Projeto AMAZONA Dados preliminares de câncer de mama no Brasil Sergio D. Simon , pelo Grupo Brasileiro de Estudos em Câncer de Mama – GBECAM 1 Introdução O câncer de mama atinge cerca de 50.000 novas pacientes/ano no Brasil. A incidência é extremamente variável no país, sendo alta na região sul/sudeste do país e muito baixa na região norte.(1) Existem dados epidemiológicos, mas poucos dados clínicos sobre o câncer de mama em nosso país. Nossa população é racialmente heterogênea, o que pode ter implicações no sub-tipo molecular e no tratamento de nossas pacientes. (1) www.inca.gov.br 2 Incidência Representação espacial das taxas brutas de incidência por 100 mil mulheres, estimadas para o ano 2008, segundo a Unidade da Federação (neoplasia maligna da mama feminina) RR AP AM PA MA CE PI AC RO TO BA MT DF RN PB PE AL SE Mulheres GO MG MS SP RJ 46,77 a 92,77 ES 29,92 a 46,76 PR SC 16,82 a 29,91 RS 9,74 a 16,81 3 Projeto AMAZONA Estudo retrospectivo, observacional, sobre a epidemiologia, apresentação clínica, tratamento recebido e desfecho clínico de 4.912 mulheres tratadas em 28 centros distribuídos por todo o país. Um estudo independente, realizado com fundos próprios do GBECAM. 4 Projeto AMAZONA Duas coortes foram estudadas: – pacientes registradas em 2001 (1/jan a 31/dez) – pacientes registradas em 2006 (1/jan a 31/dez) 4.912 pacientes (100%) 2001 N=2.198 45% N=2.714 55% 2006 5 Centros Participantes 28 Centros 01 RR AP 01 AM PA MA CE PI AC RO TO 01 RN PB PE AL SE 01 BA MT DF 02 GO 02 MG ES MS SP 01 02 RJ PR SC 09 RS 07 01 6 Centros Participantes Classificação Centros Públicos 1.064 Pacientes 8 Centros Privados 747 Pacientes 10 10 Centros Filantrópicos 3.101 Pacientes 7 Centros Participantes Centro Local Investigador N Hospital do Câncer de Barretos Fundação Pio XII Barretos/SP Dr. João Soares Nunes 797 Instituto de Câncer do Ceará Fortaleza/CE Dr. Ercio Ferreira Gomes 700 Hospital Ophir Loyola Belém/PA Dr. Fernando Chalu Pacheco 480 Liga Norteriograndense Contra o Câncer Natal/RN Dra. Andréa J. S. Gomes 458 Fundação Amaral Carvalho Jaú/SP Dr. José Getúlio Segalla 354 Centro de Estudos Oncoclínica Rio de Janeiro/RJ Dra. Susanne Crocamo 280 Hospital São Lucas da PUC RS Porto Alegre/RS Dr. Carlos H. E. Barrios 228 Fundação Antonio Prudente – Hospital A C Camargo São Paulo/SP Dr. Daniel Luiz Gimenes 203 8 Centros Participantes Centro Local Investigador N Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho São Paulo/SP Dra. Brigitte Marie H. R. Adam Van Eyll 198 INCA Rio de Janeiro/RJ Dr. José Bines 165 Hospital Araújo Jorge Goiânia/GO Dr. Geraldo Silva Queiroz 154 Centro Paulista de Oncologia (CPO) São Paulo/SP Dr. Sergio Daniel Simon 130 Clínica de Neoplasias do Litoral Itajaí/SC Dr. Giuliano Santos Borges 119 Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Santa Maria/RS Dra. Lissandra Dal Lago 101 Hospital de Clínicas de Goiás Goiânia/GO Hospital de Clínicas de Porto Alegre Porto Alegre/RS Dr. Ruffo de Freitas Jr. Dr. Sérgio Jobim de Azevedo 89 68 9 Centros Participantes Centro Local Investigador N Clínica AMO Salvador/BA Dr. Carlos A. Sampaio P. Filho 59 Serviço de Oncologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba - CEPOS Sorocaba/SP Dr. Gilson Luchezi Delgado 56 Hospital FEMINA Porto Alegre/RS Dra. Daniela Dornelles Rosa 56 Centro de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina - CEPON Florianópolis/PR Dra. Yeni Verônica N. do Nascimento 49 OncoHematos Aracaju/SE Dr. Nivaldo Farias Vieira 44 Centro de Estudos