Ho 212* \ UNIVERSIDADE FEDERAL.DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSOVDE'MEDICINA DEPARTAMENTO DE.TOCOGINECOLOGIA MORTALIDADE MATERNA E FETAL EM PACIENTES COM ECLÂMPSIA NA MATERNIDADE CARMELA ÕUTRA / Autores .z\ DDO. DARIO ANTONIO DA SILVA MATTOS I /\ « DDO. EVALDO DOS SANTOS , \ Orientador \ ' ' DR. JORGE ABI SAAB NETO FLORIANÓPOLIS Nov / 90 ` ` N* Q) s › fa* SUMÁRIO AGRADECIMENTO RESUMO Olounooolooonnnuooooiuoln nnoonoou - CASUÍSTICA E MÉTODOS ......... Ioooooonuounnøoo ou ~ o ......... ... asia Q .VIuoooiáøøonocnvløouononU n ao n n nun ovuouv 3 5 ouoonoooouoouøo Àusnococoonouøcnuuccoooooooucunonnuno REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . n Q AGRADECIMENTO Os autores agradecem ao seu orientador pela dedicação na rea lização deste trabalho, da Serviço de Arquivo Médico especialmente na pessoa do Sr. JO e ao Maternidade Carmela Dutra SÉ CÓRDOVA, pela importante colaboração prestada. ¡ / RESUMO Os autores pesquisaram retrospectivamente os prontuários de todos os casos de eclämpsia arquivados no Serviço de Arquivo Médico (SAME) da Maternidade Carmela Dutra de - SC, Florianópolis no período de 01.01.82 à 31.12.89. Neste periodo houve um total de 47 casos de eclâmpsia em com um coeficiente de eclâmpsia 9,34%.. . por 50.339 10.000 nascimentos nascimentos de Não foi registrado nenhum óbito materno. pa- Das cientes 65,96% eram primigestas, 76,60% tiveram parto operatório e o tratamento com o esquema de Pritchard mostrou-se mais eficaz no controle das crises convulsivas, que o coquetel lítico de Laborie e/ou diazepínicos. Quanto aos recém- -nascidos 65,96% nasceram a termo; 72,34% tiveram um do 59 minutoÍè 7; 74,47% foram classificados como adequados para a idade gestacional. A mortalidade 6,38%. perinatal apgar foi de ` ...:]__. 1 - INTRODUÇÃO Nosso objetivo na elaboração do presente foi verificar as taxas de mortalidade materna trabalho perinatal na Maternidade Carmela Dutra de Florianopolis relacionadas à eclãmpsia, no período de janeiro de 1982 a dezembro de 1989. e doença hipertensiva específica da gravidez, após a instalação das crises convulsivas o prognós Sabemos que na ~ ~ tico em relaçao a mae e ao feto se tornam reservados, e que imediata de uma terapêutica eficaz se faz necessária para minimizar as conseqüências advindas deste quadro. Na tentativa de controlar as convulsões, até 1985, na Maternidade Carmela Dutra, eram administradas associações de drogas de efeito sedativo constituintes do coquetel lítia aplicação co de Laborie (clorpromazina, prometazina e meperidina) e/ou diazepínicos das, porém e, gestantes mantinham-se com um nivel de cons- as ciência baixo com freqüência, as convulsões eram controla- e tornava-se difícil discernir se este era conseqüência da medicação ou advindo quadro ~ da da evoluçao ` eclãmpsia; Os recém-nascidos também sofriam pela ação destes fármacos que tinham uma ação depressora sobre o sistema nervoso central. ' A partir de 1985 foi adotado na Maternidade Carmela Dutra como esquema único de tratamento de eclâmpsia o sul fato de magnésio .heptahidratado (MgSO4 7H2O) segundo esque~ ma de Pritchard 9 visto que os efeitos acima citados nao se . . . . . , faziam presentes, levando a uma melhor evolução de cada SO. V ca- ._2_ 9 esquema de Pritchard consiste em administrar a injeção intravenosa inicial de 4 g de sulfato de magnésio pa ra estabelecer imediatamente um nível terapêutico que é em O . . . . ~ seguida mantido pela administraçao intramuscular quase simul tânea de 10 g do composto, seguida de 5 g por via intramuscu ' lar a cada quatro horas. Com este esquema os níveis plasmá- ticos