A cogeração e a eficiência energética nos edifícios hospitalares. Benefícios técnicos e económicos. Junho 2015 Cogeração uma solução energética e ambiental A cogeração é um sistema de produção de energia de alto rendimento (≈85%), que consiste na produção simultânea de energia térmica e de energia eléctrica a partir de uma energia primária combustível. Sumário 1. Projetos de Cogeração em Hospitais 2. Benefícios Técnicos e Económicos 3. Eficiência Energética das Unidades de Cogeração 4. Cogeração Hospital São João 3 1. Projetos de Cogeração em Hospitais 1. Calendarização do arranque das Cogerações Hospital São João - 2011 7 290 kWe Hospital Pedro Hispano - 2001 2 036 kWe Hospital Santo André - 2011 2298 kWe Hospital Distrital de Santarém - 2011 1 600 kWe Hospital São Francisco Xavier - 2006 2 036 kWe Hospital São José - 2006 2 036 kWe Hospital Fernando da Fonseca - 2011 3 200 kWe Hospital Dr. José Maria Grande - 2013 1 200 kWe Hospital Egas Moniz- 2013 1 600 kWe Hospital Garcia de Orta - 2002 2 036 kWe Hospital São Bernardo - 2011 1 519 kWe Hospital Barlavento Algarvio - 2013 1 600 kWe 5 1. Novos Projetos em Estudo Hospital São Pedro 1 500 kWe Hospital São Teotónio 2 000 kWe IPO Lx 2 000 kWe Hospital Nossa Senhora Rosário 1 200 kWe 6 1. Projetos – Potência Instalada em Cogeração 12 Hospitais 19 Unidades (Motores) Potência Elétrica - 28,13 MW Potência Térmica Água Quente - 30,5 MW Produção de Vapor - 8,6 Ton/h Potência Térmica Água Fria em Chillers de Absorção - 14,1 MW Total Investimento já realizado - 45 M€ 7 1. Projetos – Tipos de Produção Produção Frio Absorção Produção de Água Quente Hospital Pedro Hispano X X Hospital Garcia de Orta X X Hospital São Francisco Xavier X X UNIDADE Hospital São José X Produção de Vapor X Hospital São Bernardo X X Hospital Santo André X X X Hospital Fernando da Fonseca X X X Hospital São João X X X Hospital Distrital de Santarém X X Hospital Barlavento Algarvio X X Hospital Egas Moniz X X Hospital Dr. José Maria Grande X X 8 2. Benefícios Técnicos e Económicos 2. Benefícios Técnicos Ampliação da Potência de Frio – Investimentos realizados pela Cogeração Potência Absorção (KW) Potência Elétrica (KW) Hospital Pedro Hispano 950 930 Hospital Garcia de Orta 1 010 800 Hospital São Francisco Xavier 1 100 ---- Hospital São Bernardo 900 ---- Hospital Santo André 900 ---- Hospital Fernando da Fonseca 1 300 ---- Hospital São João 4 300 3 000 900 ---- 1 100 ---- Hospital Egas Moniz 900 ---- Hospital Dr. José Maria Grande 750 ---- Total 14 110 4 730 UNIDADE Hospital Distrital de Santarém Hospital Barlavento Algarvio 10 2. Benefícios Técnicos Centralização da Produção UNIDADE Centralização da Centralização Produção de Água Produção de Gelada Água Quente Hospital Pedro Hispano Hospital Garcia de Orta Hospital São Francisco Xavier Hospital São José Hospital São Bernardo Hospital Santo André Hospital Fernando da Fonseca Hospital São João Hospital Distrital de Santarém Hospital Barlavento Algarvio Hospital Egas Moniz 11 2. Benefícios Técnicos Passagem de Fuel a Gás e Conversão de Vapor para AQ UNIDADE Conversão Fuel/Gás Passagem de Vapor a Água Quente Hospital Garcia de Orta Hospital São Francisco Xavier Hospital São José Parcial Hospital São Bernardo Hospital Santo André Parcial Hospital Fernando da Fonseca Parcial Hospital São João Parcial Hospital Distrital de Santarém Hospital Egas Moniz 12 2. Benefícios Económicos para a Unidade Hospitalar Hospital Pedro Hispano Fase 1 – Duração 13,5 Anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 10% (AQ+AF) Potência de água gelada insuficiente. Aquando da construção do Hospital foi instalado um Chiller de Absorção mas não se concluiu a instalação de cogeração Fase 2 – Duração 5 Anos Redução de Custo de 50% (AQ+AF) + Manutenção e condução a custo zero para os equipamentos de produção e distribuição de AQ + AF. Novo Chiller elétrico de 900 kW + Remodelação da central de produção e distribuição de AF + Captação de água para a Cogeração Hospital São Francisco Xavier Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 