Semana 8 – Condições de Equilíbrio, Equação Fundamental dos Gases Perfeitos 1) (Callen, 1985, 2.6-3). Dois sistemas específicos têm as seguintes equações de estado: 1 3 N (1) = R T (1) 2 U (1) , 1 5 N (2) = R T (2) 2 U (2) onde R é a constante dos gases perfeitos (R = 8,3145 J K-1 mol-1). O número de moles no sistema 1 é N (1) = 2, 0 mol e no sistema 2 é N (2) = 3, 0 mol . Os dois sistemas estão separados por uma parede diatérmica, fixa e impermeável, e a energia total do sistema composto é 2,5 ×103 J . Qual é a energia interna de cada sistema no equilíbrio? 2) (Callen, 1985, 2.6-4). Considere agora que os dois sistemas do problema anterior estão inicialmente separados por uma parede adiabática, fixa e impermeável, com o mesmo número de moles em cada um que no problema anterior. As temperaturas em cada sistema são T (1) = 250 K e T (2) = 350 K . De seguida, a parede adiabática passa para diatérmica. Quais são os valores de U(1) e de U(2) depois de se estabelecer o novo equilíbrio? Qual é o valor de equilíbrio da temperatura? 3) (Callen, 1985, 2.7-2). Dois sistemas têm as seguintes equações de estado: 1 3 N (1) P (1) N (1) = R , = R , T (1) 2 U (1) T (1) V (1) 1 3 N (2) P (2) N (2) = R , = R , T (2) 2 U (2) T (2) V (2) com R = 8,3145 J K-1 mol-1. Inicialmente, os dois sistemas estão contidos num cilindro isolado, separados por um pistão fixo, adiabático e impermeável. As temperaturas iniciais são T (1) = 200 K e T (2) = 300 K , o volume total é 20 L e o número de moles em cada sistema é N (1) = 0,50 mol e N (2) = 0, 75 mol . O pistão passa então a ser móvel, diatérmico e impermeável. Quais são os valores da energia interna, volume, pressão e temperatura de cada sistema quando se estabelece um novo equilíbrio? 1 4) (Exame de Termodinâmica de 20/01/2003). Três substâncias, 1, 2 e 3, estão distribuídas pelos três compartimentos apresentados no seguinte esquema. (1) (2) (3) O conjunto dos três compartimentos é isolado. A separação entre os compartimentos (1) e (2) é diatérmica, móvel, permeável ao componente 1 e impermeável aos componentes 2 e 3. A separação entre os compartimentos (2) e (3) (constituída por duas paredes unidas por um eixo fixo) é diatérmica, móvel e impermeável a todos os componentes. No compartimento (1), existem moléculas dos componentes 1 e 2, no compartimento (2) existem moléculas dos componentes 1 e 3 e no compartimento (3) existem moléculas do componente 1. As relações entre as áreas das paredes que separam os compartimentos são A3 = kA2 = kA1 , onde k é uma constante positiva. a) Determine as condições de equilíbrio, para quaisquer substâncias em cada compartimento. b) Assumindo que as substâncias dentro dos compartimentos são gases perfeitos simples, calcule N 1(1) em função das quantidades conservadas do problema. c) Interprete fisicamente a situação quando N 3 = 0 . 5) (Callen, 1985, 3.4-2). Mostre que a relação entre o volume e a pressão de um gás perfeito monoatómico ( c = 3 2 ), durante uma expansão adiabática reversível (isto é, com entropia constante), é dada por ( Pv 5 3 = P0 v05 3e 2 s0 3 R )e 2s 3R = constante . Esboce uma famílias destas curvas “adiabáticas” no plano P – v. 6) (Exame de 21 de Janeiro de 2005). A temperatura da atmosfera diminui com a altitude. O ar mais quente expande-se quando se eleva do nível do mar para as regiões superiores onde a pressão é mais baixa. Como o ar é mau condutor de calor, a expansão é aproximadamente adiabática e a temperatura diminui quando o ar sobe. Que variação de volume terá de sofrer uma massa de ar para que a sua temperatura passe de 20 ºC para 0 ºC devido a uma expansão adiabática (o ar comporta-se nestas condições como um gás perfeito diatómico, com cP cv = 7 5 ). 