Sociologia
Prof. Dr. Vidal Mota Jr
CONCEITOS SOCIOLÓGICOS
SOCIALIZAÇÃO
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Socialização é a assimilação de hábitos características do
seu grupo social, todo o processo através do qual um
indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade,
assimilando a cultura que lhe é própria.
É um processo contínuo que nunca se dá por terminado,
realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente
pela "imitação" para se tornar mais sociavél.
O processo de socialização inicia-se contudo, após o
nascimento, e através, primeiramente, da família ou outros
agentes proximos, da escola, dos meios de comunicação de
massas e dos grupos de referência que são compostos
pelas nossas bandas favoritas, atores, atletas, super-heróis,
etc.
SOCIALIZAÇÃO
SOCIALIZAÇÃO
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Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no
grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores
característicos.É através da Socialização que o indivíduo pode
desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade.A
socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para
a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a
continuidade dos Sistemas Sociais.
É o processo de integração do indivíduo numa sociedade,
apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores,
crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se
insere.
a) Socialização Primária: ocorre na infância e na adolescência, e
durante este período o indivíduo adquire competência;
b) Socialização Secundária: ocorre na vida adulta sempre que ocorre
um processo de adaptação a novas situações
CONTATOS SOCIAIS
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Podemos definir contatos sociais como as formas que os indivíduos estabelecem as
relações sociais e as associações humanas. Uma conversa entre duas pessoas, um
aperto de mão, um ―bom-dia‖ ou uma consulta médica são exemplos de contatos
sociais, que em função deles, irão surgir as relações sociais e os graus de
intensidade dessas relações.
Evidentemente, as relações estabelecidas entre duas pessoas que se encontram
em um lugar para conversar serão muito mais intensas do que aquelas resultantes
da conversa entre um médico e um paciente em uma consulta médica. Portanto,
existem diferentes tipos de contatos sociais.
Os contatos sociais primários se caracterizam por serem pessoais, diretos e com
uma forte influência emotiva. Estes são os primeiros tipos de contatos que as
pessoas estabelecem, originados das relações entre pais e filhos, irmãos, amigos,
etc.
Os contatos sociais secundários se diferenciam dos primários pelo fato de serem
calculados, racionais e sem influências emotivas. Quando alguém vai comprar pão,
por exemplo, a pessoa já sabe que vai haver um vendedor ali e que terá que se
comunicar com ele. Essa comunicação, extremamente racional, breve, calculada e
sem nenhuma carga emocional é classificada como um contato social secundário.
CONTATOS SOCIAIS
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Tipos:
Primários - Contatos pessoais diretos. Forte base
emocional.Exemplo: família.
Secundários - São os contatos impessoais, formais .
exemplo trabalho, escola etc.
Contexto Industrialização / urbanização predomina
contatos secundários. Proximidade física não significa
necessariamente proximidade afetiva.
INTERAÇÃO SOCIAL
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O processo social mais importante é a interação. Todos
os processos sociais são diferentes tipos de interação.
Por isto, a interação é o processo social geral. A
interação é o processo de influência recíproca ou
unilateral entre dois ou mais agentes sociais.
A influência entre os agentes sociais é recíproca quando
os agentes estão fisicamente próximos entre si, em
contato direto, ou quando há, de qualquer modo, a
possibilidade de reação por parte de todos os agentes
envolvidos no processo: quando converso com uma
pessoa, seja em contato face a face, seja por telefone,
ou mesmo quando me comunico com alguém através
de carta, por exemplo.
INTERAÇÃO SOCIAL
INTERAÇÃO SOCIAL
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A influência é unilateral quando algum dos agentes em interação está presente no
processo apenas de forma indireta e, desse modo, pode influenciar, mas não pode
ser influenciado pelo outro . Quando, por exemplo, leio algum livro, sou influenciado,
mas, em geral, não influencio o seu autor, seja porque eu não tenha como entrar em
contato com ele, seja porque ele esteja morto.
O mesmo tende a acontecer quando vejo um filme ou assisto televisão. A
unilateralidade predominante na interação feita com a intermediação dos modernos
meios de comunicação de massa – cinema, rádio, televisão, jornal – é um
eficientíssimo e, por isto mesmo, perigoso instrumento de dominação e
manipulação das massas, através da transmissão de crenças e valores, bem como,
em conseqüência, da formação de opiniões e atitudes.
Interação social é a ação social, mutuamente orientada, de dois ou mais indivíduos
em contato. Distingue-se da mera interestimulação em virtude de envolver
significados e expectativas em relação às ações de outras pessoas. Podemos dizer
que a interação é a reciprocidade de ações sociais.
PROCESSOS SOCIAIS

