ENVELHECIMENTO POPULACIONAL: um estudo sobre as transições ocupacionais no Setor Industrial de Minas Gerais entre 1990 e 2001.∗ Mateus Rodarte de Carvalho♣ Palavras-chave: Envelhecimento Populacional, Transição, Promoção, Carreiras, Minas Gerais Resumo O trabalho é baseado na hipótese de Keyfitz, segundo o qual maiores taxas de crescimento populacional favoreceriam promoções ocupacionais antecipadas. Assim, pretende-se analisar empiricamente a validade de tal hipótese para o Setor Industrial de Minas Gerais no período entre 1990 e 2001 e verificar se o envelhecimento populacional observado no período estaria dificultando as promoções. A aplicação leve em conta dois cortes: o temporal, comparando dois pontos no tempo (1990 e 2001) e o setorial, confrontando dois tipos de indústria (uma mais tradicional e a outra mais moderna). ∗ Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004. 1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL: um estudo sobre as transições ocupacionais no Setor Industrial de Minas Gerais entre 1990 e 2001.∗ Mateus Rodarte de Carvalho 1 INTRODUÇÃO O estudo da transição demográfica no que se refere ao processo de envelhecimento populacional pode ser, sinteticamente, descrito com a combinação da redução nas taxas de fecundidades e o aumento na expectativa de vida das pessoas levando ao envelhecimento na estrutura etária da população. O envelhecimento populacional verificou-se primeiramente nos países desenvolvidos, ocorrendo posteriormente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, porém de forma muito mais acelerada. O envelhecimento populacional desperta preocupações em várias áreas sociais e econômicas, como a saúde, a previdência, a educação, o mercado de trabalho. O trabalho é baseado na hipótese de Keyfitz (1982), segundo o qual maiores taxas de crescimento populacional favoreceriam promoções ocupacionais antecipadas. Segundo Keyfitz, na maior parte dos argumentos é preciso haver uma certa estabilidade na proporção de trabalhadores seniores com relação a trabalhadores juniores, uma estrutura etária mais envelhecida implicaria num atraso na média da promoção, como condição para manter esta estabilidade. Assim, neste trabalho pretende-se analisar empiricamente a validade de tal hipótese para o Setor Industrial de Minas Gerais no período entre 1990 e 2001 e a pergunta que se coloca é se o envelhecimento populacional verificado no período estaria dificultando as promoções. Esta aplicação leve em conta dois cortes: o temporal, comparando dois pontos no tempo (1990 e 2001) e o setorial, confrontando dois tipos de indústria (uma mais tradicional e a outra mais moderna). 2 ARCABOUÇO TEÓRICO Keyfitz (1982) discute em seu trabalho os aspectos que levam os indivíduos a ascender nas carreiras ocupacionais numa certa atividade produtiva, isto é, que levam à promoção, e as dificuldades para tal ascensão relacionando-as com a taxa de crescimento populacional. O modelo de Keyfitz pode ser entendido como aplicado a um sistema de estrita senioridade, isto é, a uma argumentação em que todo e qualquer promoção seja determinada pelo ∗ Trabalho apresentado no XIV Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambú- MG – Brasil, de 20- 24 de Setembro de 2004. 2 tempo dos trabalhadores nas firmas. Como os esquemas de senioridade pura são obviamente raros, Keyfitz sugere que seus resultados, relacionados à idade da promoção com crescimento populacional, sejam interpretados como o efeito puro do crescimento populacional nas promoções, abstraindo-se de todos as outras circunstâncias possíveis (mérito, influência, sorte e outros fatores). Tais circunstâncias determinariam o desvio padrão com relação à idade média da promoção. Keyfitz parte do pressuposto de que o indivíduo entra para trabalhar numa empresa em idades mais jovens e ocupando cargos inferiores, de acordo com a estrutura hierárquica. Ele será promovido para cargos superiores, no decorrer dos anos, conforme a sua idade e o tempo que ocupará tais cargos inferiores. Tem-se uma proporção entre o número de indivíduos ocupando cargos superiores sobre o número ocupando cargos inferiores na idade da promoção. Tal proporção pode ser expressa pelo índice k encontrado pela fórmula k = u/v. Onde: U = número de pessoas que ocupam os