Mais de 360
aprovados na
Receita Federal em 2006
Prof. Noely Landarin
Data de impressão: 07/11/2007
67 das 88 vagas no AFRF no PR/SC
150 das 190 vagas no TRF no PR/SC
150 das 190 vagas no TRF
www.conquistadeconcurso.com.br
Conquiste sua vitória ao nosso lado
ww w. editor amax im us.c om.br
www.cursoaprovacao.com.br
M A TERIA L D ID Á TIC O EXC LUSIV O PA RA A LUN O S D O C URSO A PRO V A Ç Ã O
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
LINGUAGEM
Na abertura de sua obra Política, Aristóteles afirma que
somente o homem é um animal
político", isto é, social
e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Os
outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz
(phone) e, com ela, exprimem dor e prazer, mas o
homem possui a palavra (logos) e, com ela, exprime o
bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir e possuir em
comum esses valores é o que torna possível a
vida social e política e, dela, somente os homens
são
capazes.
Marilena Chauí, Convite à Filosofia
O texto acima chama a atenção para o fato de
que uma das diferenças marcantes entre o ser humano e
os outros animais é a faculdade da Linguagem.
Linguagem é a representação do pensamento por meio
de sinais que permitem a comunicação e a interação
entre as pessoas.
O ser humano utiliza diferentes tipos de
linguagem, como a da música, da dança, da mímica, da
pintura, da fotografia, da escultura, etc. As várias
linguagens organizam-se em dois grupos: a linguagem
verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens nãoverbais. A linguagem verbal tem a palavra por unidade;
as linguagens não-verbais têm outros tipos de unidade,
como o gesto, o movimento, a imagem ,etc. As histórias
em quadrinhos, o cinema, o teatro e a tevê, que utilizam a
imagem e a palavra, são consideradas linguagens
mistas.
A língua pertence a todos os membros de uma
comunidade. Na comunidade em que vivemos, usamos a
língua portuguesa para nos comunicar e interagir com
outras pessoas. Assim, quanto maior o domínio que
temos da língua, maiores são as possibilidades de termos
um desempenho lingüístico eficiente. Dominar bem uma
língua não significa apenas conhecer seu vocabulário, é
preciso também ter domínio de suas leis combinatórias.
Língua é um tipo de código formado por palavras e leis
combinatórias por meio do qual
as
pessoas
se
comunicam e interagem entre si.
Por ser um código aceito convencionalmente,
um único indivíduo não é capaz de criá-la ou modificá-la.
A fala é sempre individual e seu uso depende da vontade
do falante. Nem a língua nem a fala são imutáveis. A
língua evolui, transformando-se historicamente. A fala
também se modifica, de acordo com a história pessoal de
cada indivíduo, com suas intenções, com sua formação
escolar, com sua cultura, com as influências que ele
recebe do grupo social a que pertence.
NORMA CULTA E VARIEDADES LINGÜÍSTICAS
Há situações em que a língua se apresenta sob
uma forma bastante diferente daquela que nos
habituamos a ouvir em nosso ambiente doméstico ou
através dos meios de comunicação. Essas diferenças se
manifestam em termos de vocabulário utilizado, da
pronúncia, da morfologia e da sintaxe. Como citado
anteriormente, isso é natural e decorre do fato de que as
línguas não são sistemas invariáveis e imutáveis no
Atualizada 07/11/2007
Português
espaço e no tempo. Ao contrário, as línguas são sistemas
dinâmicos e sensíveis a fatores como a região
geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e
o grau de formalidade do contexto.
Na escola, nas aulas de gramática, habituamo-nos a uma
orientação voltada para o uso de formas consideradas
"certas" (isso implica a existência de formas "erradas").
Na realidade, o objetivo dos professores é o de ensinar a
norma culta da língua portuguesa, aquela variedade
reconhecida pelos falantes considerada como de maior
prestígio social, adequada para uso oral nas situações
públicas mais formais de interlocução e para uso escrito
nos textos acadêmicos, nos livros, nos jornais e revistas
de grande circulação.
Todas as variedades constituem sistemas lingüísticas
perfeitamente adequados para a expressão das
necessidades comunicativas e cognitivas dos falantes, de
acordo com os hábitos culturais de suas comunidades.
Do ponto de vista lingüístico, nada há nas variedades
lingüística em si que permita considerá-las boas ou ruins,
melhores ou piores, feias ou bonitas, primitivas ou
elaboradas.
As variedades regionais e sociais
As línguas variam de região para região, de
grupo social
para grupo social, de situação para
situação. O cruzamento desses fatores torna ainda mais
complexo o fenômeno da variação. Assim, temos, por
exemplo, um falar gaúcho e um paulista. No falar gaúcho,
podemos identificar uma variante popular e uma culta.
Dentro da variedade popular gaúcha, temos um falar
formal e um informal. É comum ouvirmos referência aos
chamados "dialeto mineiro" , "dialeto baiano", "dialeto
carioca", "dialeto gaúcho" e outros.
