REDES DE COMPUTADORES
REDES DE COMPUTADORES I
Introdução
Professor: M.Sc. Carlos Oberdan Rolim
Introdução
• Século 18: grandes sistemas mecânicos acompanhando
a revolução industrial
• Século 19: a era da máquina à vapor;
• Século 20: coleta, processamento e distribuição da
informação:
• Redes telefônicas de alcance mundial;
• Invenção do rádio e da televisão;
• Nascimento e crescimento sem precedentes da
indústria dos computadores;
• Lançamento de satélites de comunicação.
Introdução
• Nos primeiros 20 anos da existência da indústria
dos computadores, os sistemas computacionais:
– Eram altamente centralizados (Centro de
Processamento de Dados) - CPD;
– Custavam pequenas (às vezes grandes) fortunas;
– Realizavam processamento de dados off-line.
Introdução
• Nos últimos anos  união de computadores e
comunicações, mudou profundamente a
organização dos sistemas computacionais:
– O CPD antigo, cedeu lugar à um novo modelo, com
os computadores separados fisicamente, mas
interconectados através de sistemas de comunicação
– Esses sistemas são chamados Redes de
Computadores.
Comunicação de dados
• Comunicação de dados começou com a
invenção do telégrafo por Samuel F. Morse em
1838.
– 40 milhas de linha para telégrafo em 1844
– realizou-se a transmissão de 15bits/s em 1860
• Dados de radar, codificados em binário, foram
transmitidos via facilidades de telégrafo para
computadores na década de 1940
Comunicação de dados
• Final de 1950  Explosão de uso de
computadores remotos
– Primeiros terminais interativos (1960)
• Sistemas Time Sharing (tempo compartilhado)
– Computadores para “batch processing”
Comunicação de dados
• Entre 1969 e 1970  projeto ARPANET da
ARPA (Advanced Research Projects Agency)
– Primeira rede de grande porte
– Quatro universidades americanas
– 1972  primeira demonstração pública
– 1973  primeira conexão internacional (Londres)
Comunicação de dados
• 1979  ARPA cria o ICCB (Internet Control and
Configuration Board) que reunia pesquisadores
envolvidos no desenvolvimento do TCP/IP
• 1980  ARPA adota o TCP/IP e passa a ser o
“backbone” da Internet
• DARPA incentivou integração de uma implementação
de protocolos baixo custo ao UNIX disponível na
University of California: Berkeley Software
Distribution, também chamado Berkeley UNIX ou
BSD UNIX.
– Conceito de socket  abstração de software
Comunicação de dados
• 1986  NSF (National Science Foundation) financiou
a conexão de várias rede à Internet
• 1985  inviabilidade de gerenciamento dos nomes
do computadores conectados na Internet
– Desenvolvimento do DNS
•
•
•
•
1986  20.000 computadores ligados a Internet;
1987  taxa de crescimento de 15% ao mês;
1990  200.000 computadores;
1994  3.000.000 de computadores conectados à
Internet em 61 países.
Comunicação de dados
• 1988 no Brasil surgem redes ligando
universidades e centros de pesquisa do Rio de
Janeiro, São Paulo e Porto Alegre a instituições
nos Estados Unidos
• 1988  AlterNex:o primeiro serviço brasileiro
de Internet não-acadêmica e nãogovernamental
– Aberto ao público em 1992
• 1995  CGI.BR e liberação para uso comercial
Uso das redes nas organizações
• Compartilhamento de recurso, programas,
equipamentos e dados disponíveis para todos na rede,
independente da localização física de recursos e
usuários;
• Alta disponibilidade de recursos, arquivos importantes
e/ou muito usados, podem ser replicados em dois ou
mais computadores;
• Economia de dinheiro, dado que computadores de
menor porte apresentam uma relação custo/benefício
melhor que computadores de grande porte;
Uso das redes nas organizações
• Escalabilidade, pode-se aumentar a performance do
sistema gradualmente, de acordo com o crescimento da
demanda, acrescentando novos computadores (mais
poderosos) à rede;
• Comunicação, ou a capacidade de permitir que pessoas
separadas fisicamente possam compartilhar
informações de modo rápido e fácil (escrever um livro
conjuntamente, por exemplo) - esse, talvez, seja o fruto
mais importante da tecnologia de redes de
computadores
Redes para pessoas
• Acesso à informação remota, nas mais diversas formas (bancos,
lojas virtuais, jornais, sistemas de informação, etc.)