Processos sociais são as formas pelas quais os indivíduos se
relacionam uns com os outros, ou seja, as formas de estabelecer as
relações sociais. Os processos sociais estão presentes em toda a
sociedade, por exemplo: quando um grupo de pessoas se organiza
para limpar uma casa; quando uma pessoa assimila, mesmo que
inconscientemente, a forma de falar de outra; quando um país entre
em guerra com outro; etc.
Se partirmos do pressuposto de que cada indivíduo é singular, ou
seja, cada um possui suas próprias crenças, valores e ideologias em
relação a tudo ao seu redor, concluímos que os tipos de processos
sociais estabelecidos entre as pessoas irão depender de cada um. A
tendência natural dos seres vivos é de se associarem e
desassociarem conforme seus interesses.
PROCESSOS SOCIAIS
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Os processos sociais se distinguem em associativos, quando os indivíduos
estabelecem relações positivas, de cooperação e de consenso; e dissociativos,
quando as relações estabelecidas são negativas, de oposição, de divergência, etc.
Os processos associativos são: cooperação, acomodação e assimilação. Na
cooperação diferentes indivíduos cooperam entre si para alcançar um objetivo em
comum. Acomodação é o processo onde um indivíduo se contenta, sem satisfação,
com a situação que é imposta por um outro indivíduo ou pela sociedade.
Assimilação é o processo que ocorre quando indivíduos de grupos antagônicos se
tornam semelhantes.
Entre os processos dessociativos estão: competição e o conflito. Competição é a
disputa de interesses entre indivíduos ou grupos sociais, regulada por ―normas‖,
não havendo formas de violência ou força bruta. Diferentemente da competição, que
não usa de meios violentos para a conquista do objetivo, o conflito é o processo que
ocorre quando a competição ganha um grau de alta tensão social, podendo haver
inclusive, violência ou ameaça de violência.
COMUNIDADE
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Comunidade pode ser entendida como um conjunto de seres vivos
inter-relacionados que habita um mesmo lugar.
Do ponto de vista da sociologia, uma comunidade é um conjunto de
pessoas com interesses mútuos que vivem no mesmo local e se
organizam dentro dum conjunto de normas. Os estudantes que
vivem no mesmo dormitório formam uma comunidade, assim como
as pessoas que vivem na mesma aldeia cidade ou no mesmo bairro.
Comunidade também pode ser entendida como um conjunto de
pessoas que se relacionam virtualmente através do Orkut.
Politicamente, a comunidade é um grupo de países que se associam
para atingirem determinados objectivos comuns. A União Européia
começou por chamar-se Comunidade Econômica Europeia. Os
países da África austral organizaram-se numa Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral ou SADC do seu nome inglês
Southern Africa Development Community.
COMUNIDADE
GRUPO SOCIAL