Outra importante dimensão da variação
lingüística é a social . As chamadas variedades
populares são aquelas faladas pelas classes sociais
menos favorecidas, enquanto as variedades cultas são
normalmente associadas às classes de maior prestígio
social, constituindo a referência para a norma escrita. A
variação de natureza social costuma apresentar
diferenças significativas em termos fonológicos ("craro"
por "claro"), "muié" por "mulher") e morfossintáticos ("nós
fumu" por "nós fomos") , "os menino" por "os meninos").
São essas as diferenças que costumam entrar em conflito
com a norma oral e com a norma escrita dita culta.
O texto a seguir exemplifica uma variedade oral,
representada em uma letra de música.
As mariposa
As mariposa quando chega o frio
fica dando vorta em vorta da lâmpida pra si isquentá
Elas roda, roda, roda, dispois si senta
Em cima do prato da lâmpida pra discansá
Eu sou a lâmpida
E as muié é as mariposa
Que fica dando vorta em vorta de mim
Todas as noites, só pra mi beijá
Boa noite, lâmpida!
Boa noite, mariposa
Pelmita-me oscular-lhe as alfácias?
Pois não, mas rápido porque daqui a pouco eles mi
apaga
Adoniram Barbosa
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
1
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
As variedades estilísticas : Registros
Os registros lingüísticos são as variações nos
enunciados lingüísticos que estão relacionados aos
diferentes graus de formalidade do contexto de
interlocução, o qual se explica em termos do maior ou
menor conhecimento e proximidade entre os falantes.
Nas situações informais, entre familiares, manifesta-se a
linguagem coloquial.
Em outro extremo temos as situações formais de
uso da linguagem, com palestras feitas para uma platéia
desconhecida, sobre matéria científica, por exemplo.
Assim, um bilhete escrito para um amigo exemplifica o
contexto de uso da escrita coloquial, ao passo que um
ensaio acadêmico exemplifica o contexto de uso formal
da escrita.
O seguinte texto exemplifica um registro informal
de escrita.
Juro por Deus! Se eu fosse fotógrafo de Caras, nem
férias iria querer tirar! Acha que sou
bobo de
pagar por um pacote turístico em Porto Seguro, podendo
todo o ano passar um mês no castelo da França, outro
numa ilha de Angra, mais do que de graça, ganhando
para isso? De vez
em quando ainda rola uma
viagem com a Vera Fischer para Miami ou para a Grécia
com a Cristiana Oliveira!
Querido Papai Noel;
Quebra o galho, vai...!
Tutty Vasques. A Caras de 97!, in Jornal do Brasil!
Giria ou jargão é uma forma de linguagem
baseada em um vocabulário especialmente criado por um
determinado grupo ou categoria social com o objetivo de
servir de emblema para os membros do grupo,
distinguindo-os dos demais falantes da língua. A gíria
contribui para definir a identidade do grupo que utiliza e,
por resultar em uma linguagem ininteligível, funcionando
como um meio de exclusão dos indivíduos externos a
esse grupo.
Com caráter contestador, costuma acompanhar outros
comportamentos de crítica, transgressão e/ ou
contestação dos padrões sociais vigentes. Há, assim, a
gíria de grupos de jovens, de surfistas, de "rappers", de
"funkers", de marginais de presidiários, etc.
01.(FUVEST-SP) " '(...) - Escuta, Miguilim, uma coisa
você me perdoa? Eu tive inveja de você, porque o
Papaco-o-Paco fala Miguilim me dá um beijim... e não
aprendeu a falar meu nome...' O Dito estava com jeito: as
pernas duras, dobradas nos joelhos, a cabeça dura na
nuca, só para cima ele olhava. O pior era que o corte no
pé ainda estava doente, mesmo pondo cataplasma doía
muito demorado. mas o papagaio tinha de aprender a
falar o nome do Dito! '- Rosa, Rosa, você ensina
Papaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito?' - 'Eu já
pelejei, Miguilim, porque o Dito mesmo me pediu. mas ele
não quer falar, não fala nenhum, tem certos nomes assim
eles teimam de não entender...' (Guimarães Rosa)
Os diminutivos e a pontuação, no texto de Guimarães
Rosa, contribuem para criar uma linguagem:
a) descuidada
b) lógica
Atualizada 07/11/2007
c) erudita
d) afetiva
e) enxuta
02.Leia atentamente os textos da segunda coluna e
relacione-os com os itens da primeira coluna:
( a ) língua culta
( b ) regionalismo
( c ) gíria
( d ) língua popular
( e ) língua técnica
(
) "Pues, diz que o divã no consultório do analista de
Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes
de bombacha e pé no chão.
Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho.
O senhor quer que eu deite logo no divã?
Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes,
esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido
e charlando que nem china da fronteira, pra não
perder tempo nem dinheiro."(Luís Fernando
Veríssimo)
(
) "Em células vegetais, encontramos apenas
fragmentos do complexo de Golgi: fragmentos estes que
recebem a denominação de dictiossomos."
