T U C A N O
DIÁRIO
I N F O R M AT I V O
D A S
BA N C A D A S
D O
P S D B
N A
C Â M A R A
E
N O
S E N A D O
N º 637, Q U A R T A – F E I R A , 19 D E A B R I L D E 2 0 0 6
Tucanos: B
astos age como adv
ogado do go
no
Bastos
advogado
govver
erno
LDO 2007: governo quer
gastar sem pedir autorização
Página 2
Graziano critica descaso da
gestão do PT com a agricultura
Página 3
Parlamentares do PSDB vão cobrar
explicações de Márcio Thomaz Bastos sobre sua
atuação suspeita ao longo do governo Lula: além
de ocupar o cargo de ministro da Justiça – o mais
tradicional da República – não faltaram situações
nas quais agiu como típico advogado da atual
gestão, de amigos do Partido dos Trabalhadores ou
de ministros de Estado envolvidos em algum delito.
POSTURA CONDENÁVEL – Bastos comparecerá à Comissão de Constituição e Justiça da
Câmara amanhã, às 10h. O “ministro-advogado do
Planalto” terá que esclarecer não somente sua
participação pessoal no episódio da quebra de sigilo
do caseiro Francenildo Costa, mas também se defender da acusação de que tentou esconder a atuação
do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e do expresidente da Caixa Jorge Mattoso no episódio, pivô
da mais recente crise política do governo.
Para os tucanos, Bastos agiu de forma
totalmente incompatível com o cargo que ocupa.
“Ele participou de um dos atos mais graves das
últimas décadas. Nos surpreende que alguém com
a biografia do porte de Bastos tenha atuado para
traçar uma estratégia visando livrar os personagens
envolvidos na quebra de sigilo”, afirmou o deputado
eldman (SP)
Walter F
(SP). Segundo ele, o governo Lula
Feldman
é o principal cliente do advogado criminalista
Márcio Thomaz Bastos, o que torna “inaceitável” a
permanência dele no cargo.
Já o líder do PSDB na Câmara, Jutahy Junior
(BA)
(BA), quer detalhes sobre a participação suspeita
do ministro na operação montada pelo governo
Lula para desacreditar Francenildo. “Vale lembrar,
por exemplo, que o sigilo foi quebrado enquanto
o caseiro estava nas dependências da Polícia Federal, órgão subordinado ao Ministério da
Justiça”, citou.
Bastos terá muito o que explicar na Câmara.
Em 23 de março – quando já era clara a participação
de Mattoso e Palocci na quebra de sigilo do caseiro
–o ministro da Justiça levou à residência do então
colega de Esplanada o criminalista Arnaldo
Malheiros para supostamente acertar a estratégia
de defesa a ser adotada.
Uma semana antes dessa reunião, dois
assessores próximos a Bastos discutiram com Palocci
a possibilidade de a Polícia Federal investigar
Francenildo, pois o então ministro da Fazenda tinha
informações de que ocorreu“movimentação atípica”
na conta bancária do caseiro.
Essa foi apenas uma das diversas
operações em que Thomaz Bastos agiu como
advogado da gestão petista. Sempre que
estourou um escândalo no governo Lula, o
ministro da Justiça foi acionado para elaborar tese
jurídica capaz de amenizar os delitos cometidos
ou indicar advogados dispostos a defender os
acusados. Entre outras atuações incompatíveis
com a sua pasta, Bastos ajudou na defesa de
petistas integrantes da quadrilha do mensalão,
como Delúbio Soares e José Dirceu.
n Leia mais no site
Alckmin defende aprovação de ampla reforma política
Fuga de compadre de Lula em
CPI sinaliza confissão de culpa
Página 4
Sérgio Guerra condena tática
petista em programas de TV
Página 4
O pré-candidato do PSDB à Presidência da
República, Geraldo Alckmin, defendeu, ontem à
noite, a aprovação de uma ampla reforma
política a partir de 2007, quando terá início a
próxima Legislatura do Congresso Nacional.
“Precisamos modificar o sistema político e
criar um regime de fidelidade partidária. É por
meio dessas mudanças que teremos um país
com melhores condições de governabilidade”,
explicou o tucano, durante jantar de
confraternização com a bancada do PFL, na
residência do deputado Osório Adriano (PFL-DF).
