Uma história marcada
por desafios, trabalho
e conquistas
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Galeria
aleria de ex-diretores executivos
Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá
mandato: 04/11/88 a 03/11/92
Prof. Dr. Ayrton Custódio Moreira
mandato: 04/11/92 a 03/11/96
Prof. Dr. Milton César Foss
mandato: 27/03/03 a 09/11/05
Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel
1º mandato: 04/11/96 a 01/11/00
2º mandato: 4/11/00 a 26/03/03
Prof. Dr. Jair Lício Ferreira Santos
mandato: 10/11/05 a 16/04/09
2
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Appresentação
resentação
Expediente
CONSELHO CONSULTIVO DA FAEPA
PRESIDENTE DORIVAL LUIZ BALBINO DE SOUZA
VICE-PRESIDENTE DR. AFONSO REIS DUARTE
SR. RONALDO DIAS CAPELI - DIRETOR DO DRS XIII
DR. DOMINGOS ASSAD STOCCO – PRESIDENTE DA OAB
DR. CÍCERO GOMES DA SILVA - PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
PROF. DR. MARCOS FELIPE SILVA DE SÁ
PROF. DR. BENEDITO CARLOS MACIEL
PROF. DR. MILTON CÉSAR FOSS
PROF. DR. JAIR LÍCIO FERREIRA SANTOS
PROF. DR. JOSÉ ANTUNES RODRIGUES
PROF. DR. JOSÉ EDUARDO DUTRA DE OLIVEIRA
SR. MARCOS CESÁRIO FRATESCHI
DR. RUY SALGADO RIBEIRO
SRª MARIANAAUDE JÁBALI
TEN. CEL. PEDRO LUIZ PEGORARO
SR. JOSÉ CARLOS CARVALHO
SR. MAURÍLIO BIAGI FILHO
PROF. DR. SANDRO SCARPELINI – Diretor Executivo da FAEPA
MEMBROS CONVIDADOS
PROF. DR. GERALDO DUARTE – Diretor Científico da FAEPA
SRª SILVANA PISCHIOTTIN PERONI – Coordenadora Téc. Adm. da FAEPA
Esta revista é uma publicação
comemorativa em alusão ao 25º
aniversário da Fundação de Apoio
ao Ensino, Pesquisa e Assistência do
Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo (FAEPA)
Endereço: Rua Galileu Galilei, 1800
1º e 2º andares
Ribeirão Preto - SP
Fone: (16) 3505-8100
Site: www.faepa.br
Coordenação Editorial
Célia Bíscaro, Dr. Geraldo Duarte, Dr.
Sandro Scarpelini e Silvana Pischiottin
Peroni.
Jornalista Responsável
Ana Cândida Tofeti – MTb 25.921
Textos e edição
Outras Palavras Comunicação
Empresarial
Fone: (16) 3931-1313
www.outras.com.br
Colaboração: Lucas Lourenço - MTb
50.318
Projeto Gráfico/Diagramação
Jaque dos Santos
Fotos: Arquivo FAEPA
Impressão
São Francisco Gráfica e Editora
Tiragem: 200 exemplares
PROF. DR. CARLOS GILBERTO CARLOTTI JÚNIOR – Diretor da FMRP-USP
3
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CONSELHO DE CURADORES E DE ADMINISTRAÇÃO DA FAEPA
PRESIDENTE Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior
VICE-PRESIDENTE Prof. Dr. Hélio César Salgado
DIR. EXECUTIVO FAEPA
Prof. Dr. Sandro Scarpelini
TITULARES
Prof. Dr. Afonso Dinis Costa Passos
Sr. Antonio Marcos Domingos
Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli
Sr. Carlos Roberto de Castro
Prof. Dr. Cláudio Henrique Barbieri
Prof. Dr. Geraldo Duarte
Prof. Dr. Jaime Eduardo Cecílio Hallak
Prof. Dr. Luiz Ernesto de Almeida Troncon
Prof. Dr. Luiz Gonzaga Tone
Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá
Srª Mariana Aude Jábali
Prof. Dr. Osvaldo Massaiti Takayanagui
Profª Drª Silvana Martins Mishima
Profª Drª Wilma Terezinha Anselmo Lima
Sr. Guilherme Augusto Souza Alcântara (Aluno FMRP-USP)
SUPLENTES
Srª Ana Flávia Nonato de Souza
Sr. André Brandolim Bartholomeu
Prof. Dr. Afonso Dinis Costa Passos
Prof. Dr. Amaury Lelis Dal Fabbro
Prof. Dr. Carlos Eli Piccinato
Profª Drª Claudia Ferreira da Rosa Sobreira
Prof. Dr. Edson Garcia Soares
Prof. Dr. Francisco José Candido Reis
Prof. Dr. Eduardo Magalhães Rego
Prof. Dr. Jurandyr Moreira de Andrade
Prof. Dr. Pedro Fredemir Palha
Dr. Rui Salgado Ribeiro
Prof. Dr. Silvio Tucci Júnior
Sr. Stéfano Malaguti Ferreira (Aluno FMRP-USP)
Prof. Dr. Wilson Marques Júnior
MEMBRO CONVIDADO
Srª Silvana Pischiottin Peroni (Coord. Técnica Adm. FAEPA)
4
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Deestaques
staques
Transparência e compromisso
FAEPA em Números (2012)
Número de empregados
Responsabilidade Social
2.789
Origem das receitas
Serviços médico-hospitalares - SUS
R$ 228.733.637
80,10%
Programas especiais - financiamento público
R$ 12.683.704
4,44%
Serviços médico-hospitalares - particular e convenios
R$ 23.766.542
8,32%
Projetos de pesquisa - financiamento privado
R$ 3.420.002
1,20%
Prestação de serviços, locações e outras
R$ 16.953.736
5,94%
Total
R$ 285.557.621
100,00%
Destinação das despesas
Pessoal e benefícios
R$ 158.187.071
58,13%
Consumo
R$ 58.426.827
21,47%
Demais depesas operacionais
R$ 49.404.902
18,16%
Investimentos: bens e obras
R$ 6.093.527
2,24%
Total
R$ 272.112.327
100,00%
Órgãos de controle
Curadoria de Fundações do Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado
de São Paulo, Ministério da Justiça, Conselho Municipal de Assistência Social,
Conselho Nacional de Assistência Social, Ministério da Saúde, Secretaria de Estado
da Saúde de São Paulo, Secretaria de Estado da Fazenda de São Paulo, Secretaria
Municipal de Saúde e Auditoria Externa Independente
A FAEPA mantém apoio a entidades
de assistência social que se aliam a
órgãos públicos com o objetivo de
garantir a saúde, além da integração à
família e à comunidade de pessoas em
situação de vulnerabilidade social. Ao
longo destes 25 anos, várias foram as
instituições e projetos beneficiados.
Em 2012 a Fundação apoiou as
seguintes entidades: Liga de Assistência
aos Pacientes do HCFMRP-USP (LAP),
Centro Renovado Cristão (Crecei)
Missão HIVida, Lar Francisco de Assis –
Casa de Apoio ao Acamado (Hospital de
Retaguarda), e Associação de Apoio ao
Psicótico.
A FAEPA ainda realiza e
participa de campanhas preventivas
que visam melhorar a qualidade de
vida da comunidade como: doação de
sangue, Dia Mundial Sem Tabaco, Dia
Nacional de Luta Contra Queimaduras,
Campanha Coluna Frágil e Campanha
Contra o Câncer de Pele.
5
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História
is
Um sonho realizado
A
Fundação de Apoio ao Ensino,
Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo
(FAEPA) iniciou suas atividades em 1988.
O objetivo inicial da Fundação era auxiliar
o Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto da Universidade
de São Paulo (HCFMRP-USP) nos processos
de gerenciamento, agilizando o atendimento
às demandas crescentes, fundamentais para o
desenvolvimento e a qualidade dos trabalhos
da Instituição hospitalar.
De acordo com o Prof. Dr. Marcos
Felipe Silva de Sá, atual Superintendente
do HCFMRP-USP e o primeiro Diretor
Executivo da FAEPA, a Fundação teve como
modelo a Fundação Zerbini, do Incor de
São Paulo. Uma equipe de professores que
atuava em Ribeirão Preto visitou a Fundação Zerbini para conhecer os parâmetros de
convênio estabelecido entre aquela Fundação
e o Governo do Estado de São Paulo. “Isto
aconteceu em um momento de confluência
de várias situações que motivavam a criação
de um novo formato de gestão na USP, com
a reforma estatutária, que se concretizou em
1988 no HCFMRP-USP com a implantação
do SUS, que também iniciou em 1988”,
explica.