da Disciplina de Hematologia da Faculdade de Medicina do ABC Santo André/SP Dr. Hélio Pinczowski 39 10 Centros Participantes Centro Local Investigador Instituto Santista de Oncologia Ltda Santos/SP Núcleo de Oncologia da Bahia Salvador/BA Dra. Clarissa Mathias 24 Centro de Novos Tratamentos CliniOnco Porto Alegre/RS Dr. Jéferson José da Fonseca Vinholes 23 Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre Porto Alegre/RS Dra. Manuela Zereu 6 Associação Hospitalar Moinhos de Vento Porto Alegre/RS Dra.Elicie Lins Svirski 5 Hospital Alemão Oswaldo Cruz São Paulo/SP Dr. Jorge Sabbaga 3 Dra. Martha Reinisch Perdicaris N 24 11 Objetivos Coletar dados abrangentes sobre: – Distribuição etária do câncer de mama – Dados gestacionais e familiares – Estadiamento clínico ao diagnóstico – Tipos histológicos do tumor de mama no Brasil – Perfil imunofenotípico do câncer de mama no Brasil – Modalidades de tratamento empregado – Observação dos desfechos do tratamento 12 Métodos - Coleta de dados Coleta de dados de prontuário em questionário de avaliação elaborado especificamente para o estudo. Dados foram preenchidos on-line e capturados imediatamente na base eletrônica de dados da Vigiun, em São Paulo. Coleta feita entre jul 2008 e jan 2009. Análise dos dados feita em janeiro e fevereiro de 2009. 13 Análise Estatística A análise foi feita com a totalidade das pacientes inseridas na base eletrônica de dados. Os dados foram resumidos através de estatísticas descritivas adequadas ao tipo de variável. – Frequências e porcentagens foram utilizadas para as variáveis categóricas, como raça, sexo, diagnóstico, estadiamento etc. Número de observações válidas (n), média, mediana, desvio-padrão (DP), valores mínimos e máximo foram apresentados para variáveis numéricas contínuas, como idade, tempo de tratamento, tempo até a recidiva etc. 14 Dados Sócio-demográficos Idade: 4.912 pacientes Média ± DP 59,3 ± 13,4 Mediana 58,0 Mínimo – Máximo 21 – 100 15 Dados Sócio-demográficos Faixa etária: 4.912 pacientes 35% 29,6% 30% 25% 22,2% 20,8% 20% 13,7% 15% 10% 7,4% 4,2% 5% 1,7% 0,4% 0% 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 90-100 16 Dados Sócio-demográficos Faixa etária: BRASIL x EUA Brasil Estados Unidos 35% 35% 29,6% 30% 30% 25% 22,2% 20,8% Média = 59,3 Média = 61 25% 22,4% 23,3% 19,8% 20% 20% 16,5% 13,7% 15% 15% 10% 10,6% 7,4% 10% 4,2% 5% 1,7% 0,4% 5,5% 5% 1,9% 0% 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 Projeto AMAZONA 80-89 90-100 0% 20-34 35-44 45-54 55-64 65-74 75-84 85-94 Surveillance Epidemiology and End Results (SEER) 17 Dados Sócio-demográficos Raça: 4.143 avaliados 769 Não disponíveis Asiática 0,5% 21 Negra 160 3,9% 2.823 Parda 27,5% Branca 68% 1.139 18 Dados Sócio-demográficos Idade por Raça: 4.143 avaliados 769 Não disponíveis Raça Média (± (± DP) Mediana Branca 59,9 (13,4) 58 25-100 2.823 Negra 59,4 (13,5) 58 26-92 160 Parda 58,7 (13,5) 57 21-96 1.139 Asiática 65,6 (10,4) 62 48-87 21 Mínimonimo-máximo N 19 Estado Menopáusico ao Diagnóstico 4.261 avaliados 631 Não disponíveis Pós-menopausa 2.687 62,8% 1.594 37,2% Pré-menopausa 20 Histórico Familiar (1º grau) Câncer de Mama Câncer de Ovário 3.829 Avaliados 1.083 Não disponíveis 3.471 Avaliados 1.441 Não disponíveis Não Não 3.390 97,7% 3.138 82,0% 81 2,3% 691 18,0% Sim Sim 21 Biópsia Inicial: Tipo Histológico TipoTIPO HistolHISTOL ógico ÓGICO Carcinoma Ductal Invasivo NN % % 3.136 81,6 Carcinoma Ductal in situ 285 7,4 Carcinoma Lobular Invasivo 238 6,2 Neoplasia Lobular in situ 11 