• Comunicação pessoa-a-pessoa, na forma de correio eletrônico,
reunião virtual (videoconferência), redes sociais, etc.
• Entretenimento interativo, na forma de jogos via rede, vídeo/áudio
sob demanda, etc.
Todas as considerações já feitas revelam um mundo virtual ideal, cheio
de recursos e possibilidades.
 O mundo real força-nos a encarar alguns problemas que estão em
discussão no momento.
Considerações sociais
• A introdução em larga escala das redes de
computadores trouxe novos problemas sociais,
éticos e políticos.
• Algumas questões não respondidas totalmente
ainda...
Considerações sociais
• Até que ponto a liberdade de opinião e expressão pode
(deve) ser respeitada?
• Operadores/gerentes de redes de computadores são
responsáveis pelas informações que nelas circulam?
• Um proprietário de um provedor de acesso
Internet deve responder judicialmente por
informações consideradas ilegais armazenadas
em seus computadores?
Considerações sociais
• Empregadores devem (podem) ter o direito de
censurar as mensagens enviadas/recebidas por
seus empregados na rede da empresa?
– O que dizer de estudantes nas escolas?
• Dados pessoais / difamação em redes pessoais
e serviços de streamming
• Como tratar problemas de segurança nas
redes?
– Privacidade das informações
Inicio dos trabalhos....
Classificação de redes
• Embora não haja uma classificação aceita
genericamente, duas dimensões aparecem
como as mais importantes:
– Tecnologia de transmissão
– Escala
Tecnologia de transmissão
• Em relação à tecnologia de transmissão, de
modo geral trabalha-se com dois tipos:
– Redes de difusão (Broadcast networks); e
– Redes ponto-a-ponto (Point-to-point Networks).
Redes de difusão
• Redes de difusão apresentam as seguintes
características:
– Canal único de comunicação, compartilhado por todas as
máquinas da rede;
– Tráfego de pequenas mensagens, chamadas às vezes de
pacotes, enviadas por uma máquina e recebidas por todas;
– Pacotes com campo de endereço que especifica para que
máquina o mesmo deve ser entregue (unicasting);
Redes de difusão
• Um pacote recebido por uma máquina tem seu campo de endereço
verificado: se pertence à máquina que o recebeu, ele é processado
pela mesma; em caso contrário, é descartado;
• Um pacote pode ser endereçado a todas as máquinas da rede ao
mesmo tempo, usando um valor especial no campo de endereço;
Esse modo de operação é chamado de modo de difusão
(broadcasting).
• Um pacote pode ser endereçado a algumas máquinas da rede ao
mesmo tempo, usando outro valor especial no campo de endereço.
Esse modo de operação é chamado de multi-difusão
(multicasting).
Redes ponto-a-ponto
• Redes ponto-a-ponto apresentam as seguintes
características:
– Canal exclusivo de comunicação para interligação de quaisquer
duas máquinas na rede;
– Tráfego de pacotes enviados por uma máquina origem para uma
única máquina destino;
– Para ir de uma origem para um destino um pacote pode ter de
passar por uma ou mais máquinas intermediárias;
– Múltiplas rotas, de diferentes custos (tamanho, velocidade,
atraso), podem existir entre uma origem e um destino, de modo
que algoritmos de roteamento (escolha da melhor rota)
desempenham um papel relevante nessas redes.
Escala
• De modo geral (com a admissão de
exceções):
– redes pequenas, localizadas em uma mesma
região geográfica, tendem a usar transmissão por
difusão;
– redes grandes e geograficamente espalhadas
usam transmissão ponto-a-ponto.
• Em relação à escala, uma classificação bastante
adotada para as redes é dada a seguir.
*Máquinas de fluxo de dados são computadores com alta capacidade de
paralelismo que possuem muitas unidades funcionais capazes de operar
simultaneamente em um mesmo programa.
** Multicomputadores são sistemas que podem se comunicar
enviando/recebendo mensagens sobre barramentos muito curtos e rápidos
REDES LOCAIS DE COMPUTADORES (LOCAL AREA
NETWORK – LAN)
• Redes Locais de Computadores apresentam as seguintes
características:
– São redes privadas, localizadas em um único prédio ou campus de
poucos quilômetros de tamanho;
– São extensamente usadas para conectar computadores pessoais e
estações de trabalho nas empresas para compartilhar recursos e
trocar informações;
• Se distinguem dos outros tipos de rede por três
características:
– Seu tamanho restrito;
– Sua tecnologia de transmissão; e
– Sua topologia.