“O HCFMRP-USP era totalmente
financiado pelo Governo do Estado, uma
Autarquia Estadual. Com a criação do SUS, o
Governo Federal passou a efetuar o pagamento por serviços prestados pelos hospitais,
complementando seus orçamentos”, afirma
Silva de Sá. Esta foi a grande motivação
para a criação da FAEPA, pois a pretensão
era que ela pudesse fazer a gestão destes
recursos provenientes do Governo Federal.
“Queríamos a garantia de que estes recursos
viessem realmente para o HCFMRP-USP e
não se perdessem na burocracia do Governo
Estadual e tivessem outro destino. Evidentemente que para tal haveria a necessidade
de anuência do Governo do Estado de São
Paulo, o que ocorreu em 1993, quando se
estabeleceu um convênio de cooperação entre
o HCFMRP/ FAEPA assinado pelo então
Governador Antônio Fleury Filho”, esclare-
6
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ce. Este convênio é renovado a cada cinco
anos e possibilitou à Fundação gerenciar o
faturamento dos serviços médico-hospitalares
prestados no âmbito do HCFMRP-USP. Ele
tem permitido a adoção de novos mecanismos gerenciais com vistas ao aprimoramento
dos serviços do HCFMRP-USP. “Os recursos
do Governo Federal passaram a ser repassados diretamente para a FAEPA, garantindo a
liberação da verba de maneira mais ágil e a
destinação integral ao Hospital”, completa.
O Superintendente lembra que todo este
processo sofreu resistências internas por parte
de alguns funcionários, docentes e alunos que
eram contrários à ideia. “Estávamos acabando de sair da ditadura e, por uma questão
ideológica, acredito que havia preconceito
contra este modelo de gestão de parceria entre
o público e o privado. Vejo que nos dias de
hoje, mesmo os grandes opositores da ideia
já a aceitam muito bem. Este modelo de
parceria permeia todos os níveis de governo,
municipais, estaduais e federal”, opina o
Superintendente.
De 1988 até este convênio ser formalizado, em 1993, a Fundação manteve-se,
exclusivamente, com os recursos obtidos dos
atendimentos prestados na Clínica Civil. “Nos
primeiros meses de atividades, fisicamente
a FAEPA se resumia a uma escrivaninha em
minha sala de docente. Posteriormente, conseguimos, por meio do Superintendente do
HCFMRP-USP, Prof. Antonio Carlos Pereira
Martins, um espaço no subsolo, onde funcionou até recentemente”, lembra o professor.
Hoje, a FAEPA tem sob sua responsabilidade
“
Nos primeiros meses de
atividades, fisicamente a
Faepa se resumia a uma
escrivaninha dentro da
minha sala como docente
”
Prof. Dr. Marcos Felipe
Silva de Sá
a gestão de várias unidades hospitalares em
parceria com o Governo do Estado de São
Paulo, unidades de atenção básica em parceria com a Prefeitura Municipal de Ribeirão
Preto e diversos convênios com o Ministério
da Saúde para gestão de programas específicos daquela pasta Federal.
Fatos que marcaram os 25 anos da FAEPA
1988
Início das
atividades
2000
1991
Reconhecimento de
Utilidade Pública pelo
Município
Convênio com a Prefeitura
Municipal de Ribeirão Preto
e a FMRP-USP: Programa
Saúde da Família
2008
Convênio
HERibeirão
1993
Convênio de Cooperação
com o HCFMRP-USP e
com o SUS
2009
Convênio
CRSMRP Mater
2010
1998
Reconhecimento de
Utilidade Pública
pelo Estado
2011
Qualificação como
Início da gestão
Organização Social
HEAB
1999
Reconhecimento de
Utilidade Pública pela
Federação
2011/2012
Mudança para nova
sede no edifício
Galileu Office
7
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Hosospital das Clínicas
Referência internacional em atenção à saúde
O
HCFMRP-USP iniciou suas
atividades em junho de 1956, no
prédio onde atualmente funciona a Unidade de Emergência.
Em pouco tempo, as crescentes demandas
assistenciais levaram à construção de uma
sede própria, que foi inaugurada em 1978,
ao lado da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP), no Campus Universitário
Monte Alegre.
Atualmente é um Hospital de grande
porte, de alta complexidade, constituindo-se
referência terciária para a região nordeste do
Estado de São Paulo, composta por cerca de
3,3 milhões de habitantes. O HCFMRP-USP
tem como atividades principais proporcionar assistência médico-hospitalar e servir
de campo de ensino e de pesquisa na área
da saúde. Para isso, conta com três prédios,
sendo que duas unidades estão no Campus Universitário – HC-Campus e Centro
Regional de Hemoterapia e a terceira na área
central da cidade - Unidade de Emergência.
O HCFMRP-USP proporciona atenção
à saúde para o tratamento de alta complexidade em nível ambulatorial e hospitalar,
que compreende cuidados de prevenção,
tratamento e reabilitação, de natureza clíni-
HCFMRP-USP É REFERÊNCIANOATENDIMENTO
TERCIÁRIO NO NORDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO
ca ou cirúrgica, serviços complementares
de diagnóstico e tratamento em diversas especialidades médicas. O Hospital também
desenvolve atividades voltadas à atenção e
promoção da saúde e à qualidade de vida.
Dentre elas pode-se destacar: Projeto Beira
de Leito, Centro de Medicina Genômica,
Protocolo de Cirurgia Segura, Semana de
Alerta sobre a Síndrome Fetal do Álcool,
Mutirão de Consultas de 1ª vez da Pneumologia, entre outras.
Devido ao comprometimento de todos
os profissionais nas práticas de gestão e
valores institucionais, o Hospital é certificado com o Selo da Qualidade CQH e possui
vários outros prêmios e certificações. Além
disso, é reconhecido pelos dirigentes públicos da Saúde como instituição de referência
em atenção à saúde de nível terciário, com
serviços de reconhecida excelência para a
promoção da assistência médica ao SUS.
“O HCFMRP-USP representa
8
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aproximadamente 64% dos leitos instalados em Ribeirão Preto para o SUS, além
de atendimento ambulatorial nas diversas
especialidades médicas, bem como serviços
complementares de diagnóstico e tratamento. A Unidade de Emergência também é de
fundamental importância nos atendimentos
às urgências, para onde são encaminhados
os pacientes politraumatizados e clínicos
em estado grave. Posso afirmar que, sem
dúvidas, o HC é o grande parceiro do
Departamento Regional de Saúde-DRS
XIII, da Rede Regional de Atenção à Saúde-RRAS 13 e da Secretaria de Estado da
Saúde” afirma Ronaldo Dias Capeli, Diretor
da DRS-XIII.
HCFMRP-USP
em números (2012)
Inauguração:
junho de 1956
Área Construída (campus e UE):
132.038 m²
Número de leitos: 873
Média de cirurgias e partos/mês: 2.772
Média de internações/mês: 2.962
Média de consultas/mês: 53.285
Pioneirismo na regulação
Como forma de organizar o fluxo de
pacientes entre Hospital e região, foi desenvolvido, internamente, um sistema informatizado de gestão da agenda de consultas eletivas, colocado à disposição da Regional de
Saúde e das secretarias municipais de saúde
da região de abrangência do Hospital das
Clínicas, com funcionalidades que permitem ao gestor o conhecimento da demanda
e do perfil epidemiológico dos pacientes,
com possibilidade de priorizar os encaminhamentos de acordo com os critérios
estabelecidos. “Este sistema foi pioneiro no
Estado de São Paulo, está em funcionamento desde 2000, com versões periodicamente
atualizadas. O sistema também funciona nos
mesmos moldes para os atendimentos de
urgência e emergências”, explica o Prof. Dr.
Marcos Felipe Silva de Sá, Superintendente
do HCFMRP-USP.
Ensino e Pesquisa
O HCFMRP-USP é campo de ensino
para os alunos dos cursos de Medicina, Enfermagem, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Nutrição, Fonoaudiologia e Informática
Biomédica da USP de Ribeirão Preto. Em
2012, ofereceu 659 vagas de residência
médica em 44 programas, 11 vagas de
residência multiprofissional, 85 vagas de
aprimoramento em 24 programas de áreas
“
O HC representa
aproximadamente 64% dos
leitos instalados em Ribeirão
Preto para o SUS
”
Ronaldo Dias Capeli
não médicas, além de cursos de especialização.
