Lição 13 19 de Setembro a 25 de Tem o Mundo Inteiro de Ouvir? Sábado à tarde LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Atos 4:12; Salmo 87:4-6; João 10:16; Romanos 2:12-16; João 14:6; Romanos 1:18. VERSO ÁUREO: “Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar, segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto, mas que se manifestou agora, e se notificou pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações, para obediência da fé; ao único Deus, sábio, seja dada glória, por Jesus Cristo, para todo o sempre. Ámen.” Romanos 16:25-27. COMO JÁ VIMOS, O SENHOR USA PESSOAS, para levar a mensagem do Evangelho a outras pessoas. Contudo, ao longo de séculos, milhões morreram sem nunca conhecerem o plano bíblico da Salvação. O facto é que a maior parte daqueles que alguma vez viveram não ouviu a história da Redenção ou soube algo acerca das boas-novas da graça de Deus, tal como revelada em Jesus Cristo. Isto conduz a duas interrogações persistentes. Primeira, no dia do julgamento, como é que Deus vai lidar com aqueles milhares de milhões que não O conheceram? Segunda, há Salvação sem a pessoa saber do Plano da Salvação, tal como este se encontra em Jesus? Há quem responda que só há Salvação numa única denominação cristã; em contrapartida, há outras pessoas que acreditam que todas as religiões são de igual modo orientações válidas para se chegar a Deus e à vida eterna. No final de tudo, o ponto essencial a lembrar é que Jesus nos revelou o caráter de Deus, e isso diz-nos muito sobre o Seu amor por toda a Humanidade, bem como sobre o Seu desejo de que sejam salvas tantas pessoas quantas seja possível. Deus é um Deus de justiça, e, como quer que Ele resolva a questão, será ouvido o clamor por todo o Céu: “Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos” (Apoc. 15:3). Ano Bíblico: Joel. SOP: Evangelismo (Livro), (Capítulo) Pregar as Verdades Características, (217) Debaixo do Céu Nenhum Outro Nome Há Domingo, 20 de Setembro. Alguns crentes cristãos têm a convicção de que só poderão ser salvos aqueles que ouvirem e responderem positivamente ao Evangelho cristão. Tais pessoas, por vezes chamadas “exclusivistas”, consideram todas as religiões não-cristãs como um produto de seres humanos caídos, expressando uma rebelião intencional contra Deus. Por este motivo, os não-Cristãos estão, acreditam aquelas pessoas, excluídos da graça redentora de Jesus Cristo. Alguns outros crentes cristãos vão um passo mais além, afirmando que, fora da sua denominação específica e da sua estrutura doutrinária, não existe Salvação, mesmo para outros professos Cristãos. Para esses crentes, as outras denominações, com as respetivas crenças divergentes, colocaram-se fora do cuidado de Deus e não têm possibilidade de entrar no reino dos Céus. Por exemplo, em 1302, na sua bula papal Unam Sanctam, o Papa Bonifácio VIII declarou “que é absolutamente necessário para a Salvação que toda a criatura humana seja sujeita ao pontífice romano”. Alguns Protestantes também ensinaram algo similar a respeito das suas próprias denominações. Leia Atos 4:12. Qual é a mensagem deste texto, e de que maneira devemos entender estas palavras? As palavras das Escrituras, aqui nesta passagem, são muito claras: a Salvação só se encontra em Jesus Cristo, e em mais nenhum outro nome debaixo do céu. É importante, porém, não ler nestas palavras mais do que elas dizem especificamente. Imagine-se uma pessoa num edifício que está a arder. Antes de conseguir fugir, é apanhada pelo fumo e cai inconsciente. Um bombeiro encontra-a no chão, pega nela e trá-la para a rua, onde os médicos assumem os cuidados. Essa pessoa é levada para o hospital e, algumas horas mais tarde, recupera a consciência. O ponto aqui é que esta pessoa, que foi salva, não fazia a menor ideia de quem a salvara. Do mesmo modo, qualquer um que seja salvo – quer antes de Jesus ter vindo em carne ou depois –, será salvo unicamente por Jesus, quer a pessoa tenha ouvido ou não falar do Seu nome ou do Plano da Salvação. “Há, entre os