Neurofisiologia • Células Nervosas • Princípios da condução nervosa • Neurotransmissão e Sistemas Modulatórios • O Encéfalo, tronco encefálico, medula espinhal e sistema nervoso periférico • Sistemas de Reforço e Dependência Química Células Nervosas SENSORIAIS • Neurônios MOTORES EFETORES MODULADORES • Glias CÉLULAS DE SCHWANN ASTRÓCITOS OLIGODENTRÓCITOS MICRÓGLIA Células Nervosas Neurônios Células Nervosas Células Nervosas PSEUDOUNIPOLAR: Axônio como um “T” Neurônios sensoriais NEURÔNIOS BIPOLARES : Possuem 2 processos. MULTIPOLARES: Possuem vários dendritos e um axônio Neurônio motor. Células Nervosas Células Nervosas TERMINAIS PRÉSINAPTICOS CORPO CELULAR DO NEURÔNIO PÓS-SINAPTICO Figure 4-18b, Sherwood, 2001 Células Nervosas Neuroglia ou células Glias • 100 bilhões de Neurônios Fornece sustentação física • 10x mais células gliais! FUNÇÃO DAS CÉLULAS GLIAS Dão suporte aos neurônios: Recobrem os neurônios com mielina “Limpam” o ambiente sináptico Seleciona e disponibiliza Nutrientes Aumenta a velocidade de condução do impulso nervoso Modulam a atividade elétrica dos Neurônios Células Nervosas Oligodendrócitos Células Nervosas Astrócitos Formação da barreira hemato-encefálica Células Nervosas Microglias e Células Ependimais Células Nervosas Células de Schwan (SNP) Células Nervosas Células de Schwan (SNP) Princípios da condução nervosa • Sinapses • Potencial Repouso • Potenciais pós-sinápticos • Potencial Ação • Condução do Impulso Nervoso pelos Nervos Mielinizados Sinapses • Tipos de Sinapses • Tipos de Sinapses • Seqüência de Eventos na Transmissão Sináptica Tipos de Sinapses • Sinapses Elétricas • Sinapses Químicas Sinapse Elétrtica Junções do tipo “Gap”, formadas por 2 hemicanais (conexons), cada um com 6 subunidades(conexinas) Baixa resistência Alta condutância Sinapse Elétrica Fluxo de corrente Figura 11.1 A, Kandel et al. , 1995 Estimulação na fibra pré-sinaptica Cél. pré Pulso de corrente para a fibra pré Cél. pós Transmissão elétrica é virtualmente instantânea Sinapse Química Axo-axônica Axo-dendrítica Axo-somática Sinapses podem ter mais de uma zona ativa no terminal Seqüência de Eventos na Transmissão Sináptica Ricardo Miledi e Bernard Katz anos 60 2.Registro 1.Voltagem-fixada 3 2 3.Registro 1 Aumento do Ca2+ extracelular provoca a liberação quântica (pacotes de NT), e a sua redução, diminui até o bloqueio completo. Vesículas Sinápticas • Observado nos terminais pré-sinápticos por microscopia eletrônica . • Contendo Neurotransmissores, aproximadamente 5.000 em uma vesícula (quantum) • A liberação evocada é Quântica e produz Potenciais Pós-Sinápticos ME da Sinapse Química mitocondria Terminal Pré-Sináptico Terminal Pós-Sináptico Zona Ativa Figura 5.3, Bear, 2001 Vesículas Outras vesículas, filamentos de actina Sinaptotagmina CAMK-II Proteínas da MP Sinapsina I Sinaptobrevina ATP Bomba de prótons H+ ADP +Pi Sinaptofisina Lúmen vesicular rab 3 SV2 Citoplasma SNARE: Proteínas Direcionadoras da Fusão v-SNAREs t-SNAREs v-SNAREs se liga com t-SNAREs para acoplar as membranas e induzir a fusão (exocitose). Célula Glial Transportador de membrana Precursores para síntese de sinalizadores AutoReceptores Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico Receptores pós-sinápticos Transportador vesicular Transportador de membrana Enzima de metabolização 6.1 Entrada de Ca2+ e a CAMKII: Fosforila a actina: mobilização das vesículas do compartimento de estocagem para o compartimento de liberação. Atracamento Rab: previne o ancoramento ao poro de fusão. Necessita de atividade GTPásica Potenciais da membrana • Potencial de Repouso • Potenciais Graduados ou Potenciais pós-sinápticos • Potenciais de Ação MEMBRANA PLASMÁTICA PROTEÍNAS DE