Lição 13
19 de Setembro a 25 de
Tem o Mundo Inteiro de Ouvir?
Sábado à tarde
LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Atos 4:12; Salmo 87:4-6; João
10:16; Romanos 2:12-16; João 14:6; Romanos 1:18.
VERSO ÁUREO: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar,
segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a
revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que
se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas,
segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações, para
obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória, por Jesus Cristo,
para todo o sempre. Ámen.” Romanos 16:25-27.
COMO JÁ VIMOS, O SENHOR USA PESSOAS, para levar a mensagem do
Evangelho a outras pessoas. Contudo, ao longo de séculos, milhões
morreram sem nunca conhecerem o plano bíblico da Salvação. O facto é
que a maior parte daqueles que alguma vez viveram não ouviu a
história da Redenção ou soube algo acerca das boas-novas da graça de
Deus, tal como revelada em Jesus Cristo. Isto conduz a duas
interrogações persistentes. Primeira, no dia do julgamento, como é que
Deus vai lidar com aqueles milhares de milhões que não O conheceram?
Segunda, há Salvação sem a pessoa saber do Plano da Salvação, tal
como este se encontra em Jesus?
Há quem responda que só há Salvação numa única denominação cristã;
em contrapartida, há outras pessoas que acreditam que todas as
religiões são de igual modo orientações válidas para se chegar a Deus e
à vida eterna.
No final de tudo, o ponto essencial a lembrar é que Jesus nos revelou o
caráter de Deus, e isso diz-nos muito sobre o Seu amor por toda a
Humanidade, bem como sobre o Seu desejo de que sejam salvas tantas
pessoas quantas seja possível. Deus é um Deus de justiça, e, como quer
que Ele resolva a questão, será ouvido o clamor por todo o Céu: “Justos
e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos” (Apoc. 15:3).
Ano Bíblico: Joel.
SOP: Evangelismo (Livro), (Capítulo) Pregar as Verdades Características,
(217)
Debaixo do Céu Nenhum Outro Nome Há
Domingo, 20 de Setembro.
Alguns crentes cristãos têm a convicção de que só poderão ser salvos
aqueles que ouvirem e responderem positivamente ao Evangelho
cristão. Tais pessoas, por vezes chamadas “exclusivistas”, consideram
todas as religiões não-cristãs como um produto de seres humanos
caídos, expressando uma rebelião intencional contra Deus. Por este
motivo, os não-Cristãos estão, acreditam aquelas pessoas, excluídos da
graça redentora de Jesus Cristo.
Alguns outros crentes cristãos vão um passo mais além, afirmando que,
fora da sua denominação específica e da sua estrutura doutrinária, não
existe Salvação, mesmo para outros professos Cristãos. Para esses
crentes, as outras denominações, com as respetivas crenças
divergentes, colocaram-se fora do cuidado de Deus e não têm
possibilidade de entrar no reino dos Céus. Por exemplo, em 1302, na
sua bula papal Unam Sanctam, o Papa Bonifácio VIII declarou “que é
absolutamente necessário para a Salvação que toda a criatura humana
seja sujeita ao pontífice romano”. Alguns Protestantes também
ensinaram algo similar a respeito das suas próprias denominações.
Leia Atos 4:12. Qual é a mensagem deste texto, e de que maneira
devemos entender estas palavras?
As palavras das Escrituras, aqui nesta passagem, são muito claras: a
Salvação só se encontra em Jesus Cristo, e em mais nenhum outro
nome debaixo do céu. É importante, porém, não ler nestas palavras
mais do que elas dizem especificamente.
Imagine-se uma pessoa num edifício que está a arder. Antes de
conseguir fugir, é apanhada pelo fumo e cai inconsciente. Um bombeiro
encontra-a no chão, pega nela e trá-la para a rua, onde os médicos
assumem os cuidados. Essa pessoa é levada para o hospital e, algumas
horas mais tarde, recupera a consciência.
