DRR Intro v4 3/18/11 12:30 PM Page 1 C M Y CM MY CY CMY K Introdução Notas para os Leitores e Formadores Agradecimentos Sempre Alerta: Redução do Risco de Calamidades - programa de formação produzido pela Organização Internacional de Migração (OIM) em Moçambique, como parte do programa das Nações Unidas sobre a Redução do Risco de Calamidades, em colaboração com o Instituto de Comunicação Social (ICS), Instituto Nacional de Gestão das Calamadidas (INGC), e estações parceiras. Foi composto e editado pela CMFD (Mídia Communitária Para Desenvolvimento) Produções. Composite DRR Intro v4 3/18/11 12:30 PM Page 2 C M Y CM MY CY CMY K Módulo 1 Historial Nos últimos anos, Moçambique tem dado passos largos para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, na redução da insegurança humana e da pobreza absoluta. Ainda assim, é um dos países menos desenvolvidos do mundo, estando na posição 165 dos 169 países, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano de 2010. As frequentes calamidades naturais devastadoras criam um desafio significante para o desenvolvimento. Ao mesmo tempo, a pobreza faz com que as comunidades sejam mais vulneráveis aos riscos das calamidades. O Governo de Moçambique (GoM) reconheceu que diminuir a vulnerabilidade do país às calamidades é fundamental para um desenvolvimento sustentável. Por exemplo, a gestão de calamidades figura com grande destaque no segundo Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta (PARPA II) do governo. As rádios comunitárias criam um elo de ligação para a difusão de informação local apropriada sobre Redução de Risco de Calamidades (RRC). A Organização Internacional de Migração (OIM) em Moçambique, no âmbito do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre a Redução de Risco de Calamidades, tem estado a trabalhar para fortificar a capacidade de RRC no sector das rádios comunitárias em Moçambique, especialmente nas áreas vulneráveis, como os vales de Zambeze e Limpopo. As rádios comunitárias são uma ferramenta vital para os avisos prévios, o que pode mitigar as chances das populações ficarem desalojadas nas regiões de risco. A rádio pode ser também fonte de educação, informação e de abertura de diálogo sobre a mitigação, preparação, resposta e recuperação. Os módulos de formação que se encontram neste manual foram criados para apoiar uma trasmissão criativa e contínua de RRC nas rádios comunitárias, e orientar conteúdos de produção relacionados com a RRC em Moçambique. A informação, programação de idéias e as actividades de formação providenciadas podem e devem ser adaptadas aos contextos locais, e seus objectivos de aprendizagem. O foco está na transmissão em volta de redução de risco de calamidades, apesar de que muitos principios podem ser aplicados a qualquer tipo de reportagem, especialmente relacionadas a assuntos humanitários e de desenvolvimento. Porquê este manual? Este manual foi criado para: · Dar às rádios comunitárias conhecimento, habilidades, historiais de informação e ideias para incorporar os conteúdos de RRC nas transmissões. · Fornecer dados e contactos para o acesso atempadode informação actualizada no caso de emergência. · Orientar os gestores das rádios comunitárias, os directores de programas, produtores e apresentadores sobre como incluir programas de RRC na rádio. · Dar um esboço de formação e recursos para conduzir um treino de base para a comunidade em volta da trasmissão radiofónica de RRC. · Oferecer uma estrutura de monitoria e avaliação clara para avaliar o impacto e efeitos dos trabalhos da OIM e outros parceiros de trabalho na mídia e em RRC. Acima de tudo, os módulos de formação têm a intenção de inspirar uma maior veracidade, diversidade e criatividade na trasmissão de RRC. 2 Composite Introdução Notas para os Leitores e Formadores DRR Intro v4 3/18/11 12:30 PM Page 3 C M Y CM MY CY CMY K Secção 1 Introdução à Redução do Risco das Calamidades Grupo Alvo O manual tem como alvo gestores de rádios, jornalistas, produtores e apresentadores, que trabalham nas rádios comunitárias. Os módulos contém algumas bases para noticiários e experiências em transmissão. O quê é que está no manual? Este manual é essencialmente constituido por uma série de módulos de formação que cobrem vários aspectos temáticos de jornalismo e radiodifusão sobre a redução de risco de calamidades. Notas para formadores e fichas de exercícios também são providenciados para complementar o manual como uma ferramentas de formação. Tem uma lista de endereços chave para ajudar os jornalistas a estarem em contacto com outras fontes que trabalham na área de RRC. Cada módulo tem o mesmo formato básico. Os objectivos de aprendizagem determinam o que o módulo pretende alcançar. Cada módulo contém: · · · · · · · · · Informação sobre programação RRC: Esta informação destina-se a sustentar o conteúdo do guião e providenciar aos produtores de rádio idéias do que comunicar aos ouvintes sobre o tópico temático. Ideias de programas: Idéias específicas para noticiários e alguns programas de RRC. Pontos a ponderar: Questões para reflexão e debate. Exercícios: Actividades práticas para por a aprendizagem em prática. Glossário:Definições e terminólogias chave de palavras de RRC. RRC em acção: Exemplos reais de programas radiofónicos de RRC. Apêndices: Planificação de fichas de exercícios para desenvolver idéias de programação. Sessões de formação e exemplos: Uma série de exemplos e sessão de formação. Pré e pós testes para os formadores: Para a certificação de que os objectivos de aprendizagem são cumpridos, peça aos participantes para preencherem os pré-testes de todos os módulos de formação, que vais cobrir antes de começares com os pós-testes. Isso ajudará a medir a aprendizagem. Como usar este