MEMBRANA! CANAIS IÔNICOS Canais de Na, K, Ca, Cl BOMBAS IÔNICAS Bomba de Na/K Bomba de Ca2+ MOVIMENTOS DE ÍONS PELA MEMBRANA PLASMÁTICA DIFUSÃO (Gradiente Químico) ELETRICIDADE (Gradiente/Corrente Elétrica) CORRENTE ELÉTRICA = I (ampéres) É o movimento de elétrons ou íons (partículas carregadas) induzido por um campo elétrico: “cargas opostas se atraem e cargas iguais de repelem” Corrente iônica ou fluxo iônico: movimento de íons por canais iônicos POTENCIAL ELÉTRICO OU VOLTAGEM = V (volts) É a força ou impulso exercido sobre a partícula carregada e reflete a diferença de carga entre o ânodo e o cátodo. Quanto Maior a diferença de potencial/ Maior é o fluxo/corrente iônica Essa diferença de potencial ocorre os dois compartimentos (interno e externo) separados pela Membrana Plásmatica CONDUTÂNCIA ELÉTRICA = g (siemens) É a capacidade relativa que uma partícula elétrica (íon) pode migrar (fluir) de um ponto ao outro A condutância da membrana plasmática é dada pelos CANAIS IÔNICOS RESISTENCIA ELÉTRICA = R (ohms) A resistência da membrana plasmática é dada pelos Fosfolipídeos (gordura) POTENCIAL DE AÇÃO NA TEORIA Movimento dos íons é gerado: Condutância do íon = está associada a permeabilidade Corrente Iônica = passa pelos canais I=gV Voltagem = voltagem real da membrana menos voltagem do potencial de equilíbrio do ìon Expressão de Ohm I=gV • Movimento de líquido de íon gera uma corrente iônica • Aqui temos a força impulsora do íon. Quanto maior essa diferença maior é a força impulsora! • O Número de canais para o íon abertos é proporcional a condutância elétrica deste íon = g DIFUSÃO Membrana sem canais tem condutância zero FACILITADA PELOS CANAIS IÔNICOS Para forçar os íons a cruzar a membrana é preciso: (1) Existência de Canais permeáveis aos íons (2) Existência de uma diferença de potencial elétrico através da membrana POTENCIAL DE EQUILÍBRIO DE UM NEURÔNIO A FACE INTERNA DA MEMBRANA DE UM DADO NEURÔNIO TENDE A SER 65X (VEZES) MAIS NEGATIVA QUE A FACE EXTERNA = -65 mV EQUILÍBRIO ELETROQUÍMICO DO POTÁSSIO EM UMA MEMBRANA SELETIVAMENTE PERMEÁVEL (K) EQUILÍBRIO ELETROQUÍMICO DO SÓDIO EM UMA MEMBRANA SELETIVAMENTE PERMEÁVEL (Na) QUAL A CONCENTRAÇÃO DOS ÍONS ENTRE OS COMPARTIMENTOS SEPARADOS PELA MEMBRANA? QUAL O POTENCIAL DE MEMBRANA? AQUI TEMOS O ESTADO DE EQUÍLIBRIO ONDE AS FORÇAS DE DIFUSÃO E ELÉTRICA SÃO IGUAIS E OPOSTAS FORÇAS QUE CRIAM OS POTENCIAIS DE MEMBRANA Temperatura absoluta (Kelvin) Constante dos gases Ex = Concentração externa do íon RT zF Potencial de equilíbrio do íon OBS : quando o gradiente químico se equipara com o gradiente elétrico Valência do íon permeante (carga elétrica) log [X] externa [X] interna Concentração interna do íon Constante de Faraday EQUAÇÃO DE NERNST OBS : determina o equilíbrio eletroquímico de um dado íon EQUAÇÃO DE NERNST Aplicada a concentrações hipotéticas de K, considerando uma membrana permeável ao K Constante dos gases Ek = Temperatura absoluta (Kelvin) 58 1 log [1mM] externa [10mM] interna Potencial de equilíbrio do íon OBS : quando o gradiente químico se equipara com o gradiente elétrico Ek = 58 log 1 10 Valência do íon permeante (carga elétrica) Ek = - 58 mV Constante de Faraday Este é o valor do potencial de equilíbrio para o Potássio neste sistema COMO ESSA EQUAÇÃO NERNST FUNCIONA NA PRÁTICA? VAMOS PEGAR COMO EXEMPLO O ÍON POTÁSSIO! Potencial de equilíbrio do K+ Equação de Nerst [1mM K+] ext Ek = - 58 log ____________ [ 10mM K+]int EK+= -58mV Vm neurônio= -65mV Muito próximo Potencial de equilíbrio do Na+ Equação de Nerst [10mM Na+] ext ENa = - 58 log ____________ [ 1mM Na+] int ENa+= + 58 mV Muito longe Vm neurônio= -65mV Potencial de Repouso CONCLUSÃO A face interna da membrana celular possui