O ponto aqui é que esta pessoa, que foi salva, não fazia a menor ideia
de quem a salvara. Do mesmo modo, qualquer um que seja salvo – quer
antes de Jesus ter vindo em carne ou depois –, será salvo unicamente
por Jesus, quer a pessoa tenha ouvido ou não falar do Seu nome ou do
Plano da Salvação.
“Há, entre os Gentios, pessoas que servem Deus sem o saberem, a
quem a mensagem nunca foi levada por instrumentos humanos; estes
não perecerão. Embora ignorem a lei escrita de Deus, ouviram a Sua voz
a falar-lhes por meio da Natureza e fizeram aquilo que a lei requeria. As
suas obras testificam que o Espírito Santo tocou o seu coração, e são
reconhecidos como filhos de Deus.” – Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações, p. 546, ed. P. SerVir.
Ano Bíblico: Amós 1-4.
Quanto é que uma Pessoa Tem de Saber?
Segunda, 21 de Setembro.
Continuando a partir do ponto onde ficámos no estudo de domingo,
podemos ver que, embora a obra de Cristo proporcione o único meio de
Salvação, há quem acredite que não é necessário um conhecimento
explícito de Cristo, a fim de uma pessoa ser salva.
Isto não significa que a Salvação esteja acessível sem Cristo, mas
significa que Deus é capaz e está pronto a aplicar os méritos da obra de
Cristo a quem quer que Ele deseje. Há alguns que acreditam que
aqueles que não têm conhecimento de Cristo e que nunca foram
expostos ao Evangelho, mas que, sob a influência do Espírito Santo,
sentem a necessidade de livramento, e atuam em conformidade, serão
salvos. A citação de Ellen G. White no final do estudo de ontem tem
certamente este significado (pensemos em Job e Melquisedeque).
Que luz os seguintes textos irradiam sobre esta ideia?
Salmo 87:4-6 João 10:16
Atos 14:17 Atos 17:26-28
Romanos 2:12-16
Deus “recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: a vida
eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuraram glória, e
honra e incorrupção”. Romanos 2:6 e 7.
Paulo parece estar aqui a indicar que há alguns fora do Cristianismo que
receberão a vida eterna em resultado de um princípio de “obediênciapara-a-vida” (Lev. 18:5). Para aqueles “Gentios” que “demonstram que os
requisitos da lei estão escritos no seu coração” porque disso “a sua
consciência também testifica” (Rom. 2:15), isso fará a diferença no dia
do Juízo, porque essas pessoas responderam à ação do Espírito Santo
na sua vida. Uma vez que não conhecemos o coração das pessoas, por que razão
devemos ser cautelosos em todos os casos, seja com Cristãos
professos seja com não-Cristãos, para não fazer juízos sobre a
salvação da sua alma?
Ano Bíblico: Amós 5-9.
Universalismo e Pluralismo
Terça, 22 de Setembro.
Há algumas pessoas que ensinam que, no fim, Deus vai salvar todos os
seres humanos, independentemente daquilo em que acreditaram ou
até da forma como viveram. “Universalismo é a convicção de que todas
as pessoas estão tão relacionadas com Deus que vão ser salvas, mesmo
que nunca tenham ouvido ou tenham acreditado no Evangelho.” Afinal,
João 3:16 declara: “Deus amou o mundo de tal maneira...” Assim sendo,
nesta forma de pensar, se Ele ama toda a gente, como é que alguém se
pode perder, sobretudo se perder-se significar tormento eterno no
inferno? Como é que Deus seria capaz de queimar eternamente alguém
a quem Ele ama? Daí que possamos ver como uma doutrina falsa (o
tormento eterno) pode conduzir a outra (o universalismo).
Aparentado com o universalismo está o “pluralismo”, a convicção de que
todas as religiões são válidas de igual modo e conduzem igualmente a
Deus e à Salvação. Nenhuma religião é inerentemente melhor do que,
ou superior a, qualquer outra religião, pelo menos de acordo com esta
teologia. Um pastor de uma igreja na Califórnia escreveu no seu sítio na
Internet que a sua congregação “não acredita que o Cristianismo seja
superior em qualquer aspeto às outras crenças religiosas”.