(
) " Desculpa, mãe. É só o jeitão de falar. Vocês
coroas também não moram no papo da gente..."
(
) "Uma das mais férteis e mais interessantes
tendências do romance brasileiro tem sido o que se
chamou regionalismo. Essa tendência surgiu no século
XIX e deve ter alguma relação com o fato de ser o Brasil
um país muito grande, ocupando mais da metade da
América do Sul".
(
) Dizque um chega, logo dão terra pra ele cultivar...É
lavoura de café... Dão muda já crescida, dizque dão de
tudo... Ferramenta e animais..."(Jorge Amado)
A seqüência correta será:
a) c / d / a / e / b
b) a / b / c / d / e
c) b / e / c / a / d
d) e / c / b / d / a
e) d / e / a / c / b
03. (PUCC-SP) Observe o texto abaixo. É a resposta
de uma jovem ao repórter que lhe fez a seguinte
pergunta:
TESTES
2
Português
-
O que é, para você, ser feliz?
Sei lá o que te dizer sobre esse negócio de ser feliz,
mas acho que, para todo mundo encontrar a
felicidade, a gente tem que dizer um 'não' bem
grande pras coisas ruins que acontecem pra gente
na vida."
Assinale a alternativa que propõe a transposição
dessa frase para uma forma adequada ao Português
escrito culto.
a)
Não sei muito bem o que dizer sobre isto que você
está perguntando, o que é ser feliz?, mas acho que,
talvez, precisamos, todo mundo, negar fortemente as
coisas ruins que nos acontecem, para, assim,
alcançar a felicidade.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
b)
c)
d)
e)
É difícil de dizer o que seja ser feliz, mas a gente tem
de tentar encontrar a felicidade, dizendo "não" , com
bastante energia, a tudo que acontece de ruim na
vida, não só para mim, mas para todo mundo igual.
Não sei exatamente o que dizer a respeito de "o que
é ser feliz", mas acredito que seja necessário negar
energicamente todos os aspectos ruins da vida para
se alcançar a felicidade.
Tenho dificuldade em falar disso que você
perguntou, mas acredito que ser feliz implica em
dizer "não", com muita força, às coisas ruins que
apontavam para nós, para que alcances, e todo
mundo também, a felicidade.
Isso de "ser feliz" é complexo, e por isso não sei
muito bem o que falar, mas imagino que, para todo
mundo mesmo encontrar a felicidade precisam de
negar veementemente os acontecimentos negativos
da vida.
04. (UFES-ES) A cada situação de fala está indicada
uma frase de uso. Assinale a correspondência
adequada.
a) Situação 1: um candidato a cargo público fala à
comunidade de uma favela.
Frase: Ensejo encerrar para sempre a falta de água neste
logradouro.
b) Situação 2: o Reitor de uma Universidade fala à
comunidade acadêmica.
Frase: Os professores e os demais servidores hão de
convir que a escolha dos dirigentes da
Universidade deve ser feita com todo cuidado e sem
açodamento.
c) Situação 3: um microempresário fala aos funcionários
de limpeza de sua fábrica.
Frase: Esta fábrica é uma das líderes em registro on line,
servindo a mais de 10.000 clientes de um pool de
empresas de economia mista.
d) Situação 4: um médico fala a um grupo de mães
indígenas.
Frase: Há dois tipos básicos de depressão: a exógena e
a endógena. A primeira, causada por uma grande
desilusão; a segunda, sem causa externa definida.
e) Situação 5: Sua Excelência, o Presidente Fernando
Henrique Cardoso, fala à nação em cadeia nacional.
Frase: Meus camaradas brasileiros, hão de confrontar o
meu governo com todos os passados e saberão o que já
fiz por este país.
05. (PETROBRÁS) "Se fosse uma nação independente,
o Rio de Janeiro já teria garantido um lugar de destaque
na Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP), que há décadas dá as cartas no comércio da
mercadoria mais negociada do planeta. O litoral
fluminense caminha para se tornar uma das províncias
petrolíferas marítimas mais importantes do mundo" .
(Época,27/7/99, com adaptações)
c)
d)
e)
Assinale a opção cujo texto não constitui argumento
que possa reforçar a afirmação acima.
a) O álcool combustível é usado por 22% dos carros
brasileiros. A moda está pegando em outros países.
b) Garrafas, cadeiras, embalagens e outros produtos
feitos de plástico têm hoje mais derivados de
petróleo em sua composição.
c) Há muitas experiências envolvendo veículos movidos
a energia elétrica e até mesmo a energia solar.
d) Os automóveis consomem menos combustível. Em
1978, os carros rodavam em média 7,6 quilômetros
com um litro de gasolina.. Hoje, as fábricas testam
carros que terão de rodar 30 quilômetros com um
litro.
e) Na Europa, multiplicaram-se as usinas nucleares,
que substituem as termelétricas na geração de
energia elétrica para casas e empresas.
A questão 7 refere-se ao texto a seguir.