• O tamanho restrito permite:
– Conhecer o pior tempo de transmissão com
antecedência;
– Com base nesse conhecimento, usar certos tipos de
projeto que não seriam possíveis em caso contrário;
– Com base nesse conhecimento, simplificar a
gerência da rede.
• A tecnologia de transmissão se caracteriza,
normalmente, por:
– Um canal de comunicação simples ao qual são
conectadas todas as máquinas;
– Velocidade de transmissão da ordem de 100, 1.000
Mbps (Gigabit Ethernet) ou 10.000 Mbps (10 GigE)
com baixo atraso (dezenas de microsegundos) e
poucos erros;
– Avanços recentes permitem velocidades ainda
maiores com baixo investimento.
• As topologias mais utilizadas são:
– Barramento, onde, em um dado instante, uma máquina
tem e permissão de transmitir e todas as outras não
podem transmitir
• Com mecanismo de arbitragem usado para resolver conflitos
quando duas ou mais máquinas quiserem transmitir ao mesmo
tempo;
• Esse mecanismo pode ser centralizado ou distribuído; IEEE
802.3, mais conhecido como Ethernet, é uma rede de difusão
baseada em barramento bastante conhecida.
– Anel, que apresenta um mecanismo de transmissão
semelhante ao usado no barramento;
• IEEE 802.5, mais conhecido como IBM token ring, é uma rede de
difusão baseada em anel bastante conhecida.
– Estrela interliga computadores através de switches ou
qualquer outro concentrador/comutador.
• É caracterizada por um elemento central que "gerencia" o fluxo
de dados da rede, estando diretamente conectado (ponto-aponto) a cada nó, daí surgiu a designação "Estrela".
– Hierarquica ou em árvore, possui uma série de
barramentos interconectados.
• Cada ramificação significa que o sinal deverá se
propagar por dois caminhos diferentes.
• Esta topologia é muito usada para supervisionar
aplicações de tempo real, como algumas de
automação industrial e automação bancária.
– Quando uma operação exige acesso a informações que não estão
disponíveis na agência, elas são buscadas no computador central.
Se este não tiver acesso direto a estas informações, redicionará a
busca para outro computador da rede que as detém.
– Malha Todos os nós estão atados a todos os outros nós,
como se estivessem entrelaçados.
• Vários caminhos possíveis por onde a informação
pode fluir da origem até o destino
• O tempo de espera é reduzido e eventuais problemas
não interrompem o funcionamento da rede
• Um problema encontrado é em relação às interfaces
de rede, já que para cada segmento de rede seria
necessário instalar, em uma mesma estação, um
número equivalente de placas de rede
• Uma vez que cada estação envia sinais para todas as
outras com frequência, a largura da banda de rede
não é bem aproveitada.
– Redes Hibridas ou Mistas União de mais de um tipo
• Redes de difusão podem ser divididas em estáticas
e dinâmicas (dependendo de como o canal de
transmissão é utilizado):
– Estáticas: dividem o tempo disponível do canal em
intervalos discretos e usam um algoritmo de distribuição
circular:
• permitindo que cada máquina transmita somente
quando recebe um intervalo de tempo;
• desperdiçam capacidade do canal quando uma
máquina não tem nada para transmitir durante o
intervalo de tempo que lhe foi atribuído;
– Dinâmicas: um mecanismo de arbitragem (centralizado
ou distribuído) recebe requisições de utilização do canal
e as atende ou não de acordo com a ocupação do canal.
• REDES METROPOLITANAS (METROPOLITAN
AREA NETWORK – MAN)
– Basicamente são uma versão maior das Redes
Locais, usando tecnologias semelhantes;
– Suportam, em geral, dados e voz (telefonia), podendo
estar associadas à rede de televisão via cabo;
– Redes Wireless se enquadram em redes MAN
MAN
• REDES DE LONGA DISTÂNCIA (WIDE AREA
NETWORK – WAN)
– Espalham-se por uma área geográfica grande: p.ex.
um país;
– Máquinas são conectadas por uma subrede de
comunicação, cujo trabalho é transportar mensagens
de máquina a máquina, como um sistema telefônico;
– Como separam os aspectos puros de comunicação
(subrede) dos aspectos das aplicações (máquinas),
seu projeto é mais simplificado.