Para os pluralistas, a vasta gama de crenças e rituais religiosos, de
símbolos e de metáforas, são meras diferenças superficiais que
escondem uma essência similar no centro de todas as religiões. Os
pluralistas realçam, por exemplo, que a maior parte das religiões
enfatiza o amor a Deus e o amor aos seres humanos, numa
configuração da regra de ouro e da esperança numa vida futura. De
acordo com estes crentes, qualquer denominação, no seu cerne, ensina
a mesma coisa; daí que todas sejam caminhos válidos para Deus, sendo
muito chauvinista e arrogante tentar impor crenças cristãs àqueles que
são membros de confissões não-Cristãs.
O que tem a Bíblia a dizer, quer sobre o universalismo, quer sobre o
pluralismo? João 14:6; Apoc. 20:14 e 15; 21:8; Dan. 12:2; João 3:18;
Mat. 7:13 e 14; II Tes. 2:9 e 10.
Não há dúvida de que tanto o universalismo como o pluralismo são
contrários às Escrituras. Nem toda a gente será salva; e nem todas as
profissões de fé conduzem à Salvação.
Que resposta daria a alguém que advogue que é arrogante e
exclusivista a pretensão de o Cristianismo ser o único caminho
verdadeiro para a Salvação (João 14:6)? Partilhe a sua opinião com a
sua Unidade de Ação.
Ano Bíblico: Obadias e Jonas.
Pecadores Necessitados de Graça
Quarta, 23 de Setembro.
“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.”
João 3:17. Que esperança grandiosa se encontra neste versículo
para toda a Humanidade? De que modo devemos aceitar esta
verdade fundamental e, primeiramente, torná-la, de facto, nossa?
Em que moldes podemos usá-la para nos motivar a ir ao encontro
de outros?
De acordo com a Bíblia, somos todos pecadores (Rom. 3:23), e é desejo
de Deus que todos se arrependam (Atos 17:30; 26:20; II Pedro 3:9) e
sejam salvos (I Tim. 2:4). Logo a partir do Éden, o propósito de Deus tem
sido o de salvar a Humanidade da devastação e, em última instância, da
morte eterna que o pecado e a rebelião trouxeram à Humanidade. De
que prova maior precisamos nós do que a da Cruz para nos mostrar o
amor de Deus por nós e o Seu desejo de nos salvar?
No entanto, as Escrituras são claras ao afirmar que Deus não vai salvar
aqueles que abertamente se rebelam contra Ele.
Leia Génesis 6:11-13; Romanos 1:18; II Tessalonicenses 2:12;
Apocalipse 21:8; 22:15. Que aviso muito sério se encontra nestes
versículos?
Deus ama todas as pessoas, mas todas as pessoas são pecadoras
necessitadas de graça, e esta graça foi revelada em Jesus. Ele chamou a
Sua Igreja para espalhar as boas-novas desta graça em todo o mundo.
“A Igreja é o meio que Deus escolheu para a salvação dos homens. Foi
organizada para servir, e a sua missão é levar o Evangelho ao mundo.
Desde o princípio que o plano de Deus é que a Sua grandeza e os Seus
recursos sejam refletidos no mundo através da Sua Igreja. É aos
membros da Igreja, a quem Ele chamou das trevas para a Sua
maravilhosa luz, que compete manifestar a Sua glória. A Igreja é a
depositária das riquezas da graça de Cristo e através dela será, no
momento próprio, manifestada, mesmo aos ‘principados e potestades
do céu’ (Efé. 3:10), a última e total demonstração do amor de Deus.” –
Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9, ed. P. SerVir.
Em que aspetos pode (não o pastor, não o ancião, não o diácono,
mas você pessoalmente) mais amplamente “manifestar a Sua
glória” diante de um mundo a perecer? O que tem de mudar na sua
vida a fim de poder fazer isto?