Gentios, pessoas que servem Deus sem o saberem, a quem a mensagem nunca foi levada por instrumentos humanos; estes não perecerão. Embora ignorem a lei escrita de Deus, ouviram a Sua voz a falar-lhes por meio da Natureza e fizeram aquilo que a lei requeria. As suas obras testificam que o Espírito Santo tocou o seu coração, e são reconhecidos como filhos de Deus.” – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 546, ed. P. SerVir. Ano Bíblico: Amós 1-4. Quanto é que uma Pessoa Tem de Saber? Segunda, 21 de Setembro. Continuando a partir do ponto onde ficámos no estudo de domingo, podemos ver que, embora a obra de Cristo proporcione o único meio de Salvação, há quem acredite que não é necessário um conhecimento explícito de Cristo, a fim de uma pessoa ser salva. Isto não significa que a Salvação esteja acessível sem Cristo, mas significa que Deus é capaz e está pronto a aplicar os méritos da obra de Cristo a quem quer que Ele deseje. Há alguns que acreditam que aqueles que não têm conhecimento de Cristo e que nunca foram expostos ao Evangelho, mas que, sob a influência do Espírito Santo, sentem a necessidade de livramento, e atuam em conformidade, serão salvos. A citação de Ellen G. White no final do estudo de ontem tem certamente este significado (pensemos em Job e Melquisedeque). Que luz os seguintes textos irradiam sobre esta ideia? Salmo 87:4-6 João 10:16 Atos 14:17 Atos 17:26-28 Romanos 2:12-16 Deus “recompensará cada um segundo as suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuraram glória, e honra e incorrupção”. Romanos 2:6 e 7. Paulo parece estar aqui a indicar que há alguns fora do Cristianismo que receberão a vida eterna em resultado de um princípio de “obediênciapara-a-vida” (Lev. 18:5). Para aqueles “Gentios” que “demonstram que os requisitos da lei estão escritos no seu coração” porque disso “a sua consciência também testifica” (Rom. 2:15), isso fará a diferença no dia do Juízo, porque essas pessoas responderam à ação do Espírito Santo na sua vida. Uma vez que não conhecemos o coração das pessoas, por que razão devemos ser cautelosos em todos os casos, seja com Cristãos professos seja com não-Cristãos, para não fazer juízos sobre a salvação da sua alma? Ano Bíblico: Amós 5-9. Universalismo e Pluralismo Terça, 22 de Setembro. Há algumas pessoas que ensinam que, no fim, Deus vai salvar todos os seres humanos, independentemente daquilo em que acreditaram ou até da forma como viveram. “Universalismo é a convicção de que todas as pessoas estão tão relacionadas com Deus que vão ser salvas, mesmo que nunca tenham ouvido ou tenham acreditado no Evangelho.” Afinal, João 3:16 declara: “Deus amou o mundo de tal maneira...” Assim sendo, nesta forma de pensar, se Ele ama toda a gente, como é que alguém se pode perder, sobretudo se perder-se significar tormento eterno no inferno? Como é que Deus seria capaz de queimar eternamente alguém a quem Ele ama? Daí que possamos ver como uma doutrina falsa (o tormento eterno) pode conduzir a outra (o universalismo). Aparentado com o universalismo está o “pluralismo”, a convicção de que todas as religiões são válidas de igual modo e conduzem igualmente a Deus e à Salvação. Nenhuma religião é inerentemente melhor do que, ou superior a, qualquer outra religião, pelo menos de acordo com esta teologia. Um pastor de uma igreja na Califórnia escreveu no seu sítio na Internet que a sua congregação “não acredita que o Cristianismo seja superior em qualquer aspeto às outras crenças religiosas”. Para os pluralistas, a vasta gama de crenças e rituais religiosos, de símbolos e de metáforas, são meras diferenças superficiais que escondem uma essência similar no centro de todas as religiões. Os pluralistas realçam, por exemplo, que a maior parte das religiões enfatiza o amor a Deus e o amor aos seres humanos, numa configuração da regra de ouro e da esperança numa vida futura. De acordo com estes crentes, qualquer denominação, no seu cerne, ensina a mesma coisa; daí que todas sejam caminhos válidos para Deus, sendo muito