MASSA
Pô, Erundina, massa! Agora que o maneiro
Cazuza virou nome num pedaço aqui na Sampa, quem
sabe tu te anima e acha aí um point pra botá o nome de
Madalena Tagliaferro, Cláudio Santoro, Jaques Klein,
Edoardo de Guarnieri, Guiomar Novaes, João de Souza
Lima, Armando Belardi e Radamés Gnattali. Esses caras
não foi cruner de banda a la "Trogloditas do Sucesso",
mas se a tua moçada não manjar quem eles foi, dá um
look aí na Enciclopédia Britânica ou no Groves
Internacional e tu vai sacá que o astral do século 20
musical deve muito a eles.
Júlio Medaglia, di-jei do Teatro Municipal do R.J.
07.Lendo atentamente o texto, notamos que o
maestro Júlio Medaglia utiliza uma variante
lingüística que não é a sua. Assinale a alternativa que
apresenta o grupo social identificado por esta
variante e as marcas lingüísticas presentes no texto
que permitem essa identificação:
a)
b)
b)
O texto permite inferir que, no Rio de Janeiro, há
uma produção de petróleo maior ou equivalente à de
pelo menos um dos países pertencentes à OPEP.
A expressão "caminha para se tornar" (grifada)
admite substituição gramaticalmente correta por está
se tornando.
Atualizada 07/11/2007
As palavras "Petróleo" , "comércio" e "província",
todas paroxítonas terminadas em ditongo crescente,
obedecem as mesma regra de acentuação gráfica.
A utilização da expressão metafórica "dá as cartas"
indica uma opção pelo registro informal da linguagem
escrita culta.
Mantém o respeito às exigências da modalidade
escrita culta se a forma verbal do futuro do pretérito
"teria" for substituída pelo imperfeito tinha.
06. Desde os anos 70, a economia mundial vem
reduzindo sua dependência em relação ao petróleo.
Em relação ao texto acima, assinale a opção
incorreta:
a)
Português
c)
Trata-se do grupo social dos imigrantes italianos, o
que pode ser percebido por termos e expressões,
como "massa", "Sampa", "a la", "Trogloditas do
Sucesso" e "manjar".
O texto imita a maneira de falar dos malandros de
baixo estrato social, o que é evidente pelo uso
constante de gírias e pela conjugação errônea dos
verbos.
A variante utilizada por Júlio Medaglia é a dos
surfistas, em especial da cidade de Santos, o que
pode ser percebido pelo uso do pronome "tu" em
lugar de "você" e pelas gírias em inglês.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
3
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
d)
e)
Júlio Medaglia imita a variante dos jovens amantes
da música pop, o que pode ser percebido pelo
vocábulo ("po", "massa", "pedaço", "point", "di-jei",
etc), pela ortografia ("botá" , "sacá", "pra") e pela
falta de concordância ( "tu vai sacá", "esses caras
não foi cruner"...)
O grupo social pode ser identificado por marcas
lingüísticas no nível do léxico (com gírias, inclusive
estrangeirismos), pela ortografia ( que reproduz erros
de pronúncia) e pela falta sistemática de
concordância. Trata-se, portanto, da variante popular
falada da Língua Portuguesa.
. (VUNESP) - Leia os trechos abaixo:
I
Para não perder informação alguma, capitão punha a
orelha na boca de cada interlocutor.
Perguntava:
Mas esse dicumento não é farso?
Nhor não - dizia o correio - Eu tive com o maior
Chiquinho; e ele falou pra mim que a letra é dele e
que vai pagar até a entrada da seca, no mais tardar.
Bernardo Elis
II
-
Bati palmas de casa!
- Ô de casa!
Apareceu a mulher.
Está sêo Zé?
Inda agorinha saiu, mas demora. Foi queimar um mel
na massaranduba do pasto. Apeie e entre.
Monteiro Lobato
III
Chegou perto do garoto e gritou (não que estivesse com
raiva, mas o garoto não parava): "Escuta aqui, meu filho,
se você está interessado em música, por que não estuda
um pouco de técnica, teoria, harmonia, isso tudo?"
"Que é que há, bicho: gritou o garoto sem parar de tocar.
"Esse negócio é retórica, gargarejo, cascata. Eu tou no
sensitive training e não vou contaminar minha
naturalidade com conceituação fora de moda."
Millor Fernandes
IV
Escrever é triste. Impede a conjugação de tantos outros
verbos. Os dedos sobre o teclado, as letras se reunindo
com maior ou menor velocidade, mas com igual
indiferença pelo que vão dizendo. Enquanto lá fora a vida
estoura não só em bombas como também em dádivas de
toda a natureza. Inclusive a simples claridade da hora
vedada a você, que está de olhos na maquininha.
