes last year according to official estimates. Only two mines produce rare earths outside China. Molycorp's Mountain Pass mine in California is targeting production of 20,000 tonnes per year and is aggressively ramping up from its 2014 total of just 4,785 tonnes even as it continues to lose money. Lynas hit its expected target of 11,000 tonnes per year from its Mount Weld mine in Australia and Malaysian plant during the fourth quarter last year, but is also experiencing negative cash flow amid falling prices. China is due to lift export taxes on rare earths in May, which could add further pressure on prices. Autor(es): Frik Els Fonte: Mining.com Data: 10/02/2015 BANCOS CENTRAIS AMPLIAM COMPRA DE OURO Os bancos centrais ao redor do mundo foram grandes demandantes de ouro pelo segundo ano consecutivo. De acordo com a consultoria World Gold Council (WGC), as autoridades monetárias somaram 477 toneladas do metal em suas reservas no ano passado, uma alta de 17% sobre as 409 toneladas compradas em 2013. A compra em 2014 foi a segunda maior dos últimos 50 anos, perdendo apenas para as 544 toneladas compradas em 2012. "A diversificação e o fortalecimento das reservas, notadamente outras que não o dólar americano, continuam sendo os vetores a impulsionar essa demanda", diz o estudo da WGC. Mais uma vez a Rússia aparece como o maior comprador, somando 173 toneladas (36% do total comprado pelos BCs) e elevando seus estoques do metal precioso a 1,2 mil toneladas. Destaque também para Cazaquistão e Iraque, que compraram 48 toneladas cada. Na ponta vendedora, o único BC a promover movimento relevante foi o da Ucrânia. O país vendeu 19 toneladas de ouro em 2014, reduzindo suas reservas em 44%. O relatório do WGC não traz dados sobre o comportamento do Banco Central do Brasil, mas os dados disponíveis apontam estabilidade na posição em ouro, que fechou 2014 respondendo por cerca de 1% do total de reservas internacionais do país. As últimas compras relevantes feitas pelo BC brasileiro ocorreram em 2012. O Brasil também não figura entre os 40 países com as maiores reservas de ouro do mundo. A liderança, pelo ranking feito pela WGC utilizando também dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), segue com os EUA, que têm 8,13 mil toneladas (73% de suas reservas internacionais). A Alemanha aparece em segundo lugar, com 3,384 mil de toneladas (68% de suas reservas). Essa forte demanda de ouro pelos BCs em 2014 vai na contramão do mercado do metal como um todo, que observou uma contração de 4%, para 3,924 mil de toneladas no ano passado. Esse é o menor patamar já registrado desde 2009. Segundo a WGC, a demanda por barras e moedas caiu 40%, 1,06 mil toneladas, e isso reflete a forte compra feita em 2013 conforme os preços estavam mais atrativos. Na China, um dos maiores mercados do mundo, a demanda também caiu e segundo a consultoria, além das compras já realizadas em anos anteriores, as ações anticorrupção também parecem impactar a demanda, principalmente pelas barras de baixo peso. O mercado de joias continua firme como maior demandante de ouro do planeta, apesar da queda de 10%, para 2,153 toneladas, vista em 2014. A Índia segue como maior demandante de ouro para joias, com alta de 8% no ano passado, marcando novo recorde 662 toneladas. Autor(es): Eduardo Campos Fonte: Valor Econômico Data: 13/02/2015 DEPRESSÃO DOS METAIS DESENCADEARÁ CRESCIMENTO VERTIGINOSO DE TRANSAÇÕES NO SETOR DE MINERAÇÃO (Bloomberg) - A queda das commodities para seus menores preços em mais de uma década deverá impulsionar um cres- cimento vertiginoso das transações neste ano por gru- pos de private equity com foco na mineração que até agora estiveram esperando o momento para atuar. Um grande número de fundos, dentre eles a X2 Re- sources, liderada pelo ex-CEO da Xstrata Plc Mick Davis, foi fundado no fim de uma década de boom de commodities, arrecadando mais de US$ 12 bilhões nos últimos dois anos, segundo a Bloomberg In- telligence. Até agora, eles gastaram pouco, à espera do momento certo. "Acreditamos que as oportunidades sejam melhores agora do que nos últimos anos, considerando o de- clínio nos mercados de commodities", disse Lloyd Pengilly, que passou quase 30 