WAN
• Na maioria das WANs, a subrede consiste de
dois componentes distintos:
– Linhas de transmissão, também chamados de
circuitos, canais ou troncos, que transportam bits
entre elementos da rede;
– Elementos de comutação, computadores
especializados, usados para conectar duas ou mais
linhas de transmissão:
• escolhendo sempre o melhor caminho para os dados
percorrerem para chegar ao seu destino;
• São chamados de vários nomes:
–
–
–
–
Nós de comutação de pacotes;
Sistemas intermediários;
Comutadores de dados;
Roteadores (termo preferido).
• Em uma Rede de Longa Distância, a subrede de
transmissão pode ser organizada como:
– ponto-a-ponto; e
– ponto-a-multiponto.
• Na forma ponto-a-ponto, a transmissão de dados entre
duas máquinas que não compartilham um canal de
comunicação se dá pela utilização de máquinas
intermediárias:
– em um princípio de organização de subrede chamado de ponto-aponto (point-to-point) ou de armazena-e-segue (store-and-forward)
ou comutação de pacote (packet-swithing).
• Na forma ponto-a-ponto uma consideração importante de
projeto é a topologia de conexão de roteadores.
• Na forma ponto-a-multiponto, um sistema de satélites ou
de rádio é usado como difusor dos dados
Exemplo de Rede ponto-a-multiponto
REDES SEM FIO
• O crescimento do uso dos dispositivos vem
proporcionando um interesse cada vez maior em redes
sem fio (wireless networks).
• Uma rede totalmente baseada em ondas
eletromagnéticas
• Problemas das redes sem fio:
– Custo: ainda são mais caras que as redes
convencionais;
– Velocidade: tipicamente trabalham em velocidades
inferiores a redes cabeadas;
– Taxas de erro: freqüentemente maiores que nas
redes convencionais, podendo ocorrer interferência
entre computadores de diferentes redes.
– Segurança: ?????;
• Novo padrão se estabelecendo Ethernet 802.11
(a, b, ...., g), 802.16 (Wimax), 2G, 3G, 4G;...
INTER-REDES
• Muitas redes de computadores existem no mundo,
frequentemente compostas por diferentes hardwares e
softwares:
– A interconexão dessas muitas redes se dá por máquinas chamadas
de gateways:
– À coleção dessas redes interconectadas dá-se o nome de interrede ou internet.
• Uma forma comum de inter-rede é:
– um conjunto de redes locais (LANs) conectadas através de uma
rede de longa distância (WAN) e,
– uma rede local conectada à uma rede de longa distância forma uma
inter-rede, embora não haja consenso na literatura e na indústria
sobre esse ponto.
• Cabe aqui diferenciar internet e Internet (com I
maiúsculo):
– A primeira, como dito anteriormente, define um
conjunto de redes interconectadas.
– A segunda, da nome à maior de todas as inter-redes
em funcionamento no mundo atualmente.
SOFTWARE PARA REDES DE
COMPUTADORES
• As primeiras redes de computadores foram projetadas
tendo:
– Hardware como a preocupação principal;
– Software como um coadjuvante;
• Essa estratégia não funciona mais hoje em dia:
– O software é considerado uma das partes mais importantes na
concepção de novas tecnologias de redes de computadores;
• Para reduzir a complexidade de projeto:
– A maioria das redes são organizadas como uma série
de camadas ou níveis, cada uma construída sobre a
outra;
– O número de camadas, o nome, o conteúdo e a
função de cada camada varia de rede para rede,
embora em todas as redes, o objetivo de cada
camada seja oferecer para a camada superior certos
serviços, liberando a camada superior de se
preocupar com os detalhes de implementação
desses serviços;
– A camada N de uma máquina da rede
desenvolve uma troca de dados com a
camada N de outra máquina;
– As regras e convenções que regem essa
troca de dados são conhecidas como
protocolos da camada N.
• Basicamente, um protocolo é um acerto entre as
partes que se comunicam sobre como a
comunicação deve se desenvolver
– Quem fala primeiro?
– Como se identificar um para o outro?
– Se um não entender uma dada mensagem, como
proceder para pedir a repetição da mesma?
– etc.
• Um exemplo de uma rede em cinco níveis pode ser
visto na figura abaixo.