0,3 Carcinoma Medular 43 1,1 Tumor Filóide 12 0,3 Outros 130 3,4 Total 3.844 Não disponível/Não aplicável 1.106 22 Tipo Histológico por Raça 85,3% 83,3% 7,2% 6,6% 0,30% 84,2% 5,4% BRANCA Ductal Invasivo 3,9% 8,0% 0,80% NEGRA Ductal in situ 5,1% 0,10% PARDA Lobular Invasivo Lobular in situ 23 Estadiamento Clínico: TNM Tumor Linfonodos 31% 41% N0 T3 13,6% T2 42,8% 59% N+ T4 17,4% T1 23,3% Metástases 94% M+ M0 6% 24 Estadiamento Clínico 24,6% Estadio 0 5,5% 2,9% Estadio I Estadio II 20,2% 46,8% Estadio III 30,1% Estadio IV 25 Estadiamento Comparativo Estadiamento Brasil EUA Localizado 23,1 61 Regional 71,4 31 Distante 5,5 6 Não Estadiado 2 Brasil Carcinoma in situ 2,9 % Rhode Island (2001) 37,5 % 26 Estadiamento Clínico por Tipo de Instituição % de pacientes 48,9% 36,9% 47,5% 16,2% 30,6% 45,4% 34,1% 30,9% 24,8% 19,6% 13,8% 12,7% 6,0% 3,5% 2,2% 0,4% PÚBLICO Estadio 0 PRIVADO Estadio I Estadio II 5,8% 3,9% FILANTRÓPICO Estadio III Estadio IV 27 Tratamento Neoadjuvante Tratamento SIM % 20,6% Quimioterapia 91,3% Hormonioterapia 8,7% Resposta Clínica 14,0% 13,7% 11,5% Resposta Completa Resposta Parcial Doença Estável 60,8% Progressão de Doença 28 Tratamento Neo-Adjuvante por tipo de Instituição % Pacientes 1.019 30% 26,5% 2.975 25% 21,0% 20% 768 15% 11,0% 10% 5% 0% Público Privado Filantrópico 29 Tipo de Tratamento Neoadjuvante Quimioterapia Hormonioterapia 60% 40% 36,0% 54,0% 50% 35% 29,0% 30% 29,0% 40% 25% 30% 20% 15% 15,0% 20% 10% 5,6% 5% 0% 18,0% 13,0% 10% 0% AC Antraciclina + Taxano FAC / FEC QT + Tamoxifeno Letrozol Anastrozol Outros Trastuzumabe Mediana no número de ciclos de QT= 4 (1-12) 30 Modalidade Cirúrgica Mastectomia N = 4.095 42,6% 57,4% Cirurgia Conservadora Dados Cirúrgicos Dissecção axiliar completa 77,3% Linfonodos avaliados (mediana) 15 (1-45) Linfonodos positivos (mediana) 3 (1-45) Linfonodo sentinela 20% 31 Tratamento Cirúrgico por Instituição 922 664 2.509 0,5% 0,5% 0,4% 48% 58% 51,7% 42,1% 63% 36,6% Público Conservadora Privado Mastectomia Filantrópico Outra 32 Linfonodo Sentinela por Tipo de Instituição % Pacientes Não 922 664 2.509 84,1% 74,1% 80,0% 25,9% 20,0% Privado Filantrópico 15,9% Público Sim 33 Estadiamento Patológico 3.273 Pacientes 50% 44,0% 45% 40% 35% 30% 24,0% 25% 23,4% 20% 15% 10% 6,8% 5% 1,8% 0% Estadio 0 Estadio I Estadio II Estadio III Estadio IV 34 Tipo Histológico Tipo Histológico % Carcinoma Ductal Invasivo 80,9% Carcinoma Ductal in situ 7,6% Carcinoma Lobular Invasivo 5,6% Neoplasia Lobular in situ 0,3% Carcinoma Medular 0,9% Tumor Filóide 0,4% Outros 4,4% Outros tumores: carcinoma apócrino, carcinoma de células claras, carcinoma espinocelular, carcinoma metaplásico, sarcomas, linfoma, etc. 35 Características Anátomo-Patológicas Grau de diferenciação tumoral 11,8% 28,1% 60,1% G1 - Bem diferenciado G2 - Moderadamente Diferenciado G3 - Pouco Diferenciado 36 Características Anátomo-Patológicas Grau de diferenciação tumoral por Raça 63,1% 63,1% 56,0% 35,8% 33,3% 23,3% 13,6% 8,2% 3,6% Brancas Negras G1 G2 Pardas G3 37 Características Anátomo-Patológicas: IHQ Receptor de Estrógeno N = 3.252 Negativo 69,9% Positivo 30,1% HER-2/neu Receptor de Progesterona N = 3.057 N = 2.414 79,7% 59,6% 40,4% 20,3% 38 Subtipos Fenotípicos 39 Tratamento Adjuvante 4.722 Pacientes Não 11,8% 88,2% Sim 40 Tratamento Adjuvante: Quimioterapia 4.166 Pacientes 35% 30,3% 29,8% 30% 25% 19,7% 20% 15% 11,9% 8,3% 10% 5% 0% CMF AC AC + PACLITAXEL / DOCETAXEL FAC/FEC OUTROS Número de ciclos de QT (mediana) = 6,0 (1-12) 41 Tratamento Adjuvante: Tipo de Quimioterapia por Instituição 4.166 Pacientes 480 429 13,8% 1.581 12,9% 23,5% 27,9% 21,2% 13,1% 31,6% 31,3% 46,6% 37,5% 27,1% 15,8% Público CMF Privado FAC/FEC Filantrópico AC AC->Taxano 42 Tratamento Adjuvante: Hormonioterapia 4.166 Pacientes Não 33,9% 66,1% Sim 43 Tratamento Adjuvante: Hormonioterapia 4.166 Pacientes 6,3% 44 Tratamento Adjuvante: Trastuzumabe 4.166 Pacientes Não 98,0% 2,0% Sim 45 Trastuzumabe Adjuvante por Instituição Ano de 2006 4.166 Pacientes 46 Tratamento Adjuvante: Radioterapia 4.166 Pacientes Não 24,0% 76,0% Sim 47 Recidiva locorregional & Tratamento 60% 51,6% 50% 42,9% 40% 30% 29,1% 29,1% QUIMIOTERAPIA HORMONIOTERAPIA 20% 10% 0% CIRUGIA RADIOTERAPIA 4,6% de recidiva locorregional (189/4.772) 48 Metástases a distância 60% 51,0% 50% 40% 36,4% 30% 21,1% 20% 14,2% 10% 4,8% 4,9% 5,7% Pele Linfonodos Outro 0% Ossos Pulmão Fígado Cérebro Outros sítios: mama contra lateral, peritônio, mediastino, coróide, ovário, epíploon, músculo 49 Segundo tumor Segundo tumor Sim 4,6% 95,4% Segundo Tumor N Contralateral sincrônico 58 Contralateral metacrônico 38 Não Mamá Mamário 122 Não Tumor não mamário N Pulmão 15 Ovário 13 Endométrio 9 Cólon 8 Estômago 5 Outros 77 50 Doenças Metastática: 1ª & 2ª Linhas de Conduta Tipo 1ª Linha (%) 2ª Linha (%) Taxano isolado 26,8 32,2 FAC / FEC 18,1 3,1 AC / EC 12,3 2,2 Capecitabina isolada 9,7 30,6 CMF 6,2 1,7 Antraciclina + Taxano 3,6 1,3 Combinações com Platina 9,6 11,8 Vinorelbina isolada 2,2 3,1 Gencitabina (isolada ± taxano) 2,4 3,9 QT + Trastuzumabe 1,2 1,3 Outras 7,9 8,7 51 Tratamento da doença metastática: Hormonioterapia % Pacientes 52,9% 29,4% 23,1% 28,7% 23,5% 23,1% 26,9% 23,5% 13,8% 11,8% 7,7% 3,4% Tamoxifeno 1a Linha Anastrozole Letrozole 2a Linha Exemestano 16,7% 11,8% 1,1% Fulvestranto 3a Linha 52 Participação em Protocolos de Pesquisa Clínica % Pacientes 53 Projeto AMAZONA Resultados do tratamento do câncer de mama no Brasil 54 Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Estadio Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Estadio 1,0 Estadio 0 (N = 66) I (N = 234) II (N = 517) III (N = 249) Probabilidade Acumulada 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses O Estadio IV não foi considerado na análise devido ao baixo tamanho de amostra 55 Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Instituição Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Instituição 1,0 Instituição Público (N = 295) Privado (N = 136) Filantrópico (N = 1.043) Probabilidade Acumulada 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 56 Sobrevida Livre de Progressão Estadio I Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Instituição ESTADIO: I Instituição 1,0 Probabilidade Acumulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 57 Sobrevida Livre de Progressão Estadio II Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Instituição ESTADIO: II Instituição 1,0 Probabilidade Acumulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 58 Sobrevida Livre de Progressão Estadio III Tempo de Sobrevida Livre de Progressão por Instituição ESTADIO: III Instituição 1,0 Probabilidade Acumulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 59 Tempo de Sobrevida Global por Instituição Tempo de Sobrevida Global por Insituição 1,0 Instituição Público (N = 265) Privado (N = 121) Filantrópico (N = 959) Probabilidade Acumulada 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 60 Tempo de Sobrevida Global por Estadio Tempo de Sobrevida Global por Estadio 1,0 Estadio 