S UTA L L IA EC P S E ANO XXI • MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 • Nº 230 Jornal Trimestral do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ªInstância do Estado de Minas Gerais - SINJUS-MG Cresce a avalanche de denúncias sobre a Presidência do TJMG Págs. 5, 10 e 11 APOIO Ouvidor do TJMG pede pelos servidores DATA-BASE 2015! Estamos em luta! Informe-se e defenda seu direito! BALANÇO 2014 SINJUS-MG presta contas e publica balanço patrimonial Pág. 4 Págs. 6 e 7 Pág. 12 Editorial Charge: Duke Wagner Ferreira COORDENADOR-GERAL DO SINJUS-MG Bola de Neve Certa vez, determinada Administração do Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi acusada por um nobre conselheiro do CNJ de “dificuldade de gestão pura e simples”. À época, já representante dos servidores da 2ª Instância como diretor jurídico, me lembro de achar que não poderia haver constrangimento maior para um chefe de Poder. Surpreendentemente, no último ano, o Judiciário mineiro, como que vítima de uma avalanche, se tornou recordista no ranking de situações vexatórias. E não adianta dizer que “é culpa da Dilma”, da “crise mundial” ou do SINJUS-MG. Contra a verdade, não há desculpas. E a realidade vista e vivida por qualquer servidor, hoje, é a de que a única avalanche que vem arrastando a imagem do TJMG para uma bola de neve são as diretrizes de gestão política e administrativa da atual Presidência no Poder. Muito mais do que demonstrar uma dificuldade de gestão pura e simples, a atual Presidência do Tribunal tem cometido atos e omissões que nos fazem questionar a sua probidade administrativa. Intransigência, retaliações, unilateralidade, perseguições, falta de diálogo e negociação não podem mais, no cenário atual, ser tidos como meros juízos de valor. Ao longo desta edição do jornal EXPRESSÃO SINJUS ESPECIAL LUTAS, você verá o registro de fatos que comprovam que esses têm sido, na verdade, os valores utilizados pela Presidência do Tribunal sob a égide (ou seria sob a espada) do desembargador Pedro Bitencourt Marcondes. Importante destacar que, em que pese as várias denúncias de irregularidades cometidas dentro do Órgão, feitas por renomado desembargador, há ainda que se falar de fatos já comprovados. Ao contrário do que a Gestão atual possa querer fazer parecer, o Sindicato, ao denunciar fatos ou suspeitas, está apenas exercendo o seu papel de representação e fiscalização de um Poder que tem como verdadeiro patrão a sociedade. Até porque, seus representados fazem parte de uma imagem que precisa ser recuperada. Por isso, seguindo nossas diretrizes de compromisso com a verdade e o direito à informação, vamos dar mais ênfase aos fatos. Aumento de jornada, cortes no orçamento, cortes de direitos dos servidores, falta de isonomia com magistrados e servidores, tratamento desigual nas aplicações dos recursos do Fundo Especial do Poder Judiciário, supersalários, descumprimento de resoluções do CNJ, descumprimento de leis, desrespeito ao Legislativo, cortes de horas extras, de direitos sociais, irregularidades no cumprimento do Plano de Carreiras, desvalorização dos servidores no início da carreira e sabotagem à cultura regional são fatos. Sim, fatos! Fatos com os quais este Sindicato não aceita compactuar ou a assistir sem lutar. Vamos em frente! 2 Expressão SINJUS • ESPECIAL LUTAS Canal Aberto Nº 230 Jornal Trimestral do Sindicato dos Servidores da Justiça de 2ª Instância do Estado de Minas Gerais O CANAL ABERTO é um espaço para envio de opiniões, sugestões e esclarecimentos de dúvidas sobre direitos e lutas da categoria. Participe! Envie sua mensagem para o email: [email protected]. “Os servidores também passam mal. O absenteísmo é muito alto. O número de adoecidos é alto. A falta de políticas do Tribunal não propícia o acesso à saúde dos servidores”. Rônio do Carmo Coelho OFICIAL JUDICIÁRIO “Há repressão na casa da Justiça. Eu achava que um presidente mais jovem seria mais aberto ao diálogo e mais democrático. Na verdade o desembargador Pedro Bitencout tem se revelado autoritário e retrógrado”. Márcia Fazito de Rezende ANO XXI • MARÇO-ABRIL-MAIO DE 2015 DIRETORIA COLEGIADA Coordenação-Geral: Wagner de Jesus Ferreira Diretoria Administrativa: Felipe Rodrigues e R. do Carmo Diretoria de Finanças: Nicolau Alves Prímola Diretoria de Imprensa e Comunicação: Sônia A. de Souza Diretoria de Assuntos Jurídicos: Alexandre Pires da Silva Diretoria de Formação e Política Sindical: Robert W. França Diretoria de Assuntos Sociais, Culturais e de Saúde: Jonas Araújo Diretoria de Aposentados e Pensionistas: Viviane S. Q. Callazans CONSELHO FISCAL Idalmo Constantino da Silva, Renato Elias Celes Charchar, Maria das Graças do Porto Satler Hot DIRETORIA DE COMUNICAÇÃO Sônia Aparecida de Souza Coordenação de Comunicação: Patrícia Brum Editora e jornalista responsável: Patrícia Brum (JP 10872 MG) Reportagem: Laura Zschaber e Manuel Marçal Projeto Gráfico e diagramação: Mitiko Mine Assistente de Gestão da Informação: Stefanie Nascimento APOSENTADA “O que estamos vivendo é o estilo da ditadura só que nos tribunais. Não concordo com a forma intransigente e autoritária do Presidente para lidar com os sindicalistas