Em Sociologia, um grupo é um sistema de
relações sociais, de interações recorrentes entre
pessoas. Também pode ser definido como uma
coleção de várias pessoas que compartilham
certas características, interajam uns com os
outros, aceitem direitos e obrigações como sócios
do grupo e compartilhem uma identidade comum
— para haver um grupo social, é preciso que os
indivíduos se percebam de alguma forma afiliados
ao grupo.
GRUPO SOCIAL
AGREGADO SOCIAL
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Agregado social é uma aglomeração de pessoas com pouco contato
primário, ou seja, pouco contato social umas com as outras, com um
sentimento grupal. Diferentemente dos grupos sociais, os agregados sociais
não são organizados, não possuem hierarquia definida e são
desconhecidas entre si. Existem três tipos de agregados sociais: multidão,
público e massa.
Multidão é a aglomeração de pessoas bastante próximas fisicamente, sem
normas ou uma organização pré-estabelecida, anônimas, iguais e com um
objetivo em comum. Em uma multidão, não importa a raça, cor, nível
intelectual ou de poder aquisitivo dos indivíduos, visto que não há espaço
para esta diferenciação. Alguns exemplos de multidão: aglomerações de
pessoas brincando o carnaval, grupo de curiosos vendo um acidente de
trânsito que acabou de acontecer, etc.
AGREGADO SOCIAL
AGREGADO SOCIAL
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O público é bastante diferente da multidão. As principais características que
fazem essa distinção é que o público é uma associação intermediária entre
o grupo social e a multidão, visto que o esse tipo de agregado social possui
certo contato primário entre seus participantes e há uma organização
estabelecida. Na multidão, a integração das pessoas é ocasional, no
público é intencional, sendo que inclusive as pessoas agrupadas na forma
de público possuem a capacidade de criticar (palmas, vaias, etc). Exemplos:
público de pessoas que vão a um show musical, ao teatro ou a uma partida
de futebol.
Outro tipo de agregado social é a massa. Diferentemente do público, que
pode criticar, esse tipo é marcado principalmente pela passividade em
relação ao que é imposto. Um exemplo claro de massa é o grupo de
pessoas que vê a uma propaganda na TV. Neste caso, o conjunto de
telespectadores é a massa. Como características nós ainda podemos ver:
não há contato entre as pessoas do grupo, seu processo de formação é
espontâneo, não há a possibilidade de crítica e o tipo de comunicação que
predomina é aquele transmitido pelos veículos de comunicação de massa.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
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A estratificação social indica a existência de diferenças, de
desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Ela
indica a existência de grupos de pessoas que ocupam posições
diferentes. São três os principais tipos de estratificação social:
Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais,
fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação
intermediária;
Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade
(grupos que têm e grupos que não têm poder);
Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de
importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por
exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de
advogado do que a profissão de pedreiro.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
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A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos
que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros,
brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.
A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe
estratificação porque existem desigualdades. Podemos perceber a
desigualdade em diversas áreas:
Oportunidade de trabalho
Cultura / lazer
Acesso aos meios de informação
Acesso à educação
Gênero (homem / mulher)
Raça
Religião
Economia (rico / pobre)
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
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A estratificação social está presente em todas as épocas: desde os
primeiros grupos de indivíduos (homens das cavernas) até nossos tempos.
Ela apenas mudou de forma, de intensidade, de causas.
A revolução industrial e a evolução dos sistemas econômicos contribuíram
para que as questões sobre a desigualdade social fossem melhor
visualizadas, discutidas e percebidas.
Umas das características fundamentais que distingue nossa sociedade das
antigas é a possibilidade de mobilidade social.
Diferentemente da sociedade medieval na qual quem nascesse servo,
morreria servo, e na qual não era possível lutar por direitos e por uma
oportunidade de mudar de classe, em nossa sociedade isto já é possível,
especialmente através da educação, do investimento na formação, do
trabalho duro, esforço e planejamento.
Em outras ocasiões isso foi conseguido por meio de movimentos sociais,
que, no caso do Brasil, muitas vezes atuam exatamente da mesma forma
que grupos insurgentes ou terroristas em outros países.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
STATUS SOCIAL
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Status social é o "posto",
a honra ou o prestígio
anexados a posição de
alguém na sociedade.
Note que o status social é
influenciado pela posição
social.
Certos comportamentos
carregam estigmas que
podem afetar
negativamente o status
do indivíduo.
Na pronvíncia de Huila, Angola,
as mulheres pastoras
mumuilas indicam seu
status social pelo
número de colares
que ostentem
STATUS SOCIAL
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Status atribuído e status adquirido
O status é atribuído quando independe da capacidade do indivíduo para sua
obtenção; ele recebe este status quando nasce (por exemplo, os herdeiros de
monarquias hereditárias).
O status é adquirido quando depende do esforço pessoal para sua obtenção. Dentro
de uma perspectiva liberal, também denominada meritocrática, através de suas
habilidades, conhecimentos e capacidade pessoal, o indivíduo pode alterar seu
status ao competir com outras pessoas ou grupos e triunfar sobre eles.
A partir de outros enfoques procede-se a uma análise mais detalhada das
circunstâncias que podem levar o indivíduo à ascensão social (e aquisição de maior
status), e considera-se que não penas "capacidades e conhecimentos pessoais" são
necessários para possibilitar esse ascenso, uma vez que as oportunidades de
triunfar através dos próprios méritos não são as mesmas para todos, e o triunfo e
ascensão de indivíduos menos qualificados, motivados por outros interesses e
contactos, é freqüentemente observado nas sociedades atuais.
Este é, de todas as formas, o tipo de status social mais comum na atualidade.
STATUS SOCIAL
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Arcaicos e modernos
Nas sociedades pré-modernas, a diferenciação do status é
extremamente variada. Em alguns casos ela pode ser bem rígida,
tais como no sistema de castas da Índia.
Em outros casos, o status tem uma importância relativamente
pequena ou pode sequer existir, como ocorre em algumas
sociedades de caçadores-coletores tais como os Khoisan, algumas
tribos de nativos australianos e outras sociedades nãoestratificadas.
Nestes casos, o status está limitado a relacionamentos pessoais
específicos. Por exemplo, de um homem !Kung se espera que leve
muito a sério a própria sogra (a mãe de sua esposa); mas a sogra
não tem "status" sobre ninguém, exceto sobre o genro – e somente
em certos contextos.
STATUS SOCIAL
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Nas sociedades modernas, a ocupação é geralmente considerada como a principal
dimensão do status, mas mesmo nas sociedades da atualidade, outras filiações
(tais como grupo étnico, religião, gênero, trabalho voluntário, fã-clubes,
passatempos etc, podem ter sua influência).
Um médico, por exemplo, possui um status social mais alto do que um operário de
fábrica, mas em algumas sociedades, um médico caucasiano católico possui um
status mais elevado do que o de um médico afro-descendente praticante de alguma
religião minoritária.
Status é uma idéia-chave na estratificação social.
Max Weber distingue status de classe social, mas alguns sociólogos empíricos
contemporâneos fundiram as duas idéias num "Status Sócio-Econômico",
geralmente operacionalizado como uma simples tabela de rendas, educação e
prestígio ocupacional.
Inconsistência de status é uma situação na qual a posição social do indivíduo tem
influências tanto positivas quanto negativas sobre seu status social. Por exemplo,
um professor tem uma imagem social positiva (respeito, prestígio) a qual incrementa
seu status, mas recebe um baixo salário, o que simultaneamente decrementa seu
status. Por outro lado, um criminoso pode ter uma baixa posição social, mas obter
altos rendimentos.
PAPEL SOCIAL