anos na JPMorgan Chase Co. antes de abrir o fundo de mineração QKR Corp. em 2012, em uma entrevista. "As empresas de private equity têm observado o declínio do mercado, teriam ajustado suas estratégias a isso e procurarão aproveitar as oportunidades". Os fundos gastaram uma pequena parte do dinheiro de que dispunham no ano passado. Em total, foram in- formadas 50 transações por mais de US$ 2 bilhões feitas por interesses privados no setor de mineração , segundo uma análise do escritório de advocacia Berwin Leighton Paisner publicada hoje. O ouro foi a commodity mais popular para quem procurou fazer transações, com um total de 15 transações con- cluídas, seguido pelo carvão para coque, com 6 tran- sações, mostrou a análise. O investimento médio foi de US$ 43,8 milhões. "Este é realmente o momento para sair e realizar aqui- sições", disse Neil Gregson, que administra cerca de US$ 3 bilhões em ações de empresas de recursos naturais na JPMorgan Asset Management em Londres, em entrevista por telefone. "Não espere o pico do ci- clo no jogo, ataque quando as coisas estão em ruí- nas". Relutância fortuita A relutância dos fundos privados a se engajarem em transações demonstrou ser fortuita. O Bloomberg Commodities Index caiu para seu menor valor desde 2002 no mês passado porque os preços do minério de ferro, do carvão, do petróleo e do cobre recuaram. O Bloomberg World Mining Index, com 104 ações, despencou 54 por cento em relação ao pico re- gistrado em 2011. A X2 de Davis arrecadou cerca de US$ 4,8 bilhões de investidores de equity e vem procurando ativos para comprar das maiores companhias mineradoras do mundo, como a Vale SA, a BHP Billiton Ltd. e a An- glo American Plc. Entre seus financistas estão a No- ble Group Ltd., a maior negociante de matérias-primas da Ásia; o fundo de private equity TPG Capital e fundos de riqueza soberana e de pen- sões. A QKR de Pengilly é financiada pelo fundo de ri- queza soberana do Catar e pelo homem mais rico da Polônia, Jan Kulczyk. Eles concluíram sua primeira transação no ano passado, a aquisição da mina de Na- vachab, na Namíbia, da AngloGold Ashanti Ltd. por US$ 110 milhões em julho. O fundo também está considerando realizar um lance de cerca de US$ 1 bi- lhão pela Nevsun Resources Ltd. do Canadá, dis- seram fontes do setor em novembro. Aquisições,compras Onze das transações concluídas no ano passado fo- ram aquisições; 22 foram compras de ativos estratégicos; 14 foram aumentos de participações; e três foram operações de apoio financeiro a equipes de gestão, segundo o BLP. A Appian Capital Advisory LLP, chefiada pelo ex-banqueiro do JPMorgan Michael Scherb, e por Verne Grinstead, arrecadou US$ 375 milhões de in- vestidores há um ano para mirar ativos de mineração. Eles concluíram quatro investimentos até agora, uti- lizando cerca de 25 por cento do fundo, disse Scherb em uma entrevista. Ele pretende utilizar entre 60 por cento e 70 por cento até o fim deste ano. "Este ano vai ser muito, mas muito ativo", disse ele. "Este é um momento fantástico para construir uma mina, porque os custos reais estão caindo e há torres de perfuração e máquinas disponíveis". Título em inglês: 'Metals Slump to Unleash Surge in Private Equity Deals in Mining' Autor(es): Jesse Riseborough e Firat Kayakiran Fonte: Bloomberg Data: 09/02/2015 BOVESPA AVANÇA COM VALE E SIDERÚRGICAS A Bovespa seguiu na contramão dos mercados internacionais e terminou a segundafeira em alta, impulsionada pelas ações da Vale e de siderúrgicas. O mercado local chegou a operar em baixa pela manhã, acompanhando o mau humor externo, provocado por incertezas sobre a Grécia e dados fracos da economia chinesa, mas reagiu à tarde, especialmente após o vencimento de opções sobre ações. A forte queda nas importações da China em janeiro alimentou a expectativa de que o país anuncie em breve estímulos para manter sua economia em ritmo acelerado. Uma sinalização nessa direção veio na semana passada, quando o Banco do Povo da China (PBoC) anunciou corte de 0,50 ponto percentual no compulsório, o primeiro corte em quase três anos. Com isso, a taxa para os grandes bancos passou a ser de 19,5%. A possibilidade de um estímulo chinês colaborou para a alta de ações