que representam a nossa categoria”. Jefferson Romanelli Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, a opinião do SINJUS-MG. ® MISTO Papel DSC® C092828 Este informativo foi impresso com papel produzido a partir de fontes responsáveis Impressão: Gráfica Formato / 3.000 exemplares Pílulas Sindicais “Gestão Participativa” I Que tipo de gestão de Poder pode se dizer participativa? A provocação não é à toa. Já fazem mais de seis meses que o atual presidente do TJMG, des. Pedro Bitencourt Marcondes, não dialoga com os Sindicatos – legítimos representantes dos servidores – sobre suas pautas de reivindicações, e, ao contrário, tem imposto novas regras, como o aumento de jornada de seis para oito horas, passando por cima até mesmo do Poder Legislativo. O motivo da postura? Até agora ninguém sabe. O que se sabe é que, com isso, perde a Administração do TJ, perdem os cidadãos, perde a democracia. Mas a luta segue. “Gestão Participativa” II Apesar de propagar, por meio de várias campanhas de marketing, que se produz uma gestão participativa, a atual Administração do TJMG também não dialoga com a sociedade. A última da equipe guiada por Bitencourt Marcondes foi desenvolver um planejamento estratégico com um projeto de reforma do prédio da Oi, acabando com o Teatro Klauss Vianna, patrimônio cultural no coração dos mineiros. Coisa que nem com uma audiência pública no Legislativo, com participação da classe artística e da sociedade, foi possível sensibilizar o chefe do Judiciário. É muita intransigência. Como resultado dessa audiência, o TJMG ainda recebeu um requerimento para que a sociedade possa efetivamente participar do planejamento estratégico e orçamentário, conforme prevê Resolução do Conselho Nacional de Justiça. Mas como tem ocorrido nos últimos tempos, o Órgão ainda não se manifestou. Sai Judiciário, entra Legislativo Terceirização não! O SINJUS-MG participou no dia 18/3 de audiência pública contra terceirização na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Além de parlamentares, tomaram parte representantes de vários sindicatos, centrais sindicais e outras entidades de defesa dos trabalhadores, que foram unânimes ao condenar o projeto. Na audiência, o coordenadorgeral do SINJUS-MG, Wagner Ferreira, manifestou sua decepção. O sindicalista também fez um requerimento às centrais sindicais para que convoquem e mobilizem os trabalhadores para lutar contra a questão. O Sindicato vem, ainda, investigando várias denúncias de terceirização dentro do próprio TJMG para tomar as providências cabíveis. Foi encaminhada denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Outros casos estão em estudo, mas já se sabe que há precarização do trabalho em mais de um setor do Órgão. Três requerimentos de interesse dos servidores foram aprovados, em abril, na Comissão do Trabalho, da Previdência e da Ação Social e na Comissão de Administração Pública (CAP) da ALMG. Um deles trata de pedido de providências para reabrir a negociação e o diálogo entre a Administração do TJMG e o SINJUS-MG. Outro pede a realização de uma audiência pública pela primeira comissão para que os Sindicatos possam debater a realidade e os desafios que vêm sendo enfrentados nas relações de trabalho dentro da Casa da Justiça. Esses dois requerimentos aprovados contaram com a ajuda do deputado Celinho do Sinttrocel (PCdoB). Já o terceiro requerimento, aprovado na CAP, teve apoio do deputado estadual Rogério Correia (PT). O documento requer que seja encaminhado ao TJMG um pedido de providências para que seja estabelecida negociação com as entidades sindicais para compensação dos dias parados por conta da adesão à greve de 2011, e para evitar novas paralisações dos servidores da 1ª e 2ª Instâncias. MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 3 Para Pensar Ouvidor do TJMG chama Presidência à responsabilidade O Para Pensar desta edição Especial de Lutas do jornal Expressão SINJUS traz uma reflexão realmente muito especial e direcionada. Como é do conhecimento de todos, o SINJUS-MG tem feito de tudo para retomar as negociações com o TJMG, evitando assim prejuízos para a boa administração, para a prestação jurisdicional bem como para a democracia como um todo. Mas, relutante, o presidente à frente do Poder, desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, continua ignorando nossas manifestações. A situação chegou ao ponto do ouvidor, desembargador Jaubert Carneiro Jaques, ter de oficiá-lo, em 24/4/2015, quanto à sua intransigência, amparado pela Resolução 103/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Resolução 685/2012 do próprio TJMG. O ouvidor chama o presidente à “reflexão sobre ações e posturas institucionais”, fazendo inclusive menções a falas do próprio presidente que propagam uma gestão participativa e democrática, que não tem acontecido na prática. O ofício completo pode ser visto em www.sinjus.org.br, com uma busca simples a partir da palavra-chave “ouvidor”, mas a seguir destacamos alguns trechos. 