PATRIMONIALISMO – Para Alckmin, “os
pefelistas deram uma grande contribuição à
vida política do país ao lutar nesses últimos
três anos contra o governo patrimonialista do
presidente Lula”. O ex-governador de São
Paulo também condenou a desarticulação do
governo petista, que acaba de enviar ao
Parlamento a Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO) para 2007.
“O governo do presidente Lula, na verdade,
não administra mais o país. Está apenas
sobrevivendo à crise. Estamos vivendo um
cenário de fim de mandato desde o ano
passado”, apontou Alckmin. Nesta quartafeira, o tucano terá um dia com agenda intensa
em Brasília. Ele participa de reuniões de
trabalho na sede da Executiva Nacional e deve
conceder entrevista coletiva às 14h30.
e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br
DIÁRIO TUCANO n 19 de abril de 2006
Tucanos se reúnem com
representantes empresariais
O líder do PSDB na Câmara,
Jutahy Junior (BA)
(BA), e o deputado
Luiz Carlos Hauly (PR) se
reuniram ontem à noite com o
presidente da Confederação
Nacional da Indústria, Armando
Monteiro Neto, e com dirigentes
de entidades ligadas ao comércio e
a micro e pequenas empresas. O
assunto foi a aprovação da Lei
Geral das Micro e Pequenas
Empresas. Apesar de pronta há
meses, o governo não tem
garantido acordo para aprovar a
matéria. O líder, autor da proposta
relatada por Hauly na comissão
especial, ressaltou que o PSDB
unirá esforços para a aprovação
do SuperSimples. “Faremos o
possível pela aprovação. O projeto
é um avanço”, destacou.
n Leia mais no site
CCJ derruba pedido de
aposentadoria de Janene
Com apoio do PSDB, a Comissão
de Constituição e Justiça da
Câmara aprovou ontem parecer
do deputado Antonio Carlos
Biscaia (PT-RJ) que recomenda à
Mesa a interrupção do processo
de aposentadoria por invalidez
pedido pelo deputado José Janene
(PP-PR). Com a decisão, o
mensaleiro deve enfrentar o
julgamento do Conselho de Ética.
“Era absolutamente incabível
tentar se extinguir um processo
disciplinar grave por meio de
aposentadoria”, afirmou o
deputado Zenaldo Coutinho
(P
A)
(PA)
A). Para o deputado João
Almeida (BA)
(BA), a pressão da
sociedade permitiu que quase
todos os partidos, por
aclamação, aprovassem a
continuidade do processo.
n Leia mais no site
2
Após acordo, Congresso aprova o Orçamento de 2006
O Congresso Nacional aprovou ontem à
noite a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2006,
após o governo ter concordado em atender três
demandas da oposição. Uma delas foi a
destinação de verbas para a construção do
gasoduto Coari-Manaus pela Petrobras. Ao todo,
a obra tem custo estimado de cerca de R$ 1,5
bilhão. O principal defensor do tema foi o líder do
thur V ir
gílio (AM)
PSDB no Senado, Ar
Arthur
irgílio
(AM).
OBRA ESTRA
TÉGICA – Foram destinados
ESTRATÉGICA
cerca de R$ 100 milhões para o gasoduto, iniciativa
que o tucano considera a “reparação de uma
injustiça” com o estado do Amazonas, já que a
obra é estratégica para a região. “Com essa obra,
poderemos mudar a face de uma região
desalentada. Além disso, vamos trocar a energia
poluidora do diesel pela energia verde do gás
natural”, sublinhou o líder, durante a sessão que
aprovou a peça orçamentária.
Virgílio ressaltou também que a votação
do Orçamento pelos parlamentares impediu
o que ele chamou de agressão aos poderes do
Parlamento, com a edição da medida
provisória que liberaria RS 24 bilhões para
investimentos, a chamada “MP Jumbão”.
Além de garantir a construção do gasoduto, o
Planalto destinou verbas para um projeto de
irrigação na região de Irecê, na Bahia, e aceitou
discutir repasses do BNDES para a construção
de uma ponte em Sergipe.
A LOA garante ainda mais R$ 500 milhões –
além dos R$ 3,4 bilhões já previstos na matéria –
relativos à compensação aos estados exportadores
pelas perdas decorrentes da Lei Kandir.
LDO 2007: governo Lula quer gastar sem autorização
Após atrasar a votação do Orçamento de 2006, o
governo Lula já cria nova polêmica envolvendo a matéria.