Mantém desde 2011 o Núcleo de
Telessaúde (Nutes), por meio do qual o
Hospital passou a integrar a rede Universitária de Telemedicina, projeto do Ministério
da Ciência e Tecnologia, que tem como
principal objetivo a formação profissional a
distância; e também a Universidade Aberta
do SUS – UNASUS, que é um programa
do Ministério da Saúde com a finalidade
de capacitação e educação permanente dos
profissionais do SUS por meio de cursos à
distância.
Integrado desde 2006 à Rede Nacional de Pesquisa Clínica, o HCFMRP-USP
implantou em 2007, a Unidade de Pesquisa
Clínica (UPC). Em 2012, foram submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa, 1270
projetos. Participa, ainda, da Rede Brasileira
de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Rebrats) e dispõe de um Núcleo de Avaliação
de Tecnologia em Saúde (Nats).
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HERibeirão
ERibeirão
Hospital Estadual de Ribeirão Preto
S
ituado no fim da Avenida
Independência, próximo
ao residencial João Rossi,
o Hospital Estadual de Ribeirão Preto “Professor Doutor Carlos
Eduardo Martinelli” (HERibeirão) é
referência no atendimento de média
complexidade na região. Nove especialidades realizam cirurgias em esquema
ambulatorial e pacientes portadores de
casos de urgência clínica de médica
complexidade são internados na Unidade. Desde 2008, a gestão é exercida
pela FAEPA, do HCFMRP-USP.
São 5,3 mil m² de construção, com
50 leitos de enfermaria, dois de isolamento de contato, quatro salas de cirurgia, dois leitos para indução anestésica,
seis leitos de recuperação, uma sala de
exames de Raios-X, uma de ultrassom,
três salas de exames endoscópicos, sala
de observação médica, dez consultórios
ambulatoriais, duas salas de pré-consulta, uma de pós-consulta e dois leitos
de observação.
Há ainda o Centro Integrado de
Reabilitação (CIR), com atendimentos
também de média complexidade em
fonoaudiologia, fisioterapia e terapia
HERIBEIRÃO É ESPECIALIZADO NO ATENDIMENTO
DE MÉDIA COMPLEXIDADE
ocupacional, somando 16 consultórios,
além de salas de exames e de oficinas
de atividades. Só no ano passado, cerca
de 6 mil exames foram realizados no
local.
Esta estrutura foi criada para
atender a demanda de 26 municípios
do DRS-XIII, em especial dez deles
que não possuem hospitais: Barrinha,
Brodowski, Cássia dos Coqueiros,
Dumont, Guatapará, Luiz Antônio,
Pradópolis, Santa Cruz da Esperança,
Santo Antonio da Alegria e Serra Azul.
Também são atendidos pacientes
10
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“
HERibeirão foi
reconhecido em 2010 pelos
usuários do SUS como
melhor hospital entre os
623 que atendem a rede
pública em São Paulo
”
de municípios que possuem hospital,
porém sem a estrutura do HERibeirão,
municípios com capacidade hospitalar
esgotada, além de pacientes advindos
do HCFMRP-USP (Campus e Unidade
de Emergência), que precisem de cirurgias de complexidade média.
Aliás, ter um hospital que supre
a demanda por média complexidade,
além dos benefícios óbvios à população, faz com que o HERibeirão
desafogue atendimentos antes direcionados, exclusivamente, ao Hospital das
Clínicas.
Outra função de extrema importância do HERibeirão é sua disponibilidade para atividades de ensino, pesquisa
e extensão ligadas à FMRP-USP, ao
HCFRMP-USP e à Escola de Enfermagem - USP. Desde o começo de 2013,
por exemplo, o ensino de cirurgia para
o último ano de internato dos alunos da
HCFMRP-USP foi totalmente transferido do HCFMRP-USP para o HERibeirão e para o Hospital Estadual Américo
Brasiliense. Para se ter ideia da importância do HERibeirão para o ensino, só
em Cirurgia Geral, cada um dos cirurgiões residentes realizou, sob supervisão,
em média 100 intervenções de pequeno
e médio porte por mês em 2012.
Diversos projetos de humanização do atendimento, além de outros
projetos sociais com a comunidade,
fizeram com que este Hospital fosse
reconhecido, em 2010, pelos usuários
do SUS, como o melhor hospital entre
os 623 que atendem a rede pública de
saúde no Estado de São Paulo. No ano
de 2011, o hospital voltou a ser considerado um dos melhores do Estado,
recebendo o prêmio em quarto lugar.
HERibeirão
em números (2012)
2008
Área Construída: 5,3 mil m²
Número de leitos: 50
Média de cirurgias ambulatorias/mês: 369
Média de internações/mês: 153
Média de consultas/mês: 5.542
Inauguração:
11
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CRSMRP-Mater
Centro de Referência da Saúde da Mulher
I
naugurada em 8 de março de 1998,
pela Fundação Maternidade Sinhá
Junqueira, a Mater - Maternidade do Complexo Aeroporto, foi
transformada em Centro de Referência da
Saúde da Mulher de Ribeirão Preto - Mater
(CRSMRP-Mater) em março de 2009. Para
a expansão das atividades foi estabelecido
um convênio entre o Governo Estadual e
o HCFMRP-USP com interveniência da
FAEPA. Localizado em uma região periférica de Ribeirão Preto, com grande concentração populacional e em crescimento, o
CRSMRP-Mater é referência para atenção à
saúde das mulheres de Ribeirão Preto e dos
26 municípios do DRS XIII, abrangendo
uma população estimada em 1,2 milhão de
habitantes, com o compromisso de atender
exclusivamente pacientes do SUS.
Instalada em 2.500 m2 de área construída, CRSMRP-Mater oferece 40 leitos,
sendo 34 para assistência obstétrica, quatro
para clínica cirúrgica ginecológica e dois para
cirurgia ginecológica regime de hospital-dia.
A Instituição conta, ainda, com cinco salas
cirúrgicas, sete leitos pré-parto, dois leitos
de recuperação, cinco leitos pediátricos de
Unidade de Cuidados Intermediários (UCI)
e quatro leitos de observação no pronto
CRSMRP-MATER ATENDE
EXCLUSIVAMENTE PACIENTES DO SUS
atendimento.
Além do importante papel assistencial, o CRSMRP-Mater também se
destaca como centro de formação de profissionais nas áreas de medicina e enfermagem, pois funciona como cenário para
desenvolvimento de programas de ensino
e pesquisa materno-infantil e ginecológica, envolvendo os Departamentos de
Ginecologia e Obstetrícia e de Puericultura e Pediatria, da FMRP-USP além
do Departamento Materno-Infantil da
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CRSMRP-Mater
em números (2012)
Inauguração:
8 de marçode 1998
Início Gestão
SES / HCFMRP-USP/ FAEPA :
01/03/2009
2
Área Construída: 2,5 mil m
Número de leitos: 49
Média de partos por mês: 260
Média de internações por mês: 365
Média de consultas por mês: 850
Média de exames externos por mês: 200
Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP. O Hospital sempre teve como
foco a humanização da assistência ao
pré-natal, parto e puerpério (pós-parto)
e as práticas de incentivo ao aleitamento
materno.
O CRSMRP-Mater também
participa ativamente de projetos sociais
com o intuito de orientar e informar
as mulheres, realizando cursos para
gestantes, com especial atenção às
gestantes adolescentes e puérperas, nos
quais são desenvolvidos temas como:
benefícios da amamentação, nutrição,
planejamento familiar e cuidados com
o recém-nascido e a mãe. “Ao longo
de oito anos coordenando as atividades
deste Centro, tive a oportunidade de
participar efetivamente da transformação da CRSMRP-Mater em um Centro
de Referência para assistência à saúde
da mulher em Ribeirão Preto e região.
Tenho absoluta certeza que o principal
fator deste crescimento foi o compromisso e a seriedade das equipes atuantes
no CRSMRP-Mater. Somos reconhecidos pela qualidade da assistência prestada à população feminina e suas famílias,
destacando-se a humanização à efetividade, a resolubilidade e a segurança”,
afirma a Profª Drª Silvana Quintana,
diretora geral do CRSMRP-Mater.
“
Tenho absoluta certeza
que o principal fator
deste crescimento foi o
compromisso e seriedade
das equipes atuantes,
”
Prof. Drª Silvana Quintana
Prêmios
Pelo seu engajamento e dedicação aos
cuidados à saúde das mulheres, o CRSMRP-Mater já recebeu prêmios importantes.