terapeuticamente eficazes são de 4 a 6 mEq por litro, sendo os niveis antes do tratamento menores de_2 mEq por li~ tro. A ação curarizante do sulfato de magnésio acontece quan do os níveis de magnésio do plasma forem superiores a 10 mEq /litro, identificando-se iminente toxidez a do sulfato de magnésio pela abolição do reflexo patelar, visto que um ~ maior aumento nestes niveis levará a depressao respiratória. A excreção renal do sulfato de magnésio administra do por via parenteral é rápida, e*possui também uma ação hi~ potensora leve, tornando seguro cientes eclâmpticas. . o uso deste fármaco em pa- _3__ 2 - CASUÍSTICA E MÉTODOS Pesquisou-se Serviço de Arquivo Médico (SAME) no da Maternidade Carmela Dutra de rios das pacientes internadas Florianópolis, os prontuá- eclâmpsia no periodo de O1 de janeiro de 1982 até 30 de dezembro de 1989. O diagnóstico de eclâmpsia foi dado para as pacien tes gestantes hipertensas com uma idade gestacional de 20 ou mais semanas que apresentaram crises convulsivas na ausência por de alguma outra patologia que as produzissem. método de estudo utilizado foi a análise retrospectiva dos prontuários mediante a um protocolo pré-estabelg cido (em anexo); Os dados relativos à história familiar, faO tores predisponentes, sinais e sintomas premunitórios insuficiência ratório tiveram que ser excluídos por dos. labg e de da ` V A titulo de análise de variáveis como apgar núme ro de convulsões após início do tratamento, foram divididas as pacientes em dois grupos quanto ao tipo de tratamento anticonvulsivante: Grupo I: relaciona-se a pacientes com coquetel litico de Laborie e/ou diazepínicos, II: as pacientes tratadas com sulfato de magnésio e tratadas e o Grupo heptahi- dratado segundo esquema de Pritchard, Para melhor análise das cifras tensionais, foi usa da a pressão arterial média (PAM), cuja fórmula é: , r PAM _ ÊA SISTOLICA + 2 X 3 PA DIASTOLICA g . _ 4 _ PROTOCOLO Nome: Idade: ~ N2 protocolo: N9 prontuário: Ne gestações anteriores . . Hist. familiar: Idade gestacional: Data de internação: Data de alta Fatores predisponentes: primípara jovem primipara idosa multípara gemelidade mola hidatiforme poliidramnio hidropsia fetal diabetes mellitus doença hipertensiva vascular renal Na internação: a) PA b) Sinais e sintomas pre munitorios Sim ~ n9 c) Crises convulsivas Não d) Laboratório Proteinúria (lã e últ ima) Contagem de plaquetas Exames de função renal: uréia, creatinina e ácido úrico séricos, depuração de creatinina ~ Exames de funçao hepática: - transaminases' - proteínas totais e frações ~ TAP Interrupção da gestação (data) a) Indicações - maternas fetais b) Tipo de parto - operatório normal Recém-nascido: c) sexo, peso, apgar, capurro ~ Tipo de tratamento à mae Anti-hipertensivo. Anti-convulsivante - n9 de crises após o uso Condições de alta Obito - causa . . I - ' -LJ-_ 3 - RESULTADOS L Os resultados obtidos foram tabulados e em -tabelas com dados agrupados: > colocados - 6 ¬ Tabela COEFICIENTE DE INCIDÊNCIA DE ECLÂMPSIA* NA MATERNà 'DADE CARMELA DUTRA ENTRE 1982 E 1989 I: “ ECLÃMPSIA N2 DE NAscIMENTos ANO %_, 82 5656 3 7,07 83 5926 5 8,44 8515 1o 18,81 1o 14,88 7 8,84 6119 6 9,81 5792 3 5,18 5212 3 5,76 SO339 47 84 __,85 86 ' 87 88 TOTAL 8722 >.8897 - 89 ,-- ' I ' ' 9,34 Coeficiente de incidência de eclâmpsia por 10.000 partos = N9 de Eclâmpsia X 10;OOO N9 de Nascimentos Fonte; SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1982-1989 * ' HW_w ®N_V v©_OH ©®_©@ w®_OH HW @ N V W mH_N OO_O OO_OOH ^äV J¢BOB mz BV mMBZMHU<& WOQ _OO_O mfihN ®m_@ H O O ä ä W mH_N ^§V Émmw <%m@EM mz Wmwmfilmwmfl ¢×%¿h HQ @fi_N ®m_© M mfi_N mfi_N ©N_v @O_BH ^&V WWIMN OQOWMH& M wM©u<BwMU _m ëfi H N _H w OZ MG Ê ¶N|wH Om_®m ®@_© @H_N @N^W ©N_V <mBDQ m®_@® OKMÊQZ O mz wfi m H N N mm @H_N wN_H <AM2m<O / MMBZM ñgv @H_®fi OO_O OO_O OO“O N BH W¶_ mz OKu<AMmmOO W H O O O MQ<QHzmHH<S OH «Q ` ¶ MQ<OH ME<w "%H OUMOUQCOOMQQ Mpm®wHUC50®m Mgmmwfipflgz M%m®wHOH®B q<BOB Gpw®mHEHhm mm mm@u<Bmmø NQPGOM GHQDGB mz _ 3 _ Tabela III: CIFRAS TENSIONAIS DAS PACIENTES COM ECLÂMPSIA MEDIDAS NO MOMENTO DA INTERNAÇAO « PAM _¿ ~ 126,67 mm Hg Ef f A TOTAL ;_126,õ'7 mm Hg f A N9 (%) N2 (%) NH (%) 21 44,68 26 55,32 47 lO0,00 Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1982-1989 PAM = \ = 126,67 _ 9 _ Tabela IV: TIPO DE PARTO DAS PACIENTES COM ECLÂMPSIA INTERNADAS NA MATERNIDADE CARMELA DUTRA ENTRE 1982 1989 TIPO DE PARTO N9 (%) Operatório 36 76,60 Normal ll `23,4o 47 100,00 TOTAL - ` . Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARM EL A DUTRA N0 PERÍODO 1982-1989 _ 1O H OO_OOH OO_OOH @H im ®©_ñ V¶_m |ZOOHBZ< ÊQÉOH OOHZWJO / šâom 6 H OHZH2<B<mH @©*B gv H v O OO_O O _®wmH'N®mH 33 OO_O OO_O OQHDBHHmZ% A _m O O OQOHMWm Ê W©@< @®nB :Ú@_N OZ H H N <mHDO W<>HWAD>ZOO , Ê ®m_mH w®_m N N hd <AMSm<U _ WMmHmU vw” gv H© MO W O_ qN_w® MO<QHZmMH<z Om <%UZmDONmw HBZ<>%WdD>i «O wmmão _ H "> HS<m HH _ mfimflmfi mmgmm HQPCOW _ - 11 - Tabela VI: IDADE GESTACIONAL NO DIA DO PARTO PRÉ-TERMOS NQ (%) N2 16 34,04' 31 A TERMO (%) 65,96 Pós-TERMO N2 O (%) 0,00 6 NQ '47 TOTAL (%) 100,00 Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1992-1989 -12- Tabela VII: DISTRIBUIÇÃO DOS RNS NA CURVA DE BATTAGLIA-LUBENCHO N2 cAsos (%) PIG AIG T 14,89 35 74,47 GIG 2 4,26 3A 6,38 DESCONHECIDO TOTAL ~ 47 100,00 Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1982-1989 ~ 13 - Tabéla VIII: CORRELAÇÃO ENTRE ; O APGAR DO 59 MINUTO E O TIPO DE TRATAMENTO CLINICO ANTICONVULSIVANTE INSTITUIDO AS ECLAMPTICAS . / TTO I <%_> O - 3 - 4 - 6 5 0,00 38,46 APGAR 7 - 10 '8 DESCONHECIDO TOTAL - (%) 5,88 8,82 79,41 - 61,54 ~0,00 13 lO0,00 lO0,00 5,88 Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1982-1989 * Nota: Natimor-tos - Óbitos no momento da internação. X ' - 14 - Tabela IX: MORTALIDADE PERINATAL EM CASOS DE ECLÂMPSIA DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA 1982-1989 ‹ N9 DE CASOS Vivos Neomortos Natimortos TOTAL (%) 44 93,62 1 2,13 2 4, 25 47 100,00 Fonte: SAME DA MATERNIDADE CARMELA DUTRA NO PERÍODO 1982-1989 _ 15 _ DISCUSSÃO 4 - 4 eclâmpsia (Tabela I) sendo o coeficiente de incidência por 10.000 nascimentos igual a 9,34%.. (0,093%). Este indice contrasta com ~ mais e valores de incidência relatados na literatura que sao Em nossa casuística houve 47 casos de 13 levados como os 0,89% encontrados por Zugaib et al., 1985 e por Bianchi, 19883, mas muito se aproxima da incidência de , 12 0,06% encontrada por Vega et al., 1985 ~ Quanto ao número de gestaçoes (Tabela II) o grupo predominante foi o das primigestas (65,96%) condição esta al 2 '3' 4 5 7 8 9 10 ll 12 z ceita por varios autores Analisando ' ' . ' ' ' ' . ' ' ' . . -se as faixas etárias das pacientes houve um maior número de gestantes na faixa de 18 a 24 anos (55,33%). 0 grupo pertencente a faixa de menores de 17 anos teve uma freqüência ele- vada (21,28%). Estes resultados também são concordantes a literatura . m 3 4 5 7 10 11 ' ' ' ' ' . 