ligadas a commodities em todo o mundo. Aqui, o movimento foi reforçado pelo avanço do dólar, que chegou a beirar os R$ 2,80. O Ibovespa fechou em alta de 1,21%, aos 49.382 pontos, depois de registrar máxima nos 49.522 pontos (1,50%). O volume financeiro alcançou R$ 7,593 bilhões, o que inclui R$ 1,577 bilhão do exercício de opções sobre ações. No topo do índice ficaram Usiminas PNA (8,75%), CSN ON (8,73%), Vale ON (5,72%), Gerdau PN (4,70%), Vale PNA (4,49%) e Bradespar PN (4,12%). Além da expectativa sobre a China, o diretor da Corretora Mirae, Pablo Spyer, lembra que as empresas de siderurgia e mineração possuem receitas atreladas ao dólar e por isso também se configuram como papéis defensivos frente ao avanço da moeda americana em relação ao real. Só neste mês, o dólar já subiu quase 4%. "E a expectativa é de um dólar ainda mais alto nos próximos meses", afirma. Petrobras PN (1,75%) teve um pregão volátil após a troca de comando na estatal, oscilando mais de 8% entre a máxima e a mínima do dia, mas terminou o pregão em alta, na esteira dos ganhos do petróleo no mercado internacional. Entre as outras ações de maior peso no Ibovespa, Itaú PN (0,62%), Bradesco PN (1,03%) e Ambev ON (1,73%) fecharam no azul. Fora do índice, quem brilhou foi Abril Educação ON (17,86%). A Thunnus Participações, veículo de investimento da Tarpon, fechou acordo com a Abrilpar para adquirir o restante das ações que a holding detinha na Abril Educação. Com a operação, avaliada em R$ 1,309 bilhão, a Thunnus passa a ser a única controladora do grupo. Na ponta negativa do mercado, Qualicorp ON (-4,58%) marcou presença novamente. As ações sofrem desde a semana passada, diante de especulações de que o governo prepara mudanças na regulação dos planos de saúde. Autor(es): Téo Takar e Aline Cury Zampieri Fonte: Valor Econômico Data: 10/02/2015 FUNDOS HEDGE APOSTAM EM ALTA DO OURO NOS EUA O grau de otimismo dos fundos hedge com o ouro é o mais alto em dois anos. Os gestores das carteiras do gênero estão apostando que a atratividade do metal precioso vai aumentar com a desaceleração econômica da Europa e Ásia, o que pode ameaçar o fôlego da recuperação dos Estados Unidos. Especuladores aumentaram suas posições compradas líquidas no metal em 80% neste ano, segundo mostram dados do governo americano. A economia dos EUA cresceu num ritmo mais lento que o previsto no quarto trimestre de 2014 e autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reconheceram os riscos globais à economia do país na reunião de política econômica ocorrida no fim de janeiro. Os preços do ouro tiveram em janeiro a maior alta mensal em três anos. Planejadores econômicos da Europa e Ásia estão contribuindo para esse estímulo, enquanto lutam contra o esfriamento das economias das duas regiões, reforçando o apelo de alternativas a moedas que estão sendo reavaliadas. O crescimento internacional mais fraco aumentou as especulações entre os investidores de que o Fed vai esperar mais tempo para elevar as taxas de juros nos EUA. "Se a economia global estiver realmente ruim e mais notícias pessimistas surgirem, não haverá motivação para o Fed aumentar os juros", disse em 30 de janeiro Marty Leclerc, diretor de investimentos da Barrack Yard Advisors que supervisiona US$ 400 milhões em ativos. "Isso deixará o ouro mais atraente se todos [os países com economia fraca] estiverem desvalorizando as moedas", afirma o gestor. As posições compradas líquidas em ouro aumentaram 15% para 167.693 contratos futuros e de opções na semana encerrada em 27 de janeiro, segundo dados da Commodity Futures Trading Association dos EUA publicados três dias depois. As posições compradas do metal precioso são as maiores desde 2012. Os preços dos contratos futuros subiram 8% no mês passado para US$ 1.279,20 a onça, na Comex de nova York. O índice Bloomberg Commodity Index, que engloba 22 tipos de matérias-primas, caiu 3,3% no dia 30 de janeiro, enquanto o MSCI All-Country World Index de ações recuou 1,6%. Dados divulgados em 30 de janeiro mostram que a economia dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 2,6% no quarto trimestre do ano passado, com as importações crescendo três vezes mais que as exportações. No