cargos superiores V = número de pessoas que ocupam os cargos inferiores O índice K deve-se manter estável ao longo do tempo, considerando promoções num determinado corte hierárquico. Se k é igual a um, o número de indivíduos em cargos superiores e inferiores é igual neste corte. Se k é maior que um, está-se indicando promoções no topo da hierarquia, então tem-se um número maior de pessoas empregadas em cargos superiores do que em inferiores (u > v). Se k é menor que um, a análise é feita sobre as promoções na base da hierarquia, logo tem-se um número maior de pessoas empregadas em cargos inferiores do que em superiores (u < v). Em populações estacionárias, a idade de promoção é tardia, comparativamente às populações crescentes, para manter estável o índice k. As populações crescentes, que crescem a uma determinada taxa, são promovidas mais cedo e num prazo mais curto do que as populações estacionárias. Entre as populações crescentes, quanto maior é a taxa de crescimento populacional; mais jovem é a idade de promoção. Keyfitz (1982) aborda um outro aspecto que pode compensar a redução de trabalhadores jovens na idade α nas populações estacionárias. Os ramos de atividades em expansão, que crescem a taxas significamente altas ao ano, contratam muitos trabalhadores jovens. Assim aumenta-se o v da fórmula k = u/v e o índice k mantém-se estável com uma idade de promoção relativamente jovem. Para a indústria em expansão, seu crescimento compensaria o envelhecimento populacional preservando uma estrutura mais jovem, o que implica em promoções antecipadas. Como os países estão observando taxas de crescimento populacional cada vez mais baixas, tendendo para um nível estacionário de crescimento, as dificuldades de mobilidade de cargos nos setores da economia estão aumentando, a não ser nas atividades cuja expansão supere a tendência inerente ao envelhecimento da população como um todo. Diante disto, o envelhecimento populacional faz com que as empresas promovam menos seus funcionários e deixem-os por um tempo maior ocupando cargos inferiores, afetando as transições ocupacionais. Em seu trabalho, Keyfitz (1982) desenvolve um modelo numérico segundo o qual é possível estimar a mudança na idade média da promoção ocupacional, dado uma mudança na taxa de crescimento populacional. Assim, segundo Keyfitz (1982, p. 67): [...] “a person would 3 move up 4 ½ years earlier if he lived in a population increasing at 2 percent per year than if lived in one that was stationary”2. 3 O PROCESSO BRASILEIRO DO ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Conforme Moreira (2000, p. 2), na ótica demográfica, uma população é dita envelhecida quando a população idosa é superior à população jovem levando em consideração um período de tempo. Como conseqüência do envelhecimento, dá-se a modificação da estrutura etária; aumentando a participação da população idosa no total da população, ampliando a razão população idosa/ população jovem e também, aumentando a idade média da população como um todo. O Brasil passou por transformações demográficas importantes nos últimos anos afetando os índices de fecundidade e mortalidade. Antes do final da década de 60, a população apresentava elevadas taxas de fecundidades e baixas taxas de mortalidades, o que a levou a crescer. Porém, no final dos anos 60, fecundidade cai de forma rápida e generalizada (MARTINE, CARVALHO, ARIAS3, 1994, citado por NOMURA, 2000, p. 5). Para se comparar o nível de fecundidade da década de 90 com o da década de 60, nos anos 60, a média era 6,2 filhos por mulher, e nos anos 90, mais precisamente em 1996, era 2,5 filhos por mulher (CARVALHO4, 1995, citado por NOMURA, 2000, p. 5). Embora a queda da fecundidade tenha tido início nos anos 60, o processo de envelhecimento da população brasileira tornou-se visível apenas a década de 80, em decorrência da “inércia populacional”, que faz com que as taxas de crescimento populacional sejam ainda altas por um período relativamente longo após o início da queda da fecundidade. As projeções feitas pelas Nações Unidas (THE SEX AND AGE DISTRIBUTION OF POPULATIONS: THE 1998 REVISION5, 1999, citado por MOREIRA, 2000, p.7) apontam que o percentual da população idosa está aumentando e o percentual da população jovem está reduzindo. Projeções para 2020 sugerem que o Brasil atingiria 209 milhões de habitantes, sendo que 48,9 milhões com menos de 15 anos (23,3%) e 17,8 milhões com pelo menos 65 anos de idade (8,5%). Já para 2050, as projeções indicam que a população nacional passaria a ter 244 milhões de pessoas, dos quais 49 milhões teriam menos de 15 anos e 42,2 milhões acima de 65 anos. É tão marcante a diferença entre estes grupos etários que os jovens, em 2000, representavam 28,8% da população, e em 2050, poderão representar apenas 20,1%. Com a população idosa, ao contrario, representa 5,1% da população total do País e, em 2050, chegaria a 17,3%. 