1 r de pacien- Foi pequena a diferença entre o número tes com ` que no momento da internação apresentavam cifras tensio nais acima do limite para formas graves de DHEG e o número de pacientes que estavam com cifras tensionais abaixo deste limite. Este fato pode ser justificado por haver, amos- na tra, 5 casos de eclâmpsia puerperais levando assim à obten- ~ são de dados variados sobre pressao arterial no momento da internação. Em relação ã via de parto (Tabela IV), 76,60% dos partos foram operatórios (cesareana) contra 23,40% de partos normais confirmando a tendência de muitos serviços. _ 15 _ Bianchis, 1988, demonstrou que a cesareana foi a forma mais utilizada de interrupção da gestação com 86,2%. Deláscio, 19845, recomenda, porém que a. cesareana deve ser reservada para as indicações obstétricas próprias, na ausência de condições quando e nas falhas da indução, o tratamento for o sulfato de magnésio heptahidratado. ^ Freire et alz, 1986 7 acreditam ser a maior ocorren cia de parto abdominal devida a conduta de resolução do par. . . to até duas horas após o diagnóstico de uma forma DHEG. A tendência dos autores norte-americanos pelo parto transvaginal. e grave de europeus é 1 De acordo com a terapêutica anticonvulsivante ins- tituida (Tabela V), das pacientes do Grupo II, 88,24% não apresentaram mais crises convulsivas e no Grupo I este número foi de 61,54%. Havendo, assim, um melhor resultado no Gru po II de tratamento. Deláscio, 19845, afirma que "uma vez in ternada, a eclâmpsia não deverá ter novos ataques convulsivos. A medicação anticonvulsivante deverá fazer cessar e im- pedir o aparecimento de novos ataques como premissa fundamen tal para salvaguardar a sobrevivência materna e outrossim, ser variável importante para reduzir a mortalidade perina- tal". Pritchard, 19759, afirma ser inegável a ação eficiente do sulfato de magnésio heptahidratado no controle das crises convulsivas. Freire, 19866, observou num grupo tratado sulfato de magnésio que 92,86% das pacientes não ram recidiva da crise convulsiva após início com apresenta- do tratamento, contra 78,06% que conservaram crises convulsivas num grupo de pacientes tratadas com Diazepam. Zugaib et al., 1985 13 . . o . , a _. firma que o sulfato de magnésio é o tratamento de escolha pa ra o controle das crises convulsivas. _1'7_ ~ Nao houve mortalidade materna no grupo estudado. Este resultado é semelhante ao encontrado por autores como Bianchi, 19883, e Pritchard, 19758. Porém nestes estudos «o tratamento anticonvulsivante foi o sulfato de magnésio hepta hidratado como esquema único. Freire, 19867, mostra taxa de mortalidade materna de 3,57% com o uso do sulfato de magnésio e de l7,7% nas pacientes tratadas com o Diazepam. Frei- re, 19866, apresenta uma taxa de mortalidade materna em grupo de primigrávidas tratado com o sulfato de magnésio igual a l,37%o ` Quanto a idade gestacional (Tabela VI) 65,96% dos recém-nascidos de mães eclâmpticas nasceram a termo e 34,04% pré-termos. Dados estes que estão de acordo com a literatura que relata haver uma predominância dos recém-nascidos a termo e uma taxa razoável de recém-nascidos pré-termos nos ca- sos de eclâmpsia, Freire, 19866; Bianchi, 1988? demonstraram em seu estudo uma alta-taxa recém-nascidos de pré-termos: 43,3%. Os resultados mostram dos que recém-nascidos pe- 74,47% foram adequados para a idade gestacional, 14,89% quenos para a idade gestacional e 4,26% grandes para a idade 3 gestacional (Tabela YII). Bianchi, 1988 relatam 26,6% dos recem-nascidos PIG. Rezende afirma que as alteraçoes anato mo-funcionais da placenta podem levar à insuficiência placen , I tária e, I IU Q quando este processo se instala precocemente gestação a nutrição fetal é comprometida condicionando cém-nascido de "baixo peso" para a idade gestacional. na o re- Em relação ao apgar do 59 minuto (Tabela VIII) os melhores resultados foram constatados no Grupo de Tratamento II, onde 79,41% dos recém-nascidos foram classificados vigorosos