Camadas, protocolos e interfaces
• Não há transferência de dados direta entre a
camada 5 de uma máquina para a camada 5 de
outra:
– Cada camada passa dados para a camada
imediatamente inferior, até a camada mais baixa ser
atingida;
– Junto da camada 1 está o meio físico de transmissão
onde a comunicação realmente acontece;
– Entre cada par de camadas adjacentes, existe uma
interface que define que operações primitivas e que
serviços a camada inferior oferece para a camada
superior, e o que cada camada deve fazer para
interagir com a outra.
• Um conjunto de camadas e protocolos de
comunicação entre camadas do mesmo nível
define uma Arquitetura de Rede. Por exemplo, a
Internet usa a arquitetura TCP/IP.
• Uma lista de protocolos usados por um certo
sistema define uma Pilha de Protocolos. Por
exemplo, pode-se falar da pilha TCP/IP do
sistema operacional Ubuntu Linux, da pilha
TCP/IP do sistema operacional Solaris da SUN,
da pilha TCP/IP do Windows, etc.
• Considerando o exemplo da figura anterior, poderíamos definir a
seguinte funcionalidade:
– Uma mensagem M, produzida por uma aplicação na camada 5, é
entregue à camada 4 para transmissão;
– A camada 4 coloca um cabeçalho na frente da mensagem para
identificá-la; o cabeçalho contém informações tais como um número de
seqüência para permitir que a camada 4 da máquina destino entregue a
mensagem na ordem correta, no caso das camadas inferiores não
manterem a ordem das mesmas durante o encaminhamento;
– A camada 3, como em muitas redes, impõe um limite para o tamanho
das mensagens que transmite, precisando, em muitas ocasiões,
quebrar os dados que recebe da camada 4 em unidades menores,
chamadas às vezes de pacotes, acrescentando a eles um novo
cabeçalho (da camada 3);
– A camada 3 também decide que caminho físico usar (quando houver
mais de um), e passa o pacote para a camada 2 que, por sua vez,
acrescenta um novo cabeçalho e um terminador (trailer ou sufixo) ao
pacote, enviando para a camada 1 para a transmissão.
Exemplo de fluxo de informação na arquitetura de 5 camadas
CONSIDERAÇÕES DE PROJETO PARA AS
CAMADAS
• Várias considerações dever ser feitas no projeto das
camadas do software de redes. Algumas das mais
importantes são:
– Identificação de máquinas e/ou processos: uma rede
congrega vários computadores, alguns dos quais têm
múltiplos processos, logo é preciso existir um
mecanismo de endereçamento de máquinas e
processos entre os computadores de uma rede;
– Formas de transmissão de dados: como os dados
trafegam na rede quando se dá a comunicação entre
duas máquinas?
• Mão única (simplex): transmissão somente em um sentido no
canal de transmissão;
• Mão dupla alternada (half-duplex): transmissão em ambos os
sentidos, um sentido de cada vez;
• Mão dupla total (full-duplex): transmissão em ambos os
sentidos, ao mesmo tempo.
– Controle de erro: como os canais de comunicação não
são totalmente confiáveis, é necessário algum tipo de
controle de erros para garantir confiabilidade nas
comunicações;
– Seqüênciamento: dado que nem todo canal de
transmissão preserva a ordem das mensagens, algum
tipo de controle de sequenciamento deve existir para
permitir ao receptor reordenar as mensagens antes de
entregá-las ao programa aplicativo;
– Controle de mutiplexação: como aglutinar pequenas
mensagens em blocos maiores para melhor
aproveitar a capacidade de um canal de
comunicação?
– Controle de encaminhamento de dados: que caminho
uma mensagem deve seguir quando existe mais de
um disponível para se atingir um mesmo destino?
Algoritmos de tomada de decisão (roteamento)
devem ser usados para esse fim.
– Controle de fluxo: como informar a um emissor rápido
que um receptor lento não comporta mais mensagens?
– Controle de fragmentação: como transmitir mensagens
longas sobre canais de comunicação com limitações no
tamanho dos blocos de dados que eles podem transmitir?