Ano Bíblico: Miqueias 1-4.
O Chamado para a Missão
Quinta, 24 de Setembro.
“Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar
alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser, também,
participante dele” (I Cor. 9:22 e 23). Que princípio importante
defende Paulo neste texto, e de que modo refletimos nós a mesma
atitude na nossa vida?
O Senhor das missões, na Sua sabedoria, escolheu atuar por meio de
seres humanos a fim de levar ao mundo a mensagem de perdão e
Salvação. Deus escolhe homens e mulheres, apesar das suas fraquezas,
para atuarem em conjunto com o Espírito Santo e com os anjos. Israel
devia ser a “luz” estável de Deus nos tempos do Velho Testamento, mas,
com demasiada frequência, o povo pôs a sua lâmpada “debaixo do
alqueire” (Mat. 5:15). Muitas foram as vezes em que as bênçãos que o
povo recebia ficavam retidas no seio de Israel. Em vez de se misturarem
e partilharem, isolavam-se das nações a fim de evitarem a
“contaminação”.
O plano seguinte que Deus lançou para a missão mundial traçou o
método do sal – ir “e ensinar todas as nações” (Mat. 28:19; Marcos 16:15,
20; Atos 1:8). A história das missões cristãs irradia com histórias de
abnegados missionários que foram como sal para o mundo, levando o
Evangelho da vida a indivíduos, a comunidades e, por vezes, a nações
inteiras.
Contudo, tal como com o antigo Israel, com demasiada frequência estes
sucessos nas missões foram obscurecidos por erros humanos dos
próprios missionários e dos seus projetos missionários em geral. Entre
estes erros humanos contam-se: (1) planeamento deficiente para
trabalho de divulgação e uma compreensão inadequada da tarefa; (2)
uma concentração limitada da missão unicamente na educação, nos
cuidados sanitários, no socorro nas calamidades, ou no
desenvolvimento, ofuscando a pregação do Evangelho; (3) falta de
fundos e de pessoal por parte das organizações patrocinadoras; (4)
missionários sem qualificações para a tarefa; e (5) nações que proíbem a
pregação do Evangelho.
Naturalmente, nunca ninguém disse que iria ser fácil. Estamos no meio
de um grande conflito, e o inimigo atuará de todas as maneiras que
puder para contrariar os nossos esforços de divulgação, quer seja nas
nossas próprias comunidades quer seja nos cantos mais remotos do
mundo. Nós, porém, não nos devemos deixar desencorajar, pois foramnos dadas muitas promessas maravilhosas de poder, e podemos estar
certos de que Deus vai cumprir os Seus propósitos na Terra. Tal como
nos foi dito: “Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não
voltará para mim vazia, antes, fará o que me apraz, e prosperará naquilo
para que a enviei.” Isaías 55:11.
Ano Bíblico: Miqueias 5-7.
Sexta, 25 de Setembro.
ESTUDO ADICIONAL: Ellen G. White, “O Monte das Oliveiras”, em O
Desejado de Todas as Nações”, p. 535, ed. P. SerVir; “Rápido Preparo
para a Obra”, em Fundamentos de Educação Cristã, p. 334; “Expansão
do Trabalho em Campos Estrangeiros”, Testemunhos Para a Igreja, vol.
6, p. 23.
O Novo Testamento emprega dois substantivos, acompanhados do
adjetivo “todo” para exprimir o alcance mundial da missão cristã: “todo o
mundo [kosmos]”, em Mateus 26:13; Marcos 14:9; 16:15; e “todo o
mundo [oikoumenê]”, em Mateus 24:14. Enquanto cosmos, o termo
mais geral para o âmbito da existência ordenada, significa o Planeta
(com aproximadamente cento e cinquenta ocorrências no Novo
Testamento), o termo mais específico oikoumenê centra-se nos
habitantes humanos do mundo.