Nas ciências sociais, papel social define o
conjunto de normas, direitos, deveres e
explicativas que condicionam o
comportamento dos indivíduos junto a um
grupo.
CLASSE SOCIAL


Uma classe social é um grupo de pessoas que tem status social
similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico.
Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma
dada casta, normalmente é impossível mudar de status.
Segundo a ótica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela
pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido,
existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o
estado, e as classes dominadas por ela, reproduzida
inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe
dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da
humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que
sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de
classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e
aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a
perpetuação da exploração.
CLASSE SOCIAL
CLASSE SOCIAL


Na Idade Média, por exemplo, a classe dominante era
formada pelos senhores feudais, donos das terras
através da alicação de compulsão e coerção, e a classe
dominada era formada pelos camponeses. Uma classe
à parte era a classe dos guerreiros que era composta
pelos camponeses e alguns eram senhores feudais, que
podia passar para uma classe dominante caso
recebesse terras como prêmio de suas conquistas.
Segundo Karl Marx, as classes sociais estão associadas
à divisão do trabalho. São grupos coletivistas que
desempenham o mesmo papel na divisão do trabalho
num determinado modo de produção (asiático, feudal,
mercantil, industrial, etc).
CLASSE SOCIAL


A partir da Idade contemporânea, com o desenvolvimento do sistema
capitalista industrial (e mesmo do pós-industrial), normalmente
existe a noção de que as classes sociais, em diversos países, podem
ser dividas em 3 níveis diferentes dentro dos quais há subniveis.
Atualmente, a estratificação das classes sociais segue a convenção
baixa, média e alta, sendo que os primeiros designam o estrato da
população com pouca capacidade financeira, tipicamente com
dificuldades econômicas, e o último com grande margem financeira;
a classe média é, portanto, o estrato considerado mais comum e
mais numeroso que, embora não sofra de dificuldades, não vive
propriamente com grande margem financeira, nota-se que nos
países de terceiro mundo a classe média é uma minoria e a classe
baixa é a maioria da população. Desta interpretação é possível
encontrar outras classes.
CLASSE SOCIAL


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Classe Alta-Alta: indivíduos que se destacam socio-economicamente,
normalmente donos de grandes empresas e oriundos de famílias
tradicionalmente ricas ("elite").
Classe Alta: indivíduos altamente bem pagos ("novos ricos").
Classe Média-Alta: indivíduos com salários médio-altos.
Classe Média: Pessoas ganhando salários razoáveis ou medianos,
porém inferiores aos dos membros da sub-classe supra-mencionada.
Classe Média-Baixa: pessoas que recebem salários mais baixos mas
não são trabalhadores braçais.
Classe Baixa: trabalhadores braçais, também conhecidos como a
"classe trabalhadora".
Miseráveis: pessoas desempregadas ou não que vivem em um
estado constante e desesperador de pobreza.
CLASSE SOCIAL
CASTAS