2 [...] “uma pessoa deve ascender 4 ½ anos mais cedo, se ela viver numa população que cresce a 2% ao ano do que se ele viver numa que é estacionária” (KEYFITZ, 1982, p. 67, tradução própria). 3 MARTINE, G.; CARVALHO, J. A. M. de; ARIAS, A. R. Mudanças recentes no padrão demográfico brasileiro e implicações para a agenda social. Brasília: IPEA, 1994. p.50. 4 CARVALHO, J. A. M. O novo padrão demográfico brasileiro e suas conseqüências. Belo Horizonte: UFMG/ CEDEPLAR, 1995. 5 The sex and age distribution of populations: the 1998 revision. New York: Nações Unidas, Departamento de Desenvolvimento Econômico e Social, 1999. 4 O processo de envelhecimento populacional, como já foi dito, está associado à velocidade com que a fecundidade das mulheres brasileiras declina ao longo dos anos. As FIG. 1 esclarece melhor tal processo. Através delas observa-se que, mesmo com declínio dos níveis de mortalidade nacional e a fecundidade mantendo-se, praticamente estável, pouco se modificou a composição etária da população brasileira. Entretanto, a partir de 1990, quando as novas gerações, nascidas sob níveis de fecundidade declinantes entram na idade reprodutiva, é notável a modificação na estrutura etária da população brasileira. Já na FIG. 1, pode-se notar o impacto da redução da fecundidade, iniciada nos meados dos anos 60, culminado num estreitamento da base da composição etária da população de 1991. De acordo com MOREIRA (2000, p. 10), este movimento se transformará em uma onda que se propagará na estrutura etária futura, e quando atingir as idades reprodutivas (levando em consideração a eventual continuidade da redução dos níveis de fecundidade), acelerará o movimento de envelhecimento, pela base, da população brasileira. FIG. 1 – Estrutura Etária Proporcional – Brasil – 1970 a 1991. FONTE: MOREIRA, 2000, p. 11. Acredita-se que este fenômeno da queda da fecundidade tende a continuar nas décadas seguintes em função da persistente queda dos níveis de fecundidade. A persistência deste fenômeno é peça fundamental na modificação da estrutura etária nacional e da construção do processo de envelhecimento da população brasileira. As reduções na base da estrutura etária, geradas pela diminuição dos níveis de fecundidade, propagariam-se em direção aos grupos etários seguintes no decorrer dos anos. Este movimento faz com que a estrutura etária da população se estreite de maneira homogênea, da base ao topo, isto é, tendo uma proporção de pessoas nos diferentes grupos etários parecida. O mercado de trabalho é fortemente afetado pelo envelhecimento populacional, uma vez que a População Economicamente Ativa - PEA em idades mais velhas tem seu peso relativamente aumentado. 5 4 METODOLOGIA 4.1 Base de dados6 A Base de Dados escolhida para serem feitas as análises empíricas é a RAISMIGRA (RAISMIGRAção), que é uma base de dados derivada dos registros administrativos Relação Anual de Informações Sociais - RAIS do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, logo se constitui de registros administrativos fornecidos pelas empresas sobre a situação e a movimentação dos trabalhadores com vínculos empregatícios formais. A RAISMIGRA visa o acompanhamento geográfico, setorial e ocupacional da trajetória dos trabalhadores ao longo do tempo. A base está organizada de forma longitudinal, permitindo a realização de estudos de mobilidade, duração e reinserção de indivíduos no mercado de trabalho; e está organizada por ano de referência da declaração dos vínculos. A escolha da base de dados RAISMIGRA se deve ao fato dela permitir estudos de mobilidade dos indivíduos no mercado de trabalho a partir do acompanhamento da sua trajetória