Entre os principais estão: Prêmio Qualidade
Hospitalar, concedido pelo Ministério da Saúde para as instituições que receberam as melhores notas na avaliação sobre a qualidade
da prestação de serviços na área hospitalar do
SUS. Recebeu também menção honrosa do
Prêmio Galba Araújo, para hospitais que praticam e incentivam o parto humanizado. Foi
o primeiro hospital de Ribeirão Preto e região
a receber do Ministério da Saúde, o título de
Iniciativa Hospital Amigo da Criança, pelas
práticas de incentivo ao aleitamento materno,
sendo o segundo do País a ser aprovado na
primeira visita da equipe de avaliadores.
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EAB
HEAB
Hospital Estadual Américo Brasiliense
A
mérico Brasilense, cidade da
região de Araraquara com pouco mais de 34 mil habitantes,
abriga uma das mais respeitadas unidades hospitalares do Estado.
Trata-se do Hospital Estadual Américo
Brasiliense (HEAB), desde agosto de 2010
sob gestão da FAEPA, do HCFMRP-USP.
Com 54 mil m² de área construída em
meio a uma extensa área verde, o HEAB
atende 24 municípios do Departamento
Regional de Saúde III, além de demandas
pontuais de outras regiões. Ao todo, o raio
de ação da unidade é de quase 1 milhão de
habitantes, que se dirigem ao hospital para
tratamentos de média complexidade.
São dez leitos de Unidade de Terapia
Intensiva, oito leitos de semi-intensiva, 34
de cirurgia, e 52 leitos de clínicas, totalizando 104 leitos. Além destes, o hospital
possui quatro leitos para atendimento
inicial na Sala de Estabilização Clínica, um
destes em ambiente de isolamento, e três
salas cirúrgicas. Ao todo, são 29 especialidades clínicas e cirúrgicas, entre elas a
cardiologia, dermatologia, reumatologia,
endocrinologia, geriatria, infectologia,
nefrologia, neurologia, pneumologia,
radiologia, cirurgia geral, cirurgia vascular,
HEAB É REFERÊNCIA PARATRATAMENTOS DE MÉDIA
COMPLEXIDADE NO INTERIOR DE SÃO PAULO
cirurgia torácica, urologia e a ginecologia.
Outra prática do HEAB é a humanização das abordagens em saúde. Para isso,
o hospital desenvolveu a Comissão de
Humanização, composta por representantes de várias categorias profissionais, externos e internos da unidade. Por tal cuidado,
no ano passado, o Secretário Estadual de
Saúde, Giovanni Guido Cerri, por meio
do Núcleo Técnico de Humanização da
Secretaria de Estado da Saúde, indicou o
HEAB como referência em práticas de
humanização nos hospitais paulistas.
Depois desta indicação, o HEAB
14
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passou a participar do Projeto Humaniza
SES: Hospitais de Referência em Humanização. O grupo é formado por outros
oito hospitais, que constantemente trocam
experiências entre si e estipulam práticas a
serem desenvolvidas na Política Estadual
de Humanização.
Alguns projetos acadêmicos de
grande porte são desenvolvidos no HEAB,
dentre eles a reabilitação inicial a pacientes
com acidente vascular cerebral e a unidade
de cuidados paliativos. Médicos residentes
do HCFMRP-USP de diversas especialidades atuam no hospital, tais como residentes
de cirurgia geral, vascular, urologia, ginecologia, geriatria, ortopedia, e medicina da
família. Há ainda espaço para estágio de
alunos da FMRP-USP do 4º ao 6º ano nas
clínicas de medicina social, pneumologia,
cuidados paliativos e cirurgia.
Qualidade
Em 2013, dentre os avanços do
HEAB, está a intensificação do Programa
de Acreditação em Qualidade Hospitalar,
lançado ano passado. O intuito é melhorar
os processos internos de trabalho, para garantir ainda mais a segurança de pacientes
e colaboradores, de acordo com a Organização Nacional de Acreditação (ONA)
- organização não-governamental que
visa promover a implantação de processos
permanentes de avaliação e certificação de
qualidade em serviços de saúde.
Ao prestar um serviço de qualidade
ao SUS, ao respeitar os seus trabalhadores
e pelo compromisso pleno com o cuidado integral e humanizado, o HEAB foi
reconhecido com o Prêmio de “Melhor
Hospital do Interior” e “2º Melhor do
Estado” de acordo com pesquisa realizada
pelo Governo do Estado ouvindo exclusivamente os usuários do sistema.
“
“O HEAB foi
reconhecido com o
Prêmio de Melhor
Hospital do Interior e o 2º
melhor do Estado”
”
HEAB
em números (2012)
julho de 2008
Área Construída: 54mil m²
Número de leitos: 104
Média de cirurgias/mês: 2.190
Média de internações/mês: 4.240
Média de consultas/mês: 12.159
Inauguração:
15
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Parcerias
Atuação em Núcleos de Saúde da Família
A
USP, por meio da FMRP e
FAEPA, mantêm convênio
com a Prefeitura Municipal,
com interveniência da
Secretaria Municipal de Saúde, para
atuação em Núcleos de Saúde da
Família (NSF), modelos no Estado
na área da assistência primária.
Atualmente há dez equipes atuando na
região de abrangência do Distrito de
Saúde Oeste de Ribeirão Preto.
A FAEPA e a FMRP-USP
mantêm os docentes especialistas
que coordenam as equipes. São eles
os responsáveis pela supervisão e
formação de médicos residentes no
âmbito do Programa de Residência em
Medicina da Família e Comunidade,
o primeiro do Estado de São Paulo
desta natureza. Todos os anos, dez
novos médicos desta especialidade
são formados, mediante bolsas de
estudos concedidas pela Secretaria
do Estado da Saúde ou Ministério
da Saúde (MS), contribuindo assim
na multiplicação de profissionais
treinados para atender a expansão das
equipes no município e região.
As atividades dos NSFs em
NSFS: MARCO NA MUDANÇA DO PERFIL
ASSISTENCIAL E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Ribeirão Preto tiveram início em
1999, utilizando a infraestrutura
disponível no Centro de Saúde
Escola da FMRP-USP. A partir
da assinatura do convênio, em
2001, o funcionamento passou
16
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a ser integralmente nos moldes
preconizados pelo Ministério da
Saúde, com equipes compostas por
agentes comunitários, enfermeiros,
auxiliares de enfermagem e médicos
generalistas.
De acordo com o Prof. Dr.
Amaury Lelis Dal Fabbro, docente do
Departamento de Medicina Social e
um dos idealizadores do Programa, os
Núcleos são um marco na mudança
do perfil assistencial, na formação
de recursos humanos e na produção
de conhecimentos e tecnologias de
atenção primária à saúde, sendo hoje
o espaço de articulação das políticas
do Estado de São Paulo nas áreas da
saúde e educação. Exemplo disso
são as várias atividades realizadas
dentro do programa, como o Mestrado
em Saúde da Comunidade, do
Departamento de Medicina Social
da FMRP-USP, formação de pessoal
de nível médio, cursos do Polo de
Educação Permanente em Saúde do
Ministério da Saúde e estágios para
profissionais da região.
“Estudos comprovam que nas
áreas onde o projeto dos Núcleos
foi implantado, os índices de
desenvolvimento em saúde e de
satisfação dos atendidos melhoraram
significativamente. Os atendimentos
vão desde o pré-natal até os idosos.
Não trabalhamos por demanda e sim
por visitas mensais, momento em
que são feitas ações de prevenção,
diagnóstico e tratamento, inclusive de
acamados, proporcionando também
orientações para os cuidadores.
Acredito que este é o grande
diferencial dos NSFs em relação às
UBS”, ressalta o Prof. Dr. Amaury. O
especialista explica, ainda, que grupos
de vivência e prática de exercícios
físicos para a terceira idade também
fazem parte das atividades dos NSFs,
prevenindo muitos problemas de
saúde.
“
“Estudos comprovam que
nas áreas onde o projeto dos
Núcleos foi implantado, os
índices de desenvolvimento
em saúde e de satisfação
dos atendidos melhoraram
significativamente
Prof. Dr. Amaury
Lelis Dal Fabbro
”
NSFs
em números (2012)
3.830
Acolhimentos/ano: 49.262
Consultas/ano: 30.119
Visitas domiciliares/ano: 322.133
Famílias cadastradas/ano:
17
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Pesquisa
Desenvolvimento científico e tecnológico
A
ções permanentes voltadas à
pesquisa e desenvolvimento
são destaques dentro do
rol de atividades exercidas
pela FAEPA. Nesta área, a Fundação
trabalha em várias frentes. A principal
delas é o programa de apoio financeiro
aos pesquisadores que atuam no âmbito
do HCFMRP-USP e da FMRP-USP
para aplicação na execução de projetos
de pesquisa, que beneficiou nos últimos
três anos cerca de 600 solicitantes (200
solicitantes por ano), resultando em um
investimento médio anual de mais de
R$ 500 mil.
