INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ
DALGLISH GOMES
ESTRUTURAS CRISTALINAS E MOLECULARES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
RESUMO
A utilização de materiais de fácil manuseio pode levar a um fácil entendimento na
prática pedagógica no ensino de química. Através de bolas de isopor e varetas de
madeira o aluno poderá entender melhor como as ligações entre as moléculas e íons
se formam. A interação entre a prática e a teoria dá melhores condições para que o
aluno perceba como ocorrem as ligações químicas. E a participação do aluno na
prática educativa traz um interesse maior do aluno com a química. Essa prática é um
modo de fazer com que o aluno possa interagir melhor com o professor e com o
próprio ensino de ciências. À medida que essas práticas vão ocorrendo os alunos
vão se interessando cada vez mais com os assuntos estudados na área da química,
fazendo com que o ensino-aprendizagem torne-se mais produtivo. O estudo sobre
as estruturas moleculares e cristalinas é um modo de fazer com que a química não
fique apenas na teoria, mais que também possa aplicado na prática e no cotidiano.
Palavras – chave: prática pedagógica, ensino-aprendizagem, estruturas.
INTRODUÇÃO
O estudo das geometrias das moleculares explica as ligações entre os
átomos dentro da molécula, as ligações entre as próprias moléculas e as ligações
entre os íons. Dessa forma, o entendimento sobre a teoria das ligações iônicas e
covalentes serve para explicar a geometria das moléculas e as estruturas cristalinas.
Assim, o aluno tem uma melhor percepção de como a água e determinados cristais
se formam.
A teoria das ligações pode ser mais compreendida através da criação de
modelos experimentais de algumas estruturas moleculares e iônicas. A montagem
de estruturas pelo próprio aluno poder levar a um melhor aprendizado sobre as
estruturas moleculares e cristalinas. O uso de matérias simples e de fácil manuseio é
um fator importante para que o aluno se interesse pela prática.
A participação do aluno orientado pelo professor traz uma maior interação
entre a prática e a teoria. Levando o aluno a entender melhor o assunto estudado.
Dessa forma, o ensino-aprendizagem torna-se mais produtivo, e os obstáculos vão
diminuindo com a habilidade do aluno mediante a prática desenvolvida. Muitas
vezes a teoria não traz todas as respostas que o aluno espera e com a prática
algumas das indagações são respondidas. De modo que, a prática dos modelos
cristalinos e moleculares, é uma maneira para que aluno possa enxergar melhor
como as ligações entre os átomo e íons ocorrem.
O uso da prática associada com a teoria facilita a relação entre o professor e
o aluno, e a aula torna mais interessante a medida que professor desenvolve bem
essa prática-pedagógica. Esse ensino-aprendizagem enaltece o trabalho do
professor e o seu dialogo com os alunos. Segundo Crispino (1989) é necessário
relacionar o ensino de química com a vida cotidiana dos alunos e a importância do
diálogo em sala de aula.
A melhoria da formação inicial de professores de química,
ao assumir que é na interação entre o conhecimento teórico e o
conhecimento da prática que se constrói o conhecimento profissional
do professor (Alarcão 1996).
Promover a prática para a criação de modelos moleculares e iônicos é um
passo primordial para incentivar o aluno a desenvolver as suas habilidades e
competências. E isso serve para as outras áreas disciplinares da ciência e até
mesmo outras áreas da química.
METODOLOGIA
• Materiais usados
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Bolas de isopor
Varetas de madeiras
Cola
Pincel
Tinta verde e vermelha
Purpurinas
• 1º Procedimentos
1. Pintar duas bolas de isopor de verde simbolizando o hidrogênio.
2. Pintar uma bola de isopor de vermelho simbolizando o oxigênio.
3. Colocar duas varetas de madeira, em lados opostos e inclinados para baixo,
na bola verde de isopor.
4. Na extremidade vazia de cada vareta de madeira colocar a bola de isopor
verde.