4 Expressão SINJUS • ESPECIAL LUTAS Denúncia - Capa Administração do TJMG está sob suspeita Em fevereiro deste ano, diversas suspeitas foram levantadas sobre a atual Presidência do Tribunal de Justiça. Muitas delas trata de denúncias graves, nunca vistas num Tribunal de Justiça, e relatadas numa carta escrita por renomado e conhecido desembargador do TJMG. O SINJUS-MG em cumprimento ao seu papel fiscalizador e de legítimo representante dos servidores – grande parte do corpo judiciário – desde que tomou conhecimento busca investigar o dito para que sejam tomadas as providências cabíveis. Em respeito à principal diretriz de isenção e seriedade da atual gestão do SINJUS-MG, liderada pelo servidor Wagner Ferreira, publicamos a seguir a íntegra da carta transcrita. O documento original pode ser visto em nosso site no flash de campanhas. Acesse: www.sinjus.org.br. Belo Horizonte, 25 de fevereiro de 2015 Ilustre colega (síntese do contraditório/ o direito de resposta) Sabemos todos que o TJMG, no entendimento de muitos, passa por uma fase triste e nebulosa da sua existência. Até dizem que no final do mês de janeiro – véspera de carnaval – realizaram uma Sessão do Órgão Especial, quando, de repente mandaram retirar todos do Salão, exceto os desembargadores. Fecharam as portas, diminuíram o som. Ato contínuo,teriam os presidentes, supreendentemente, iniciado uma conversação fútil, apequenada, politiqueira. Desse modo, longe de discutirem as péssimas condições de trabalho dos magistrados e servidores, falavam da vida pessoal/alheia. Teriam agredido Magistrados ausentes, insinuando ofensas gratuitas aos Ministros Cármem Lúcia, Carlos Veloso e a minha pessoa. Como era verão, o calor podia estar intenso. No recinto, no entanto, a chuva seria de asneiras, desconhecimento e hipocrisia. Dizem, uma disputa incontrolável de vaidades! Os que estariam intoxicados pela suposta farsa não percebiam uma Corte sem rumo. O Tribunal estava eventualmente voltado a apadrinhamentos, oportunismos, compadrios, atraso e complacência. No entanto, os não-cooptados preferiam conviver com os critérios da transparência, impessoalidade, moralidade e da competência. Falam até que qualquer desavisado que adentrasse naquele Salão imaginaria estar numa vendo uma reunião de Vereadores ou treinamento para comício político. Eram ofensas incompatíveis com uma Corte. Ao mesmo tempo das baixarias, teriam entrado em cena o teatro do servilismo, antagônico à postura de magistrado. Muitos sorrisos amarelos. No entanto, nós três – ausentes – e que teríamos sido agredidos (pelas costas) graças a Deus tivemos sempre reconhecida a grandeza nas nossas lutas em defesa da magistratura. Aquela reunião, se ocorreu assim, foi apequenada, confusa e recheada de ilegalidades – teve a presença de suplente do quinto substituindo titular jamais empossado? – dúvidas quanto a soma das notas? – e, na véspera – de modo inédito – dispensaram um membro suplente (já anteriormente convocado) a quem cabia por direito assento na Corte, para chamar outro de modo a poder manipular as promoções? Seria verdade? Num Tribunal? Ao final da suposta reunião, teriam concluído que a dignidade daqueles três Magistrados permanecia intacta: tinham história! Sobre os três não se levantavam acusações de estarem envolvidos em: acobertar servidores abordados no interior do Tribunal consumindo drogas ilegais, sem qualquer punição, porque era amigos de amigos; - manter com o dinheiro público uma cozinha no Tribunal para uso exclusivo pessoal-familiar, e para fornecer almoço a desembargadores ‘confiáveis’ (com talheres de prata) ignorando a Lei de Improbidade em face do auxílio-alimentação que recebem mensalmente no contracheque; - de impedir servidores modestos de entrarem no gabinete presidencial, porque não tinham gravata para utilizar; - de ser suspeito de estar ilegalmente fazendo escutas/grampos em emails e telefones dos magistrados; - de exigir 05 seguranças pessoais ‘vestidos de preto’, com gastos desnecessários, enquanto em muitos Fóruns sequer existe 01 único segurança; - de tentar cassar mandatos dos desembargadores eleitos para membros do Órgão Especial pela legítima maioria dos membros do Pleno, porque eram independentes. a presença de trabalhador-mirim (boys) no andar presidencial por serem humildes e pobres; - apoiar a ex-Diretoria que deixou endividada a Associação em mais de R$ 6 milhões (a época); - mentir para o presidente do Legislativo e líderes partidários ao firmar um acordo com avanços na LODJ para, em seguida, pedir ao Executivo que vetasse o que fora acordado, desrespeitando também a decisão da Comissão do Tribunal; - de não pagar as gratificações ou benefícios previsto em lei para os juízes Diretores do Foro e membros das Turmas Recursais; - de agir de modo arbitrário na movimentação de magistrados, transferindo juízes para interior: - de decidir requerimentos idênticos com decisões diferentes, baseada na amizade; - de distribuir aos membros do Órgão Especial, na véspera da sessão, ofício denegrindo nome de juiz(a) inscrito(a) à promoção com intuito de prejudicá-lo, visando beneficiar apaniguados. Além disso, os três jamais foram acusados de: - receber dos Servidores a pecha de pior gestão de todos tempos; - de inviabilizar o bom funcionamento do Poder; - de modificar avaliações nas sessões, desacreditando o critério de promoção por ‘mérito’; - de impor o marasmo e perseguições no Tribunal, priorizando o interesse pessoal; - afirmar que juízes do 1o. grau não trabalham/preguiçosos; manipular/impedir promoção (já concretizada) de juiz(a) ao cargo de desembargador(a), alterando a nota após o anúncio do resultado final; - de pressionar o J.I.J.a descumprir liminar do Tribunal; - de tentar ajuizar ADIN que acabaria com os ‘assessores dos juízes’ e os ‘juízes auxiliares’ no interior. Aliás, a história mostra ser comum encontrar pessoas limitadas/retrogradados, que não sabem diferenciar gestão de órgão público com gestão da coisa privada/pessoal. O grande Abraham Lincoln já alertara: “...ninguém engana a todos o tempo todo...”