Castas, em sociologia,
são sistemas tradicionais,
hereditários ou sociais de
estratificação, ao abrigo
da lei ou da prática
comum, com base em
classificações tais como a
raça, a cultura, a
ocupação profissional,
etc.Varna, a designação
sânscrita original para
"casta", significa "cor".
As quatro castas do
Hinduísmo
CASTAS
As castas na Índia
 O sistema de castas (Varna) indiano é dividido
de acordo com a estrutura do corpo de
Brahma. As quatro principais castas são:
 a boca (Brâmane|Brahmin) representa os
sacerdotes, filósofos e professores;
 os braços (Xatria|Kshatriya) são os militares e
os governantes;

CASTAS
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
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o estômago (Vaishya) são os comerciantes e os agricultores;
os pés (Shudra) são os artesãos, os operários e os camponeses.
A "poeira sob os pés" não pertence às castas, mas tem um nome:
são os Dalit ou párias, os chamados intocáveis (a quem Mahatma
Gandhi Gandhi, algo demagogicamente, deu o nome de Harijan,
"filhos de Deus").
São constituídos por aqueles (e seus descendentes) que violaram os
códigos das castas a que inicialmente pertenciam. São considerados
impuros e, por isso, ninguém ousa tocar-lhes. Fazem os trabalhos
considerados mais desprezíveis: recolha de lixo, coveiros, talhantes,
etc. Na sequência das invasões mongóis da Índia (século XIII),
milhões de párias converter-se-iam ao islamismo, uma religião que
não os ostracizava. Fora do sistema das castas, também existem os
Adivasis (povos tribais) e os Mechhas (estrangeiros).
CASTAS


Inicialmente, as castas teriam surgido ligadas aos guna predominantes nos
indivíduos. Assim, aqueles em que sattva predomina são inclinados às
actividades espirituais, à filosofia, à literatura, às artes, às ciências e ao
conhecimento — sacerdotes, yogis, mestres espirituais (gurus), eremitas,
filósofos, astrólogos, cientistas, escritores, historiadores, artistas e poetas
(brâmanes).
Rajas inclina naturalmente a actividades enérgicas, agressivas, à conquista
de coisas (terras, riquezas) e pessoas (domínio dos outros), à aversão à
pobreza e à modéstia, à busca da fama e da notoriedade — guerreiros e
governantes (kshatriya) e comerciantes, proprietários de terras, artistas
(vaishya). Tamas inclina à passividade, à inércia, à falta de ambição, à
ignorância, ao medo de assumir responsabilidades e riscos, a viver o dia-adia em iludido contentamento, em ocupações humildes, repetitivas e
cansativas, deixando-se conduzir pelos mais fortes e enérgicos — artesãos,
operários, camponeses (shudra).
CASTAS


Ao contrário do igualitarismo islâmico, o hinduísmo tem
uma concepção social que se expressa nesse sistema
de castas, adotado no tempo das invasões arianas
(cerca de 1.500 - 2.000 a. C.). As castas, segundo eles,
nada mais são do que partes diferenciadas de um corpo
divino.
Na Índia, antes da independência, elas somavam umas
3 mil, resultantes das subdivisões das quatro castas
"clássicas": os Brahmin (sacerdotes), os Kshatryia
(guerreiros), os Vaishya (comerciantes) e os Shudra
(camponeses e artesãos).
CASTAS




Não há salvação individual (moksha) na medida em que a pessoa só é
entendida como pertencente a uma casta a quem ela deve fidelidade
absoluta.
Se por acaso infringir as normas da sua casta, o indivíduo é expulso,
tornando-se um pária (pariyan) ou intocável (harijans ou dalits).
É generalizada entre os hindus a crença na reencarnação, no eterno
retorno das almas à vida (palingenesia para os Grécia antiga gregos) que
podem ser acolhidas inclusive em animais.
Tem como ideal a seguir os ashrama, as quatro etapas da vida, onde o
homem, depois de estudar, casar-se, trabalhar e constituir família, renuncia
à vida mundana e se dedica inteiramente à busca da moksha iluminação,
através do yoga (meditação e a outras práticas espirituais), vivendo como
eterno peregrino, em reclusão na floresta ou nas montanhas, sobrevivendo
à custa de esmolas e oferendas de comida, que lhe estão culturalmente
asseguradas pelo resto da população.
CASTAS