10% (AQ+AF) + 10% de toda a energia elétrica consumida pelo Hospital. Nova instalação centralizada AQ e AF, eliminação da produção de vapor a Fuel. 13 2. Benefícios Económicos para a Unidade Hospitalar Hospital Garcia de Orta Fase 1 – Duração 10 Anos Nova instalação centralizada AQ e AF, eliminação da produção de vapor a Fuel, nova rede de distribuição de AQ Fase 2 – Duração 4,3 Anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 7,5% (AQ)+ 5% (AF) + Manutenção e condução a custo zero para os equipamentos de produção e distribuição de AQ + AF. Remodelação da produção de Frio com novo Chiller de 800 kW, nova central de distribuição e interligação da produção com a Urgência. Novas Unidades de Tratamento de ar, Bloco Operatório e UCI Hospital São José Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 5% (AQ+Vapor) + 5% de toda a energia elétrica consumida pelo Hospital Nova instalação centralizada AQ, remodelação do edifício da central térmica 14 2. Benefícios Económicos para a Unidade Hospitalar Hospital São Bernardo Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 15% (AQ) + 50% (AF) + 50% Custos de Manutenção Nova instalação centralizada AQ e AF, eliminação da produção de vapor, nova rede de distribuição de AQ. Remodelação central térmica Hospital Santo André Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 30% (AQ+AF+Vapor) Distribuição de AQ e AF, utilização do vapor com Backup. Hospital Fernando da Fonseca Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 15% (AQ+Vapor) + 20% (AF) Rede de Gás Natural, passagem da central de vapor de Fuel para gás. Distribuição de AQ, utilização do vapor com Backup. 15 2. Benefícios Económicos para a Unidade Hospitalar Hospital Distrital de Santarém Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 15% (AQ) + 15% (AF) + 45% Custos de Manutenção Nova instalação centralizada AQ e AF, eliminação da produção de vapor, nova rede de distribuição de AQ. Hospital São João Duração 15 anos Beneficio Económico com: 2 M€ com a redução de Custos indiretos de AQ e AF 2,8 M€ para novo edifício para centralização de produção AQ+AF+V 2,2 M€ para remodelação da rede elétrica de Média tensão e QGBT’s 4,3 M€ para nova central térmica, ampliação potência de frio e rede de distribuição de AQ+AF 16 2. Benefícios Económicos para a Unidade Hospitalar Hospital Egas Moniz Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 12% (AQ) + 12% (AF) + 12% de toda a energia elétrica consumida pelo Hospital Nova instalação centralizada AQ e AF, eliminação da produção de vapor, nova rede de distribuição de AQ. Remodelação da central térmica Hospital Barlavento Algarvio Duração 10 anos Beneficio Económico 15% (AQ+AF) ou um investimento de 0,5 M€, na centralização da produção de frio, remodelação das Unidades de Tratamento de Ar, Climatização do Refeitório e reforço da climatização do Internamento Hospital Dr. José Maria Grande Duração 10 anos Beneficio Económico com Redução de Custo de 15% (AQ+AF) + Manutenção e condução a custo zero para os equipamentos de produção e distribuição de AQ. 17 3. Eficiência Energética 3. Cogeração os + da cogeração Optimizar a eficácia energética A produção simultânea de electricidade e de calor: Melhorar o impacto ambiental A cogeração provoca: Oferta de um excelente rendimento energético global. Uma forte redução das emissões de gases contribuintes para o efeito de estufa. Evitando as perdas sobre a rede onde coexistem necessidades de electricidade e calor. Uma economia em matéria de reforço da rede elétrica. Um benefício ambiental substancial. Autonomia A cogeração permite: Assegurar em continuidade o fornecimento das energias. 3- Cogeração Uma solução energética e ambiental Um fornecimento contínuo de energia a um custo reduzido > Um rendimento energético global garantido que assegura até 25% de poupança de energia primária. > Uma gestão local da energia por uma escolha óptima permanente dos diferentes vectores energéticos - gases, electricidade, água quente, vapor, energias primárias complementares. > Uma segurança da alimentação eléctrica e térmica do local. 