Adicionalmente, a FAEPA tem
disponibilizado sua infraestrutura
gerencial para viabilizar a participação
destas instituições e seus pesquisadores
em programas voltados ao
desenvolvimento da pesquisa científica
e do complexo industrial da saúde no
País, patrocinados por agências públicas
nacionais e internacionais de fomento,
ou por meio de acordos e parceiras com
a iniciativa privada.
Ao ser contemplado na chamada
pública Finep “Implantação de
Unidades de Pesquisa Clínica em
FAEPAVIABILIZA PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS
VOLTADOS À PESQUISA
Hospitais Universitários”, tendo a
FAEPA como proponente, o HCFMRPUSP criou, em 2006, uma Unidade de
Pesquisa Clínica (UPC), com a missão
de dar suporte para que pesquisas em
seres humanos realizadas no âmbito
do Hospital das Clínicas estejam em
conformidade com as normas nacionais
18
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“
A FAEPA mantém
também termos
de cooperação
com organismos
internacionais e entidades
privadas
”
e internacionais de Boas Práticas em
Pesquisas Clínicas (GCP/ICH) e com as
normas bioéticas em vigência no Brasil.
A UPC conta com profissionais
qualificados e experientes na condução
de ensaios clínicos multicêntricos e
acadêmicos em diversas especialidades
médicas. Disponibiliza, ainda,
treinamentos regulares e dispõe de
instalações adequadas, tais como:
núcleo de coordenação e gerenciamento
de projetos; farmácia de pesquisa
clínica; laboratório de apoio para
separação e armazenamento de material
biológico; unidade de atendimento
ambulatorial e internação para pesquisas
de fase I a IV, biodisponibilidade
e bioequivalência e equipamentos
calibrados.
Com a criação do Núcleo de
Avaliação em Tecnologias de Saúde
(NATS), a UPC, que já integrava a
Rede Nacional de Pesquisa, passou a
fazer parte também da Rede Nacional
de Avaliação Tecnológica em Saúde
(REBRATS). Os resultados positivos
alcançados pela Unidade estimularam
a implantação de Núcleos Satélites de
Apoio de Pesquisa Clínica no complexo
HC, o que resultou na aprovação de
outro projeto enviado à Finep para a
construção de um prédio específico para
a UPC-HCFMRP-USP, o que deverá
ocorrer nos próximos anos.
A FAEPA mantém também
termos de cooperação com organismos
internacionais e entidades privadas
como:
Ao-Asif Foudation (Suíça) –
convênio mantido desde 1998 que
possibilitou ao HCFMRP-USP tornar-se
Centro de Referência Nacional e da
América Latina para treinamento de
recursos humanos na área de tratamento
cirúrgico de fraturas;
Westat, An Employee-Owned
Research Corporation – cujo contrato
primário vincula-se ao National Institute
of Health, Eunice Kennedy Shriver
National Institute of Diabetes and
Digestive and Kidney Diseases, com
patrocínio do National Institute of Child
Health and Human Development. Os
projetos desenvolvidos no âmbito deste
acordo são voltados à prevenção da
transmissão do HIV no parto;
Fundação Waldemar Barnsley
Pessoa – projetos que contam
com a anuência do Ministério
Público-Curadoria de Fundações
e Secretaria Municipal de Saúde e
tratam principalmente do fomento
de estratégias previstas em políticas
públicas de saúde.
Pesquisa
em números (2012)
Pesquisadores apoiados/ano:
200
Investimento médio anual:
R$ 500 mil
19
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Cllínica Civil
Fonte de recursos para melhorias
N
a Lei de Criação da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto
da Universidade de São Paulo
(FMRP-USP) foi previsto o
funcionamento de uma clínica (conhecida
como Clínica Civil) para o atendimento de
pacientes pagantes. O principal objetivo
desta iniciativa foi a fixação dos docentes que
trabalhariam o tempo integral com dedicação exclusiva à Instituição. De acordo com
o Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá, atual
Superintendente do HCFMRP-USP, este
formato era diferente de outras faculdades
públicas, como a Pinheiros em São Paulo, por
exemplo, e permitia que os docentes tivessem
uma porcentagem de seu tempo para atendimentos de pacientes particulares dentro do
ambiente da própria universidade. Foi um
modelo avançado para a época e se constituiu
em um grande atrativo para os professores
que vieram, em sua maioria, da cidade de
São Paulo, onde lecionavam mas tinham suas
clínicas particulares, fora da universidade,
para complementar seus salários. “Somente
a nossa Faculdade tinha uma clínica neste
formato. O projeto do atual HCFMRP-USP,
feito nos anos 60, ainda na época do Dr.
Paulo Romeu, nosso primeiro Superintendente, já previa a construção de uma ala separada
RECURSOS OBTIDOS NA CLÍNICA CIVIL SÃO
INVESTIDOS EM BENEFÍCIO DOS PACIENTES DO SUS
nas enfermarias para internação de pacientes
particulares”, lembra o Superintendente.
Na discussão da elaboração do novo
Estatuto da USP, em 1988, foi aprovada a
liberação de oito horas semanais para que
todos os docentes, de qualquer área do
conhecimento, pudessem fazer trabalhos de
assessoria, seguindo um modelo já exitoso
da FMRP-USP, com mais de três décadas
de existência. Como o novo Estatuto da USP
foi aprovado no mesmo ano do início do
convênio da FAEPA com o SUS, o sistema
de gerenciamento dos recursos na Clínica
Civil, desde então, é feito pela FAEPA, que
arrecada, desconta as despesas, destina uma
parte para o Hospital, uma parte para a USP e
a outra é repassada aos docentes que atendem
sob total controle da Universidade. Com
estes recursos o HCFMRP-USP investe em
benefício dos pacientes do SUS, na compra
de equipamentos e materiais de consumo, na
contratação de recursos humanos e em cons-
20
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truções de novas áreas ou reformas de áreas
já existentes. Por seu lado, a USP reinveste na
FMRP-USP, na compra de equipamentos e
materiais didáticos, contratação de docentes
e técnicos especializados e criação de novos
programas de ensino.
Segundo o Superintendente, o docente
só é autorizado a atender na Clínica Civil se
ele tiver um bom relatório de desempenho,
que é feito de dois em dois anos. Neste relatório, a Universidade de São Paulo leva em
consideração vários requisitos como: alunos
de pós-graduação e teses que o docente
orientou, trabalhos publicados, número de
horas dedicadas para a graduação, cursos de
extensão, entre outros. “É importante ressaltar
que esta avaliação não é local, não é corporativa. Tem uma comissão dentro da USP que
cuida disso. Poder atender na Clínica Civil
é visto como uma recompensa pelo bom
desempenho, pois permite aumentar a receita
do docente”, opina Felipe de Sá.
Outro fator importante da Clínica
Civil é que ela permite ao médico praticar
um atendimento diferenciado aos pacientes.
Isto é muito importante na formação dos
profissionais da área da saúde, pois exige que
ele faça o atendimento e acompanhamento
de um paciente do começo ao fim, e todo
este “aprendizado” nas relações médico-paciente pode ser levado ao atendimento do
sistema público tornando este mais huma-
nizado. Nos dias de hoje temos definido um
Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com o
Ministério Público, pelo qual estabelecemos
um limite de atendimentos particulares no
HCFMRP-USP (Clínica Civil) de 6% do
total. Atualmente os números não chegam
a 3% da quantidade total de atendimentos a
particulares e convênios. “O atendimento particular não atrapalha o do SUS e ainda deixa
recursos para serem investidos no Hospital e
na Universidade.” conclui o Superintendente.
“
Atualmente o número de
atendimentos a pacientes
particulares e de
convênio não chegam a
3% da quantidade total
”
Clínica Civil
em números (2012)
junho de 1956
Número de leitos: 22
Número de consultórios: 18
Número de profissionais credenciados: 240
Número de Especialidades: 70
Média de internações/mês: 82
Média de consultas/mês: 3.081
Média de cirurgias /mês: 99
Inauguração:
21
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Exxtensão
tensão
Eventos técnicos e científicos de destaque
E
m suas ações direcionadas ao
desenvolvimento das ciências da saúde, a FAEPA tem
realizado o gerenciamento
administrativo e financeiro de eventos
técnicos e científicos organizados pelos
profissionais que atuam no HCFMRP-USP e FMRP-USP. Nestes 25 anos
foram mais de 400 jornadas, simpósios,
cursos e conferências apoiados.