Apesar do sistema de castas ter sido rejeitado pela
Constituição Indiana de 1950 (devido à pressão de políticos
ocidentalizados), ele continua a fazer parte da cultura da
Índia moderna. Atualmente, no hinduísmo, existem mais de
3.000 sub-castas não-oficiais.
Há pensadores, como o grande indologista Alain Daniélou,
que consideram o sistema das castas como social e
culturalmente válido e justificável no contexto indiano, uma
forma muito eficaz de preservar certas sub-raças,
subculturas e certas profissões transmitidas
geracionalmente, sendo as recentes tentativas de o destruir
um verdadeiro caso de etnocentrismo, um genocídio cultural
da sociedade indiana, levado a cabo pelas potências
ocidentais neocolonialismo|neocolonialistas.
ESTAMENTO


Constitui uma forma de estratificação social com
camadas sociais mais fechadas do que as classes
sociais e mais abertas do que as castas, reconhecidas
por lei e geralmente ligadas ao conceito de honra.
Historicamente, os estamentos caracterizaram a
sociedade feudal durante a Idade Média.
Na obra de Max Weber, o conceito de estamento é
ampliado. Passa a significar não propriamente um corpo
homogêneo estratificado, mas sim uma certa teia de
relacionamentos que constitui um determinado poder e
influi em determinado campo de atividade.
ESTAMENTO


Podemos afirmar que, no estamento, cada estrato deve
obedecer leis diferenciadas. Por exemplo, na sociedade
feudal os direitos e deveres de um nobre eram
diferentes dos direitos e deveres de um servo. E,
embora a lei não preveja a mudança de status social,
ela também não a torna impossível, como na casta.
Por exemplo, um servo, se se esforçar bastante, pode se
tornar um pequeno comerciante ou um membro do
clero. Isso dá ao sistema de estamentos uma
mobilidade social maior do que nas castas, mas não tão
alta quanto nas classes sociais, onde todos, em teoria,
são iguais perante a lei.
ESTAMENTO
MUDANÇA SOCIAL


Mudança social é qualquer alteração nas formas de
vida de uma sociedade. Nenhuma sociedade é
perfeitamente igual a si mesma em dois momentos
sucessivos de sua história.
Tornando como exemplo a abolição da escravidão,
percebe-se que uma das mudanças sociais decorrentes
desse fato foi a modificação básica na instituição
econômica. O trabalho passou a ser realizado por
trabalhadores livres, que recebiam salário. Isso
provocou transformações em toda estrutura social
brasileira. Outro exemplo é a questão da reforma
agrária, tema sempre presente nas discussões sobre os
problemas mais graves que afetam o Brasil.
MUDANÇA SOCIAL


Numa comparação entre o movimento pela abolição da escravidão
no Brasil, no final do século XIX, e o movimento pela reforma agrária,
principalmente a partir da década de 1960, podemos perceber
algumas semelhanças. Da mesma forma que na época da abolição
existiam elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os
que são favoráveis e os que são contra a implantação da reforma
agrária no Brasil.
Na época da abolição havia indivíduos progressistas ou reformistas,
que viam com agrado a abolição. E havia indivíduos que resistiam as
mudanças, com atitudes tipicamente conservadoras e, às vezes, até
mesmo racionarias, isto é, de um conservadorismo exagerado. Os
fazendeiros proprietários de escravos chegaram a organizar partidos
políticos que se opunham à abolição.
MUDANÇA SOCIAL

Também no Brasil atual, há pessoas favoráveis à
reforma agrária e outras contrárias a ela. Os fazendeiros
da região do Araguaia, por exemplo, entraram em
conflito com posseiros, criando um foco de tensão no
Centro-Oeste do Brasil, nos anos de 1970. E tanto os
grupos que exigem a reforma agrária como os grandes
fazendeiros têm seus representantes e defensores no
Congresso. Como vemos, as formas de vida de uma
sociedade podem ser alteradas por mudanças sociais. E
pela incorporação das mudanças, a história de cada
sociedade vai sendo construída de maneira sucessiva e
única.
MUDANÇA SOCIAL

Foto: Sebastião Salgado: Terra
A FAMÍLIA
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