chauvinista e arrogante tentar impor crenças cristãs àqueles que são membros de confissões não-Cristãs. O que tem a Bíblia a dizer, quer sobre o universalismo, quer sobre o pluralismo? João 14:6; Apoc. 20:14 e 15; 21:8; Dan. 12:2; João 3:18; Mat. 7:13 e 14; II Tes. 2:9 e 10. Não há dúvida de que tanto o universalismo como o pluralismo são contrários às Escrituras. Nem toda a gente será salva; e nem todas as profissões de fé conduzem à Salvação. Que resposta daria a alguém que advogue que é arrogante e exclusivista a pretensão de o Cristianismo ser o único caminho verdadeiro para a Salvação (João 14:6)? Partilhe a sua opinião com a sua Unidade de Ação. Ano Bíblico: Obadias e Jonas. Pecadores Necessitados de Graça Quarta, 23 de Setembro. “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” João 3:17. Que esperança grandiosa se encontra neste versículo para toda a Humanidade? De que modo devemos aceitar esta verdade fundamental e, primeiramente, torná-la, de facto, nossa? Em que moldes podemos usá-la para nos motivar a ir ao encontro de outros? De acordo com a Bíblia, somos todos pecadores (Rom. 3:23), e é desejo de Deus que todos se arrependam (Atos 17:30; 26:20; II Pedro 3:9) e sejam salvos (I Tim. 2:4). Logo a partir do Éden, o propósito de Deus tem sido o de salvar a Humanidade da devastação e, em última instância, da morte eterna que o pecado e a rebelião trouxeram à Humanidade. De que prova maior precisamos nós do que a da Cruz para nos mostrar o amor de Deus por nós e o Seu desejo de nos salvar? No entanto, as Escrituras são claras ao afirmar que Deus não vai salvar aqueles que abertamente se rebelam contra Ele. Leia Génesis 6:11-13; Romanos 1:18; II Tessalonicenses 2:12; Apocalipse 21:8; 22:15. Que aviso muito sério se encontra nestes versículos? Deus ama todas as pessoas, mas todas as pessoas são pecadoras necessitadas de graça, e esta graça foi revelada em Jesus. Ele chamou a Sua Igreja para espalhar as boas-novas desta graça em todo o mundo. “A Igreja é o meio que Deus escolheu para a salvação dos homens. Foi organizada para servir, e a sua missão é levar o Evangelho ao mundo. Desde o princípio que o plano de Deus é que a Sua grandeza e os Seus recursos sejam refletidos no mundo através da Sua Igreja. É aos membros da Igreja, a quem Ele chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz, que compete manifestar a Sua glória. A Igreja é a depositária das riquezas da graça de Cristo e através dela será, no momento próprio, manifestada, mesmo aos ‘principados e potestades do céu’ (Efé. 3:10), a última e total demonstração do amor de Deus.” – Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 9, ed. P. SerVir. Em que aspetos pode (não o pastor, não o ancião, não o diácono, mas você pessoalmente) mais amplamente “manifestar a Sua glória” diante de um mundo a perecer? O que tem de mudar na sua vida a fim de poder fazer isto? Ano Bíblico: Miqueias 1-4. O Chamado para a Missão Quinta, 24 de Setembro. “Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser, também, participante dele” (I Cor. 9:22 e 23). Que princípio importante defende Paulo neste texto, e de que modo refletimos nós a mesma atitude na nossa vida? O Senhor das missões, na Sua sabedoria, escolheu atuar por meio de seres humanos a fim de levar ao mundo a mensagem de perdão e Salvação. Deus escolhe homens e mulheres, apesar das suas fraquezas, para atuarem em conjunto com o Espírito Santo e com os anjos. Israel devia ser a “luz” estável de Deus nos tempos do Velho Testamento, mas, com demasiada frequência, o povo pôs a sua lâmpada “debaixo do alqueire” (Mat. 5:15). Muitas foram as vezes em que as bênçãos que o povo recebia ficavam retidas no seio de Israel. Em vez de se misturarem e partilharem, isolavam-se das nações a fim de evitarem a “contaminação”. O plano seguinte que Deus lançou para a missão mundial traçou o método do sal – ir “e ensinar todas as nações” (Mat. 28:19; Marcos 16:15, 20; Atos 1:8). A história das missões cristãs irradia com histórias de abnegados missionários que