Carlos Drummond de Andrade
08. Assinale a alternativa que analisa, correta e
respectivamente, o tipo de linguagem em uso em
cada um dos fragmentos acima:
a) I e II - popular
III - gíria própria à camada social mais abastada
IV - culta, escrita
b) I - dialeto caipira
II - formal falada
III - popular, escrita
IV - literária, poética
4
Atualizada 07/11/2007
Português
c) I e II - popular falada
II e IV - literária, culta
d) I - regional, falada
II - coloquial, familiar
III - coloquial, com gírias próprias à faixa etária
IV - escrita, culta
e) I - regional, culta
II e III coloquial, familiar
IV - literária, coloquial
09. (UFPR ) O texto abaixo é um exemplo de
linguagem oral, do Português do Brasil, em situação
de informalidade. Leia:
Me parece que o cara que eu falei dele pra você ontem é
aquele um que o casaco é azul. Mas sei não, tinha um
monte de gente no pedaço.
Que alternativa(s) transcreve(m) as informações do
texto citado na norma culta em sua modalidade
escrita:
01. Parece-me que a pessoa sobre quem falei a você
ontem é aquela cujo o casaco é azul. Mas não tenho
certeza, conquanto haviam muitas pessoas no lugar.
02. Parece-me que a pessoa sobre quem falei a você
ontem é aquela cujo casaco é azul. Mas não sei ao
certo, porque havia muitas pessoas no lugar.
04. Parece-me que a pessoa a quem fiz referência a você
ontem é aquele um que o casaco é azul. Mas não sei ao
certo, por causa que haviam muitas pessoas no lugar.
08. Me parece que a pessoa de quem falei a você ontem
é aquele que está vestindo um casaco azul. Mas nem
tenho certeza, onde tinha muita gente.
16. Parece-me que a pessoa de quem falei a você ontem
é aquela cujo casaco é azul. Porém não estou certo, pois
havia muita gente no lugar.
32. Me parece que a pessoa que eu falei dela ontem para
você é aquela que o casaco é azul. Mas não tenho
certeza, embora tivesse assim de gente no lugar.
64. Parece-me que a pessoa cujo o casaco é azul e no
qual falei ontem para você é aquela. Mas não sei com
certeza, tinham muitas pessoas no lugar.
Total: _________
10. (U.F. VIÇOSA) - Suponha um aluno se dirigindo ao
colega
de
classe
nestes
termos:
"Venho
respeitosamente solicitar-lhe se digne emprestar-me
o livro". A atitude desse aluno se assemelha à atitude
do indivíduo que:
a) comparece ao baile de gala trajando "smoking".
b) vai à audiência com uma autoridade de "short" e
camiseta.
c) vai à praia de terno e gravata.
d) põe terno e gravata para ir falar na Câmara dos
Deputados.
e) vai ao Maracanã de chinelo e bermuda.
11. (U.F. VIÇOSA) - " ... a linguagem, qualquer
linguagem, é um meio de comunicação e (...) deve ser
julgada exclusivamente como tal.
Das frases abaixo, aquela que, apesar de ferir
claramente uma norma gramatical, desempenha
perfeitamente o seu papel comunicativo é:
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
a)
b)
c)
d)
e)
Perca um minuto na vida para não perder a vida num
minuto.
Pai, perdoar-lhes, porque eles não sabem o que
fazem.
Se você não se cuidar, a AIDS vai te pegar.
Diz-me com quem andas, que eu direi quem és.
Criança, ama com fé e orgulho a terra em que
nasceste!
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
Ao estudarmos a comunicação, verificamos que
cada ato comunicativo apresenta seis elementos:
emissor, receptor, referente, canal de comunicação,
mensagem e código.
Partindo desses seis elementos, o lingüista russo Roman
Jakobson elaborou seus estudos sobre as funções da
linguagem, muito úteis para análise e produção de textos.
Jakobson caracterizou seis funções da linguagem,
estreitamente ligadas aos elementos de comunicação.
1.Função referencial: o referente é o objeto ou situação
de que a mensagem trata. A função referencial privilegia
justamente o referente da mensagem, buscando
transmitir informações objetivas sobre ele. Valoriza-se,
assim, o objeto ou a situação de que trata a mensagem,
sem que haja manifestações pessoais ou persuasivas. È
a função que predomina nos textos científicos e
jornalísticos.
2.Função emotiva ou expressiva: por meio dessa
função, o emissor imprime no texto as marcas de sua
atitude pessoal: emoções, opiniões, avaliações. Podemos
sentir no texto a presença do emissor. Essa função
predomina nas cartas pessoais, na poesia confessional,
nas canções sentimentais.
3.Função conativa: essa função procura organizar o
texto de forma a persuadir o receptor da mensagem,
seduzindo-o. Nas mensagens em que predomina essa
função(como, por exemplo, a publicitária), busca-se
envolver o leitor com o conteúdo transmitido, levando-o a
adotar este ou aquele comportamento. Essa persuasão
pode ser construída de forma sutil, utilizando artifícios de
linguagem que a mascaram.