A palavra "família" deriva do verbete latino "famulus" = 'domésticos,
servidores, escravos, séquito, comitiva, cortejo, casa, família‗.
A família representa um grupo social primário que influencia e é
influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de
pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por
descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral
comum, matrimônio ou adoção.
Nesse sentido o termo confunde-se com clã.
Dentro de uma família existe sempre algum grau de parentesco.
Membros de uma família costumam compartilhar do mesmo
sobrenome, herdado dos ascendentes directos.
A família é unida por múltiplos laços capazes de manter os membros
moralmente, materialmente e reciprocamente durante uma vida e
durante as gerações.
A FAMÍLIA

Podemos então, definir família como um conjunto invisível
de exigências funcionais que organiza a interacção dos
membros da mesma, considerando-a, igualmente, como um
sistema, que opera através de padrões transaccionais.
Assim, no interior da família, os indivíduos podem constituir
subsistemas, podendo estes ser formados pela geração,
sexo, interesse e/ ou função, havendo diferentes níveis de
poder, e onde os comportamentos de um membro afetam e
influenciam os outros membros. A família como unidade
social, enfrenta uma série de tarefas de desenvolvimento,
diferindo a nível dos parâmetros culturais, mas possuindo as
mesmas raízes universais (MINUCHIN,1990).
ESTRUTURAS FAMILIARES