7) (Exame de Termodinâmica de 14/02/2003). Considere um cilindro onde se encontram Ni moles de um gás perfeito simples, ocupando um volume Vi. O sistema está em contacto com o reservatório térmico, que o mantém à temperatura constante T. a) É injectada neste cilindro uma quantidade adicional de moles do mesmo gás, passando o número de moles no interior do cilindro para Nf. Calcule o trabalho químico necessário para realizar este processo. b) De seguida, o gás é comprimido, passando de um volume Vi para um volume Vf. i) Calcule o trabalho realizado neste processo. ii) Calcule o calor trocado entre o sistema e o reservatório térmico. iii) Interprete fisicamente o valor do trabalho quando Vf = 0. 8) (Exame de Termodinâmica de 17/09/2004). Um recipiente cilíndrico isolado está dividido em duas partes (1) e (2) por um pistão perfeitamente condutor. O lado (1) contém 1 mol de um gás perfeito monoatómico à pressão p(1) = 1,0 MPa, e temperatura T(1) = 300 K. O lado (2) contém 1 mol do mesmo gás, com p(2) = 0,10 MPa, e temperatura T(2) = 300 K. Inicialmente, o pistão está preso. O pistão é de seguida libertado, e o sistema atinge um estado de equilíbrio. a) Qual é o volume final de cada lado do recipiente? b) Qual é a temperatura e a pressão do gás? c) Qual é a variação de entropia do sistema conjunto? d) O processo é reversível? 9) (Exame de Termodinâmica de 26-01-2004) Um cilindro rígido isolado com um volume total de 0,015 m3 está dividido em dois compartimentos, (1) e (2), cada um contendo uma mistura dos mesmos dois gases perfeitos monoatómicos, 1 e 2. O volume de (1) é o dobro do volume de (2). Os compartimentos estão separados por uma membrana diatérmica, rígida, permeável ao gás 1 e impermeável ao gás 2. a) Determine os valores de T e N1 em cada compartimento, depois de se ter estabelecido o equilíbrio, em função dos valores iniciais do número de moles e (1) de temperatura em cada compartimento, isto é, N 1(,1i) , N 2(1,i) , Ti , N 1(,2i ) , N 2( 2,i) , Ti( 2) (para simplificar a apresentação dos resultados, pode definir grandezas auxiliares que dependem só destes valores e dos parâmetros). b) Considere agora que os valores iniciais são N 1(1) = 0,60 mol , N 2(1) = 0,80 mol , T (1) = 400 K , N 1( 2) = 1,2 mol , N 2( 2) = 0,60 mol , T ( 2) = 300 K . Calcule os valores finais de T e N1 em cada compartimento. Descreva os processos que ocorrem à medida que o sistema tende para o equilíbrio, relacionando os valores iniciais de temperatura e número de moles com os valores finais. 3 10) (Exame de Termodinâmica de 13/02/2004). Considere uma mole de um gás perfeito monoatómico inicialmente a 1, 00 × 105 Pa e 298 K. Calcule Q, W, e U para cada processo da seguinte sequência (que forma um ciclo fechado): a) um aquecimento a volume constante até uma temperatura igual ao dobro da temperatura inicial. b) uma expansão adiabática e quase-estática para 298 K. c) uma compressão isotérmica até 1, 00 × 105 Pa . 11) (Exame de 21 de Janeiro de 2005). Considere um sistema composto, com dois subsistemas, (1) e (2), respectivamente com volumes V(1) e V(2). No lado (1) está uma mistura de gases perfeitos, que contém o gás k. Do lado (2), está o gás k sozinho. A membrana que separa os dois compartimentos é diatérmica, fixa, permeável ao gás k e impermeável a todos os restantes gases. Relembrando que o potencial químico de um dado componente j numa mistura de gases perfeitos é dado por µ j = RT ln N j v0 V + (T ) , determine, em equilíbrio, o número de moles do gás k em cada subsistema. 12) (Exame de Termodinâmica de 26-01-2004) Uma expressão geralmente utilizada para o capacidade calorífica molar a pressão constante é: cp = aT + b. a) Determine a expressão geral para a quantidade de calor necessária para levar de Ti a Tf, a pressão constante, uma substância descrita por esta expressão. b) Para o caso específico do cobre, a expressão acima escreve-se cp/J K-1 mol-1 = 6,28 10-3T/K + 22,59. Calcule a quantidade de calor necessária para levar, a pressão constante, 1,00 mol de cobre de 300 K para 1300 K. Para este processo e esta substância, teria sido uma boa aproximação considerar a = 0?