intersetorial, ocupacional e geográfica ao longo do tempo. Ela contém o painel dos trabalhadores ao longo dos anos e suas respectivas trajetórias, possibilitando a visualização da sua mobilidade antes e depois de um ano selecionado. Há mais vantagens em usar a RAISMIGRA do que a RAIS. Uma delas é o fato de existir na RAIS um desbalanceamento entre as omissões de admissões e desligamentos, por haver uma tendência dos estabelecimentos que encerram suas atividades não declararem o encerramento; assim o MTE sugere a utilização da RAISMIGRA. Vantagens da Base de Dados RAISMIGRA segundo Ribeiro (2002, p. 16), diversas são as possibilidades de estudos através de base RAISMIGRA, podendo citar as seguintes: a) identificar as possíveis ocupações/setores mais favoráveis para a absorção de determinado grupo de desligados; b) analisar as características do grupo de trabalhadores desligados que não conseguem retornar ao mercado de trabalho formal; c) acompanhar a migração dos trabalhadores desligados de uma região para outras regiões, entre outras. 4.2 Metodologia O período de estudo compreende os anos de 1990 a 2001. A abrangência é o Setor Industrial do Estado de Minas Gerais. As indústrias escolhidas como objeto de análises foram a Indústria Metalúrgica e a Indústria Material Eletrônico. Como contraponto, analisa-se também o total da indústria mineira. 6 Esta seção é baseada no trabalho BASE de dados RAISMIGRA, 2003 e no trabalho de RIBEIRO, 2002. 6 A Indústria de Material Eletrônico é usada como referência de uma industria de crescimento acelerado. O motivo da escolha se deve ao fato de tal industria ser um ramo de atividade mais moderno e por isso, ter-se expandido numa velocidade maior que os demais tipos. A Indústria Metalúrgica é a referência de uma industria tradicional, por apresentar taxas de crescimento menores que a Indústria de Material Eletrônico. No capítulo seguinte serão confrontados gráficos no intuito de demonstrar tais comparações. A tabulação usada para filtrar os dados na RAISMIGRA foi a seguinte: usou-se o comando que engloba todos os trabalhadores de Minas Gerais empregado na mesma indústria, com vínculo ativo em 31 de dezembro do ano n e que permaneceram com vínculo ativo em 31 de dezembro do ano n+1. Assim pôde-se acompanhar o mesmo trabalhador durante a trajetória. O número de trabalhadores encontrado de um ano para o outro não inclui as demissões e admissões ocorridas entre 1º de janeiro do ano n+1 e 31 de dezembro do mesmo ano. O comando foi repetido para cada tipo de indústria analisada e para a indústria de Minas Gerais como um todo. Logo, foi possível verificar as transições e as mudanças da proporção de trabalhadores ocupando cada um dos cargos para cada uma das indústrias. Para as desagregações por faixa etária utilizada, foi preciso considerar que de um ano para o outro o indivíduo poderia apenas ter mudado de faixa etária e não necessariamente transitado de um cargo para o outro, ou seja, o indivíduo teria transitado entre as faixas etárias e não entre as ocupações. Porém, como o número encontrado de trabalhadores que moveram entre as faixas etárias foi baixo comparando com o N total de trabalhadores da industria de Minas Gerais, estas transições foram desprezadas. Para a construção da escala de hierarquia dos cargos, foram utilizadas como critérios os níveis os níveis de escolaridade7, os níveis de salários pagos para cada cargo (sendo os salários proporcionais à posição hierárquica) e a própria estrutura tradicional hierárquica da indústria. A hierarquia das transições ocupacionais foi dividida em duas áreas, administrativa e da linha de produção. O QUADRO 1 demonstra tal escala hierárquica. QUADRO 1 Escala Hierárquica das Ocupações da Industria – Minas Gerais Área Administrativa Diretores Gerentes Chefes Administrativos Secretários Área da linha de Produção Trabalhadores Técnicos Trabalhadores da Produção FONTE:Elaboração própria. Assim, considera-se que o diretor é mais escolarizado, recebe um salário maior e tem uma maior responsabilidade que todos os outros cargos administrativos e também todos os cargos da linha de produção. Não foi considerada uma hierarquia entre as divisões, ou seja, o conjunto dos cargos administrativos como um todo não é tido como superior ao conjunto dos cargos da linha de produção; todavia um cargo específico de ambos conjuntos pode ser superior ou inferior a um outro do outro conjunto. Para manter estável o índice k. Foi usada a equação abaixo para calcular a idade média de promoção ocorrida entre os anos n e n+1. 