foram como sal para o mundo, levando o Evangelho da vida a indivíduos, a comunidades e, por vezes, a nações inteiras. Contudo, tal como com o antigo Israel, com demasiada frequência estes sucessos nas missões foram obscurecidos por erros humanos dos próprios missionários e dos seus projetos missionários em geral. Entre estes erros humanos contam-se: (1) planeamento deficiente para trabalho de divulgação e uma compreensão inadequada da tarefa; (2) uma concentração limitada da missão unicamente na educação, nos cuidados sanitários, no socorro nas calamidades, ou no desenvolvimento, ofuscando a pregação do Evangelho; (3) falta de fundos e de pessoal por parte das organizações patrocinadoras; (4) missionários sem qualificações para a tarefa; e (5) nações que proíbem a pregação do Evangelho. Naturalmente, nunca ninguém disse que iria ser fácil. Estamos no meio de um grande conflito, e o inimigo atuará de todas as maneiras que puder para contrariar os nossos esforços de divulgação, quer seja nas nossas próprias comunidades quer seja nos cantos mais remotos do mundo. Nós, porém, não nos devemos deixar desencorajar, pois foramnos dadas muitas promessas maravilhosas de poder, e podemos estar certos de que Deus vai cumprir os Seus propósitos na Terra. Tal como nos foi dito: “Assim será a palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes, fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei.” Isaías 55:11. Ano Bíblico: Miqueias 5-7. Sexta, 25 de Setembro. ESTUDO ADICIONAL: Ellen G. White, “O Monte das Oliveiras”, em O Desejado de Todas as Nações”, p. 535, ed. P. SerVir; “Rápido Preparo para a Obra”, em Fundamentos de Educação Cristã, p. 334; “Expansão do Trabalho em Campos Estrangeiros”, Testemunhos Para a Igreja, vol. 6, p. 23. O Novo Testamento emprega dois substantivos, acompanhados do adjetivo “todo” para exprimir o alcance mundial da missão cristã: “todo o mundo [kosmos]”, em Mateus 26:13; Marcos 14:9; 16:15; e “todo o mundo [oikoumenê]”, em Mateus 24:14. Enquanto cosmos, o termo mais geral para o âmbito da existência ordenada, significa o Planeta (com aproximadamente cento e cinquenta ocorrências no Novo Testamento), o termo mais específico oikoumenê centra-se nos habitantes humanos do mundo. Qual era o alcance dimensional de “todo o mundo” para os primeiros Cristãos? Poucos anos após a crucificação, eles tinham chegado a terras atuais como o Chipre, o Líbano, a Síria, a Turquia, a Macedónia, a Grécia e a Itália. Há evidências de que eles divulgaram o Evangelho por pontos tão distantes como o Sul da Rússia, no Norte, a Etiópia, no Sul, a Índia, no Oriente, e a Espanha, no Ocidente. Acreditavam os primeiros missionários Cristãos que tinham de alcançar o mundo inteiro com o Evangelho? De acordo com o livro de Atos dos Apóstolos, o Espírito Santo, no dia de Pentecostes, dia do “aniversário” da Igreja Cristã, começou a proclamar “as grandezas de Deus” a visitantes de uma lista de nações, regiões geográficas e grupos étnicos (Atos 2:5-11). Desde o seu primeiro dia de existência, a Igreja Cristã tem tido consciência da extensão mundial da sua missão. Se os crentes tiveram naquele tempo esse entendimento, quanto mais devemos nós tê-lo, hoje em dia? PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: Recapitulem na Unidade de Ação as respostas à pergunta final do estudo da secção de terça-feira, sobre as pretensões cristãs serem exclusivistas e arrogantes. O exclusivismo tem necessariamente de significar arrogância? Se não, porquê? O entendimento da Igreja quanto ao tamanho e alcance de “todo o mundo” tem-se expandido desde o dia de Pentecostes. A comissão evangélica dada por Jesus, de ir a “todas as nações”, ensinando-as (Mat. 28:19), continua a ser uma verdade presente para a Igreja até que Cristo volte. Até que ponto a proclamação das mensagens dos três anjos de Apocalipse 14:6-12 se enquadra na Grande Comissão? Que resposta teria para esta pergunta: Se as pessoas podem salvarse sem alguma vez ouvirem falar do Evangelho, qual é a necessidade de arriscar