Qual era o alcance dimensional de “todo o mundo” para os primeiros
Cristãos? Poucos anos após a crucificação, eles tinham chegado a terras
atuais como o Chipre, o Líbano, a Síria, a Turquia, a Macedónia, a Grécia
e a Itália. Há evidências de que eles divulgaram o Evangelho por pontos
tão distantes como o Sul da Rússia, no Norte, a Etiópia, no Sul, a Índia,
no Oriente, e a Espanha, no Ocidente.
Acreditavam os primeiros missionários Cristãos que tinham de alcançar
o mundo inteiro com o Evangelho? De acordo com o livro de Atos dos
Apóstolos, o Espírito Santo, no dia de Pentecostes, dia do “aniversário”
da Igreja Cristã, começou a proclamar “as grandezas de Deus” a
visitantes de uma lista de nações, regiões geográficas e grupos étnicos
(Atos 2:5-11). Desde o seu primeiro dia de existência, a Igreja Cristã tem
tido consciência da extensão mundial da sua missão. Se os crentes
tiveram naquele tempo esse entendimento, quanto mais devemos nós
tê-lo, hoje em dia?
PERGUNTAS PARA REFLEXÃO:
Recapitulem na Unidade de Ação as respostas à pergunta final do
estudo da secção de terça-feira, sobre as pretensões cristãs serem
exclusivistas e arrogantes. O exclusivismo tem necessariamente de
significar arrogância? Se não, porquê?
O entendimento da Igreja quanto ao tamanho e alcance de “todo o
mundo” tem-se expandido desde o dia de Pentecostes. A comissão
evangélica dada por Jesus, de ir a “todas as nações”, ensinando-as
(Mat. 28:19), continua a ser uma verdade presente para a Igreja até
que Cristo volte. Até que ponto a proclamação das mensagens dos
três anjos de Apocalipse 14:6-12 se enquadra na Grande Comissão?
Que resposta teria para esta pergunta: Se as pessoas podem salvarse sem alguma vez ouvirem falar do Evangelho, qual é a
necessidade de arriscar a vida a fim de o levar a outras pessoas?
Ano Bíblico: Naum.
Comentários de EGW, Leitura Adicional: O Desejado de Todas as
Nações, p. 540, ed. P. SerVir; “Rápido Preparo Para a Obra”,
Fundamentos da Educação Cristã, p. 335.
Moderador
Texto-Chave: Mateus 8:5-13.
Com o Estudo desta Lição, o Membro da Unidade de Ação Vai:
Aprender: A compreender que a Salvação oferecida por Deus não se
limita a qualquer grupo religioso especial e não está presa a qualquer
cultura ou grupo de pessoas em particular.
Sentir: Compaixão por aquelas pessoas que ainda não ouviram as
Boas-novas acerca de Jesus.
Fazer: Identificar passos específicos para partilhar as Boas-novas com
vizinhos e amigos oriundos de diferentes contextos culturais.
Esboço da Aprendizagem:
I. Aprender: O Amor de Deus por Toda a Gente.
A. O que é que a descrição de Abraão como pai de “muitas nações” nos
diz a respeito da missão de Deus na Terra (Gén. 17:4-6)?
B. Profetas como Isaías têm em comum a visão de Israel a tornar-se
num povo missionário. Quais foram os pormenores dessa visão (ver,
por exemplo, Isa. 52:10), e em que termos reagiu Israel?
C. Jesus falou não apenas para os justos, mas também para os
pecadores (Lucas 15:2). O que é que as seguintes passagens nos dizem
sobre a atitude de Jesus para com os Gentios e acerca da Sua visão
quanto aos que são os salvos (Marcos 5:1-20; Lucas 17:11-19; Mat. 8:11;
15:21-28)?
D. Em que aspetos os apóstolos Pedro (Atos 10) e Paulo (Rom. 11:13)
desenvolveram a compreensão que tinham da missão de Deus?