7 A questão sobre escolaridade da força de trabalho é melhor discutida no trabalho de MACHADO; OLIVEIRA, 2003. 7 a = Σ a(x) * pij(x) Sendo: a = idade média de promoção. a(x)= idade média de cada faixa etária. pij(x) = proporção de trabalhadores promovidos de um ano para o outro na faixa etária x, entre os cargos i e j. O intervalo e a idade média de cada faixa etária é exibido no QUADRO 2. QUADRO 2 Idade média das faixas etárias Intervalo das faixas etárias em anos 10 - 17 18 – 29 30 – 39 40 – 49 50 - 64 65 – Mais Idade média do intervalo 14 24 35 45 57,5 67,5* FONTE: Elaboração própria * A amplitude considerada para este intervalo foi de 5 anos, na ausência de informação mais completas. Como as ocupações são raras neste grupo, esta aplicação não afeta os resultados. As verificações da idade média da promoção de cargos inferiores para superiores e do índice k são feitas para as duas áreas da indústria, administrativa e produção, para todas as indústrias. A divisão entre os cargos da hierarquia da industria em superiores e inferiores é vista no QUADRO 3. Optou-se, neste trabalho, por considerar apenas as transições internas a cada uma das áreas, administrativa e produtiva, pelo fato de serem menos prováveis as transições entre as áreas. QUADRO 3 Relação de cargos superiores e inferiores para cada área Cargos Superiores Cargos Inferiores Área Administrativa Diretores + Gerentes Chefes Administrativos + Secretários Área Produtiva Trabalhadores Técnicos Trabalhadores da Produção FONTE: Elaboração própria. O índice k para cada área é apresentado no QUADRO 4. O k1 refere à área administrativa, o k2 à área da linha de produção. Para as análises intra-cargos superiores da área administrativa da Industria Total será considerado como índice a proporção dos diretores sobre os gerentes, e para intra cargos inferiores será considerado como índice a proporção de chefes administrativos sobre secretários. Os índices serão chamados de k1.1 e k1.2, respectivamente. 8 QUADRO 4 Relação do índice k para as diferentes áreas K1 U1 = Diretores + Gerentes V1 = Administrativos Secretários K1 = U1 / V1 U2 = Técnicos V2 = Produtivos Chefes + K2 Trabalhadores Trabalhadores K2 = U2 / V2 FONTE: Elaboração própria. Afim de verificar a hipótese de Keyfitz (1982) sobre a industria em expansão, aqui exemplificada pela Industria de Material Eletrônico, empregar mais trabalhadores jovens. 5 RESULTADOS E ANÁLISES DOS DADOS 5.1 Estrutura ocupacional Os GRAF. 1-6 que se seguem mostram a percentagem de cada cargo por faixa etária na Industria Total, na Indústria Metalúrgica e na Indústria de Material Eletrônico, todas de Minas Gerais. Observa-se que os trabalhadores da produção têm a maior porcentagem em todas as faixas etárias. Porém, a Indústria de Material Eletrônico é a que tem a menor porcentagem de trabalhadores da produção por faixa etária comparada com a Metalúrgica e a Total. Tal fato pode ser justificado por ser um tipo de industria moderna em relação às outras e empregar mais trabalhadores em cargos que requerem mais qualificação. 100% 90% % Por Ocupação 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais Faixa Etária em anos Diretores Gerentes Chefes Adm Secretários Trab Técnicos Trab Produção GRAF. 1 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria Total – MG 1990 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 9 100% 90% % Por Ocupação 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou Mais Faixa etária em anos Diretores Gerentes Chefes Adm Secretários Trab Técnicos Trab Produção GRAF. 2 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria Total – MG 2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 100% 90% % Por Ocupação 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou Mais Faixa Etária em anos Diretores Gerentes Chefes Adm Secretários Trab Técnicos Trab Produção GRAF. 3 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria Metalúrgica – MG 1990 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 10 100% 90% % Por