potencial elétrico negativo ESSE POTENCIAL SE APROXIMA DO POTENCIAL DE EQUILIBRIO DO ÍON POTASSIO (Potencial de Repouso) COMO CALCULAR O POTENCIAL DE REPOUSO DA MEMBRANA LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO “TODOS” OS ÍONS? É PRECISO LEVAR EM CONTA: A PERMEABILIDADE RELATIVA DE CADA ÍON A MEMBRANA PLASMÁTICA NO MOMENTO DO REPOUSO + K Cl- Mais permeável + + Ca Na Menos permeável Membrana plasmática em repouso Expressão de Ohm I=gV POTENCIAL DE AÇÃO NA TEORIA Movimento dos íons é gerado: Condutância do íon = está associada a permeabilidade Corrente Iônica = passa pelos canais I=gV Voltagem = voltagem real da membrana menos voltagem do potencial de equilíbrio do ìon Expressão de Ohm I=gV • Movimento de líquido de íon gera uma corrente iônica • Aqui temos a força impulsora do íon. Quanto maior essa diferença maior é a força impulsora! • O Número de canais para o íon abertos é proporcional a condutância elétrica deste íon = g EQUAÇÃO DE GOLDMAN OBS : determina o equilíbrio eletroquímico da membrana levando em consideração a permeabilidade relativa dos íons Constante dos gases Temperatura absoluta (Kelvin) Permeabilidade do íon a membrana Ex = RT log zF Pk [K] externa Pcl [Cl] externa PNa [Na] externa Pk [K] interna Pcl [Cl] interna PNa [Na] interna Valência do íon permeante (carga elétrica) Constante de Faraday Potencial de equilíbrio do íon OBS : quando o gradiente químico se equipara com o gradiente elétrico Dá o valor real do Potencial de membrana Na membrana em repouso a permeabilidade da membrana para os outros íons é baixa, nesse estado a permeabilidade da membrana só é alta para o íon POTÁSSIO Ek = - 58 mV V = -58 mV COMO SE COMPORTARÁ A VOLTAGEM DA MEMBRANA CASO OCORRA VARIAÇÕES NAS CONCENTRAÇÕES DE POTÁSSIO? voltímetro voltímetro - 58 mV - voltímetro - 50 mV + - - 20 mV + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + interno 10 mM K externo 1 mM K Não há fluxo líquido do íon K interno 10 mM K externo 20 mM K efluxo líquido do íon K interno 10 mM K externo 200 mM K efluxo líquido do íon K (despolarização da membrana) COMO SE COMPORTARÁ AS CONCENTRAÇÕES DE POTASSIO CASO OCORRA VARIAÇÕES NAS NA VOLTAGEM DA MEMBRANA? Bateria desligada 0 mV - + interno 10 mM K externo 1 mM K Há efluxo do íon K (de dentro para fora) Bateria ligada - 58 mV - + - + - + - + interno 10 mM K externo 1 mM K Não há fluxo líquido do íon K Bateria ligada - 116 mV - + - + - + - + interno 10 mM K externo 1 mM K Há influxo do íon K (de fora para dentro) 1- PEQUENAS VARIAÇÕES NA CONCENTRAÇÃO GERAM GRANDES VARIAÇÕES NA VOLTAGEM 2 - GRANDES VARIAÇÕES NA VOLTAGEM GERAM PEQUENAS VARIAÇÕES NA VOLTAGEM POR QUE APENAS AS VARIAÇÕES NA CONCENTRAÇÃO DE POTÁSSIO ACARRETAM ALTERAÇÕES NOS POTENCIAIS DE MEMBRANA DAS CÉLULAS EXCITAVEIS? OBS: Variações na concentração externa ou interna de Sódio, Cálcio, Cloro e outros íons (exceto o potássio) não modificam os potenciais de repouso. DEPENDÊNCIA DO POTENCIAL DE MEMBRANA À CONCENTRAÇÃO EXTRACELULAR DE POTÁSSIO DESPOLARIZAÇÃO [K]0 concentração externa voltímetro voltímetro - 58 mV - voltímetro - 50 mV + - - 20 mV + - + - + - + - + - + - + - + - + - + - + interno 10 mM K externo 1 mM K Não há fluxo líquido do íon K interno 10 mM K externo 20 mM K efluxo líquido do íon K interno 10 mM K externo 200 mM K efluxo líquido do íon K (despolarização da membrana) CANAIS DE POTÁSSIO “VAZANTES” POTENCIAL DE REPOUSO DEPENDE DIRETAMENTE DAS VARIAÇÕES DE CONCENTRAÇÃO DE ÍONS POTÁSSIO ENTRE OS COMPARTIMENTOS SEPARADOS PELA MEMBRANA SEMPRE ELETRONEGATIVO - 80 mV (PRÓXIMO AO POTENCIAL DE EQUILÍBRIO DO POTÁSSIO) - 65 mV POTENCIAL LIMIAR (DESPOLARIZAÇÃO DA MEMBRANA) - 40 mV POTENCIAL DE AÇÃO (DESPOLARIZAÇÃO DA MEMBRANA) + 40 mV