Um exemplo claro desse gerenciamento é o Centro de Treinamento de Suporte à Vida (CTSV – www.cursosls.com.
br). Esse centro congrega vários cursos
oferecidos como extensão à comunidade
de profissionais de saúde, com qualidade
referendada por convênios com a American Heart Association e o American College of Surgeons, que realizam fiscalização
contínua sobre os cursos oferecidos.
Nos últimos cinco anos, merecem
destaque, ainda, três eventos feitos pela
própria FAEPA. O primeiro, realizado
na ocasião do aniversário de 20 anos da
Fundação, abordou o histórico e o panorama da FAEPA na época, bem como o
papel e os aspectos legais das fundações
de apoio.
Em maio de 2010, foi organizado
MAIS DE 400 JORNADAS, SIMPÓSIOS, CURSOS E
CONFERÊNCIAS APOIADOS PELA FAEPA
um simpósio sobre a conjuntura da Atenção à Saúde Pública em Ribeirão Preto,
contemplando questões relacionadas à
dengue, à importância da regulação do
fluxo de pacientes e aos investimentos na
área. Entre os convidados estavam autoridades municipais, estaduais e nacionais
da área da saúde, professores da FMRP-USP, professores da FEA-RP e represen-
tantes do Ministério Público.
O evento mais recente, em novembro de 2012, foi a Jornada de Pesquisa
Clínica do HCFMRP-USP, que reuniu
grandes pesquisadores e um número
significativo de estudantes, cumprindo o
objetivo de permitir a troca de experiência e aprimoramento profissional na área
de pesquisa acadêmica.
22
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Eventos
ventos
Centro de Convenções Ribeirão Preto
O
A
Centro de Convenções de
Ribeirão Preto (CCRP), gerenciado pela FAEPA, iniciou as
suas atividades em 2001 e tem
sua história alicerçada na excelência do
atendimento e na avançada infraestrutura
de padrão internacional. Ao longo desses
12 anos, o CCRP vem incrementando a
economia local, movimentando o trade
turístico e o comércio, gerando empregos
diretos e indiretos, projetando a cidade em
âmbito nacional e internacional.
O local, que hoje é referencial para
a realização de eventos, funcionava como
serviços de apoio na época em que o
Hospital das Clínicas era todo no Centro.
Quando o Hospital foi para o campus, o
HCFMRP-USP fez um termo de cessão
à FAEPA para viabilizar a obra do CCRP,
atendendo a uma antiga demanda do meio
acadêmico e de eventos da cidade.
O CCRP já recebeu mais de 1,4 mil
atividades de natureza técnica, educacional ou científica (simpósios, conferências, congressos, workshops, seleção e
treinamento de recursos humanos, ciclo
de palestras, feiras, fórum de debates,
mesas redondas, convenções) e atividades
culturais e sociais (exposições, shows,
apresentações de teatro, dança, música,
desfiles, formaturas, festas de bodas e de
15 anos). Entre os eventos realizados está
a Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da
Maternidade Sinhá Junqueira, que já está
lançando a sua 23ª edição. O evento é um
dos três maiores da especialidade no País,
e recebe todos os anos no mês de março
aproximadamente mil profissionais de
todos os cantos do Brasil e do exterior.
Para o presidente da Jornada e
diretor Clínico da Maternidade, o médico
Luiz Alberto Ferriani, a opção pela
realização do evento no CCRP se deu
por vários fatores, principalmente pelo
conforto que proporciona aos congressistas. “A Jornada começou pequena e
cresceu gradativamente. Há cinco anos
optamos por realizá-la no CCRP pelo
conforto, pela preocupação constante com
segurança e por ser um local que está em
constante revitalização”, explica Ferriani.
Ele afirma ainda que outros pontos fortes
do CCRP são: a localização central e de
fácil acesso, bem como a versatilidade.
“O CCRP permite programação simultânea para grandes públicos, para pequenos
grupos de estudos e ainda eventos sociais
em um só local, com total infraestrutura
CCRP É REFERENCIAL PARAA REALIZAÇÃO DE
EVENTOS E JÁ RECEBEU MAIS DE 1400 ATIVIDADES
de apoio e serviços”, conclui.
O CCRP tem uma área construída de
15 mil metros quadrados, com capacidade para acomodar até 2,5 mil pessoas.
Está localizado na Rua Bernardino de
Campos, 999, no Centro, ponto de grande
concentração de hospitais, laboratórios e
consultórios médicos.
Outras informações podem ser obtidas pelo site www.ccrp.com.br
23
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Enntrevista
trevista
Gestão Moderna e
projetos para o futuro
N
o cargo de Diretor Executivo
desde 2009, o Prof. Dr. Sandro
Scarpelini analisa a FAEPA de
ontem, de hoje e indica os principais projetos traçados para o amanhã.
Qual a proporção do trabalho da
FAEPA com as áreas da assistência, do
ensino e da pesquisa?
A FAEPA vem cumprindo nestes 25
anos a sua missão de dar apoio à assistência, ensino e pesquisa na área de saúde. É
importante deixar claro que desde a sua
concepção o objetivo é apoiar e não realizar, mesmo na área da assistência, nós gerenciamos o atendimento e não o fazemos
diretamente. É claro que no âmbito destas
três vertentes umas acabam se sobressaindo
ante as outras, de acordo com as demandas
e a realidade do momento. A assistência é o
que mais ocupa espaço dentro da FAEPA,
algo em torno de uns 70%. Isto cresceu nos
últimos anos em razão dos convênios com
o Governo do Estado para a gestão de três
hospitais. A área do ensino é a segunda,
com cerca de 20% e, em terceiro, a pesquisa, com aproximadamente 10%.
“
A FAEPA vem cumprindo
nestes 25 anos a sua
missão de dar apoio
à assistência, ensino
e pesquisa na área da
saúde
”
Prof. Dr. Sandro Scarpelini
Na área do ensino quais são os
apoios de destaque dados pela FAEPA?
São vários. A contratação de
profissionais para complementação do
corpo docente da FMRP-USP é uma
delas. Atualmente, cerca de 20 docentes,
chamados de docentes colaboradores,
são contratados pela FAEPA para atuar
junto à FMRP e ao HCFMRP-USP. Isso
ajudou muito, principalmente em uma
época que a USP ficou quase uma década sem contratar novos profissionais. É
importante enfatizar que fazemos uma
seleção criteriosa, por meio de prova
escrita e análise de currículo. Todos os
profissionais precisam ter doutorado
e experiência acadêmica. A criação de
novos cargos que são necessários para
atender o aumento da demanda e o
surgimento de novos projetos é muito
demorada e a FAEPA facilita este processo. Tanto que aproximadamente 25%
dos funcionários que trabalham dentro
do HCFMRP-USP são contratados pela
FAEPA. Nos hospitais que gerenciamos, além da assistência, temos ensino
também. Desde o primeiro ano do curso
médico, no qual fazemos uma visita
monitorada, até a residência médica, que
é realizada nestes hospitais.
24
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E na área da pesquisa?
A FAEPA não realiza pesquisa, mas
apoia de diversas maneiras. A Fundação faz a
intermediação de vários contratos com órgãos
financiadores como Finep, CNPQ, Ministério da Saúde, instituições privadas, entre
outros, para a viabilização dos projetos,
fazendo inclusive todo o gerenciamento
da verba e a prestação de contas, que é
bastante detalhada e específica. Auxiliamos
também os pesquisadores na divulgação
científica, seja na edição de livros ou nas
publicações em veículos especializados,
pois este serviço tem custo na maior parte
das revistas científicas. Não basta o trabalho ter mérito e ser aprovado. Nesta área,
outra grande colaboração da FAEPA é a
criação de infraestrutura para facilitar as
pesquisas realizadas no Hospital, principalmente após a inauguração da Unidade de
Pesquisa Clínica.
Nos últimos anos que fato mais contribuiu para o crescimento da FAEPA?