Ocupações 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou Mais Faixa Etária em anos Diretores Gerentes Chefe Adm Secretaria Trab Técnico Trab Produção GRAF. 4 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria Metalúrgica – MG 2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 100% 90% % Por Ocupação 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou Mais Faixa Etária em anos Diretores Gerentes Chefes Adm Secretários Trab Técnicos Trab Produção GRAF. 5 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria de Material Eletrônico – MG 1990 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 11 100% 90% % Por Ocupação 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 10 a 17 18 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou Mais Faixa Etária em anos Diretores Gerentes Chefes Adm Secretários Trab Técnico Trab Produção GRAF. 6 – Estrutura ocupacional por faixa etária da Indústria de Material Eletrônico – MG 2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. Os dados mostram que, entre 1990 e 2001, a porcentagem de trabalhadores ocupando os cargos superiores nas duas áreas, administrativa e produtiva, aumentou em todas as indústrias. A explicação é dada porque ocorreu, em paralelo, uma modernização das indústrias e um aumento na escolarização dos trabalhadores, o que pode ter significado o maior emprego de trabalhadores em cargos mais elevados. 5.2 Estrutura por faixa etária O GRAF. 7 apresenta todas as indústrias juntas no ano de 1990. Nele, pode-se observa que a faixa etária entre 18 e 29 anos é a que apresenta maior a maior proporção de pessoas empregadas em todas as indústrias, salvo para a Indústria Metalúrgica que apresenta a maior número na faixa etária entre 30 e 39 anos. Fica claro que a Indústria mais tradicional é aquela que tem a estrutura etária mais envelhecida. Como contraponto, a Indústria de Material Eletrônico tem uma estrutura etária extremamente jovem. Isto é explicado pelos maiores requerimentos em qualificação deste tipo de industria e corrobora o argumento de Keyfitz (1982), segundo o qual as indústrias em expansão teriam estruturas etárias mais jovens por expandirem pela base da pirâmide etária, facilitando as promoções. Os GRAF. 8-10 mostram ainda, que apesar do envelhecimento ocupacional afetar todas as indústrias e estar em consonância com o próprio envelhecimento da população, este envelhecimento é mais intenso para a Indústria Metalúrgica do que para a de Material Eletrônico Esta diferença corrobora a hipótese de Keyfitz (1982), segundo o qual o crescimento das 12 indústrias de crescimento acelerado compensaria o envelhecimento populacional preservando uma estrutura etária mais jovem, o que implica em promoções antecipadas. 60 % Trabalhadores 50 40 30 20 10 0 10 a 17 Anos 18 a 29 Anos 30 a 39 Anos 40 a 49 Anos 50 a 64 Anos 65 Anos ou Mais Faixa Etária Industria Total Ind Metalúrgica Ind Mat Eletrônico GRAF. 7 – Estrutura etária dos trabalhadores das industrias – MG 1990 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 60,00 % Trabalhadores 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 10 a 17 Anos 18 a 29 Anos 30 a 39 Anos 40 a 49 Anos Faixa Etária 1990 1996 2001 GRAF. 8 – Trajetória da Industria Total – MG 1990-2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 13 50 a 64 Anos 65 Anos ou Mais 60,00 % Trabalhadores 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 10 a 17 Anos 18 a 29 Anos 30 a 39 Anos 40 a 49 Anos 50 a 64 Anos 65 Anos ou Mais Faixa Etária 1990 1996 2001 GRAF. 9 – Trajetória da Industria Metalúrgica – MG 1990-2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 60,00 % Trabalhadores 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 10 a 17 Anos 18 a 29 Anos 30 a 39 Anos 40 a 49 Anos 50 a 64 Anos 65 Anos ou Mais Faixa Etária 1990 1996 2001 GRAF. 10 – Trajetória da Industria de Material Eletrônico – MG 1990-2001 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990-2001. 