O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de
2007, enviado ontem ao Congresso, inclui um dispositivo
que permite ao governo gastar os recursos previstos se o
Parlamento não aprovar a Lei OrçamentáriaAnual (LOA)
até 31 de dezembro de 2006.
DITADURA – O líder do PSDB no Senado, Arthur
Virgílio (AM), condenou taxativamente a proposta
do governo. “O Congresso não pode ter suas
prerrogativas limitadas por uma truculência de outro
poder”, assinalou. Para o tucano, estabelecer a figura
do decurso de prazo em matéria de Orçamento
equivale a fechar o Legislativo. “Historicamente a
principal função de um Parlamento é justamente a de
votar a lei orçamentária”, argumentou.
Na avaliação do deputado Julio Semeghini (SP), o
governo Lula tenta passar por cima do Legislativo.“Tendo
maioria na comissão, o governo pode obstruir a votação
do Orçamento e impor o texto que quiser. Enquanto isso,
gasta os recursos como bem entender”, condenou.
Para o deputado Bismarck Maia (CE), a idéia de
permitir o gasto de recursos públicos sem aprovação
do Orçamento é “uma afronta ao Congresso”. “É
inaceitável que o Legislativo perca sua característica e
seu direito de tratar sobre aquilo que é mais importante
na República: o Orçamento”, defendeu.
n Leia mais no site
Conselho de Ética arquiva processo contra Onyx Lorenzoni
O deputado Z enaldo C
Coutinho
(PA
outinho (P
A)
considerou “ridícula” a representação do PT no
Conselho de Ética pedindo a cassação do
deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) por suposto
vazamento de informações sigilosas da CPI dos
Correios. “Além de tentar silenciar instituições
como o Ministério Público, agora o PT tenta calar
os parlamentares”, apontou. O colegiado aprovou
ontem, por unanimidade, o arquivamento do
processo contra Onyx.
ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA – O relator,
deputado José Carlos Araújo (PL-BA),
argumentou que as denúncias feitas pelo
pefelista na imprensa eram de conhecimento
público. “As decisões do PT são marcadas pelo
viés político e pela inspiração chavista”,
defendeu o tucano. Araújo pediu também em seu
parecer a investigação de uma possível prática
de crime de falsidade ideológica pelo PT na
primeira representação contra Onyx,
apresentada em outubro do ano passado, visto
que a assinatura do então presidente do partido,
Tarso Genro, era falsa.
Zenaldo avaliou que a prática criminosa já
se tornou comum entre os petistas. “Como
destacou o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, o PT armou uma
organização criminosa”, denunciou. O deputado
criticou ainda a ausência de integrantes petistas
do Conselho de Ética durante a votação de
ontem. “Eles não vieram nem ao menos sustentar
a representação”, enfatizou.
D I Á R I O T U C A N O Informativo das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado
Câmara dos Deputados - Anexo II, sala 130 CEP 70160-900 Brasília (DF) Telefone: (61) 3215 9351 Fax: (61) 3 215 9350
Líder da bancada na Câmara: deputado Jutahy Junior (BA) Líder da bancada no Senado: senador Arthur Virgílio (AM) Presidente do PSDB: senador Tasso
Jereissati (CE) Secretário-geral: deputado Eduardo Paes (RJ) Presidente do Instituto Teotônio Vilela: deputado Sebastião Madeira (MA)
Coordenadora de Comunicação: Soraya de Alencar Editor: Marcos Côrtes Coordenador de redação: Marcus Achiles
Diagramadores: Marco Caetano e Xico Maia Produção: Bia Ramos, Eliane de Oliveira e Fernanda Azevedo Repórteres: Adelciano Alexandre, Ana C. Silva,
Ana Paula Luz, Bruno Santa Maria, Karina Barbosa, Narciso Portela e Thais Antonelli A equipe do Diário Tucano é responsável pelo site Fotos: Paula Sholl
e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br
DIÁRIO TUCANO n 19 de abril de 2006
3
n SEMINÁRIO RENOVAR IDÉIAS: O FUTURO DA AGROPECUÁRIA NO BRASIL n
Xico Graziano critica descaso do governo com a agricultura
O arranjo administrativo do governo Lula
criou estruturas sobrepostas e concorrentes
para tratar de agricultura, o que tem sido
responsável por vários problemas no campo. A
avaliação foi apresentada pelo deputado Xico
Graziano (SP) durante o seminário Renovar
Idéias: o futuro da agropecuária no Brasil,
promovido na última segunda-feira em Cuiabá,
em parceria da Executiva Nacional do PSDB
com o Instituto Teotônio Vilela (IT V ).