. Tranquilos e de cabeça erguida, nós, os três Magistrados, sob o manto da competência e ética, seguimos nosso trabalho pautado na dignidade, serenidade, caráter e honestidade. É de conhecimento de todos que o Tribunal foi dos últimos do pais a pagar os penduricalhos temporários (até a aposentadoria) tudo graças a criação de um Fundo através do trabalho das gestões anteriores. Mas continua ainda sem pagar os 05 anos de atrasados (prazo prescricional) cujos valores são tão antigos que prescrevem a cada mês. Parece que o temor maior – para muitos – é que o Tribunal, em face de tudo, possa chegar ao fundo do poço, como ocorreu com o paulista sistema hídrico da Cantareira. Atenciosamente, o colega, Desembargador Doorgal Borges de Andrada Os três também nunca foram responsabilizados: - por convidar, sem amparo legal, desembargador para trabalhar na presidência, afastando-o da jurisdição, após ‘criar o cargo’ sem lei; - de impedir MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 5 Sindical Falta de diálogo provoca luta pela Data-Base 2015 O presidente do TJMG, desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, tem ignorado os sequentes pedidos que os Sindicatos SINJUS-MG e SERJUSMIG o fizeram, para que fosse pautado com urgência no Órgão Especial, o anteprojeto de lei sobre a Revisão Geral Anual dos servidores do Poder Judiciário, com base no índice oficial do IPCA – 8,17%. Por saber a importância do cumprimento imediato desse direito, o SINJUS intensificou suas ações, levando todos os argumentos sobre isso também ao conhecimento dos desembargadores. O Sindicato ainda visitou os setores de todas as unidades do Tribunal, conscientizando os servidores sobre a decisiva participação de todos nesta luta, seja por meio de manifestações ou outras medidas que o SINJUS possa vir a adotar a partir de deliberações da categoria. O resultado foi positivo. É fato que os servidores jamais abrirão mão deste DIREITO, duramente conquistado. A Revisão salarial dos servidores do Poder Judiciário está assegurada pelo art. 37, X, da Constituição da República, pelo art. 22, parágrafo único, inciso I, da Lei Complementar 101/2000 (LRF), pelo art. 1º da Lei estadual nº 18.909/2010, na Lei estadual nº 20.024/2012 (PPAG) e ainda na Recomendação nº 41 do Conselho Nacional de Justiça. 6 Expressão SINJUS • ESPECIAL LUTAS Revisão em outros órgãos No Poder Legislativo, o presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes, encaminhou para sanção do governador, uma proposição de lei que concede aos servidores a revisão geral salarial da categoria, conforme o IPCA do período. Um reajuste de mais 5%, a título de ganho real, no mês de dezembro de 2015 também está acordado. No Ministério Público Estadual, o procurador-geral de Justiça, Carlos André Mariani Bittencourt, se comprometeu a enviar à ALMG o projeto de revisão geral do vencimento dos servidores, independente da demora na aprovação do Orçamento e das peculiaridades da transição do governo estadual, quando fosse divulgado o IPCA. No Poder Executivo, o governador do Estado, Fernando Pimentel, propôs o reajuste dos salários a diversas categorias do Poder Executivo, sendo que, em alguns casos, os reajustes ultrapassam a inflação do período. Como se vê, em matéria de valorização dos seus servidores, o TJMG está ficando para trás. Orçamento 2015 Orçamento 2015: TJMG não aceita contribuições de Sindicatos Na última vez em que os Sindicatos foram chamados pelo presidente do TJMG, desembargador Pedro Bitencourt Marcondes, foi para uma reunião de dez minutos em que eles deveriam ouvir atentamente a um comunicado sobre o cenário que envolve o Orçamento de 2015, sem direito a questionamentos ou diálogo. A reunião ocorreu em 20/3 e o informe foi de que havia tido uma mudança na previsão da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado – de R$ 53 milhões para R$ 49,7 Milhões. Caso o corte fosse confirmado, os recursos do TJ para as despesas com pessoal deveriam ser reduzidos. Entretanto, as despesas de pessoal do Judiciário ficaram dentro dos limites da LRF. O Poder vai consumir 5,85% da RCL (R$ 2,9 bilhões), abaixo do limite de 6%. Na prática, isso significa que o atendimento às reivindicações dos servidores ficará apenas dependendo de vontade política. Por duas vezes, os Sindicatos SINJUS-MG e SERJUSMIG protocolaram um ofício no TJ, em que apresentam uma sugestão de emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2015. A emenda, que também será apresentada à Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelas entidades, determina que seja feito o devido repasse das receitas aos Poderes do Estado quando houver excesso de arrecadação. O TJMG não quis apoiar a emenda das entidades, mais uma vez sem resposta, não se sabe porquê. A apresentação dessa emenda é fundamental para assegurar a autonomia orçamentária e financeira do Judiciário e, principalmente, para que o excesso de arrecadação das receitas, que se verifica ano a ano, não seja apropriado pelo Poder Executivo em prejuízo da prestação jurisdicional. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2015 já chegou à ALMG e os Sindicatos começam a mobilizar suas categorias para lutar por ela. Carta de Reivindicações Os presidentes e coordenadores de Sindicatos dos Trabalhadores do Judiciário Estadual, filiados à FENAJUD, redigiram uma carta com as principais reinvindicações dos Sindicatos frente aos Tribunais de Justiça de todo o País. A Carta de Belo Horizonte foi formalizada durante o 1º Encontro de Presidentes/Coordenadores dos Sindicatos dos Servidores do Judiciário Estadual, realizado nos dias 12 e 13/3 – mesmas datas do 102º encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais de Justiça. A carta traz onze pontos, entre eles, o fim da política de privilégios; a instituição de Mesa de Negociação Permanente; a participação dos servidores nas eleições para presidentes dos tribunais; os reajustes que garantam reposição real do poder de compra dos salários; a participação dos sindicatos na elaboração e execução dos orçamentos e planejamento estratégico; o combate ao assédio moral e o fim das perseguições e medidas antissindicais. MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 7 Sindical - Capa a l ia rc a p o s s e c a m te to Sindica a d in a e a ir e rr a c a n s a ç n muda sofre perseguição A categoria realizou uma vigília pacífica, em 20/3, em frente à unidade Goiás do TJMG, com o intuito de pedir que a pauta da reunião dos Sindicatos com a Presidência do Órgão – que seria realizada naquela data – fosse estendida. O PLANTÃO POR NEGOCIAÇÃO, no entanto, causou desconforto aos gestores, e logo no início do ato, quando os primeiros cartazes começavam a ser afixados, cuidadosamente, na fachada do Tribunal, o coordenador-geral do SINJUS-MG, Wagner Ferreira, foi avisado por um major para interromper a ação, sob pena de ser detido, podendo receber voz de prisão por desobediência. Ele tentou argumentar, mas nada adiantou. Os servidores ficaram indignados com a retirada dos cartazes, e se manifestaram com palavras de ordem. O movimento continuou mesmo depois que nossos representantes entraram para a reunião com o presidente do TJ. Vários veículos da imprensa compareceram ao local interessados em registrar o acontecido. Com duração de apenas 10 minutos, a reunião ocorreu de forma unilateral para a entrega de uma proposta de alteração da Resolução 367, que regulamenta o Plano de Carreiras. O magistrado apenas entregou o documento de 87 páginas e deu o prazo para que as entidades analisassem em 45 dias. Entretanto, o documento veio incompleto. Mas o presidente Bitencourt indeferiu prorrogação de prazos ou quaisquer complementos para acesso dos Sindicatos. Apesar da truculência em vedar a efetiva participação dos Sindicatos na reformulação da carreira de seus representados – os servidores – SINJUS e Serjusmig criaram um GRUPO DE TRABALHO (GT) para debater e estudar a parte da proposta. A análise das entidades foi entregue no prazo. 8 Expressão SINJUS • ESPECIAL LUTAS Ausência de negociação leva servidores a um trimestre de lutas “Precisamos dar mobilidade à força de trabalho do Judiciário. Não adianta simplesmente aumentar a jornada.” Wagner Ferreira COORDENADOR-GERAL DO SINJUS-MG “Nem mesmo lá (na iniciativa privada) – onde o trabalho é muito mais pesado do que aqui – existe adoecimento por se trabalhar 40 horas semanais.” Antônio Carlos Cruvinel DESEMBARGADOR DO TJMG Pela valorização da categoria Vários atos públicos e manifestações marcaram o último trimestre. Em um deles, centenas de servidores da 1ª Instância paralisaram suas atividades e ocuparam o pátio do Fórum Lafayette, no dia 9/4. De lá,seguiram em marcha ao longo de 1,6 km em direção ao Anexo II do TJMG. No local eles foram recepcionados por colegas da 2ª Instância que se juntaram ao protesto. Munidos de camisas, bandeiras, cartazes, adesivos, apitos e vulvuzelas, os servidores se uniram em um ATO PÚBLICO HISTÓRICO que pedia o cumprimento da Data-Base, a manutenção da jornada de seis horas diárias, entre outros cumprimentos relativos a direitos adquiridos. Em cima de um caminhão de som, os representantes dos Sindicatos relataram vários fatos e atitudes de descaso por parte da Administração do Órgão. Já são mais de seis meses sem negociação, nove ofícios pedindo reunião com a Presidência do TJ e dois solicitando retorno quanto às pautas de reivindicação. Diante da má vontade da atual gestão, o SINJUS-MG passou a recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (vide página 10). Interlocução com expresidente do STF O coordenador-geral do