mesmo dia, o presidente do Fed de San Francisco John Williams disse, em uma entrevista à CNBC, que as autoridades referiram-se aos acontecimentos internacionais mencionados nas declarações de políticas do banco central, para reconhecer o impacto dos acontecimentos externos no crescimento da economia americana. Os ativos de produtos negociados em bolsas de valores atrelados ao ouro tiveram valorização de 4,1% em janeiro, a maior registrada desde julho de 2011. A promessa do Banco Central Europeu (BCE) de disponibilizar € 1,2 trilhão para comprar bônus aumentou a demanda do ativo como reserva de valor. O preço da barra de ouro em euros subiu 16% em janeiro, cerca de duas vezes o ganho do metal em dólares. Mesmo assim, James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, disse em 30 de janeiro que os investidores estão errados em esperar que o banco central americano adie a alta das taxas de juros para além da metade do ano. Os formuladores da política econômica dos Estados Unidos citaram a expansão "sólida" da economia em sua declaração de 28 de janeiro, logo após encontro do comitê de política monetária. Os juros mais altos reduzem a atratividade do ouro porque o metal geralmente oferece aos investidores retornos somente por meio dos ganhos de preço. O preço do ouro caiu 29% nos últimos dois anos enquanto a situação da economia americana melhorou. Nos próximos três meses, as commodities terão ganhos menores que os de ativos como ações, bônus e mercados de crédito, por causa das perdas do petróleo, ouro e cobre, segundo afirmou o Goldman Sachs Group em um relatório divulgado em 27 de janeiro. O metal precioso, na avaliação do banco, deverá cair para US$ 1.175 em 12 meses. "Os juros deverão subir mais cedo, e não mais tarde, o que não é bom para o ouro", destacou Jim Paulsen, principal estrategista de investimentos da Wells Capital Management, de San Francisco, em 30 de janeiro. "Se o Fed está confiante, e outros ganharão confiança, então você não precisa de um ágio de segurança sobre o ouro", avalia o especialista. *(Tradução de Mario Zamarian)* Autor(es): Joseph Deaux Fonte: Bloomberg Data: 10/02/2015 CHINA METALS & MINING January Trade - Copper, iron ore and coal imports fall, steel exports set new record high • China’s preliminary commodities trade data for January fell from December highs, in line with the drop in the broader manufacturing PMI to 49.8 - the first sub-50 reading since Oct 2012. The fall in imports reflected the impact of new commodity import restrictions (coal), and subdued domestic demand in the run up to Chinese New Year. January iron ore imports fell from December’s record high while net finished steel exports continued to rise. We remain bearish on the sector given fragile domestic sentiment and weak macro indicators, staying UW China Coal Energy, Jiangxi Copper and Chalco. On risk reward, China Hongqiao is our preferred metals play. • Copper imports fall, aluminium exports second highest on record. January copper and product imports fell to 415kt (-1% m/m, -23%y/y), reflecting tepid restocking demand. We estimate bonded and SHFE warehouses held 21 days of inventory in January, below trend levels of 26 days. Wire and cable producers representing 1.13 mtpa of capacity reduced operating rates to 65.23% (-13.86 pct pt m/m) due to weak demand and tight cash conditions. Meanwhile, exports of aluminium (unwrought & products) fell to 430kt (-21%m/m, +36%y/y), but remain at the second highest on record. • Bulks – Iron ore and coal imports fall. January iron ore imports fell to 78.8mt (-9% m/m, -9% y/y), versus December's record high of 86.9mt. Net coal imports (including lignite) fell to 16.55mt (-38% m/m, -53% y/y), the lowest since Oct 2011, due to exceptionally strong imports in December as traders imported more ahead of the 1 January 2015 implementation of new coal quality regulations (ash content <30% and sulphur <1.5%). Stripping away this effect, December and January imports averaged 21.7mt (+5% vs November), and we expect FY15 net coal imports to weaken. • Steel – Net finished steel exports break record high again. Net finished steel exports rose to 9.14mt in January (+2% m/m, +69% y/y), setting a new