“Atualmente, temos dois ministérios concorrentes. Um trata da agricultura familiar e outro do
agronegócio”, observou, ao se referir às pastas
da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
DEMAGOGIA – Na avaliação do tucano, o
governo petista tem utilizado os pequenos
produtores para fazer políticas demagógicas,
relegando o agronegócio ao segundo plano. “Não
podemos deixar que isso contamine nossas
propostas”, alertou. “Os atuais assentamentos
rurais são verdadeiras tragédias”, observou
Graziano, que condenou, por exemplo, a falta de
recursos federais para políticas de defesa sanitária.
Durante o governo Lula, titulares do
primeiro escalão entraram em conflito diversas
vezes. Antes de deixar o ministério do
Desenvolvimento Agrário para concorrer ao
governo do Rio Grande do Sul, o petista Miguel
Rosseto se desentendeu com o ministro da
Agricultura, Roberto Rodrigues, sobre a mudança
nos índices de produtividade para fins de
desapropriação para a reforma agrária.
No ano passado, Rodrigues também entrou
em rota de colisão com o então ministro da
Fazenda, Antonio Palocci, sobre a falta de recursos
para a contenção do avanço da febre aftosa no país.
“Não podemos deixar que isso comprometa nosso
potencial agrícola”, afirmou. “A agricultura precisa
de coordenação e políticas integradas e nãoconflitantes”, defendeu.
Economista defende criação de seguro para o setor
O economista Alexandre Mendonça de Barros,
da consultoria MB Associados, defendeu a criação
de um seguro agrícola eficiente para amenizar os
impactos de eventuais quebras de safra e
flutuações nos preços das commodities no
mercado internacional. “No entanto, antes disso
o país precisa estruturar uma agência reguladora
eficiente para o setor e realizar amplas campanhas
de esclarecimento”, ponderou.
PROTEÇÃO – Mendonça de Barros foi um
dos palestrantes do seminário Renovar Idéias: o
futuro da agropecuária no Brasil, promovido em
Cuiabá em parceria da Executiva Nacional do
PSDB e com o Instituto Teotônio Vilela (ITV). “O
agronegócio no país é intensivo em capital
humano e tecnologia, além de ter cadeias
produtivas complexas. Dessa forma, mecanismos
de proteção são essenciais”, destacou.
De acordo com o economista, o setor
enfrenta problemas microeconômicos, como a
febre aftosa, que prejudica exportações de
carne bovina desde o ano passado, além da
ameaça da gripe aviária asiática, que pode
produzir efeitos danosos em função da falta
de investimento do governo federal em
políticas de controle sanitário.
Contudo, Mendonça de Barros destacou que
atualmente um dos principais problemas para o
agronegócio é de ordem macroeconômica: o
câmbio valorizado, que afeta a economia como
um todo. Desde o final de 2004, o dólar perdeu
cerca de 30% do seu valor em relação ao real.
Marcos Jank cobra investimentos na proteção de fronteiras
O presidente do Instituto de Estudos do
Comércio e Negociações Internacionais (Icone),
Marcos Jank, defendeu que a maior parte dos
recursos do Ministério da Agricultura seja investida
no controle das fronteiras do país para evitar
problemas como o retorno de focos de febre aftosa,
a exemplo do ocorrido em Mato Grosso do Sul e no
Paraná ano passado.
INFRA-ESTRUTURA – “O Orçamento da
agricultura é de apenas 1% do total do governo e,
mesmo assim, é mal utilizado”, criticou, ao
participar do seminário Renovar Idéias: o futuro da
agropecuária no Brasil. O surto de febre aftosa
prejudicou exportações de carne bovina e a ameaça
agora é a gripe aviária asiática, com idêntico efeito
na avicultura. Na perspectiva de Jank, a falta de
ação articulada do governo e os fundamentos
da economia, sobretudo o câmbio e juros altos,
são os principais problemas dos agricultores
brasileiros. “Estamos desperdiçando uma
grande oportunidade para melhorarmos o
desempenho”, apontou.