Acredito que o convênio com o governo
do Estado para administrar os três hospitais
é o que colocou a FAEPA em outro patamar,
contribuindo muito para o seu crescimento
rápido em todos os sentidos. Praticamente
duplicamos o número de funcionários, de orçamento e de atividades. Tudo isso aconteceu
de seis anos para cá: em 2008 com o HERi-
SEDE ATUAL DA FAEPA OCUPA 1º E 2º ANDARES DO
EDIFÍCIO GALILEU OFFICE NA ZONA SUL
beirão, em 2009 com o CRSMRP-Mater, e
em 2010 com o HEAB.
Esta parceria de hospitais estaduais
com ONGs e fundações para gerenciá-los
é comum no Estado de São Paulo?
No Estado de São Paulo, 20 hospitais
são administrados por meio de parcerias com
este formato. Destes, três são com a FAEPA.
O HCFMRP-USP não integra esta lista, pois
tem convênio com o Governo Federal por
meio do Ministério da Saúde, que repassa
os valores dos serviços médico-hospitalares
prestados ao SUS, sob intermediação do
Estado.
O que melhorou na qualidade destes
hospitais a partir do convênio com a
FAEPA?
É difícil enumerar porque são muitos os aspectos que evoluíram, tanto que
nos últimos quatro anos ganhamos vários
prêmios, entre eles o de melhor hospital do
Estado (HERibeirão) e segundo melhor do
Estado (HEAB) na avaliação feita pelos
próprios usuários. Apoio logístico, financeiro, agilidade nas compras e aquisições de
equipamentos são fundamentais para isso.
25
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Também fazemos as compras por licitação,
mas é menos burocrático do que no setor
estatal.
E no início, qual foi o grande marco
na história da FAEPA?
O convênio com o SUS foi o que
alavancou inicialmente as atividades da
FAEPA, foi o fator desencadeador do seu
crescimento, pois a verba dos atendimentos que ia para o Estado para depois ser
repassada para o HCFMRP-USP passou a
vir direto para a FAEPA, o que nos garantiu mais agilidade e a certeza de que os
investimentos seriam totalmente aplicados
no HCFMRP-USP. Seguimos o modelo do
Hospital das Clínicas de São Paulo, que já
havia conseguido firmar convênio com o
SUS. O nosso saiu três anos após a instituição da FAEPA, mas ela foi criada já com
esta expectativa. Nos primeiros 15 anos esta
foi a principal fonte de recursos da FAEPA,
depois disso outros convênios com agências
financiadoras, com a Prefeitura, entre outros,
foram realizados.
O que a mudança de sede representou para a Fundação e porque ela foi
necessária?
Com o crescimento que tivemos nos
últimos anos, o espaço físico dentro do
HCFMRP-USP não era mais suficiente.
Não proporcionava condições adequadas
para o trabalho. Nos últimos cinco anos o
orçamento da FAEPA cresceu cerca de 70%
e para administrar tudo isso foi necessário ampliar o quadro de trabalhadores e,
consequentemente, o espaço físico. O que o
movimento do HCFMRP-USP representava
para a FAEPA até cinco anos atrás era 98%,
hoje está em 60%. Nossas atividades se
diversificaram e ampliaram muito, exigindo
demais dos funcionários, principalmente da
parte contábil, já que a prestação de contas
para cada tipo de convênio é diferente e
todas muito detalhadas.
Desde quando a FAEPA está em
nova sede? Ainda tem profissionais da
FAEPA trabalhando no HCFMRP-USP?
No final de 2011, o Conselho de
Curadores e de Administração da Fundação
aprovou a compra de um imóvel e em 2012,
após adaptações da área, a sede administrativa da FAEPA foi instalada na Rua Galileu
Galilei, nº 1800, 1º e 2º andares. Mesmo
assim a Fundação continua mantendo um
grupo de profissionais no HCFMRP-USP
no Campus, principalmente para atender os
usuários do Programa de Auxílios a Projetos
e os funcionários que exercem suas funções
no HCFMRP-USP.
Quais são os principais projetos da
“
O convênio com o SUS
foi o que alavancou
inicialmente as atividades
da FAEPA
”
FAEPA para os próximos anos?
A FAEPA tem demandas que
acabamos respondendo, mas que não são
projetos nossos, como é o caso do Hospital
de Serrana, o qual estamos analisando
para celebrar convênio com o Governo do
Estado nos moldes dos outros hospitais
que já estamos à frente da gestão. Temos
projeto de tirar parte da Clínica Civil do
bloco principal do Hospital das Clínicas,
liberando mais espaço para os atendimentos do SUS. Construiremos um prédio
bem próximo dali, na rua Catão Roxo,
inclusive já estamos com o local definido,
projeto aprovado e licitação aberta para a
iniciarmos a construção em breve. Outro
projeto é investir mais na UPC. O objetivo
é fomentar ainda mais as pesquisas no
âmbito do Complexo, e para isto estamos
buscando recursos junto à Finep para
podermos, também em breve, iniciar a
construção de um novo prédio para a
UPC, que hoje ainda funciona dentro do
HCFMRP-USP.
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Opinião
O que dizem os conselheiros e diretores
C
onselheiros e ex-diretores registram os aspectos da história da FAEPA que, na
opinião deles foram mais marcantes nestes 25 anos de atividades. Comentam
também a importância da Fundação no cenário atual da Saúde.
Contribuições
”
Um ponto marcante da FAEPA para a FMRP-USP foi a viabilização
de cenários de ensino nas atenções primária e secundária. A ampliação das
atividades da FAEPA permitiram que os alunos dos cursos de graduação
tenham acesso ao CRSMRP-Mater, HERibeirão, com o Centro Integrado de
Reabilitação (CIR) e ao HEAB. A FAEPA proporcionou várias contribuições
para a Saúde de maneira geral, entre elas:
Manter um corpo de docentes FAEPA para contribuir com as
atividades fins da Faculdade, permitindo o desenvolvimento de novas áreas
do conhecimento, como exemplo, na atenção primária e na urgência e
emergência;
Viabilizar cenários de ensino externos ao HCFMRP-USP, como os
Núcleos de Saúde da Família, Centro de Saúde Escola, HERibeirão, HEAB e
CRSMRP-Mater;
Contratar profissionais para o ensino, como exemplo, médicos para
supervisão do Pronto Atendimento no Centro de Saúde Escola;
Dar suporte financeiro a pesquisas dos docentes da Faculdade, além de
suporte para publicações, participação em congressos e outros apoios;
Agilizar o uso de verbas no HCFMRP-USP;
Administrar a Clínica Civil e de Convênios, permitindo a fixação de
profissionais
profi
ssionais na Faculdade.
”
”
Comprometimento
“A FAEPA estabelece algo muito importante,
que é manter os administradores próximos à
instituição. Se nós não tivéssemos este sistema,
poderíamos ter uma administração composta por
pessoas sem comprometimento. A FAEPA reúne
um grupo de pessoas, profissionais e líderes da
sociedade com fim único de fazer com que as
coisas andem da melhor forma possível dentro
dos hospitais administrados por ela.”
”
Dorival Luiz Balbino de Souza, empresário e atual
Presidente do Conselho Consultivo
Prof. Dr. Carlos Gilberto Carlotti Júnior, Presidente do Conselho de Curadores e de
Administração da FAEPA e Diretor da FMRP-USP.
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Imprescindível
”
Inovação
“A Fundação vem exercendo importante
papel na operacionalização da gestão e execução
das atividades e serviços de saúde de média
complexidade de próprios do Estado: HERibeirão,
CRSMRP-Mater e o HEAB. Assim, preenche
importantes lacunas do Sistema Único de Saúde
(SUS), na área de abrangência da Rede Regional
de Atenção à Saúde – RRAS 13, cabendo destacar
o modelo diferencial de atendimento cirúrgico
eletivo de média complexidade, dentro dos
modelos de cirurgia ambulatorial, com serviço de
alta produtividade, com inovações tecnológicas,
rotatividade e qualidade.
Destaco ainda a importância das instituições
gerenciadas pela FAEPA como campo de práticas
para atividades de ensino relacionadas à assistência
para formação de profissionais para o SUS. A
cooperação técnica do HCFMRP-USP ajuda na
promoção de diversos convênios para prestação de
serviços e aperfeiçoamento do SUS”.
”
Ronaldo Capelli, Diretor do DRS XIII
”
A história da FAEPA é um contínuo de fatos marcantes e desde o início,
seus progressos foram recebidos com entusiasmo. Sua criação, permitindo
que projetos do HCFMRP-USP e da Faculdade fossem viabilizados de forma
mais ágil, foi um passo enorme. Foram projetos de vital importância no campo
da assistência, do ensino e da pesquisa. A FAEPA nunca se contentou com a
inércia e o seu crescimento com absorção de mais atribuições vem definindo
seu perfil de imprescindibilidade para o HCFMRP-USP e para a FMRP-USP.