4.Função fática: essa função foi utilizada inicialmente
para designar certas formas que se utilizam para chamar
a atenção(verdadeiros “ruídos”, como psiu, ahn,
ei).Ocorre, buscando fortalecer a eficiência do canal de
comunicação. Para ela contribuem, nos textos escritos,
desde a disposição gráfica sobre o papel, até a seleção
vocabular e as estruturas de frase utilizadas.
5.Função metalingüística: quando a linguagem se volta
sobre si mesma, transformando-se em seu próprio
referente, ocorre a função metalingüística. Dessa forma,
nos textos metalingüísticos a mensagem se orienta para
os elementos do código, explicando-os, definindo-os ou
analisando-os. É o que ocorre nos dicionários, nos textos
que estudam e interpretam outros textos, nos poemas
que falam da própria poesia.
6.Função poética: essa função se manifesta quando a
mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista,
utilizando combinações sonoras ou rítmicas, jogos de
imagem ou de idéias. É capaz de despertar no leitor
surpresa e prazer estético. A função poética predomina
na poesia, mas pode também ser encontrada em textos
publicitários, em determinadas formas jornalísticas e
populares (linguagem dos cronistas e provérbios, por
exemplo).
(Obra consultada: DO TEXTO AO TEXTO, Ulisses
Infante)
Atualizada 07/11/2007
Português
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
São os seguintes os elementos mórficos ou estruturais
das palavras.
1. RAIZ: é o elemento originário e irredutível em que se
concentra a significação das palavras, consideradas do
ângulo histórico. Geralmente monossilábica, a raiz
encerra sentido lato e geral comum às palavras da
mesma família etimológica.
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem a
significação geral de causar dano e a ela se prendem,
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade,
inocente, inocentar, inócuo, etc.
2. RADICAL: é o elemento básico e significativo das
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e
prático dentro da língua portuguesa atual.
CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza
3. TEMA: é o radical acrescido de uma vogal (chamada
vogal temática).
Verbos: CANTA-r, BATE-r, PARTI-r
Nomes: CAÇA-dor, FINGI-mento, PERDOÁ-vel, FERVEnte
4. AFIXOS: são elementos secundários que se agregam
a um radical ou tema para formar palavras derivadas.
Chamam-se prefixos quando antepostos ao radical ou
tema e sufixos quando pospostos.
Prefixo
In
Em
Inter
Radical
at
pobr
nacion
Sufixo
ivo
ecer
al
5. DESINÊNCIA: são elementos terminais indicativos das
flexões das palavras.
As desinências nominais indicam as flexões de gênero
(masc. e femin.) e de número (singular e plural). Ex.:
menin-o , menina-s.
As desinências verbais indicam as flexões de número e
pessoa e de modo e tempo dos verbos. Ex.: ama-va,
amá-va-mos
6. VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que, acrescido ao
radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos
distinguem-se três vogais temáticas: a – vogal temática
da 1ª. conjugação; e – vogal temática da 2ª. conjugação;
i – vogal temática da 3ª. conjugação.
7. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO : são
fonemas que, em certas palavras derivadas ou
compostas, se inserem entre os elementos mórficos, em
geral por motivo de eufonia, isto é, para facilitar a
pronúncia de tais palavras. Ex.: silv-í-cola, café-t-eira,
cha-l-eira, cafe-i-cultura, gas-ô-metro.
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Em nossa língua, há dois processos gerais para a
formação de palavras: derivação e composição.
1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova
(derivadas) a partir de outra já existente(primitiva).
Realiza-se de quatro maneiras:
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
5
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao
radical: dentista, jogador, realizar
por prefixação: acrescentando-se um prefixo
ao radical: incapaz, desligar, supersônico, préhistória
por derivação parassintética: anexando-se, ao
mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao
radical:
envergonhar
(em+vergonha+ar),
empalidecer
(em+pálido+ecer),
desalmado
(des+alma+do).
É importante fazer distinção:
Descarregar (des + carregar) – prefixação
Achatamento (achatar + mento) – sufixação
Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese
por derivação regressiva: substituindo-se a
terminação de um verbo pelas desinências –a, o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar
– pesca; chorar – choro; abalar – abalo.
Além desses processos de derivação propriamente dita,
existe ainda o da derivação imprópria, que consiste em
mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a
significação. Os adjetivos passam a substantivos: os
bons, o verde; os particípios passam a subst. ou
adjetivos: um feito heróico, ente querido, filho amado; os
verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver.
2. COMPOSIÇÃO
Pelo processo de composição associam-se duas ou mais
palavras ou dois ou mais radicais para formar palavra
nova. Pode ser :
por justaposição: unindo-se duas ou mais
palavras (ou radicais) sem lhes alterar a
estrutura: passatempo, girassol, televisão,
rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa.