II. Sentir: A Responsabilidade por Grupos de Pessoas Ainda Não
Contactadas.
A. Como é que se sente ao ler sobre a dedicação total e o sacrifício do
apóstolo Paulo na partilha das Boas-novas com pessoas não-judias?
B. O que é que mais aprecia acerca de Jesus ao ler sobre o modo como
Ele tratou pessoas não-judias?
III. Fazer: Ter Parte na Sua Missão Intercultural.
A. Pense em colegas de trabalho ou vizinhos de diferentes contextos
culturais que possa ter. Que passos práticos pode dar esta semana para
começar a construir pontes e amizades mais próximas com essas
pessoas? Até que ponto consegue tornar o trabalho missionário
intercultural numa parte regular da sua vida pessoal de oração?
Sumário:
Somos convidados, como discípulos de Jesus, a amar todas as pessoas
tal como Ele amou e a unirmo-nos à Sua missão de partilha da Salvação
com todos os grupos de pessoas.
CICLO DA APRENDIZAGEM
1º PASSO – MOTIVAR!
Realce da Escritura: Romanos 2:12-16.
Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Deus, no Seu infinito
amor e na Sua justiça, acabará por salvar muitos indivíduos que nunca
ouviram o nome de Jesus, mas tal não diminui de maneira alguma o
mandato que Deus nos deu para ir ensinar todas as nações, fazendo
discípulos.
Só para o Dinamizador: A lição desta semana aborda um tópico
sensível que tem provocado acesos debates entre os teólogos ao longo
dos séculos. A Bíblia revela certos princípios-chave sobre a forma como
Deus vai realizar a Sua missão no mundo, mas é melhor que sejamos
cautelosos a respeito de coisas específicas que não foram reveladas.
Devido à graça que receberam, os Cristãos aceitam alegremente a
Grande Comissão que lhes foi atribuída de irem a todo o mundo,
fazendo discípulos. Fazem-nos, mesmo sabendo que o amor insondável
de Deus e a Sua infindável misericórdia vão chegar de diferentes
maneiras àqueles que nunca irão ouvir a história do Evangelho.
Atividade de Abertura: Há muitas histórias populares que se baseiam
no conceito de “bonzinhos versus “mauzões” ou “do tipo bom” e “do tipo
mau”. Contudo, em muitas das histórias que Jesus contou, Ele
complicou os arranjos e misturou “bonzinhos” e “mauzões” de modos
que ninguém teria esperado. Analisem as seguintes histórias: os dois
irmãos – ilustrando a forma como alguns pecadores entrarão no Céu à
frente dos dirigentes religiosos (Mat. 21:28-32); o Bom Samaritano –
quando um desprezado samaritano é o herói (Lucas 10:25-37); o
banquete nupcial – quando os convidados da primeira lista ficam de
fora (Mat. 22:1-10). Analise com a Unidade de Ação a importância destas
histórias. O que nos dizem acerca da maneira como Deus conduz a Sua
missão na Terra?
2º PASSO – ANALISAR!
Só para o Dinamizador: Qual é o equilíbrio certo entre a graça e a
misericórdia de Deus, que todos envolve, e o ensino muito claro de que
nem todas as pessoas irão ser salvas? Em que termos apresentamos os
ditames singulares do Evangelho sem darmos a aparência de que
somos arrogantes e intolerantes para com os outros e as suas crenças?
COMENTÁRIO BÍBLICO
I. O Ouvir em Contraste com O Fazer
(Recapitule com a Unidade de Ação Romanos 2:12-16.)
O apóstolo Paulo faz, nesta passagem, uma distinção entre aqueles que
ouvem e aqueles que fazem. Aos olhos de Deus, de acordo com Paulo,
há um fosso enorme entre os dois grupos. Deus considera justos
aqueles que obedecem à Lei, não aqueles que ouvem a Lei.
Esta distinção entre o ouvir e o fazer é um tema bíblico bem conhecido.