3- Cogeração Eficiência do processo 78 Central Elétrica 42 Cogeração 120 100 168 43 Perdas Central Térmica 48 15 5 3. Redução do Consumo de Energia – Valores 2014 Produção de Frio por Absorção – Redução consumo de Eletricidade Unidade de Cogeração MWhe Hospital Pedro Hispano 1 380 Hospital Garcia de Orta 1 020 Hospital São Francisco Xavier 1 020 Hospital São José 0 Hospital São Bernardo 580 Hospital Santo André 660 Hospital Fernando da Fonseca 990 Hospital São João 3 490 Hospital Distrital de Santarém 270 Hospital Barlavento Algarvio 740 Hospital Egas Moniz 290 Hospital Dr. José Maria Grande 240 TOTAL 10 680 22 3. Redução do Consumo de Energia – Valores 2014 Rendimento Global das Instalações de Cogeração Unidade de Cogeração Rendimento Hospital Pedro Hispano 74% Hospital Garcia de Orta 70% Hospital São Francisco Xavier 64% Hospital São José 65% Hospital São Bernardo 72% Hospital Santo André 75% Hospital Fernando da Fonseca 76% Hospital São João 77% Hospital Distrital de Santarém 66% Hospital Barlavento Algarvio 74% Hospital Egas Moniz 66% Hospital Dr. José Maria Grande 69% 23 3. Redução do Consumo de Energia – Valores 2014 Redução do consumo de energia em Tep Unidade de Cogeração Tep Hospital Pedro Hispano 1820 Hospital Garcia de Orta 1860 Hospital São Francisco Xavier 1640 Hospital São José 600 Hospital São Bernardo 1160 Hospital Santo André 2170 Hospital Fernando da Fonseca 3050 Hospital São João 7630 Hospital Distrital de Santarém 900 Hospital Barlavento Algarvio 960 Hospital Egas Moniz 940 Hospital Dr. José Maria Grande 780 TOTAL 23 510 24 3. Redução do Consumo de Energia – Valores 2014 Emissões de CO2 evitadas Unidade de Cogeração TON Hospital Pedro Hispano 1 240 Hospital Garcia de Orta 3 000 Hospital São Francisco Xavier 1 060 Hospital São José 750 Hospital São Bernardo 890 Hospital Santo André 1 410 Hospital Fernando da Fonseca 4 560 Hospital São João 10 300 Hospital Distrital de Santarém 460 Hospital Barlavento Algarvio 730 Hospital Egas Moniz 360 Hospital Dr. José Maria Grande 620 TOTAL 25 380 25 4. Cogeração Hospital São João Cogeração Hospital São João Principais Dados Potência Elétrica 7,3 MWe Potência Térmica de Frio 7,3 MWf + 6 MWf(Reserva) Potência Térmica de Quente 5,9 MWQ + 4 MWQ(Reserva) Potência Térmica Vapor 7 MWV Investimento 17,3 M€ 27 Cogeração Hospital São João - Equipamentos Central de Cogeração/Trigeração com três Motores de Combustão a gás natural, com uma potência eléctrica total de 7,3 MW inseridos em canópias de insonorização A central de produção de água gelada com dois Chillers de Absorção com uma potência total de 4,3 MW e um chiller eléctrico Centrifugo 3 MW. A central dispõe de reserva para mais 6 MW repartidos em dois Chillers eléctricos. A potência de Condensação é de 22 MW para a totalidade da água gelada 13,3 MW Produção de água gelada com Chillers eléctricos e Absorção 28 Cogeração Hospital São João - Equipamentos A Central Térmica, Vapor e água quente: - Duas caldeiras de vapor a gás natural de 3 Ton/h, - Tês caldeiras de recuperação do escape dos motores com uma produção de 1,8 Ton/h. - Uma caldeira de água quente de 2 MW. A central está ainda dimensionada para ampliar a potência de água quente em 2x2 MW. - Novo Desgaseificador e Dep. Condensados Construção de uma rede de tubagem com respectivas estruturas para ligação às centrais autónomas existente, criando uma rede centralizada dimensionada para a climatização da totalidade do Hospital, reservando espaço nas estruturas para os novos Edifícios 29 Cogeração Hospital São João - PT Transformadores com potência total de 14,53 MVA Três QGBT • Equipamentos auxiliares de produção, a distribuição de energia térmica e o Edifício • Chillers eléctricos • Auxiliares da Cogeração 3x3.000 KVA para os Motores 2x1.250 kVA para os Equipamentos auxiliares de produção, da distribuição de energia e do Edifício 3x800 kVA para os Chillers eléctricos 1x630 kVA para os Auxiliares da Cogeração 3 4 D C B 30 Cogeração Hospital São João – Esquema 31 BUDGET 2015 / BU NAME / DATE WWW.VEOLIA.COM 32