5. Após esses procedimentos verifica-se a estrutura da água, que é formada por
dois oxigênios e um hidrogênio.
• 2º procedimento
1. Pintar quatorze bolas de isopor de vermelho simbolizando o sódio
2. Pintar treze bolas de isopor de verde simbolizando o cloro
3. Colocar quatro varetas de madeira, na bola de isopor verde, formando uma
cruz. Depois colocar mais duas varetas de madeira, uma na frente e outra
atrás da bola verde com as quatro varetas já colocadas na bola verde de
isopor.
Formando
assim,
seis
ligações.
4. Na extremidade de cada vareta
colocar as bolas vermelhas de isopor.
5. Em cada bola vermelha colocar
quatro varetas de madeira, uma em
cima, outra em baixo, uma na
esquerda e outra na direita.
Formando assim, o formato de uma cruz em cada bola vermelha.
6. Em cada uma das extremidades das varetas que estão ligadas nas bolas
vermelhas colocar uma bola verde. Desse modo, irão coincidir as
extremidades das varetas de madeiras das bolas vermelhas, que ficarão
ligadas as bolas de isopor verde.
7. Fechar as ligações das bolas verdes até formar um cubo.
8. Após o procedimento verifica-se a estrutura cristalina do sal de cozinha.
CONCLUSÃO
A prática é um fator determinante para um melhor aprendizado para o
educando. Muitas das vezes a teoria não dá uma ampla visão a cerca do assunto.
Dizer que o sal de cozinha é formado pela união do sódio com o cloro é fácil. No
entanto, fazer o aluno perceber como o sal é formado com a união do sódio com o
cloro torna uma tarefa mais complicada. Demonstrar e construir experimentalmente
estruturas cristalinas e moleculares com a participação dos alunos torna-se um
assunto mais compreensível. A interação do aluno com o assunto estudado traz um
entendimento melhor sobre as geometrias das moléculas e as estruturas cristalinas.
Várias estruturas podem ser formadas através dessa prática. Dessa forma, o
educando desenvolve melhor as suas habilidades. E o ensino aprendizagem tornase mais produtiva. O aluno precisa interagir com as diversas formas de experimentos
envolvendo a química para que o mesmo possa adquirir habilidades com as práticas
em estudo.
A relação aluno - professor torna-se mais próxima e a educação prática fica
mais satisfatória. Dessa forma, o professor sai daquela rotina em que o uso do
quadro torna a única atividade para que o aluno aprenda o assunto em questão. A
teoria precisa estar em harmonia com a prática, para que a percepção de ciência
possa se tornar mais clara.
O objetivo é promover uma integração entre teoria e prática,
usando os experimentos como forma de interrogar a natureza e gerar
as discussões sobre os fenômenos de interesse da química.
(MORTIMER; MACHADO. 2007).
O conhecimento gerado na escola é um exercício de cidadania e da vida em
sociedade. Incentivar o interesse do aluno pela prática torna-se mais válida do que o
estudo unicamente teórico.
REFERÊNCIAS
LEMBO, Antônio. Química: realidade e contexto. 1 ed. São Paulo: Ática. 2000.
FELTRE, Ricardo. Química geral. Vol. 01. 6 ed. São Paulo: moderna. 2004
MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, Andréa Horta. Química, volume único:
ensino médio. 1 ed. São Paulo: Scipione. 2007.
BIANCHI, José Carlos de Azambuja; ALBRECHT, Carlos Henrique; MAIA, Daltamir
Justino. Universo da química. 1. ed. São Paulo: FTD, 2005.
ALARCÃO, I. Formação Reflexiva de Professores, ed. Porto: Portugal, 1996.
ROMANELLI, L.; JUSTI, R.; Aprendendo Química, ed. UNIJUÍ: Ijuí, 1998.
CRISPINO, A.; Quim. Nova 1989, 10, 187.
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