SINJUS-MG, Wagner Ferreira, e o diretor jurídico, Alexandre Pires, se reuniram com o ex-presidente do STF, ministro Carlos Velloso, no dia 30/3, em Brasília. Ao tomar conhecimento das mazelas porque passa a Justiça em Minas Gerais, o ministro se solidarizou com o cenário em que os servidores se encontram e prometeu realizar interlocuções no sentido de sensibilizar a atual Administração do TJ quanto à sua postura de não negociação. Desrespeito ao direito de greve Uma decisão da Comissão Administrativa do TJMG indeferiu o pedido de compensação dos dias parados em virtude da greve realizada no ano de 2011. O presidente do Tribunal determinou o CORTE DOS 23 DIAS dos servidores que aderiram ao movimento. O desconto parcelado ocorreu na folha de pagamento de abril a ser creditada em 1º de maio – DIA DO TRABALHADOR. O Sindicato realizou uma reunião, no dia 7/4, entre o advogado da entidade e os grevistas para esclarecer dúvidas e para informar que a luta judicial ainda não acabou. Em AGE no dia 30/4, os filiados ao SINJUS-MG deliberaram pelo uso do Fundo de Greve na forma de empréstimo sem juros para todos os grevistas filiados ao Sindicato. Outra medida de luta tomada pelo SINJUS foi garantir a apresentação do Projeto de Lei 1106/15, de autoria do líder da Maioria no Legislativo, deputado Rogério Correia (PT), determinando anistia aos grevistas de 2011. O PL está tramitando e os servidores devem intensificar a luta na ALMG nos próximos dias. “Eu gostaria de ver uma Justiça que se edifica primeiro em casa, onde magistrado é recompensado pelo esforço, com justa remuneração nos termos da Constituição e que os benefícios, aqueles que não comprometam a Lei de Responsabilidade Fiscal, não fossem usados apenas para magistrados, e sim compartilhados.” Alexandre Arantes SERVIDOR DO TJMG “Ameaças agora são sinônimos de gestão participativa e diálogo? O que se pode alegar é que houve comunicação, mas comunicação em tom de truculência, através da PMMG, a mando do mandatário do TJMG. Não é esse o tipo de comunicação que queremos.” Paulo Bastos Acesse www.sinjus.org.br e clique no banner “Anistia”. Lá você pode enviar carta aos deputados e deputados e votar a favor do PL. SERVIDOR DO TJMG MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 9 Sindical Omissão do TJMG, leva SINJUS No último trimestre, a atual Presidência do TJMG deixou de cumprir diversas obrigações oficiais. Muitas delas feriram o interesse dos servidores, de magistrados e da sociedade. Sem alternativa de diálogo e negociação, o SINJUS-MG se viu obrigado a denunciar a prática, acionando o Conselho Nacional de Justiça, já tão sobrecarregado, por mais de sete vezes. Em algumas decisões, os conselheiros do CNJ já conseguiram retirar o TJMG da inércia. Outras petições já renderam notificações à atual Gestão e continuam tramitando rumo ao julgamento do mérito. As ações denunciadas fogem à doutrina e normatizações da Casa da Justiça. Entre elas, a obstrução do exercício dos Sindicatos da categoria como entidades de fiscalização e controle dos atos administrativos e do orçamento público do Poder Judiciário. A postura do TJMG, de um modo geral, continua a mesma e surpreende negativamente. Há casos, como o que destacamos,a seguir,e que atinge diretamente aos magistrados, em que o TJ dá uma resposta para o Conselho e outra para a Associação dos Juízes. Em outros casos, em vez de responder ao CNJ, o Tribunal preferiu soltar uma nota na internet, desqualificando o Sindicato, como se a questão fosse pessoal. Mas os processos são públicos e nossos leitores podem tirar suas próprias conclusões. Qual é a verdade, afinal? DENÚNCIA 1 Supersalários no TJMG: uma versão para os juízes e outra para o CNJ No dia 29/4, o Pedido de Providências nº 0001868-18.2015.2.00.0000, movido pelo SINJUS-MG junto ao CNJ, foi distribuído para a conselheira Luiza Cristina Fonseca Frischeisen, e requeria apuração acerca de pagamentos feitos a desembargadores em valores superiores ao normal. No referido caso, estamos tratando dos salários pagos, em março, ao presidente do Tribunal, desembargador Pedro Bitencourt, no valor de R$ 114.112,32, e ao desembargador Herbert Carneiro, no valor de R$ 105.296,03; sendo que este último está inclusive afastado de suas atividades de magistrado para o exercício de mandato eletivo. Resposta ao CNJ: A conselheira intimou o TJMG a prestar esclarecimento em 15 dias. Mas o retorno não fez sentido. O argumento utilizado pela Casa da Justiça foi o de que as quantias pagas tratam-se de subsídio, passivos de URV, indenização de férias vencidas e não quitadas, dos quais outros magistrados também já teriam se beneficiado.Mas omitiu que tais indenizações de férias foram pagas a magistrado licenciado. Omitiu, ainda, que tais valores não correspondem a pagamentos de passivos isonômicos com outros magistrados e também com servidores, considerando que não existe disposição legal autorizando indenização de férias para agente público licenciado. Resposta à Amagis: Antes que respondesse ao CNJ, o TJMG emitiu uma certidão de esclarecimento à Amagis para que chegasse aos magistrados a informação de que tais passivos estavam sim sendo pagos ao desembargador