record for the fifth straight month in a row. We note that the pace of this increase appears to be waning (+0.17mt m/m in Jan, vs +0.37mt m/m in Dec), likely due to the removal of the tax rebate on boron-added steel exports and a fall in production ahead of CNY. We expect exports to remain at high levels for the rest of 2015 due to domestic overcapacity and weak local demand (FY14 -2% y/y). • Selective opportunities for when the mood changes. While easing monetary policy may help lift bearish sentiment, we expect underlying real demand to remain weak through 1Q15. Lead indicators (PMI, floor space starts) also point to a soft 2Q. With preliminary profit alerts pointing to 4Q miss and weak commodity prices suggesting a soft 1Q, remain bearish on the China metals and mining sector. Within the sector, we see attractive risk-reward in China Hongqiao (1378). Fonte: J.P.Morgan Data: 09/02/2015 MINERADORAS FECHAM VAGAS O desaquecimento da economia e a forte queda das cotações do minério de ferro no mercado internacional resultaram no corte de centenas de postos de trabalho em Minas Gerais. Com o pé no freio, empresas suspendem projetos e investimentos futuros. O resultado é a dispensa de mais de mil empregados nas principais mineradoras do estado nos últimos meses, de acordo com sindicatos de trabalhadores. Para evitar a caracterização de demissão em massa, algumas empresas fazem os desligamentos a conta-gotas. Em Congonhas, a LGA Mineração cortou mais da metade das vagas. Apenas 45 dos 100 empregados permaneceram, segundo o Sindicato Metabase Inconfidentes, representante dos trabalhadores das cidades de Congonhas, Ouro Preto e Belo Vale. O diretor da entidade, Ivan Targino, acrescentou que, na mesma região, a CSN anunciou na segunda-feira a dispensa de 200 trabalhadores. O sindicato vai impetrar medida cautelar para que a CSN aponte os motivos econômicos de uma demissão em massa, como foi classificada pela entidade. A companhia teria suspendido parte do plano de investimento futuro, o que resultou no corte de quase 50 pessoas na gerência de expansão. Além desses, 157 foram demitidos na CGPAR, prestadora de serviço ligada à CSN. O total, no entanto, já supera 500, segundo Targino, e novos desligamentos devem ser feitos depois do carnaval. "É um cenário que tende a se aprofundar", afirma o sindicalista. Depois de ter atingido valores recordes entre 2010 e 2012 (acima de US$ 170), o preço da tonelada do minério de ferro tem oscilado ao redor de US$ 60 nos últimos meses. A forte retração na cotação deve-se principalmente à queda da demanda da China. Principal fornecedora do produto ao mercado chinês, a Vale já formalizou 25 demissões desde o início do ano na região de Itabira, 255 em Belo Horizonte e 226 em Mariana. Autor(es): Pedro Rocha Franco Fonte: Correio Braziliense Data: 13/02/2015 VALE APRESENTA PLANO DE AÇÕES PARA REDUZIR CONSUMO DE ÁGUA EM TUBARÃO A Vale apresentou ao governo do Espírito Santo, no dia 30 de janeiro, um plano de ações voltado a reduzir ainda mais o uso de água em suas operações no Complexo de Tubarão, em Vitória (ES). As iniciativas, que envolvem medidas emergenciais e de curto prazo, irão possibilitar uma redução total de até 40% no consumo de água da concessionária por parte da empresa. Entre 1996 e 2014, a mineradora já reduziu cerca de 74% do consumo de água em Tubarão, economizando 368.762 metros cúbicos por mês, por meio de medidas de otimização do uso. O volume é suficiente para abastecer diariamente uma cidade com até 61.460 habitantes. De acordo com a mineradora, entre as ações emergenciais, estão previstas a paralisação temporária das atividades da planta de hidratação de cal, novas ações voltadas à redução do consumo de água nas atividades operacionais e a captação de água de fontes alternativas, como a instalação de novos poços subterrâneos no Complexo de Tubarão. A Vale pretende ainda disponibilizar uma equipe técnica para “estudar soluções de engenharia que venham a beneficiar o Estado como um todo”, segundo afirma nota publicada no website da companhia nesta sexta-feira (6). Essas medidas irão se somar a outras já adotadas pela Vale. Desde a década de 1980, a empresa busca otimizar o uso de água, tanto