manual Jornalistas e produtores individuais podem usar este manual para auto-estudo, lendo o conteúdo para ter idéias e conhecimento sobre como fazer reportagem sobre a redução de risco de calamidades. Os que estiverem a usar somente o manual tirarão maior proveito não só lendo, mas também reflectindonos pontos a ponderar e fazendo os exercícios. O principal propósito destes módulos é que sejam usados pelos formadores para facilitar as sessões de formação. Contém amostras de sessões de formação para pequenos workshops para os formadores, que inclui o uso dos pontos a ponderar e fazer os exercícios e as outras actividades. No entanto, os formadores são aconselhados a adaptarem, expandirem e usar o material à medida que for preciso para acomodar a necessidade da formação. A informação em cada módulo pode ser usada para facilitar vários workshops de formação. Iniciar Para criar e conduzir um treino eficaz, os facilitadores são encorajados a: 1. Previamente ler todo o manual . 2. Rever os exemplos de formação no fim de cada módulo, adaptar consoante as necessidades e os objectivos do grupo alvo e do tempo disponível. 3. Planear sessões que especificamente designadas para o grupo de formação, tendo em conta: · Quais são os objectivos da formação? · Que leituras e actividades podem ser feitas para alcançar esses objectivos? · Que materiais e preparação são precisos? Notas para os Leitores e Formadores Composite Introdução 3 DRR Intro v4 3/18/11 12:30 PM Page 4 C M Y CM MY CY CMY K Metódos de formação Durante a condução da formação, os facilitadores podem usar uma variedade de metódos. Alguns estão inclusos na sessão de planificação; mas para formações mais longas, mais actividades podem ser incorporadas. Os metódos disponíveis para os formadores incluem, mas não excepcionalmente, os seguintes. · Aula/ Apresentaçõess: A aprendizagem é melhor quando é interactiva. Use aulas ou apresentações somente quando há nova informação que seja difícil de apresentar de uma outra maneira. · Oradores convidados:Muita informação sobre RRC é específica, por exemplo, técnicas de agricultura ou construção. Tenha convidados para compartilharem estas informações. Isto também vai ajudar a criar contactos pessoais entre a estação de rádio e os especialistas, e assim podem chamar-lhes de novo quando há programas a serem feitos. · Perguntas e Respostas: Os participantes fazem perguntas ao facilitador, oradores convidados ou uns aos outros. É ideal quando uma pessoa compartilha uma opinião especializada. · Discussão em grupo: Isto permite a todos os participantes oferecerem os seus conhecimentos e experiências. Como facilitador, certifique-se de que todos os participantes falam, e a sessão não é dominada pelos mais activos. · Chuva de idéias (brainstorming): É uma maneira ideal de por as pessoas a pensarem em novas idéias. Escrever num papel de cartolina vai ajudar as pessoas a manterem-se engajadas. Ou peça as pessoas para trabalharem individualmente ou em grupos pequenos para que cada um tenha ideias que possam ser usadas ao todo. · Exercícios Individuais: Os participantes podem ser de sítios diferentes e terem diferentes funções nas suas estações. Exercícios individuais permitem que cada um possa aplicar o que foi aprendido na sua situação particular e também força os participantes mais calados a engajarem-se com o material. · Visitas de campo: Visita de campo ajuda as pessoas a entenderem a realidade no terreno. Isto pode incluir visitas a uma organização de RRC, centro de informação, ou a um projecto comunitário. Fazer com que os participantes façam relatório da visita, fará com que eles ponham em práctica o que aprenderam. · Casos de estudos: Casos de estudos reais ou inventados podem ser usados para analisar a situação e exercitar a resolução de problemas. Fazendo perguntas como, "o que terias feito?" ou "como resolverias esta situação?" Os facilitadores podem ajudar aos participantes a pensarem e aplicarem o conhecimento nas suas próprias experiências. · Simulações ou Encenações: Podes pedir aos participantes para encenarem uma situação, permitindo-lhes ganhar experiência prática em circustâncias que ainda não aconteceram. Isto pode ser tão simples como encenar uma entrevista simulando uma situação de crise. Os facilitadores devem lembrar o seguinte: · Os adultos aprendem muito pouco escutando ou lendo. Permita que os participantes ponham em prática o que aprenderam, use exercícios práticos e interactivos para ajudar a absorver a informação. · Os participantes das rádios comunitárias têm muito conhecimento e informação para compartilhar. Lembra-te de enfatizar a compartilha de experiências e aprendizagem mútua, e use os conhecimentos e habilidades existentes. · A aprendizagem activa é melhor, diversifique as tuas actividades. · Seja flexível, fique atento à disposição e ao ritmo dos participantes. Poderás precisar de dar a aula mais devagar, mais rápido ou mudar as actividades se for necessário. · Diversifique as actividades de formação. Acompanhamento contínuo Dependendo do programa de formação, este manual pode ser usado para workshops, ou para apoiar um programa de formação contínua. Será ideal em qualquer das situações, que os formandos recebam um apoio contínuo e acompanhamento. Apesar dos formandos sairem da formação com novas habilidades e o entusiasmo de porem o que aprenderam em uso, muitas vezes eles precisam de apoio quando retornam à rádio para porem o que aprenderam em prática. Ao fazer o programa de formação, tenha em mente como alcançar este objectivo. Pode-se pensar num acompanhamento contínuo baseado na estação de rádio, ou, se isso não for possível, num sistema de verificação via telefónica. 4 Composite Introdução Notas para os Leitores e Formadores