GABINETE DA MINISTRA Ponto de situação da evolução da infecção pelo vírus da Gripe A 7 de Agosto de 2009 (18:45) Foram confirmados, em investigação laboratorial realizada nas últimas 24 horas, 32 casos de infecção pelo vírus da Gripe A (H1N1), em Portugal. Dos casos confirmados, 17 pessoas são do sexo feminino e 15 do sexo masculino. Em termos de idades, estas variam entre os 4 e os 57 anos, com predominância da faixa etária entre os 20 e os 30 anos. A maioria dos casos (17) corresponde a transmissão secundária, seguindo‐se os casos relativos a pessoas que passaram por Espanha (9). Por transmissão terciária, registaram‐se dois casos. Estão actualmente 6 pessoas internadas, cuja situação clínica é estável. A maioria deve ter alta hospitalar das unidades de referência nos próximos dias. No Hospital de S. João continuam internados dois doentes cujo prognóstico se mantém reservado. Um dos casos é um homem, de 63 anos, proveniente do Brasil, que foi transferido quinta‐feira de manhã do Hospital de Famalicão, com patologia crónica subjacente. O outro caso refere‐se a uma doente, de 30 anos, transferida quinta‐feira à noite do Hospital de Guimarães, com um quadro clínico de pneumonia. A origem da infecção é desconhecida, podendo tratar‐se de um caso de transmissão terciária. A existência de dois casos de infecção pelo vírus H1N1 da Gripe A com uma situação clínica grave não é inesperada. A maioria das infecções registadas em todo o mundo, e também em Portugal, apresenta um quadro clínico benigno. Há, no entanto, registo de casos graves relacionados com esta infecção, em vários países, motivados pelo agravamento de uma situação de doença pré‐existente à infecção ou por complicações decorrentes da própria infecção. A estratégia de contenção da transmissão da infecção em Portugal, que vai continuar a ser seguida pelo Ministério da Saúde, teve sempre em conta a possibilidade de surgirem casos de maior gravidade, pelo que foram seleccionadas unidades hospitalares de referência para a Gripe A. Como era esperado pelas autoridades de saúde pública, o aumento do número de casos de transmissão secundária, e de possíveis terciários, é compatível com o crescimento do número de casos importados que se têm verificado em Portugal, para o que têm contribuído os inúmeros residentes no estrangeiro que Portugal acolhe nesta época do ano. GABINETE DA MINISTRA Não há razão para alarme, mas sim para que se mantenha uma atenção redobrada. Portugal contabiliza, desde o início de Maio, um total cumulativo de 477 casos confirmados de Gripe A (H1N1). A quase totalidade destas pessoas já retomou a sua vida diária, com normalidade e, na maioria dos casos, não houve necessidade de internamento hospitalar. São actualmente considerados locais de referência para a Gripe A (H1N1) os Hospitais Curry Cabral e Dona Estefânia, em Lisboa, os Hospitais de São João e de Santo António, no Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Hospital de Vila Real, o Pediátrico de Coimbra e o Hospital de Faro. Mantém‐se como objectivo principal a imediata localização e contenção dos casos. O Ministério da Saúde alerta, mais uma vez, os cidadãos para, em caso de sintomas de gripe, independentemente de terem viajado para fora do país, contactarem de imediato a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24) e seguirem as indicações que lhes são dadas. Esta deve ser a primeira medida a tomar antes de se dirigirem a um serviço de saúde. O contacto com a Linha de Saúde 24 permite, perante os sintomas descritos e informações prestadas pelo utente, reconhecer se se trata de uma suspeita de Gripe A. Isto evita o incómodo de uma ida desnecessária a um serviço de saúde. Em caso de suspeita de infecção pelo vírus da Gripe A, o contacto inicial com a Linha de Saúde 24 garante ao utente o transporte imediato para um dos oito hospitais de referência, em condições que salvaguardam a sua saúde e a das pessoas que com ele contactam, diminuindo o risco de contágio da infecção. O Ministério da Saúde tomará as medidas previstas no Plano de Contingência que venham a revelar‐se necessárias em cada momento e garante que as autoridades de saúde monitorizam permanentemente o evoluir da situação. O Ministério da Saúde reforça ainda, entre outras recomendações, a importância da lavagem frequente das mãos, da protecção da boca e do nariz ao tossir ou espirrar, sempre que possível com lenços de papel que não devem ser reutilizados, para evitar a rápida propagação do vírus. O Ministério recomenda também a toda a comunidade – famílias, escolas, empresas, etc. – que colabore, adoptando comportamentos que dificultem a transmissão do vírus. GABINETE DA MINISTRA O Ministério da Saúde faz, diariamente, o ponto de situação da evolução da infecção da Gripe A no seu site (http://www.portaldasaude.pt/). A mesma informação pode também ser consultada no Microsite da Gripe, no site da Direcção‐Geral da Saúde (http://www.dgs.pt). Lisboa, 07 de Agosto de 2009 
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