a vida a fim de o levar a outras pessoas? Ano Bíblico: Naum. Comentários de EGW, Leitura Adicional: O Desejado de Todas as Nações, p. 540, ed. P. SerVir; “Rápido Preparo Para a Obra”, Fundamentos da Educação Cristã, p. 335. Moderador Texto-Chave: Mateus 8:5-13. Com o Estudo desta Lição, o Membro da Unidade de Ação Vai: Aprender: A compreender que a Salvação oferecida por Deus não se limita a qualquer grupo religioso especial e não está presa a qualquer cultura ou grupo de pessoas em particular. Sentir: Compaixão por aquelas pessoas que ainda não ouviram as Boas-novas acerca de Jesus. Fazer: Identificar passos específicos para partilhar as Boas-novas com vizinhos e amigos oriundos de diferentes contextos culturais. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: O Amor de Deus por Toda a Gente. A. O que é que a descrição de Abraão como pai de “muitas nações” nos diz a respeito da missão de Deus na Terra (Gén. 17:4-6)? B. Profetas como Isaías têm em comum a visão de Israel a tornar-se num povo missionário. Quais foram os pormenores dessa visão (ver, por exemplo, Isa. 52:10), e em que termos reagiu Israel? C. Jesus falou não apenas para os justos, mas também para os pecadores (Lucas 15:2). O que é que as seguintes passagens nos dizem sobre a atitude de Jesus para com os Gentios e acerca da Sua visão quanto aos que são os salvos (Marcos 5:1-20; Lucas 17:11-19; Mat. 8:11; 15:21-28)? D. Em que aspetos os apóstolos Pedro (Atos 10) e Paulo (Rom. 11:13) desenvolveram a compreensão que tinham da missão de Deus? II. Sentir: A Responsabilidade por Grupos de Pessoas Ainda Não Contactadas. A. Como é que se sente ao ler sobre a dedicação total e o sacrifício do apóstolo Paulo na partilha das Boas-novas com pessoas não-judias? B. O que é que mais aprecia acerca de Jesus ao ler sobre o modo como Ele tratou pessoas não-judias? III. Fazer: Ter Parte na Sua Missão Intercultural. A. Pense em colegas de trabalho ou vizinhos de diferentes contextos culturais que possa ter. Que passos práticos pode dar esta semana para começar a construir pontes e amizades mais próximas com essas pessoas? Até que ponto consegue tornar o trabalho missionário intercultural numa parte regular da sua vida pessoal de oração? Sumário: Somos convidados, como discípulos de Jesus, a amar todas as pessoas tal como Ele amou e a unirmo-nos à Sua missão de partilha da Salvação com todos os grupos de pessoas. CICLO DA APRENDIZAGEM 1º PASSO – MOTIVAR! Realce da Escritura: Romanos 2:12-16. Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: Deus, no Seu infinito amor e na Sua justiça, acabará por salvar muitos indivíduos que nunca ouviram o nome de Jesus, mas tal não diminui de maneira alguma o mandato que Deus nos deu para ir ensinar todas as nações, fazendo discípulos. Só para o Dinamizador: A lição desta semana aborda um tópico sensível que tem provocado acesos debates entre os teólogos ao longo dos séculos. A Bíblia revela certos princípios-chave sobre a forma como Deus vai realizar a Sua missão no mundo, mas é melhor que sejamos cautelosos a respeito de coisas específicas que não foram reveladas. Devido à graça que receberam, os Cristãos aceitam alegremente a Grande Comissão que lhes foi atribuída de irem a todo o mundo, fazendo discípulos. Fazem-nos, mesmo sabendo que o amor insondável de Deus e a Sua infindável misericórdia vão chegar de diferentes maneiras àqueles que nunca irão ouvir a história do Evangelho. Atividade de Abertura: Há muitas histórias populares que se baseiam no conceito de “bonzinhos versus “mauzões” ou “do tipo bom” e “do tipo mau”. Contudo, em muitas das histórias que Jesus contou, Ele complicou os arranjos e misturou “bonzinhos” e “mauzões” de modos que ninguém teria esperado. Analisem as seguintes histórias: os dois irmãos – ilustrando a forma como alguns pecadores entrarão no Céu à frente dos dirigentes religiosos (Mat. 21:28-32); o Bom Samaritano – quando um desprezado samaritano é o herói (Lucas 10:25-37); o banquete nupcial – quando os convidados da primeira lista ficam de fora (Mat. 22:1-10). Analise com a Unidade de Ação a importância destas histórias. O que nos dizem acerca da maneira como Deus conduz a Sua missão na Terra? 