Por aglutinação: unindo-se dois ou mais
vocábulos ou radicais, com supressão de um ou
mais de um de seus elementos fonéticos:
aguardente (água + ardente), planalto (plano +
alto), embora (em + boa + hora)
3. REDUÇÃO
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma
plena, uma forma reduzida: cinema (por cinematografia);
foto (por fotografia), moto (por motocicleta)
4. HIBRIDISMO
São palavras em cuja formação entram elementos de
línguas diferentes : monocultura (mono + cultura, grego e
latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro
(álcool +metro, árabe e grego)
5. ONOMATOPÉIA
São palavras que reproduzem os sons e as vozes dos
seres: estralejar (chicote); gorgolejar (água); coaxar (rã);
arrulhar (pombo).
FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de Palavras
6
Atualizada 07/11/2007
Português
METÁFORA: é o desvio da significação própria de uma
palavra, nascido de uma comparação mental ou
característica comum entre dois seres ou fatos.
Exs.: Toda profissão tem seus espinhos.
As derrotas e as desilusões são amargas.
Murcharam-lhe os entusiasmos da mocidade.
METONÍMIA: consiste em usar uma palavra por outra,
com a qual se acha relacionada. Há metonímia quando
se emprega:
a) o efeito pela causa
Os aviões semeavam a morte.(= bombas mortíferas)
[as bombas = a causa; a morte = o efeito)
b) o autor pela obra
Nas horas de folga lia Camões. (Camões = a obra)
c) o instrumento pela pessoa que o utiliza
Ele é um bom garfo. (= comedor)
d) o abstrato pelo concreto
A mocidade é entusiasta.((mocidade = moços)
Figuras de construção
ELIPSE: é a omissão de um termo ou que facilmente
podemos subentender no contexto.
Exs.: As mãos eram pequenas e os dedos, finos e
delicados(elipse verbo eram)
Os corpos se entendem, mas as almas não. (não se
entendem)
PLEONASMO: é o emprego de palavras redundantes,
com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão.
Exs.: Foi o que vi com meus próprios olhos.
A mim resta-me a independência para chorar.
Os impostos é necessários pagá-los.
SILEPSE: é quando efetuamos a concordância não com
os termos expressos, mas com a idéia a eles
associada em nossa mente. A silepse, ou a
concordância ideológica, pode ser:
a) de gênero
Exs.: Vossa Majestade está informado acerca de
tudo (Vossa Majestade = o rei)
“Quando a gente é novo, gosta de fazer
bonito.”(G.Rosa)
b) de número
Exs.: “Corria gente de todos os lados, e
gritavam.”(Mário Barreto)
“Minha amiga, flor tem vida muito curta, logo
murcham, secam, viram húmus.”(José. J. Veiga)
c) de pessoa
Exs.: “Aliás todos os sertanejos somos assim.”
(Raquel de Queirós)
“Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.”
(C.D. de Andrade)
ANACOLUTO: é a quebra ou interrupção do fio da
frase, ficando termos sintaticamente desligados do
resto do período, sem função. O termo sem nexo
sintático coloca-se, em geral, no início da frase para
se lhe dar realce.
Exs.: “Essas criadas de hoje não se pode confiar
nelas.”(Aníbal Machado)
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
“Eu não me importa a desonra do mundo.”
(C.C.Branco)
Figuras de pensamento
ANTÍTESE: consiste na aproximação de palavras de
sentido oposto.
Exs.: A areia, alva, está agora preta, de pés que a pisam.
Como eram possível beleza e horror, vida e morte
harmonizarem-se assim no mesmo quadro?
EUFEMISMO: consiste em suavizar a expressão de uma
idéia triste, molesta
ou desagradável, substituindo o termo contundente por
palavras amenas ou polidas.
Exs.: Fulano foi desta para melhor. (=morreu)
A senhora é moça, é normal, e se estiver em estado
interessante, o seu filho pode correr perigo terrível.
(=grávida)
HIPÉRBOLE: é uma afirmação exagerada que visa a um
efeito expressivo.
Exs.: Os cavaleiros não corriam, voavam.
Chorou rios de lágrimas.
Estou um século a sua espera.
PROSOPOPÉIA(personificação): é a figura pela qual
fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem e
sentirem como pessoas humanas. Empresta-se vida
e ação a seres inanimados.
Exs.: Lá fora, no jardim que o luar acaricia, um repuxo
apunhala a alma da solidão.
O rio tinha entrado em agonia, após anos de devastação
em suas margens.
A Morte roubou-lhe o filho mais querido.
PARADOXO(oxímoro): consiste esta figura em usar,
intencionalmente, um contra-senso.
Exs.: “Feliz culpa, que nos valeu tão grande
Redentor!”(Santo Agostinho)
Valentia covarde assaltar e matar pessoas indefesas!
IRONIA: é a figura pela qual dizemos o contrário do que
pensamos, quase sempre com intenção sarcástica.
Exs.: “Há recessão, há desemprego, há miséria, mas
tudo
está
sob
controle
de
geniais
economistas.”(Evandro L. e Silva)
Vejam os altos feitos destes senhores: dilapidar os bens
do país e fomentar a corrupção!
Português
Nós é que sabemos viver.
Aqui é onde a ilusão se acaba.
Oh! Que saudades que eu tenho.
Quanto que é a conta?