contra 61,54% no Grupo I. como Estes resultados são ra- » 18 ~ tificados na literatura 5 ' 10 . Alguns autores relatam que a utilização de sulfato de magnésio heptahidratado está relacionada a melhores resul tados em relaçao a\ mortalidade perinatal. Pritchard, 1975 9 IU I o u , relata uma mortalidade perinatal de 0% em 154 pacientes com eclâmpsia. Rudge et al. apresentam 10% de mortalidade perina tal. Freire, 1986, relata mortalidade de 1,3I%. Em nossa ca- suística houve natimortos pertencentes ao Grupo II cujo óbito foi constatado no momento da internação, e 1 neomorto do qual a mãe recebeu tratamento de acordo com o Grupo I. Desta forma tivemos uma morta lidade perinatal de 6,38%. 3 óbitos (Tabela VIII). Sendo _ K 2 _ 19' - 5 - coNcLusõEs Em nosso estudo concluímos que: o ^de_ec\âm ano i coeficiente de incidenciãvpor 10.000 nascimentos foi _ _ _ _ _ de 9,34%..; quanto ao número de gestações as primigestas o grupo predominante; da quanto à interrupção mais freqüente que o constituíram gravidez o parto operatório foi parto normal; o controle das crises convulsivas foi mais eficiente com a utilização do sulfato de magnésio heptahidratado que com a utilização de outras drogas anticonvulsivantes; ~ nao houve óbito materno por eclâmpsia no periodo pesquisado; ' na sua maioria dos recém-nascidos nasceram a termo e foram classificados como adequados para a idade gestacional; os filhos das eclâmpticas tratadas com o sulfato de.magnésio heptahidratado nasceram com melhores indices de que os das tratadas com outras drogas; a mortalidade perinatal foi de 6,38%. 1 apgar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 _ ADETORO, O. O. The pattern of eclampsia at University of Ilorin Teaching Hospital (U.I.T.H.). Ilorin. Ni 1990 géria. Int. J. Gynaeool. Obstet. 3l(3):221~6, MA. 2 _ Manual de obstetricia e ginecologia. 7ë Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 1981. BENSON, R. C. ed. NAVARRETE A., 1.; ORTEGA, I. et alii. Es túdio clinico de la eclampsia. Rev. Chil. Obstet. Ginecol. 53(2):128-33, 1988. .3 - BIANCHI, L.; 4.. BURROW, G. N.; FERRIS, T. F. Complicações clínicas da gravidez. 3ë ed. Editora Roca, 1989. 5- DELASCIO, D.; GUARIENTO, A. Obstetrícia, ginecologia lã ed. e neomatologia. Sarvier, SP, 1984. 6.. FREIRE, S. Tratamento de eclâmpsia com o sulfato de magnésio em um grupo de primigrávidas. J. Bras. Ginecol. 96(7):323-33, Jul. 1986. 7- 8- FREIRE, S.; COSTA, C. F. F.; SANTOS, C. L.; et alii. Avaliação prospectiva de 582 pacientes com doença hi pertensiva especifica da gravidez tratadas na Clínica Obstétrica do Hospital Barão de Lucena. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 8(3):94-98. Maio/Junho, 1986. MAHESHWARI JR., D. S. Vu; HANSOTIA. M. D.; et alii. Anti-convulsivante theraphy in eclampsia. J. Postradmed 35(2):66-9, 1989. 9.. PRITCHARD, J. A.; PRITCHARD, S. A. Standardized treatment of 154 cases of eclampsia. Am. J. Obstet. Gynecol. 128-543, 1975. MACDONALD, P. C. Williams obstetrics J. A.; New York, Appleton-Century-Crotts, 1980. 10 ~ PRITCHARD, 11 - REZENDE, J. Obstetrícia. Rio de Janeiro, 1982. 4ë ed. Guanabara Koogan. ~ PERALTA. B. V.; TROYA, C. I. Estudio epidemiologico de la eclampsia en el complejo hospitalário metropolitano de la caja de seguro social. Rev. Med. Caja Seguro Soc; l7(2):l44-8, Mayo, ~ VEGA, J. L. de La; 1985. - ZUGAIB, M.; BARROS, A. C. D. de; BITTAR, R. E. A morta lidade materna na eclâmpsia. J. Bras. Ginec. 95(4):“ 129-135, 1985. «TCC N-Cfiálmš .UFSC ' TO `02*l2` ä_ ` TCC UFSC TO Autor: Mattos, Dário'Antô 0212 Título: Mortalidàdç mgtema- em pacientes › _ V Ex.¡ Ex. 1 972808389 UFSC BSCCSM A-c. 254346 Ilë