Herbert Carneiro, mesmo que ele se encontre afastado, o que bem sabem todos, e justificou a medida – cuja previsão é inexistente na Lei de Organização e Divisão Judiciárias (LODJ) e no Regimento Interno do TJMG – com o fato de o desembargador ocupar assento no Órgão Especial. Ora, bem se sabe que isso se dá por um direito à voz concedido à Associação e não por prestação de serviço público, assim como também é sabida a existência de outros desembargadores em comissões administrativas da Casa que, assim como diversos desembargadores e juízes de primeiro grau, não receberam tal valor, permanecendo a falta de isonomia e transparência para com a classe. Quanto aos servidores, nem se fala. O descaso beira à improbidade administrativa. Trâmite atual: A tramitação da petição não está encerrada. O CNJ concedeu 15 dias ao SINJUS-MG para se manifestar acerca da resposta do Órgão e já é possível adiantar que o assunto ainda vai dar muito pano pra manga. 10 Expressão SINJUS • ESPECIAL LUTAS DENÚNCIA 2 Petição: Protocolada em abril, solicita anulação do Planejamento Estratégico do TJMG, realizado sob descumprimento das Resoluções 195 e 198 do CNJ, que preveem a participação dos Sindicatos e da sociedade. Decisão: Sob argumento de prejuízos à prestação jurisdicional, apresentados pelo TJMG, o CNJ notificou o Tribunal sob a forma correta de se desenvolver tal planejamento, permitindo assim que o planejamento não fosse anulado. Resultado: Após o constrangimento, o TJMG decidiu oficiar os Sindicatos para enviarem sugestões para o Planejamento Estratégico no prazo de 40 dias. Conscientes de que suas propostas não têm sido aceitas e de que participar não é enviar sugestões, os Sindicatos decidiram ainda assim fazer a sua parte e já estão trabalhando nisso. O TJMG chegou a promover o chamado Dia D para apresentação do seu plano aos servidores, em mais uma demonstração de que o documento já está concluído e de que a solicitação aos Sindicatos foi puramente proforma. Ainda assim, o Órgão foi obrigado a sair da inércia. DENÚNCIA 3 Petição: Em mais um descumprimento às Resoluções do CNJ, o SINJUS denunciou ao Conselho a falta de resposta do TJMG quanto ao impedimento da participação das entidades sindicais no Grupo Gestor do Fundo Especial do Poder Judiciário do Estado de Minas Gerais. Decisão: O CNJ intimou o TJMG a responder ao questionamento no prazo de 15 dias e ainda pediu esclarecimentos sobre os mecanismos utilizados para cumprimento da Lei de Acesso à Informação; sobre a instituição do Serviço de Informações ao Cidadão (SIC); sobre os mecanismos de transparência passiva; e, ainda, sobre a forma em que se constituiu os comitês de gestão previstos pelas Resoluções 194 e 195 do CNJ. Resultado: Sobre a criação do Comitê Gestor, o TJMG informou, no final de maio, que realizou estudos e que há, agora, uma minuta aguardando deliberação do Órgão Especial. Já sobre a Lei de Informação, citou apenas os canais oficiais de transparência e atendimento ao público, em que não se há detalhamentos suficientes à viabilidade do exercício sindical de direito. Especificamente sobre a participação das entidades no Grupo Gestor do FEPJ, o TJMG alegou falta de tempo e sobrecarga de trabalho para o atendimento da demanda. a acionar o CNJ por sete vezes DENÚNCIA 4 Petição: Na primeira quinzena de maio, o SINJUS-MG teve de acionar novamente o CNJ mediante insistência do TJMG em desrespeitar a Lei, criando cargos para juiz leigo e consequentes despesas com pessoal para o Órgão, sem passar pelo crivo do Legislativo. Decisão: O CNJ intimou o Tribunal a fornecer resposta, no prazo de cinco dias, sobre a legalidade da Resolução de nº 792/2015 do TJMG que cria o cargo de juiz leigo, uma vez que não há previsão na LODJ, bem como a indicação da existência de prévia dotação orçamentária para tanto. Solicitou ainda indicação de norma legal que viabiliza a criação do cargo de juiz leigo; informações de existência de orçamento disponível para custear a criação de tais cargos e questionou se há previsão de deflagração de processo seletivo para o provimento do cargo. Resultado: Quanto ao processo seletivo, o Tribunal informou ao CNJ estar em discussão sem previsões de realização. Assim, o Conselho entendeu não haver urgência na liminar pedida pelo SINJUS-MG pelo fato de a medida não se configurar em dano irreparável e o processo segue em análise pelo CNJ até o julgamento do mérito. DENÚNCIA 5 DENÚNCIA 6 Petição: Passados mais de quatro meses sem resposta ao repasse feito pelo TJMG ao Colégio de Presidentes, o SINJUS-MG voltou, no mês de maio, a solicitar a interveniência do CNJ, por meio de Pedido de Providências, para que o retorno do Tribunal ocorra nos moldes da Lei da Informação. No Documento, o Sindicato requer ainda que o Conselho possa considerar tal pedido subsidiariamente na forma de um Procedimento de Controle Administrativo (PCA). Trâmite: O TJMG foi intimado a prestar esclarecimento no prazo de dez dias. DENÚNCIA 7 Petição: Novamente após diversos pedidos oficiais, o TJMG mantém-se omisso a pedido do SINJUS, dessa vez de envio de cópia das Notas Taquigráficas da sessão de julgamento do dia 8/4/2015 do Órgão