A família assume uma estrutura característica. Por estrutura entende-se,
―uma forma de organização ou disposição de um número de componentes
que se inter-relacionam de maneira específica e recorrente‖ (WHALEY e
WONG, 1989; p. 21). Deste modo, a estrutura familiar compõe-se de um
conjunto de indivíduos com condições e em posições, socialmente
reconhecidas, e com uma interacção regular e recorrente também ela,
socialmente aprovada. A família pode então, assumir uma estrutura nuclear
ou conjugal, que consiste num homem, numa mulher e nos seus filhos,
biológicos ou adoptados, habitando num ambiente familiar comum. A
estrutura nuclear tem uma grande capacidade de adaptação, reformulando
a sua constituição, quando necessário.
Existem também famílias com uma estrutura de pais únicos ou mono
parental, tratando-se de uma variação da estrutura nuclear tradicional
devido a fenómenos sociais, como o divórcio, óbito, abandono de lar,
ilegitimidade ou adopção de crianças por uma só pessoa.
ESTRUTURAS FAMILIARES
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A família ampliada ou consangüínea é outra estrutura, que
consiste na família nuclear, mais os parentes diretos ou
colaterais, existindo uma extensão das relações entre pais e
filhos para avós, pais e netos.
Para além destas estruturas, existem também as
denominadas de famílias alternativas, sendo elas as
famílias comunitárias e as famílias homossexuais.
As famílias comunitárias, ao contrário dos sistemas
familiares tradicionais, onde a total responsabilidade pela
criação e educação das crianças se cinge aos pais e à
escola, nestas famílias, o papel dos pais é descentralizado,
sendo as crianças da responsabilidade de todos os
membros adultos.
ESTRUTURAS FAMILIARES
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Nas famílias homossexuais existe uma ligação conjugal ou marital entre duas
pessoas do mesmo sexo, que podem incluir crianças adoptadas ou filhos biológicos
de um ou ambos os parceiros (Idem).
Quanto ao tipo de relações pessoais que se apresentam numa família, LÉVISTRAUSS (cit. por PINHEIRO, 1999), refere três tipos de relação. São elas, a de
aliança (casal), a de filiação (pais e filhos) e a de consanguinidade (irmãos). É nesta
relação de parentesco, de pessoas que se vinculam pelo casamento ou por uniões
sexuais, que se geram os filhos.
Segundo ATKINSON e MURRAY (cit. por VARA, 1996), a família é um sistema social
uno, composto por um grupo de indivíduos, cada um com um papel atribuído, e
embora diferenciados, consubstanciam o funcionamento do sistema como um todo.
O conceito de família, ao ser abordado, evoca obrigatoriamente, os conceitos de
papéis e funções, como se têm vindo a verificar.
Em todas as famílias, independentemente da sociedade, cada membro ocupa
determinada posição ou tem determinado estatuto, como por exemplo, marido,
mulher, filho ou irmão, sendo orientados por papéis. Papéis estes, que não são mais
do que, “as expectativas de comportamento, de obrigações e de direitos que estão
associados a uma dada posição na família ou no grupo social” (DUVALL ; MILLER
cit. por STANHOPE, 1999; p. 502).
ESTRUTURAS FAMILIARES
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Assim sendo, e começando pelos adultos na família, os seus papéis variam
muito, tendo NYE (cit. por STANHOPE, 1999) considerado como
característicos os seguintes: a “socialização da criança”, relacionado com
as actividades contribuintes para o desenvolvimento das capacidades
mentais e sociais da criança; os “cuidados às crianças”, tanto físicos como
emocionais, perspectivando o seu desenvolvimento saudável; o “papel de
suporte familiar”, que inclui a produção e/ ou obtenção de bens e serviços
necessários à família; o “papel de encarregados dos assuntos domésticos”,
onde estão incluídos os serviços domésticos, que visam o prazer e o
conforto dos membros da família; o “papel de manutenção das relações
familiares”, relacionado com a manutenção do contacto com parentes e
implicando a ajuda em situações de crise; os “papéis sexuais”, relacionado
com as relações sexuais entre ambos os parceiros; o “papel terapêutico”,
que implica a ajuda e apoio emocional aquando dos problemas familiares;
o “papel recreativo”, relacionado com o proporcionar divertimentos à
família, visando o relaxamento e desenvolvimento pessoal.
ESTRUTURAS FAMILIARES
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Relativamente aos papéis dos irmãos, estes são promotores e
receptores, em simultâneo, do processo de socialização na família,
ajudando a estabelecer e manter as normas, promovendo o
desenvolvimento da cultura familiar. “Contribuem para a formação
da identidade uns dos outros servindo de defensores e protectores,
interpretando o mundo exterior, ensinando os outros sobre
equidade, formando alianças, discutindo, negociando e ajustando
mutuamente os comportamentos uns dos outros” (Idem; p. 502). Há
a salientar, relativamente aos papéis atribuídos que, será ideal que
exista alguma flexibilidade, assim como, a possibilidade de troca
ocasional desses mesmos papéis, aquando, por exemplo, um dos
membros não possa desempenhar o seu (SOARES, 2003).
MOVIMENTO SOCIAL
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Movimento social é uma
expressão técnica usada
para denominar
organizações
estruturadas com a
finalidade de criar formas
de associação entre
pessoas e entidades que
tenham interesses em
comum, para a defesa ou
promoção de certos
objetivos perante a
sociedade.
Terra – Foto Sebastião Salgado
MOVIMENTO SOCIAL
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Movimento Social é a reunião de pessoas que se põem em
movimento pela conquista de algo. Em sua concepção política,
movimentos sociais são compostos pelo povo, normalmente
excluídos de algum direito. Os sem-tetos lutam por teto,
desempregados por trabalho, etc.
Porém, após essa união, as pessoas organizadas em um movimento
passam a compreender, que não adianta apenas a sua luta
específica. Que sua vida não irá melhorar com a conquista apenas
do teto ou da terra. Por isso, normalmente os movimentos sociais
tentam convencer a população da importância de sua luta e se
solidarizam com outras lutas.
Normalmente, a pessoa que não tem teto, emprego, terra, educação,
acha que é por sua culpa. O movimento mostra a ela que isso são
direitos, e não privilégios. O movimento social tira as pessoas de seu
isolamento e lhe dá identidade, dignidade.
MOVIMENTO SOCIAL
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Os objetivos destas entidades podem ser, também conforme o caso, a obtenção de
direitos ou privilégios para seus membros ou a busca de interesses mais amplos da
sociedade em geral.
Os movimentos sociais se caracterizam, na maioria das vezes, por atuarem de forma
explícita e evidente no ambiente político. Suas atividades se desenvolvem seja
pacificamente (por meio de passeatas, atos públicos, simbólicos e cívicos, lobby
junto a representantes eleitos, promoção de ações judiciais), seja mediante
manifestações violentas, arbitrárias e/ou polêmicas (ocupações de bens públicos,
ocupações de propriedades, encampamento de órgãos, agências ou
concessionárias de serviços públicos, conflitos armados etc.). Dentro do espectro
mencionado, há movimentos sociais que atuam dentro da mais estreita legalidade e
outros cujos dirigentes estão presos ou sofrem indiciamentos ou processos
criminais.
Alguns sites de movimentos:
www.mst.org.br/
www.mtl.org.br/
www.cpt.org.br/
REFERÊNCIAS
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Sociologia
geral. 7. eu. São Paulo: Atlas, 1999.
 DICIONÁRIO critico de sociologia. Por Raymond
Bondon, Francois Bourricaud. São Paulo: Ática,
2001.
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