14 5.3 Idade média de promoção A TABELA 1 mostra a idade média de promoção de cargos inferiores para superiores na transição entre dois anos, e a TABELA 2, o índice k no segundo ano da transição. Confrontando a área administrativa da Indústria Total e a da Indústria de Material Eletrônico, a hipótese de Keyfitz (1982) aplica-se aos anos 1990 e 1995. Na primeira indústria, a idade média de promoção aumentou de 33 anos para 34 e o índice k1 manteve-se estável (0,24 em 1991 e 0,28 em 1996). Na segunda indústria, a idade média aumentou de 30 anos para 40 e o índice também manteve-se estável (0,29 em 1991 e 0,30 em 1996). Entre os anos 1990 e 2000, a idade média de promoção da Industria de Material Eletrônico aumentou de 30 anos para 37 anos e o índice k1 manteve-se relativamente estável (0,29 em 1991 e 0,33 em 2001), comprovando novamente a hipótese. Na área produtiva, observa-se, através das TABELAS 1 e 2, que as alterações nas idades médias e os índices k2 de cada ano, para cada indústria, foram menores que na área administrativa. Neste caso, pode-se esperar que o critério que tenha maior peso na promoção é nível de escolaridade; já que a idade média está contida num intervalo de idades em que o trabalhador estaria completando um curso superior. Os cargos considerados superiores da área produtiva (trabalhador técnico; exemplificado por químicos, físicos, engenheiros, arquitetos e outros) são os que demandam curso superior para serem ocupados. TABELA 1 Idade média de promoção das indústrias – MG 1990-2001 Indústria Total Indústria Metalúrgica Indústria de Material Eletrônico Anos de promoção Área administrativa Área produtiva Área administrativa Área produtiva Área administrativa Área produtiva 1990 para 1991 33,61 31,69 35,82 31,23 30,33 25,54 1995 para 1996 34,47 30,81 41,10 35,69 40,80 27,77 2000 para 2001 33,31 30,35 32,66 31,22 37,00 29,08 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. TABELA 2 Índice k para cada indústria – MG 1990-2001 Indústria Total Indústria Metalúrgica Indústria de Material Eletrônico Ano k1 k2 k1 k2 k1 k2 1991 0,24 0,09 0,28 0,04 0,29 0,30 1996 0,28 0,09 0,41 0,04 0,30 0,19 2001 0,28 0,08 0,42 0,00 0,33 0,28 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. 15 Quando considera-se apenas as promoções internas à área administrativa da Indústria Total, a hipótese fica mais robusta. Na TABELA 3, verifica-se que a idade média de promoção entre os cargos superiores aumentou a cada ano, passou de 41 anos em 1990 para 44 em 1995 e para 45 em 2000. A promoção a que se refere é a transição de gerente para diretor. O índice k, como pode-se ver na TABELA 4, manteve-se estável, tendo uma maior variação em 2001. Entre os cargos inferiores da área administrativa, a idade média conservou-se a mesma comparando-se o ano de 1990 com o de 2001, porém o k aumentou de 11,57 em 1991 para 13,74 em 2001. Esta evidência corrobora a hipótese de Keyfitz (1982) segundo o qual o aumento da idade média da promoção conservaria a estabilidade da relação entre “seniores” e “juniores”. Como neste caso, esta relação aumentou, a idade média pode ser mantida. Verifica-se, na TABELA 3, que à medida que ocorrem promoções para cargos mais elevados, a idade média também aumenta. A idade média de um gerente tornar-se diretor é entre as idades 40 e 45 anos e a idade média de um secretário tornar-se chefe administrativo é entre 25 e 30 anos. TABELA 3 Idade média de promoção entre os cargos administrativos na Indústria Total – MG 19902001 Área administrativa Anos de promoção Cargos superiores Cargos inferiores 1990 para 1991 41,49 29,63 1995 para 1996 44,07 27,68 2000 para 2001 45,13 29,42 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. TABELA 4 Índice k entre os cargos superiores e entre os inferiores da área administrativa na Indústria Total – MG 1990-2001 Área administrativa Ano k1.1 k1.2 1991 0,89 11,57 1996 0,86 13,57 2001 0,67 13,74 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. As TABELAS 5-8 mostram as proporções de trabalhadores promovidos por faixa etária entre os anos da trajetória. 