por meio da redução do consumo, quanto pelo reaproveitamento de seus efluentes e da água utilizada em seus processos produtivos, atualmente com índice de reúso de 81%. Segundo a mineradora, o consumo de água nova das usinas para produzir 1 tonelada de pelota caiu de 380 litros, na década de 1990, para 93 litros hoje. Segundo a Vale, os efluentes do pátio de carvão também são reutilizados na estação de tratamento denominada ETE Sul. Em 2014, o volume reaproveitado foi da ordem de 486.460 metros cúbicos, o que corresponde a cerca de 89% do volume tratado no local. Já a água utilizada nas oficinas do Complexo de Tubarão é tratada na Estação de Tratamento Efluentes Oleaginosos (ETEO) e 100% reutilizada na umectação de vias e limpeza de equipamentos. De acordo com a mineradora, o volume corresponde a 14.461 metros cúbicos. Fonte: Notícias de Mineração Data: 06/02/2015 SOB FOGO CRUZADO Dos 39 ministérios do governo federal, talvez apenas o da Fazenda, ocupado por Joaquim Levy, se encontre em situação mais complicada que o de Minas e Energia, onde foi empossado em 02 de janeiro último o paraense Carlos Eduardo de Souza Braga. Um escândalo de corrupção – o maior da história do País até o momento –, uma crise de recursos financeiros e naturais no setor de energia elétrica e a paralisia do setor mineral, à espera de seu novo marco regulatório, são a principal herança legada pelo ocupante da pasta desde 2008, o também senador pelo PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro), Edison Lobão a seu sucessor. Aos 54 anos completados em 6 de dezembro de 2014, Braga é engenheiro elétrico formado pela Universidade Federal do Amazonas. Iniciou sua carreira política aos 21 anos, como vereador por Manaus (AM) e cinco anos depois, em 1986, tornouse deputado estadual. Em 1990, elegeu-se deputado estadual e, em 1992, viceprefeito, assumindo a prefeitura da capital manauara em 1994. Em 1996, ao deixar o cargo, voltou a dirigir sua rede de concessionárias Renault em quatro estados da Região Norte do Brasil. Em 2002, foi eleito no primeiro turno como governador do Amazonas, sendo reeleito em 2006. Licenciou-se em 2010 para disputar o Senado onde, desde 2012, foi líder do governo Dilma Roussef. O atual ministro do MME é militante ativo de causas ambientais. Além de coordenador do PMDB Socioambiental, foi criador, em suas gestões públicas do Prosamim – Programa Socioambiental dos Igarapés de Manaus –, do Programa Bolsa Floresta e da Fundação Amazonas Sustentável. É de sua autoria, ainda, a primeira Lei sobre Mudanças Climáticas e Conservação Ambiental do Brasil. Em seu discurso de posse como ministro destacou que /“/na área de geologia, mineração e transformação mineral, estaremos atentos à tramitação no Congresso do projeto de lei que trata da nova legislação do Setor Mineral Brasileiro.” Acrescentou ser tarefa do MME “elaborar as minutas de decreto que tratarão da regulamentação da nova lei” do Marco Regulatório da Mineração (MRM) e comprometeu-se a trabalhar “na revisão do Plano Nacional de Mineração, o PNM 2030, e nos estudos de viabilidade de implantação das Zonas de Processamento e Transformação Mineral”. Em entrevista a jornalistas, admitiu que o atraso na aprovação do MRM//permitirá à pasta “redesenhar, diante de uma nova conjuntura internacional, algumas áreas do código de mineração”. Contexto Como lembra Elmer Prata Salomão, presidente da ABPM (Associação Brasileira de Pesquisa Mineral), as referências do novo ministro à mineração somaram exatas oito linhas em um discurso de posse de nada menos que oito páginas. Compreende-se: historicamente, em particular na gestão anterior à de Braga, o setor nunca foi prioridade do MME e, atualmente, perde ainda mais espaço para problemas de maior gravidade e urgência. Sua nomeação, no entanto, é vista com bons olhos por Salomão. “Por ser empresário, penso que o novo ministro tem mais sensibilidade para buscar o diálogo com o setor mineral de modo a corrigir o enorme desacerto provocado pelas medidas do último governo, que paralisaram o DNPM e a exploração mineral no País. Espero também que ele tenha liberdade para compor as equipes de segundo e terceiro escalões com técnicos qualificados e comprometidos