Jank também destacou os problemas de
infra-estrutura e o avanço de barreiras nãosanitárias em determinados mercados como outros
gargalos a serem superados pelos produtores
nacionais. Ele ressaltou ainda que o país precisa
continuar a luta diplomática na Organização
Mundial do Comércio (OMC) para obter uma
liberalização realmente ambiciosa dos mercados.
e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br
N
Ú M E R O S
80%
Foi, segundo o Instituto
Brasileiro de Análises
Sociais e Econômicas, a
queda nos desembolsos de
microcrédito do BNDES no
governo Lula. Em 2002,
último ano do governo
Fernando Henrique
Henrique, R$
12,1 milhões foram
destinados ao crédito para
micro e pequenas
empresas. Em 2005, esse
número caiu para
minguados R$ 2,3 milhões.
9
Estados enfrentam saques,
invasões e depredação
empreendidos pelo MST.
Desta vez, a justificativa
para a onda de vandalismo
são os 10 anos da morte de
19 sem-terra em Eldorado
dos Carajás (PA). Somente
anteontem, 10 fazendas
foram ocupadas no Pontal
do Paranapenema,
em São Paulo.
31%
Foi, segundo o site Contas
Abertas, a redução dos
gastos do governo petista
com desporto e lazer em
2005, em comparação ao
último ano do governo
Fernando Henrique
Henrique. A
gestão tucana investiu no
setor R$ 289 milhões em
2002. Esses valores caíram
para R$ 199 milhões em
2005. Em todo o mandato
de Lula, as aplicações com
desporto não atingiram
sequer o montante
desembolsado por FH nos
últimos dois anos de sua
gestão, mesmo
considerando as despesas
com os jogos
Pan-Americanos.
DIÁRIO TUCANO n 19 de abril de 2006
Aprovado empréstimo do
Bird para Minas Gerais
O plenário do Senado
aprovou ontem empréstimo
de US$ 170 milhões do Banco
Mundial (Bird) para apoio a
políticas de desenvolvimento
do governo de Minas Gerais.
No mesmo dia, a Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE)
já havia se posicionado
favoravelmente à matéria. Na
avaliação do senador
Eduardo Azeredo (MG)
(MG), a
operação sinaliza o
reconhecimento da
instituição ao esforço fiscal
realizado durante a gestão do
governador Aécio Neves
Neves. “Os
recursos serão fundamentais
sobretudo para os programas
sociais do governo de Minas”,
destacou Azeredo. De acordo
com a direção do Bird, o
governo mineiro tem se
destacado na promoção do
“equilíbrio fiscal e da
eficiência do setor público”.
Deputadoscondenam apoio
oficial a invasões do MST
Parlamentares do PSDB
protestaram contra o apoio
do secretário de Direitos
Humanos, Paulo Vanushi, às
invasões promovidas pelo
MST. Anteontem, durante
ato em Eldorado dos Carajás
(PA), ele afirmou que o MST é
“mal compreendido e tem
compromisso com as leis e
com a democracia”.
Curiosamente, no mesmo dia
o movimento promoveu
saques, invasões e fechou
estradas em nove estados.
“Vanushi está sendo
conivente com o
comportamento dos sem
terra, que não respeitam a
propriedade privada e
destroem laboratórios”,criticou
o deputado Zenaldo Coutinho
(P
A)
A).“O MST nasceu como um
(PA)
movimento social, mas hoje se
transformou em mero
banditismo rural”,afirmou o
SP
SP)).
deputado Xico Graziano ((SP
4
PT distorce dados em rádio e TV para atacar Alckmin
O coordenador da campanha do précandidato Geraldo Alckmin à Presidência,
senador Sérgio Guerra (PE)
(PE), disse ontem que a
tática escolhida pelo PT para atacar o exgovernador de São Paulo se baseia em conteúdo
falso. Desde ontem o partido começou a veicular
20 propagandas gratuitas de 30 segundos cada,
com o slogan: Quem fez mais pelo Brasil? O PT de
Lula ou o PSDB de FH e Alckmin?
GESTÕES DIFERENTES – Guerra argumentou
não ser possível vincular governos que existiram
em cenários diferentes e com natureza distinta.
“Não há sentido em comparar a gestão de Lula com
a administração Alckmin. São governos diferentes.
Se for assim, poderemos perguntar, por exemplo,
quem fez mais por São Paulo? Lula ou Alckmin?”,
ressaltou o senador.