0 (N = 64) I (N = 228) II (N = 484) III (N = 202) Probabilidade Acumulada 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses O Estadio IV não foi considerado na análise devido ao baixo tamanho de amostra 61 Tempo de Sobrevida Global Estadio I por instituição Tempo de Sobrevida Global por Instituição ESTADIO: I Instituição 1,0 Probabilidade Acumulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 20 30 40 50 60 Meses 62 Tempo de Sobrevida Global Estadio II por instituição Tempo de Sobrevida Global por Instituição ESTADIO: II Instituição 1,0 Probabilidade Acumulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 10 20 30 40 50 60 Meses 63 Tempo de Sobrevida Global Estadio III por instituição Tempo de Sobrevida Global por Instituição ESTADIO: III Instituição 1,0 Probabilidade Aucmulada Público Privado Filantrópico 0,8 0,6 0,4 0,2 0,0 0 10 20 30 40 50 60 Meses 64 Projeto AMAZONA Conclusões A idade média do câncer de mama no Brasil é de 59,3 anos, com apenas cerca de 25% das pacientes abaixo dos 50 anos de idade. Não parece haver variação racial da idade. A distribuição do tipo histológico do câncer de mama no Brasil é similar à de outros países, com carcinoma ductal invasivo constituindo a grande maioria dos casos. A imuno-histoquímica confirma dados da literatura: cerca de 2/3 dos casos são RH positivos; cerca de 20% dos casos são HER2/neu positivos; cerca de 19% dos casos são triplonegativos. 65 Projeto AMAZONA Conclusões Estadio localmente avançado/metastático é visto em cerca de 31% das pacientes, enquanto que carcinoma in situ é diagnosticado em somente 3-5% das pacientes, em grande contraste com países desenvolvidos. Instituições públicas e filantrópicas atendem pacientes com estadiamento mais avançados do que as instituições privadas. Consequentemente, realizam tratamento neoadjuvante em porcentagem significativamente maior. Instituições públicas e filantrópicas realizam um número significativamente maior de mastectomias do que as instituições privadas, além de um número inferior de cirurgias de linfonodo sentinela. 66 Projeto AMAZONA Conclusões A quimioterapia adjuvante ainda usa CMF em 30% dos casos; antraciclinas são usadas em 50% dos casos, e taxanos em apenas 12% dos casos. Há mais CMF e menos taxanos nas instituições públicas e filantrópicas. Nas pacientes com doença HER2/neu+, adjuvância com trastuzumabe é praticamente ausente nos serviços públicos e filantrópicos (<10% dos casos), enquanto nas instituições privadas já alcançava 56% no ano de 2006. O Projeto AMAZONA sugere que o desfecho das pacientes tratadas em instituições públicas seja inferior ao das pacientes tratadas em instituições privadas. Isto se deve provavelmente a vários fatores, como demora em atendimento, quimioterapia adjuvante menos eficaz, ausência de adjuvância com trastuzumabe. Estes dados devem ser confirmados em novos estudos prospectivos, em escala nacional. 67 Projeto AMAZONA Próximos Passos Projeto Étnico Brasileiro – Estudar prospectivamente as sub-populações étnicas brasileiras: índias/mestiças; negras/mulatas; brancas. – Serão estudadas 100 mulheres em cada subgrupo: região amazônica; região da Bahia/Rio de Janeiro; região de São Paulo/Porto Alegre. – Coletar amostras para IHQ (ER, PR, HER2, EGFR, citoqueratinas 5/6, 14 e 17, p63, ki67 e p53) , hibridização genômica comparativa (aCGH), análise molecular detalhada por TMA, aberrações cromossômicas e mutações, além de mapeamento genético com alelos específicos das populações. 68 Obrigado! 69