com o crescimento e valorização da mineração no Brasil. E, finalmente, que o MME, sob sua direção, retome o protagonismo no cenário da mineração”, avalia o dirigente da ABPM. Segundo ele, a posição da entidade é favorável à retirada do Projeto de Lei n° 5.807/13, que trata do novo MRM, do Congresso Nacional, e de sua substituição por um conjunto de projetos que busque a atualização do setor mineral de modo ordenado e ajustado no tempo. “Ou seja: que promova a criação da Agência Nacional de Mineração de acordo com um cronograma que permita sua implantação e adequada estruturação para desempenhar suas tarefas. Que, ao par desse processo, sejam discutidas as alterações necessárias no atual Código de Mineração, que não precisa ser revogado e que, durante sua revisão, a lei seja cumprida em sua plenitude. E, que a proposta de ajuste da CFEM considere o atual declínio de preços das commodities minerais, em especial do minério de ferro”. Para o geólogo, tributar o faturamento bruto das mineradoras em 4%, conforme proposto pelo PL n° 5.807/13, significará uma perda irrecuperável da produtividade do setor, o fechamento de minas, desemprego e redução da produção. “Minas fechadas não pagam royalties”, lembra. A ABPM já tem pronta uma “Agenda para o Setor Mineral”, que será encaminhada ao novo ministro. Entre outras proposições, o trabalho recomenda a vinculação do DNPM (Departamento Nacional da Produção Mineral) ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio). “A associação entre a mineração e a energia vem do período em que a principal fonte energética do mundo era o carvão. Ao invés de falar em política mineral com o MME, vamos construir nossa inserção na política industrial e de exportação”, justifica Salomão. Mesmo descrente de que uma mudança tão radical ocorra no atual governo, o geólogo acredita que a proposta estimule o debate da mineração como indústria e promova uma pauta conjunta entre o MME, o MDIC, o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o próprio MF (Ministério da Fazenda). “Dessa forma, espaços se abrirão para a adequação tributária, para a agregação de valor aos minerais aproveitados no Brasil e para a criação de mecanismos de estímulo à exploração, única forma de atrair capitais de risco e de diversificar nossa atual matriz mineral, fortemente concentrada no minério de ferro”, destaca. Autor(es): Tébis Oliveira Fonte: In The Mine Data: nº 54 - 09/02/2015 MINERADORA DEVOLVE ÁREAS DE OURO DEVIDO À DIFICULDADE NA OBTENÇÃO DE LICENÇAS A Minerax Mineração e Participações, companhia com sede em Belo Horizonte (MG), desistiu de 13 requerimentos de pesquisa para exploração de ouro no Amazonas, conforme publicado no Diário Oficial da União da última terça-feira (3). De acordo com Sidmar Sasdeli, diretor da empresa, a demora na emissão alvarás por parte do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) afastou os investidores, fazendo com que a Minerax desistisse dos processos. “Foram três fatores que nos fizeram desistir: a burocracia inviável na emissão de documentos, a situação econômica duvidosa do Brasil e, a partir dessas duas coisas, a ausência do investidor. Desde 2012 o investidor sumiu, porque há uma demora absurda para obter os alvarás”, disse Sasdeli por telefone ao NMB. O diretor da empresa disse que o novo marco regulatório criou um cenário de instabilidade jurídica no país, dificultando a atração de investidores. O ativo que a empresa esteve mais perto de desenvolver, segundo Sasdeli, é o projeto de ouro Humaitá, no Amazonas. A área tinha potencial para um projeto integrado com bauxita e ilmenita. “O ouro que nós estamos buscando é invisível, na verdade. Mas tínhamos bons números, ocorrências e afloramentos interessantes e até mesmo potencial para vender areia como coproduto. Um profissional de uma entidade importante do setor esteve no projeto, avaliou a área e nos incentivou a desenvolver. Infelizmente, o investidor foi embora, inibido por essa burocracia do país”, afirmou o diretor da Minerax. Sasdeli disse que a empresa tinha conseguido reunir um número satisfatório de fundos de investidores estrangeiros para avançar com seus projetos. No entanto, segundo o diretor, os investidores