2º PASSO – ANALISAR! Só para o Dinamizador: Qual é o equilíbrio certo entre a graça e a misericórdia de Deus, que todos envolve, e o ensino muito claro de que nem todas as pessoas irão ser salvas? Em que termos apresentamos os ditames singulares do Evangelho sem darmos a aparência de que somos arrogantes e intolerantes para com os outros e as suas crenças? COMENTÁRIO BÍBLICO I. O Ouvir em Contraste com O Fazer (Recapitule com a Unidade de Ação Romanos 2:12-16.) O apóstolo Paulo faz, nesta passagem, uma distinção entre aqueles que ouvem e aqueles que fazem. Aos olhos de Deus, de acordo com Paulo, há um fosso enorme entre os dois grupos. Deus considera justos aqueles que obedecem à Lei, não aqueles que ouvem a Lei. Esta distinção entre o ouvir e o fazer é um tema bíblico bem conhecido. O apóstolo Tiago contrasta “Aquele que se contenta com o ouvir e não põe em prática a palavra” (Tiago 1:23, TIC) e faz este aviso: “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22). Paulo refere-se às pessoas que “confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras” (Tito 1:16). O próprio Senhor Jesus disse: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mat. 7:21). Na passagem que estamos a recapitular, o apóstolo Paulo adapta um pouco as palavras de Jesus e sugere que haverá pessoas que entrarão no reino do Céu que nunca terão dito “Senhor, Senhor”. Estas pessoas nunca tiveram a oportunidade de ouvir acerca de Jesus, ou da história da Salvação, mas deram ouvidos à sua consciência, concedida por Deus, e deram cumprimento ao que iam ouvindo. Aos olhos de Deus, isso é realmente o que conta. Como Ellen G. White diz, uma pessoa assim “encontra-se em condições mais favoráveis” do que os chamados Cristãos que “na sua vida diária contradizem a sua profissão de fé”. – O Desejado de Todas as Nações, p. 189, ed. P. SerVir. As igrejas estão cheias de gente que tem ouvido centenas de sermões, que ouve a Escritura a ser lida publicamente todas as semanas, mas cuja vida e atos continuam inalterados. De acordo com o apóstolo Pedro, embora tenham o conhecimento, são “ociosos” e “estéreis” nesse conhecimento (II Pedro 1:8). Aquilo em que acreditamos é importante. Em quem nós cremos é essencial. Porém, se as nossas crenças forem meramente intelectuais e não fizerem qualquer diferença na nossa vida, são inúteis. Ora, na amplidão da Sua misericórdia, Deus faz provisão para aqueles indivíduos de entre os Seus preciosos filhos que têm agido de acordo com a consciência que Deus lhes concedeu, ainda que eles não tenham um conhecimento pleno da Salvação. Pense Nisto: Qual é a diferença entre ouvir a Palavra de Deus e cumprila? II. Nenhum Outro Nome (Recapitule com a Unidade de Ação Atos 4:12.) A Bíblia identifica claramente a Fonte da Salvação. Não é uma ideia. Não é uma filosofia. Não é um texto sagrado. Não é sequer uma religião. A única Fonte de Salvação é uma Pessoa – Jesus Cristo. Em Atos 4, o apóstolo Pedro fala ao Sinédrio, a instituição religiosa dirigente em Israel. Tanto ele como João falam com tanta confiança e autoridade e demonstram tal bravura que Lucas afirma que os dirigentes “se maravilharam” e perceberam “que eles haviam estado com Jesus” (Atos 4:13). Repare-se no tema de todos os sermões e discursos de Pedro no livro de Atos. Não são acerca de filosofia, psicologia ou minúsculos pontos de exegese. Eles são simples e profundamente a respeito de uma Pessoa – Aquele que tanto amou e tanto perdoou. Os sermões de Pedro estão impregnados do tópico “Jesus”. O apóstolo concluiu o seu discurso diante do Sinédrio fazendo uma declaração que, ainda hoje, é controversa, quase dois mil anos mais tarde – Jesus é o único nome que pode trazer Salvação. Esta declaração chocou os dirigentes religiosos do primeiro século, e continua a escandalizar muita gente nos nossos dias. Contudo, esta é a pretensão singular de Jesus, de que Ele é “o caminho, e a verdade, e a vida” (João 14:6). Deus pode espalhar sementes de verdade noutras filosofias e noutras religiões e no coração das pessoas, mas a Salvação vem unicamente através de Jesus. Pense Nisto: Que resposta daria a alguém que rejeitasse a pretensão de Jesus como sendo fanática e intolerante para com outros caminhos religiosos? 