Especial, que deliberou a respeito da minuta de resolução que altera a jornada de trabalho dos servidores. Trâmite: O TJMG foi intimado a prestar esclarecimento no prazo de dez dias. Petição: O TJMG, numa iniciativa que ignora a Resolução 88 do CNJ, decidiu aumentar a jornada de trabalho dos servidores de seis para oito horas diárias, por meio de norma interna. Além de ignorar a exigência de que isso seja feito por meio de projeto de lei, segundo tal Resolução, o Judiciário mais uma vez passa por cima do Legislativo, ignora leis e a própria Constituição. O desprezo aos servidores então nem se fala. Não houve nenhum tipo de negociação acerca da decisão unilateral e, com isso, o Sindicato se viu obrigado, mais uma vez, a recorrer ao CNJ. Decisão: O CNJ entendeu que por ser tal determinação do TJMG revogável e passível de compensações ao horário extraordinário, sem maiores prejuízos, faz-se prudente conceder o direito de resposta ao Tribunal de Justiça, antes que fosse concedido o deferimento da liminar de suspensão da Resolução 794, criada pelo Órgão. Resultado: Aguarda-se a prestação de informações e esclarecimentos por parte do TJMG. * Importante destacar que todas as petições aqui citadas estão respaldadas no direito previsto pela Lei de Acesso à Informação (12.527/2011) e foram frutos da omissão do TJMG em responder os ofícios do Sindicato que precederam cada uma das petições. MARÇO, ABRIL E MAIO DE 2015 11 Enquete Balanço Financeiro Onde o aumento da jornada pode impactar mais? Prestação de contas do Sinjus-MG referente à 2014 64 Cerca de % dos mais de mil servidores do TJ que responderam à enquete acredita que é na saúde e na qualidade de vida deles. Esse foi o resultado da enquete realizada pelo SINJUS-MG por meio do nosso site. Outras respostas para a enquete seriam: nos direitos da categoria (24%), na prestação jurisdicional (6%) e no orçamento do TJMG (6%). Saiba mais sobre a luta pela manutenção da jornada de seis horas em sinjus.org.br. Curso (Aprovado AGO 28/04/2015) BALANÇO PATRIMONIAL LEVANTADO EM DEZ/2014 ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL REALIZÁVEL 2.557.438,68 ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS IMOBILIZADO 873.198,19 Convênios 834.155,76 Comunicação 77.368,62 Eventos e Manifestações Imóveis Equipamentos de Informática 1.658.109,00 9.018,03 43.552,21 Máquinas e Equipamentos 23.341,74 Móveis e Utensílios 34.771,40 Tributárias 8.783,68 Telefones e Direitos 1.845,60 Financeiras 2.470,22 (98.284,93) 10.000,00 TOTAL DO ATIVO 1.532.597,32 PASSIVO CIRCULANTE 29.565,59 CONTAS A PAGAR 29.464,94 REPASSES DE CONVÊNIOS 100,65 Exercício Corrente 961.721,73 Gerais 619.052,80 Despesas com Depreciação Outras Despesas ATIVIDADE SINDICAL RESULTADO PATRIMONIAL 12.883,28 627,05 899.329,68 36.415,75 Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial e Demonstração das Contas de Resultado, levantados em 31 de dezembro de 2014. 1.503.031,73 Exercícios Anteriores TOTAL DO PASSIVO Pessoal 1.503.031,73 RESULTADOS PATRIMONIAIS Durante todo o ano, o contribuinte pode doar parte do seu Imposto de Renda (IR) para projetos sociais que se enquadrem nas regras de doações com incentivos fiscais. A contribuição pode ajudar a deduzir até 6% do imposto. Quem não fez nenhuma doação durante o ano de 2014, ainda pode ajudar e conseguir o desconto doando para o Fundo da Criança e do Adolescente, que é o único que pode receber contribuições durante o período de declaração. Saiba mais no site receita. fazenda.gov.br, no menu “Perguntas Frequentes”. 2.593.854,43 DESPESAS 54.745,51 PATRIMNÔNIO LÍQUIDO Você sabia? RECEITAS 883.198,19 INTANGÍVEL No próximo dia 25/7, de 9h às 13h, será promovida mais uma edição do curso de Reiki I, arte milenar de cura pelas mãos. Ministrado pelos Reiki Masters Regina e Nicolau Prímola, o curso pretende disseminar os benefícios e ensinamentos do Reiki. O investimento é de R$ 120. Há desconto de 20% para filiados do SINJUS-MG sobre este valor. As inscrições já estão abertas pelo telefone do Sindicato (31) 3213-5247 ou pelo celular (31) 9715-6713. 649.399,13 594.653,62 NÃO CIRCULANTE (-) Depreciação Acumulada Vem aí: curso de Reiki I, em julho! DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO LEVANTADO EM DEZ/2014 1.466.615,98 36.415,75 1.532.597,32 Os abaixo assinados, membros do Conselho Fiscal, no exercício de suas funções legais e estatutárias, tendo procedido aos exames dos documentos do SINJUS-MG, e encontrando tudo em perfeita ordem e exatidão, recomendam aos diretores a aprovação do “Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado”, referente ao período encerrado em 31 de dezembro de 2014. Há 26 anos os servidores da Justiça de 2ª Instância são representados e apoiados pelo SINJUS-MG. A história do Sindicato está atrelada a um passado de lutas e conquistas em nome dos direitos de toda a categoria. São 26 anos de orgulho e de batalhas vencidas. E o grande protagonista dessa trajetória é você, servidor(a)! Nunca pensamos que o nossa caminho seria fácil, e nem por isso nos curvamos àquilo que parecia injusto e incerto. NO CAMINHO CERTO PARA NOVAS CONQUISTAS ANIVERSÁRIO DO SINJUS-MG • 5 DE JUNHO DE 2015