O apóstolo Tiago contrasta “Aquele que se contenta com o ouvir e não
põe em prática a palavra” (Tiago 1:23, TIC) e faz este aviso: “E sede
cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com
falsos discursos” (Tiago 1:22). Paulo refere-se às pessoas que
“confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras” (Tito
1:16). O próprio Senhor Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai que está nos céus” (Mat. 7:21).
Na passagem que estamos a recapitular, o apóstolo Paulo adapta um
pouco as palavras de Jesus e sugere que haverá pessoas que entrarão
no reino do Céu que nunca terão dito “Senhor, Senhor”. Estas pessoas
nunca tiveram a oportunidade de ouvir acerca de Jesus, ou da história
da Salvação, mas deram ouvidos à sua consciência, concedida por Deus,
e deram cumprimento ao que iam ouvindo. Aos olhos de Deus, isso é
realmente o que conta. Como Ellen G. White diz, uma pessoa assim
“encontra-se em condições mais favoráveis” do que os chamados
Cristãos que “na sua vida diária contradizem a sua profissão de fé”. – O
Desejado de Todas as Nações, p. 189, ed. P. SerVir.
As igrejas estão cheias de gente que tem ouvido centenas de sermões,
que ouve a Escritura a ser lida publicamente todas as semanas, mas
cuja vida e atos continuam inalterados. De acordo com o apóstolo
Pedro, embora tenham o conhecimento, são “ociosos” e “estéreis” nesse
conhecimento (II Pedro 1:8).
Aquilo em que acreditamos é importante. Em quem nós cremos é
essencial. Porém, se as nossas crenças forem meramente intelectuais e
não fizerem qualquer diferença na nossa vida, são inúteis. Ora, na
amplidão da Sua misericórdia, Deus faz provisão para aqueles
indivíduos de entre os Seus preciosos filhos que têm agido de acordo
com a consciência que Deus lhes concedeu, ainda que eles não tenham
um conhecimento pleno da Salvação.
Pense Nisto: Qual é a diferença entre ouvir a Palavra de Deus e cumprila?
II. Nenhum Outro Nome
(Recapitule com a Unidade de Ação Atos 4:12.)
A Bíblia identifica claramente a Fonte da Salvação. Não é uma ideia. Não
é uma filosofia. Não é um texto sagrado. Não é sequer uma religião. A
única Fonte de Salvação é uma Pessoa – Jesus Cristo.
Em Atos 4, o apóstolo Pedro fala ao Sinédrio, a instituição religiosa
dirigente em Israel. Tanto ele como João falam com tanta confiança e
autoridade e demonstram tal bravura que Lucas afirma que os
dirigentes “se maravilharam” e perceberam “que eles haviam estado
com Jesus” (Atos 4:13).
Repare-se no tema de todos os sermões e discursos de Pedro no livro
de Atos. Não são acerca de filosofia, psicologia ou minúsculos pontos de
exegese. Eles são simples e profundamente a respeito de uma Pessoa –
Aquele que tanto amou e tanto perdoou. Os sermões de Pedro estão
impregnados do tópico “Jesus”. O apóstolo concluiu o seu discurso
diante do Sinédrio fazendo uma declaração que, ainda hoje, é
controversa, quase dois mil anos mais tarde – Jesus é o único nome que
pode trazer Salvação. Esta declaração chocou os dirigentes religiosos do
primeiro século, e continua a escandalizar muita gente nos nossos
dias.
Contudo, esta é a pretensão singular de Jesus, de que Ele é “o caminho,
e a verdade, e a vida” (João 14:6). Deus pode espalhar sementes de
verdade noutras filosofias e noutras religiões e no coração das pessoas,
mas a Salvação vem unicamente através de Jesus.
Pense Nisto: Que resposta daria a alguém que rejeitasse a pretensão
de Jesus como sendo fanática e intolerante para com outros caminhos
religiosos?
3º PASSO – PRATICAR!