3º PASSO – PRATICAR! Só para o Dinamizador: Pergunte se há alguma diferença entre as seguintes ideias: (1) pensar que a Igreja é responsável pela missão de Deus para o mundo e (2) ver a Igreja como sendo participante na missão mais vasta de Deus no mundo. Se perceberem nisto alguma diferença, por que razão é importante tal distinção? Atividade: Convide sete voluntários para representarem a parábola do Bom Samaritano de Lucas 10. São precisos participantes para desempenharem os seguintes papéis: 1.Um narrador. 2.Jesus. 3.O doutor da Lei. 4.O Samaritano (a única parte falada é uma secção do versículo 35). 5.O Levita (ultrapassa o Samaritano pelo outro lado da estrada). 6.O sacerdote (ultrapassa o Samaritano pelo outro lado da estrada). 7.O homem maltratado. Se não houver membros suficientes, o narrador pode fazer as partes de Jesus e do doutor da Lei. Depois da representação, peça aos participantes que descrevam como se sentiram ao desempenharem as respetivas partes individuais. Faça perguntas concretas. Por exemplo, pergunte ao homem maltratado como se sentiu deitado no chão, vendo dois homens a passar sem lhe prestarem auxílio. Que aspeto tinham eles, do ponto de vista do homem prostrado? Pergunte ao sacerdote e ao Levita em que é que estavam a pensar quando passaram de lado. Sentiram, de alguma forma, algum abalo emocional? Tiveram qualquer sentimento de culpa? Não deixe de perguntar ao doutor da Lei sobre a forma como se sentiu quando Jesus terminou de contar a história. Analise com a Unidade de Ação o significado principal desta parábola, que não tem só a ver com o ser bom para com as pessoas. Ela centra-se na questão da identidade do nosso próximo e amplia a nossa compreensão de quem está incluído na vastidão da misericórdia e da Salvação oferecidas por Deus. Analise o modo como cada pessoa se sentiu durante a representação. Pergunte a respeito da importância da resposta dada pelo doutor da Lei à pergunta de Jesus – “O que usou de misericórdia para com ele” (Lucas 10:37). Será que ele teve pejo até em pronunciar a palavra “samaritano”? Quem seriam os equivalentes aos Samaritanos na nossa comunidade de hoje? 4º PASSO – APLICAR! Só para o Dinamizador: O reconhecimento da provisão de Deus em favor daqueles que nunca ouviram a história do Evangelho não deve deixar a Unidade de Ação com uma atitude de: “Ora bem, eu não tenho de fazer nada, se Deus vai, de algum modo, atender a tudo isso.” Aproveite esta última parte do estudo da lição para se concentrar nos benefícios da partilha das Boas-novas, tanto para aqueles que partilham como para aqueles que as ouvem. Atividade: Trace duas colunas num quadro a giz ou numa folha em branco. (Se não tiverem este material, faça simplesmente uma análise com os membros.) Intitule a coluna 1 como “Partilhar” e a coluna 2 como “Receber”. À medida que forem participando no debate, sintetize as respetivas ideias no quadro. Faça os seguintes tipos de perguntas: Que diferenças se operam na vida de um Cristão quando esta testemunha pessoal partilha a sua fé? Convide os membros a falarem das respetivas experiências pessoais ou daquilo que tenham observado nos outros. Será possível alguém ser Cristão e não falar da sua fé? Porquê? Depois de analisarem os efeitos do testemunhar sobre a própria pessoa que partilha, concentrem-se na pessoa que recebe. Que diferença prática deve ocorrer na vida da pessoa que ouve falar do Evangelho? Uma vez mais, peça testemunhos pessoais sobre o modo como o ouvir as Boas-novas afetou a vida dessas pessoas. Por último, convide a Unidade de Ação a fazer uma lista de maneiras práticas através das quais se poderão envolver na missão de Deus para o mundo.