Sozinho, o presidente Lula entra em sua
campanha de reeleição sem o chamado “núcleo
duro”, que caiu durante a crise. Até o momento, o
petista conta com apoio declarado apenas do
pequeno PCdoB. Nem mesmo os partidos
diretamente envolvidos no valerioduto querem
subir no palanque do petista. “O PT continua com a
velha e desgastada estratégia de confrontar dados
que não poderiam ser comparados”, criticou Guerra.
HERANÇA BENDITA – O presidente Lula,
desgastado após o escândalo do mensalão,
aparecerá somente em uma das inserções. A tarefa
ingrata de defender a gestão petista caberá ao
presidente da sigla, Ricardo Berzoini.
Segundo Guerra, os programas que “dizem
ser do governo Lula” só existem porque a
administração petista foi beneficiada com os
alicerces criados pelo governo FH. “O PSDB, em
oito anos, proporcionou as condições para que o
Brasil se desenvolvesse. São bases que resistiram
ao tempo, acabam por beneficiar Lula e
continuarão favorecendo o governo tucano que se
instalará no Planalto em 2007”, concluiu.
Yeda Crusius: comissões da Câmara devem fiscalizar Executivo
A deputada Yeda Crusius (RS) apresentou
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para
melhorar e modernizar os mecanismos de fiscalização
do setor público brasileiro. A PEC da presidente do
PSDB gaúcho prevê a criação de auditorias nas
comissões permanentes da Câmara. Esses
instrumentos teriam como objetivo apontar
deficiências nos processos administrativos da União,
apresentar eventuais correções e alteração de normas
vigentes e verificar se houve retidão nos gastos
públicos em setores como Saúde e Educação.
NOVOS CAMINHOS – “Queremos abrir
novos caminhos de gestão”, explicou Yeda, para
quem a proposta possibilita uma avaliação
periódica, por parte dos parlamentares, do
desempenho de vários órgãos da administração.
A parlamentar quer também que as comissões
tenham poderes de investigação semelhantes
aos das autoridades judiciais, para que o
acompanhamento seja ainda mais efetivo.
Segundo a deputada, a população sofre com
a pouca eficácia de programas governamentais,
e somente um mecanismo mais efetivo de
acompanhamento permitiria mudar esse quadro.
A PEC propõe ainda que o Congresso Nacional
possa convocar qualquer cidadão – exceto os
titulares dos Poderes Executivo, Judiciário e
Legislativo – para prestar pessoalmente
informações sobre assuntos determinados. De
acordo com a proposta, a ausência sem
justificação dos convocados caracterizaria crime
de responsabilidade. A matéria tramita na CCJ.
Tucanos vêem confissão de culpa em gesto de Roberto Teixeira
O senador Alvaro Dias (PR) condenou o
comportamento do advogado Roberto Teixeira,
compadre do presidente Lula, que faltou a
depoimento marcado para ontem na CPI dos Bingos. “Ele terá de comparecer para esclarecer a sua
relação no esquema de arrecadação de fundos
ilegais para campanhas petistas”, observou.
BOLO NA CPI – Intimado a depor, Teixeira
faltou pela segunda vez, alegando falta de tempo
hábil para se deslocar de São Paulo a Brasília e
problemas de saúde. Além disso, ele afirmou que
nenhuma das suas atividades se enquadra nos
objetos de investigação da CPI. Ele é investigado
em função de denúncias do economista e exmilitante petista Paulo de Tarso Venceslau,
segundo o qual Teixeira participou de esquemas
para formação de caixa dois para campanhas do
PT com recursos desviados de prefeituras
administradas pela sigla em São Paulo.
Já para o presidente do Instituto Teotônio
Vilela, deputado Sebastião Madeira (MA)
(MA), a
“fuga” de Teixeira da comissão é uma “confissão
de culpa”. “Ao ‘dar o bolo’ na CPI, o amigo de Lula
prefere o desgaste da ausência e da quebra de
compromisso”, analisou o tucano. Madeira
acredita que, cedo ou tarde, a verdade sobre as
operações de Roberto Teixeira aparecerá.
“Quando ele tiver de depor, finalmente, será
desmascarado”, ponderou.
O presidente da CPI, senador Efraim
Morais (PFL-PB), assegurou que, caso Teixeira
continue a desrespeitar as intimações da
comissão, vai recorrer à “força” da Polícia Federal
para garantir o depoimento.
e-mail: [email protected] - site: www.psdb.org.br
Download

T U C A N O DIÁRIO