Só para o Dinamizador: Pergunte se há alguma diferença entre as
seguintes ideias: (1) pensar que a Igreja é responsável pela missão de
Deus para o mundo e (2) ver a Igreja como sendo participante na missão
mais vasta de Deus no mundo. Se perceberem nisto alguma diferença,
por que razão é importante tal distinção?
Atividade:
Convide sete voluntários para representarem a parábola do Bom
Samaritano de Lucas 10. São precisos participantes para
desempenharem os seguintes papéis:
1.Um narrador.
2.Jesus.
3.O doutor da Lei.
4.O Samaritano (a única parte falada é uma secção do versículo 35).
5.O Levita (ultrapassa o Samaritano pelo outro lado da estrada).
6.O sacerdote (ultrapassa o Samaritano pelo outro lado da estrada).
7.O homem maltratado.
Se não houver membros suficientes, o narrador pode fazer as partes de
Jesus e do doutor da Lei. Depois da representação, peça aos
participantes que descrevam como se sentiram ao desempenharem as
respetivas partes individuais. Faça perguntas concretas. Por exemplo,
pergunte ao homem maltratado como se sentiu deitado no chão, vendo
dois homens a passar sem lhe prestarem auxílio. Que aspeto tinham
eles, do ponto de vista do homem prostrado? Pergunte ao sacerdote e
ao Levita em que é que estavam a pensar quando passaram de lado.
Sentiram, de alguma forma, algum abalo emocional? Tiveram qualquer
sentimento de culpa? Não deixe de perguntar ao doutor da Lei sobre a
forma como se sentiu quando Jesus terminou de contar a história.
Analise com a Unidade de Ação o significado principal desta parábola,
que não tem só a ver com o ser bom para com as pessoas. Ela centra-se
na questão da identidade do nosso próximo e amplia a nossa
compreensão de quem está incluído na vastidão da misericórdia e da
Salvação oferecidas por Deus. Analise o modo como cada pessoa se
sentiu durante a representação. Pergunte a respeito da importância da
resposta dada pelo doutor da Lei à pergunta de Jesus – “O que usou de
misericórdia para com ele” (Lucas 10:37). Será que ele teve pejo até em
pronunciar a palavra “samaritano”? Quem seriam os equivalentes aos
Samaritanos na nossa comunidade de hoje?
4º PASSO – APLICAR!
Só para o Dinamizador: O reconhecimento da provisão de Deus em
favor daqueles que nunca ouviram a história do Evangelho não deve
deixar a Unidade de Ação com uma atitude de: “Ora bem, eu não tenho
de fazer nada, se Deus vai, de algum modo, atender a tudo isso.”
Aproveite esta última parte do estudo da lição para se concentrar nos
benefícios da partilha das Boas-novas, tanto para aqueles que partilham
como para aqueles que as ouvem.
Atividade: Trace duas colunas num quadro a giz ou numa folha em
branco. (Se não tiverem este material, faça simplesmente uma análise
com os membros.) Intitule a coluna 1 como “Partilhar” e a coluna 2
como “Receber”. À medida que forem participando no debate, sintetize
as respetivas ideias no quadro.
Faça os seguintes tipos de perguntas: Que diferenças se operam na vida
de um Cristão quando esta testemunha pessoal partilha a sua fé?
Convide os membros a falarem das respetivas experiências pessoais ou
daquilo que tenham observado nos outros. Será possível alguém ser
Cristão e não falar da sua fé? Porquê?
Depois de analisarem os efeitos do testemunhar sobre a própria pessoa
que partilha, concentrem-se na pessoa que recebe. Que diferença
prática deve ocorrer na vida da pessoa que ouve falar do Evangelho?
Uma vez mais, peça testemunhos pessoais sobre o modo como o ouvir
as Boas-novas afetou a vida dessas pessoas.
Por último, convide a Unidade de Ação a fazer uma lista de maneiras
práticas através das quais se poderão envolver na missão de Deus para
o mundo.
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Lição 13 19 de Setembro a 25 de Tem o Mundo