16 TABELA 5 Proporção de promoções ocorridas entre os anos na Indústria Total – MG 1990-2001 1990/1991 Faixa etária Área administrativa 1995/1996 2000/2001 Área Área Área Área Área produtiva administrativa produtiva administrativa produtiva 10 a 17 0,005 0,015 0,002 0,005 0,002 0,006 18 a 29 0,382 0,472 0,324 0,512 0,400 0,534 30 a 39 0,399 0,350 0,410 0,348 0,380 0,338 40 a 49 0,158 0,157 0,227 0,120 0,171 0,111 50 a 64 0,053 0,015 0,036 0,014 0,047 0,011 65 a + 0,005 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 N 419 1211 441 2021 450 1638 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. TABELA 6 Proporção de promoções ocorridas entre os anos na Indústria Metalúrgica – MG 19902001 1990/1991 Faixa etária Área administrativa 1995/1996 2000/2001 Área Área Área Área Área produtiva administrativa produtiva administrativa produtiva 10 a 17 0,000 0,000 0,000 0,020 0,000 0,000 18 a 29 0,273 0,564 0,096 0,240 0,431 0,444 30 a 39 0,436 0,256 0,342 0,460 0,353 0,444 40 a 49 0,218 0,128 0,438 0,220 0,196 0,111 50 a 64 0,073 0,051 0,123 0,040 0,020 0,000 65 a + 0,000 0,000 0,000 0,020 0,000 0,000 N 55 39 73 50 51 9 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. 17 TABELA 7 Proporção de promoções ocorridas entre os anos na Indústria de Material Eletrônico – MG 1990-2001 1990/1991 Faixa etária 1995/1996 2000/2001 Área Área Área Área Área produtiva administrativa produtiva administrativa produtiva Área administrativa 10 a 17 0,000 0,054 0,000 0,048 0,000 0,000 18 a 29 0,500 0,757 0,200 0,667 0,000 0,658 30 a 39 0,417 0,189 0,000 0,190 0,800 0,211 40 a 49 0,083 0,000 0,800 0,083 0,200 0,132 50 a 64 0,000 0,000 0,000 0,012 0,000 0,000 65 a + 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 N 12 37 5 84 5 38 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. TABELA 8 Proporção de promoções ocorridas entre os anos na área administrativa da Indústria Total – MG 1990-2001 1990/1991 Faixa etária 1995/1996 Cargos Cargos Cargos superiores inferiores superiores 2000/2001 Cargos inferiores Cargos superiores Cargos inferiores 10 a 17 0,000 0,037 0,000 0,031 0,000 0,009 18 a 29 0,095 0,591 0,019 0,672 0,024 0,593 30 a 39 0,349 0,270 0,253 0,234 0,202 0,296 40 a 49 0,397 0,074 0,567 0,055 0,571 0,093 50 a 64 0,159 0,037 0,160 0,008 0,190 0,009 65 a + 0,000 0,000 0,000 0,000 0,012 0,000 N 63 215 312 128 84 108 FONTE: Elaboração própria a partir de RAISMIGRA, 1990 – 2001. 18 6 CONCLUSÃO O processo de envelhecimento que a população brasileira vem passando traz uma série de conseqüências para as carreiras ocupacionais dos setores da economia e uma delas é fazer com que as promoções ocorram em idades mais tardias. Este fenômeno é ao menos parcialmente, verificado no Setor Industrial de Minas Gerais, corroborando a hipótese de Keyfitz (1982). Observou-se que a indústria mineira, no decorrer dos anos, reduziu o número de empregados nas faixas etárias mais jovens e aumentou-o nas faixas etárias mais velhas, como reflexo do envelhecimento populacional. Hoje em dia, exige-se das pessoas certas habilidades, sejam elas para conseguir um emprego, para se manter nele, ou até mesmo para ser promovido, e os jovens estão pressionados por atender tais exigências. Com o aumento da escolarização da população jovem e com envelhecimento populacional, um indivíduo da população mais velha encontra maiores dificuldades para se promover, pois este indivíduo disputa um cargo com todos os indivíduos da população jovem escolarizada e com todos os outros da sua população, com peso proporcional maior. As empresas brasileiras devem se preocupar em como irão, no futuro mais próximo, absorver o excesso de oferta de pessoas acima de 40 anos; propondo acordos de promoções em grupo, sem que haja perda da produtividade dos funcionários. Assim, os trabalhadores acima de 40 anos sentirão-se motivados a continuar produzindo com a mesma intensidade, sem prejudicar o desempenho da empresa 19 REFERÊNCIAS BALTAR, Paulo. Estrutura ocupacional regional nos anos 90. In: ENCONTRO NACIONAL DE ESTUDOS POPULACIONAIS, 12., 2000, Caxambu, MG. Anais... Belo Horizonte: ABEP, 2000. BASE de dados RAISMIGRA: modelos painel e vínculo, orientações para uso. Brasília: MTE, 2003. BRASIL. MINISTÉRIO DE RELAÇÕES EXTERIOES. Relatório nacional sobre o envelhecimento da população brasileira, 2000. Disponível em <www.2.mre.gov.br/relatorio_envelhecimento.doc> . Acesso em: 20 jan. 2004. CAMARANO Ana Amélia (Org). Muito além dos 60: os novos idosos brasileiros. Rio de Janeiro: IPEA, 1999. FOOT, David, K.; STOFFMAN, Daniel. Boom, bust & echo. Toronto: MacFarlane Walter & Ross, 1996. GLICKMAN, Albert S. (Org). The changing composition of the worforce. New York: Plemum Press, 1981. KEYFITZ, N. Population theory and analysis. In: ______. 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