desanimaram devido às dificuldades com a obtenção da documentação necessária. “O DNPM, que era um órgão fomentador, se tornou um órgão arrecadador. Há uma burocracia que inibe o investidor e dificulta a vida de quem quer desenvolver”, disse. Segundo Sasdeli, o único ativo da empresa que ainda possui potencial para atrair investidores é um projeto de cobre próximo de Saudade do Iguaçu e Sulina, municípios do Paraná. “A Minerax tinha tudo para ser grande. Agora, eu não sei qual vai ser o futuro dela”, disse. A companhia gastou cerca de R$ 1,5 milhão apenas com a Taxa Anual por Hectare (TAH), de acordo com Sasdeli. A Minerax vai se desfazer das áreas de ouro e ferro que possui e manter os direitos minerários para explorar manganês em Aripuanã (MT). Segundo o diretor, nessa região a Minerax possui um empreendimento com Guias de Utilização para teste comercial. A empresa precisa de um total de dez GUs para poder vender seu produto. A expectativa da Minerax é produzir 60 mil toneladas por ano de manganês. Os direitos do projeto de manganês da Minerax pertencem à subsidiária Davos Comercial e Exploração Mineral, que possui cinco processos junto ao DNPM para manganês e um para ouro, todos em fase de autorização de pesquisa. A Minerax foi criada em 2007, mas entrou em atividade, no que diz respeito a registro de áreas e estudos, em 2010. Segundo dados do Jazida.com, a companhia possui 100 direitos minerários junto ao DNPM para cobre, ferro e ouro em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Amazonas, todos em fase de requerimento de pesquisa. Autor(es): Fernando Osorio Fonte: Notícias de Mineração Data: 09/02/2015 PARANAPANEMA VÊ ANO DE 2015 O ano de 2015 será desafiador para a indústria de cobre no Brasil, já que o setor tem entre seus principais mercados a infraestrutura, que não tem perspectivas de forte crescimento de demanda no ano. A avaliação é do presidente da Paranapanema, Christophe Akli. "O ano será definitivamente desafiador no setor do cobre no Brasil. Cerca de 60% da produção vai para fios e cabos. Parte disso vai para plataformas de petróleo e parte para construção." Akli diz que Paranapanema tem trabalhado para elevar suas vendas no mercado interno, onde vende produtos com maior valor agregado, mas que vai buscar oportunidades no exterior. O executivo acredita que a desvalorização do real em relação ao dólar e o aumento do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) para 3% vão ajudar a Paranapanema a melhorar suas exportações. No ano passado, o governo elevou de 0,3% para 3% a alíquota do Reintegra, que permite que exportadoras recebam de volta parte de contribuições ao PIS/Pasep e à Cofins. Akli afirma ainda que espera um primeiro trimestre de incertezas no Brasil e que a empresa deve comercializar na exportação o que não conseguir vender no país. "Nesta semana, nossa equipe comercial está indo para os Estados Unidos. Com o dólar no patamar atual, temos oportunidade, nos tornamos mais competitivos." A Paranapanema divulgou seu balanço referente ao quarto trimestre na terça-feira. A empresa reportou melhora de lucro líquido, com melhores resultados financeiros por causa de arbitragem de caixa com juros, resultados de derivativos e impacto de alguns tipos de hedge na conta financeira. "Temos cerca de R$ 1 bilhão aplicado a uma taxa próxima do CDI", afirma. Akli destaca também como positiva a melhora do fluxo de caixa livre da companhia, que ficou positivo em R$ 604 milhões. A receita líquida da companhia caiu 22% no quarto trimestre, para R$ 1,31 bilhão, puxada por recuo de 32% nas vendas ao mercado externo, que somaram R$ 602 milhões. As vendas internas também recuaram 11%, para R$ 684 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) avançou 85% na base anual, para R$ 90,7 milhões. Já o Ebitda ajustado avançou 52%, somando R$ 119,6 milhões. Autor(es): Olivia Alonso Fonte: Valor Econômico Data: 12/02/2015 Novo Marco da Mineração Série do programa Encontros com consultores legislativos do Senado Federal, analisando temas que fazem parte de proposições em pauta no Congresso Nacional. Nesta entrevista, Luiz Alberto Bustamante fala do marco legal da mineração. https://www.youtube.com/watch?v=OlWh2cpjzMQ