Uma boa forma de avaliar a importância de uma Instituição é imaginar
o que ocorreria na eventualidade de sua falta. Falando sobre ensino, a
FAEPA é simplesmente fundamental, visto que atua positivamente na criação
e manutenção de cenários para o ensino de graduação, pós-graduação,
assistência e formação de profissionais de saúde nos diferentes níveis de
especialização. Com a rede de atendimentos nas unidades geridas pela
FAEPA é possível o ensino nos vários níveis de complexidade e o Programa de
Docente Colaborador é um verdadeiro salva-vidas aos programas pedagógicos
da FMRP-USP. Sem a FAEPA, teríamos dificuldades extremas para o exercício
da docência em sua plenitude, algumas intransponíveis no momento!
Sobre a pesquisa, a FAEPA estimula a criação e mantém convênios
com as principais agências de fomento do país e várias outras no exterior, a
exemplo do National Institutes of Health (NIH). Além disto, viabiliza convênios
com a indústria para o desenvolvimento de pesquisas nas suas várias fases. Os
investimentos na Unidade de Pesquisa Clínica atestam seu papel efetivo neste
campo e a necessidade imperativa de crescer e expandir neste domínio. Hoje,
sem a FAEPA, teríamos que ter outra Instituição similar, ela é imprescindível!
Na assistência é onde a FAEPA desenvolve a maioria de suas atividades
de apoio e gestão, dando-lhe extrema visibilidade. Sem a FAEPA, a assistência
perderá, no mínimo, sua qualidade, correndo-se o risco de inviabilização.
Mais uma vez, a FAEPA é imprescindível para a assistência à saúde no
Complexo de Saúde do HCFMRP-USP!
28
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”
Prof. Dr. Geraldo Duarte, atual Diretor Científico da FAEPA
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”
Ponto Forte
“A Faepa é fundamental para que a Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto e o seu Hospital das Clínicas possam dispor hoje de um
conjunto de cenários para o ensino de graduação, pós-graduação e
formação de profissionais de saúde com diferentes níveis de especialização,
dos mais completos e invejáveis. O amplo complexo de saúde que se
constituiu em torno do HC e da FMRP-USP é composto por unidades de
saúde que atendem em todos os níveis de complexidade previstos pelo SUS
(primário, secundário e terciário).
Não houvesse a Fundação, HC e FMRP-USP não disporiam de
mecanismos legais para gerir esse complexo.Tudo isso só é possível em face
da possibilidade de a FAEPA firmar convênios com o governo municipal,
estadual ou federal, bem como com instituições privadas interessadas
em atividades vinculadas à saúde da população. Todo esse conjunto de
atividades é desenvolvido com um corpo administrativo bastante enxuto.
No ano 2000, quando o Ministério da Educação enviou uma Comissão
para avaliação da FMRP-USP, o relatório final desta comissão destacava
como um dos pontos fortes da Faculdade: “A FAEPA, sem dúvida alguma, é
mecanismo propulsor importante dessa Instituição”.
”
”
”
Estabilidade
“Foi marcante consolidar a estabilidade
financeira da Fundação, aliada ao bom
financeira
entrosamento com a superintendência do Hospital
da Clínicas. Não só atualmente, mas desde os seus
primeiros momentos, a Fundação contribuiu de
forma importante para o bom gerenciamento das
atividades do Hospital das Clínicas, tornando a
administração mais ágil e eficiente. Além disso, a
Faepa tem programas de muito valor, destinados
ao auxílio na participação de congressos, no
envolvimento de projetos dentro do Hospital
das Clínicas, sem falar do programa de docente
colaborador, considerado modelo para outras
instituições.”
Prof. Dr. Milton Cesar Foss, atual membro do Conselho
Consultivo e Diretor Executivo (gestão 27/03/2003 a
09/11/2005)
Prof. Dr. Benedito Carlos Maciel, Presidente do Conselho de Curadores e de
Administração (gestão 14/03/2009 – a 13/03/2013 e Diretor Executivo da FAEPA
(gestão 04/11/1996 a 01/11/200 e 04/11/200 a 26/03/2003 e atual Membro do Conselho
Consultivo
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”
Qualidade
A Fundação tem atuado de forma muito
relevante para a qualidade dos serviços oferecidos
pelo HC desde a sua fundação. Todos os
momentos são importantes, mas prefiro destacar
um que representou mais pela emoção dos fatos
do que pela importância institucional em si:
a conclusão da compra do terreno contíguo à
Unidade de Emergência. Foi uma área estratégica
para a viabilidade de prestação de serviços ao
nível da crescente demanda, as negociações eram
antigas – iniciadas bem antes de minha gestão, e
a condução das mesmas era difícil e delicada. A
conclusão da compra veio como uma recompensa
para todos os envolvidos pessoalmente, um alívio
com o sentimento de dever cumprido. A Fundação,
que responde rápida e eficientemente às novas
solicitações, passou, nestes 25 anos, de facilitadora
da gestão institucional para Organização Social
imprescindível na hierarquia administrativa da
saúde regional”.
”
Excelência
“Se não fosse a atuação da FAEPA,
o HC certamente não teria o nível de
excelência que tem hoje. O trabalho
realizado por todos os envolvidos é
grandioso e fundamental para dar
mais transparência, agilidade e bom
desempenho na área da assistência, ensino
e pesquisa em saúde. As fundações são
instrumentos que aproximam a gestão
pública da população e abrem caminhos
para um maior entendimento, agregando
valores oriundos de pessoas representativas
nos vários setores da sociedade. É uma
ponte entre o público e o privado e, no caso
da FAEPA, também entre a academia e a
comunidade.”
”
”
Mariana Jábali, membro do Conselho Consultivo e
do Conselho de Curadores e de Administração
Prof. Dr. Jair Lício Ferreira Santos, membro do Conselho
Consultivo e Diretor Executivo (Gestão 10/11/2005 a
16/04/09)
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”
Atuação democrática
A instituição da FAEPA foi cuidadosamente estudada no âmbito
do Campus da USP de Ribeirão Preto envolvendo o HCFMRP-USP
e a FMRP-USP. Tive o privilégio de participar como Diretor Científi
Científico
co
da FAPESP de uma das reuniões apresentando as vantagens do sistema
fundacional de uma Fundação Pública de Direito Privado. Nesta mesma
reunião também foi apresentada a experiência da Fundação Zerbini (apoio
ao INCOR/HCFM-USP) de natureza essencialmente privada, mas de apoio
a uma Instituição Pública. Considero que foi, dentre muitos outros, um
evento marcante para a constituição da FAEPA, fundamentada em amplas
considerações sobre os prós e contras da inovadora proposta, visando
significativo avanço na gestão, em especial, do HCFMRP-USP.
Na atualidade a importância da FAEPA é inquestionável considerando
os resultados e reconhecimento que foram obtidos nestes 25 anos de
existência. Outros afirmam que a dissolução da FAEPA significará o
“fechamento” do HCFMRP-USP e enorme prejuízo à Faculdade de
Medicina. Como fato relevante sobre os 25 anos da FAEPA, destaco que
fui honrado como participante de seu Egrégio Conselho Consultivo nos
últimos oito anos, colegiado que sempre apresentou atuação construtiva,
democrática e franca dos seus componentes.
De forma inequívoca sempre predominou no Conselho Consultivo
o interesse institucional, a procura do consenso, o atendimento às
reivindicações correntes e o apoio efetivo às “lutas” para solucionar
dificuldades internas e, principalmente, externas junto aos poderes estatais
do executivo, legislativo e judiciário. Foi de fundamental significado o
Conselho Consultivo ser constituído por membros da comunidade do
Campus em direta associação a distinguidos convidados externos com
significativa
signifi
cativa representação da sociedade local.
”
”
”
Eficiência
A FAEPA foi um exemplo de gestão
integrada para entidades públicas de
saúde. Desde sua concepção, buscou
agilidade e eficiência administrativa,
contribuindo com o HCFMRP-USP.
Na maturidade de seus 25 anos, revela
sintonia com avanços de modelos e
tecnologias para melhor prestar seus
serviços.
Marcos Frateschi, membro do Conselho
Consultivo
Prof. Dr. Flavio Fava de Moraes
ex-Reitor da USP e Membro do Conselho Consultivo de FAEPA
(Gestão 2004-2008 e 2009-abril/2013)
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Revista FAEPA 25 Anos