9 BOM DIA SOROCABA - SEXTA-FEIRA / 9 DE MARÇO DE 2012 CIDADES dia a dia + l Caso Gilson Hanashiro/ Agência BOM DIA Thais foi presa no dia 22 de fevereiro, após o registro da ocorrência e foi acusada de colocar carrapaticida na mamadeira da criança. O advogado conseguiu o habbeas corpus no dia 25. Porém, no dia 29, os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo entenderam que ela deveria responder por homicídio doloso tentado em cárcere. No dia 7 de março, foi cumprido o mandado de prisão preventiva, por tempo indeterminado. 12 anos é o mínimo da pena para tentativa de homicídio doloso Thais Helena Ferreira, 29 anos, estava vivendo normalmente com a filha. Após o mandado de prisão preventiva, foi apresentada ontem na DIG Justiça quer cadeia e a defesa tratamento Mulher que envenenou filha volta a ser presa. Advogado diz que ela tem problema de saúde e precisa de médico Tatiane Patron [email protected] Uma mulher capaz de envenenar a própria filha de três meses só poderia estar sofrendo de depressão pós-parto. A defesa da contadora Thais Helena Ferreira, 29 anos, alega que o motivo que a teria levado tentar matar seu bebê é problema de saúde. Mas a Justiça afirma ser um tentando de homicídio doloso Advogado de defesa quer que acusada ganhe liberdade provisória (quando há a intenção de matar). Por isso, a mulher voltou para cadeia pública de Votorantim no fim da tarde de quarta-feira. A família da acusada vive dias de pesadelo desde a acusação. Ela, seu marido e a filha moravam no Jardim Tropical, mas tiveram que se mudar para o Jardim Belmejo, onde moram os avós paternos da vítima, para tentar escapar dos olhares, mas foi lá que recebeu voz de prisão. O marido da acusada e pai da criança envenenada, que prefere não se identificar, acredita na inocência da mulher. “Vou lutar com todas as minhas for- ças para tirar minha esposa da cadeia”, anuncia. O casal vivia junto há 12 anos. De acordo, com o marido a relação sempre foi tranquila. “Sei que ela é inocente. Jamais seria capaz de colocar veneno na mamadeira”, confia. O homem afirma que a família não esperava que ela voltasse para atrás das grades. A polícia relata que durante a prisão, a mulher chorou. “Minha mulher não é uma monstra”, defende o marido. No momento, a criança está com pai, que garante estar saudável. “Será difícil seguir a vida sem minha mulher ao meu lado”, desabafa. DEFESA/ O pedido de habbeas corpus foi revogado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo e agora Thais responderá por homicídio doloso tentado em prisão preventiva, que de acordo com a legislação criminal, é por tempo indeterminado. Segundo o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Sorocaba, José Humberto Urban Filho, a permanência em cárcere da acusada durante o processo garantirá a segurança tanto dela, quanto da criança. Para o advogado de defesa, Reginaldo França Paz , a prisão preventiva foi como voltar à es- taca zero. Hoje, o profissional entrará com novo pedido de liberdade provisória para a juíza Adriana Tayano Tanton Furukawa, da Vara do Júri. Ele afirma que Thais estava sofrendo de depressão pósparto. “Ela foi consultado pela psiquiatra Leila Alves Soller. Apresentarei o prontuário à juíza”, detalha. CRONOLOGIA/ No primeiro depoimento, a contadora admitiu ter colocado veneno no leite da criança para parar de chorar. Depois mudou a versão, que havia se equivocado, já que o carrapaticida estava no mesmo armário que os remédios.