INTERFACES E SERVIÇOS
• Considerando que a função de cada camada é prover
serviços para a camada superior, vamos definir alguns
termos:
– Entidades (Entities): elementos ativos em cada camada. Um
elemento ativo pode ser software (p.ex. um processo) ou
hardware (p.ex. um processador de entrada e saída);
– Entidades pares ou parceiras (Peer Entities): entidades na
mesma camada de máquinas diferentes;
– Provedor de serviço (Service Provider): camada N que fornece
serviços para a camada N+1;
– Usuário de serviço (Service User): camada N+1 que usa
serviços da camada N;
– Ponto de acesso à serviço (Service Access Point - SAP): local
(forma) de acesso à um serviço em uma camada; Por exemplo,
os pontos de acesso a serviço da camada N, são aqueles
disponibilizados para a camada N + 1 para usos dos serviços
oferecidos pela camada N (possivelmente subrotinas e funções
com parâmetros bem definidos);
– Unidade de Dados de Interface (Interface Data Unit - IDU): bloco
de dados passados da camada N+1 para a camada N; É
composta de:
• Informação de Controle de Interface (Interface Control Information ICI): que ajuda a camada N no desempenho de suas tarefas (p.ex.
número de bytes do SDU);
• Unidade de Dados de Serviço (Service Data Unit - SDU): dados a
serem transmitidos para a entidade par (na máquina destino);
– Unidade de Dados de Protocolo (Protocol Data Unit - PDU):
Caso necessário, a camada N fragmenta a SDU recebida da
camada N+1, enviando para a camada N-1 n PDUs precedidas
de um cabeçalho que informa à entidade par na máquina
destino como recompor a SDU original.
SERVIÇO ORIENTADO À CONEXÃO E
SERVIÇO NÃO ORIENTADO À CONEXÃO
• Serviço Orientado à Conexão (Connection-Oriented):
– É aquele onde o usuário do serviço precisa estabelecer uma
conexão (trocar dados de controle) com a entidade par na
máquina destino antes de enviar mensagens para a mesma.
– Após encerrar a transferência de mensagens, deve encerrar a
conexão de forma explícita;
– O aspecto essencial da conexão é que ela atua como um tubo:
o emissor coloca objetos (bits) em uma ponta, e o receptor os
recebe na outra ponta, na mesma ordem; É um serviço confiável
de entrega de dados (baseado na confirmação de recebimento);
SERVIÇO ORIENTADO À CONEXÃO E
SERVIÇO NÃO ORIENTADO À CONEXÃO
• Serviço não orientado à Conexão ou sem conexão
(Connectionless):
– É aquele onde o usuário do serviço envia mensagens para a
entidade par na máquina destino sem comunicação prévia;
– O aspecto essencial da transmissão é que cada mensagem
trafega com informações completas do destinatário e cada
mensagem pode seguir caminhos distintos na rede, podendo
chegar ou não ao seu destino;
– É um serviço não confiável de entrega de dados.
PRIMITIVAS DE SERVIÇO
• Um conjunto de primitivas (operações) especifica
formalmente um serviço disponível para o usuário ou
para uma entidade. As primitivas pedem aos serviços
para desenvolver alguma ação ou informam sobre o
resultado de uma ação executada por uma entidade par.
As primitivas são, normalmente, classificadas conforme
a figura abaixo.
• Para ilustrar o uso de primitivas, vamos supor a
transferência de uma mensagem de uma máquina 1
para uma máquina 2 em termos das camadas N+1 e N
em ambas as máquinas, como mostrado na figura a
seguir.
1.
2.
3.
conexão(requisita) - requisita o estabelecimento de uma conexão;
conexão(indica) - sinaliza o lado chamado (máquina 2);
conexão(responde) - o lado chamado sinaliza que aceita ou rejeita a
conexão;
4.
conexão(confirma) - o lado chamador é informado do aceite da conexão;
5.
dados(requisita) - a máquina 1 solicita envio de dados;
6.
dados(indica) - sinaliza chegada de dados na máquina 2;
7.
dados(requisita) - a máquina 2 solicita envio de dados;
8.
dados(indica) - sinaliza chegada de dados na máquina 1;
9.
desconexão(requisita) - requisita o encerramento da conexão;
10. desconexão(indica) - sinaliza o lado chamado (máquina 2)
OBSERVAÇÃO
• Serviços e protocolos são conceitos distintos que,
embora confundidos em alguns contextos, devem ser
sempre bem compreendidos:
– Um serviço é um conjunto de primitivas (operações) que uma
camada fornece para a camada acima dela; O serviço define
que operações a camada está preparada para executar para
seus usuários, mas não define como elas são implementadas.
– Um protocolo, em contrapartida, é um conjunto de regras que
governam o formato e o significado dos quadros, pacotes ou
mensagens que são trocados por duas entidades pares em uma
camada.
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Redes de difusão