É freqüente o aparecimento de um QUE expletivo depois
de conjunções, advérbios e expressões adverbiais.
Eu não sei quando que ele vem.
Obs.: Não confundir o é que com o que que indica:
a) É + que (conjunção integrante)
A verdade é que saíram.
b)
é (verbo vicário) + que (conjunção causal)
Por que veio? É que teve medo.(é que= veio
porque)
c)
é (verbo vicário) + que (conjunção integrante)
“Que quer dizer este nome? É que as almas
...(É que= quer dizer que)
d) é que= é o que
Este livro é que lemos ontem.(é o que lemos ontem)
3. SOLECISMO
É a construção (que abrange a concordância, a regência ,
a colocação e a má estruturação dos termos da oração)
que resulta da impropriedade dos fatos gramaticais ou da
inadequação de se levar para uma variedade de língua a
norma de outra variedade (em geral, da norma coloquial
para a norma exemplar)
Eu lhe abracei. (por eu o abracei)
Eu lhe amo. (por O )
Aluga-se casas. ( por alugam-se)
Vendas à prazo. (por A)
A gente vamos. (por vai)
4.BARBARISMO
É a construção com erros de pronúncia(ortoepia), de
prosódia, de ortografia, de flexões, de significado, de
palavras inexistentes na língua.
Contricto
por
contrito
Gratuito
por
gratuito
Rubrica
por
rubrica
Cidadões
por
cidadãos
A telefonema
por
o telefonema
VÍCIOS E ANOMALIAS DA LINGUAGEM
5. ESTRANGEIRISMOS
É o emprego de palavras, expressões e construções
alheias ao idioma que a ele chegam por empréstimos
tomados de outra língua.
1. CONTAMINAÇÃO SINTÁTICA
“É a fusão irregular de duas construções que, em
separado, são regulares”.[ED]
Fiz com que Pedro viesse.
(fusão de Fiz com Pedro que viesse e Fiz que Pedro
viesse)
5.1.Galicismos e francesismos.
a) Certos empregos da preposição A em vez de DE:
incumbido a dizer
moinho a vento
combinação a dois
equação a duas incógnitas.
Caminhar por entre mares.
(fusão de Caminhar por mares e Caminhar entre mares)
b) Certos empregos da preposição CONTRA:
pagar contra recibo por pagar com, mediante com
As estrelas pareciam brilharem
(fusão de As estrelas pareciam brilhar com parecia que
as estrelas brilhava)
c) Certos empregos da preposição DE:
envelhecer de dez anos
por envelhecer dez anos.
Aumentar de vinte reais por
aumentar vinte reais
Aposento largo de três metros por
aposento de (ou
com) três metros de largura.
2. EXPRESSÃO EXPLETIVA OU DE REALCE
É a que não exerce função gramatical:
Atualizada 07/11/2007
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
7
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
Português
d)Certos empregos da preposição EM:
barco em madeira por barco de madeira
chão em mármore por chão de mármore
capa em azul por capa azul
tingir em azul por tingir de azul
10.OBSCURIDADE
Sentido obscuro ou duvidoso decorrente do emaranhado
da frase, da má colocação das palavras, da
impropriedade dos termos, da pontuação defeituosa ou
do estilo empolado.
e)Expressões como:
Estar ao fato de por estar ciente de
Declarar a guerra por declarar guerra
Pôr o acento nesse problema por
enfatizar
esse problema
Pessoa de alguns vinte anos por pessoas dos
seus vinte anos
CONCURSO
NCE/UFRJ
f)Emprego do QUE nas orações negativas de exclusão.
A mãe nada viu que seu filho
por a mãe só
viu o filho.
O egoísta não procura que o seu bem
por o
egoísta não procura senão o seu bem.
g)Emprego, na coordenação de orações subordinadas
adverbiais, do QUE para evitar a repetição de conjunção
da subordinada anterior, quando não constituída pelas
chamadas locuções conjuntivas
Quando me viu e que me falou
por quando me viu e
me falou.
Obs.: Já é vernácula a substituição pelo simples QUE
em:
Logo que me viu e que me falou..
e)Anteposição do sujeito de orações com verbo no
gerúndio e particípio.
O dia amanhecendo
por
Amanhecendo o
dia
A aula terminada
por Terminada a aula.
f)Na flexão dos nomes e sobrenomes pluralizados pelo
artigo.
Os Almeida por Os Almeidas
Os irmãos Paiva por Os irmãos Paivas
Os Pereira de Abreu por
Os Pereiras de
Abreu
6.AMBIGÜIDADE
Defeito da frase que apresenta duplo sentido.
Exs.: Convence, enfim, o pai o filho amado. (quem
convence?)
Vencem os romanos os cartagineses. (quem vence?)
7.CACOFONIA OU CACÓFATO
Som desagradável ou palavra de sentido ridículo ou
torpe, resultante da contigüidade de certos vocábulos na
frase.
Exs.: cinco cada um; a boca dela; por cada mil
habitantes; nunca Brito vinha aqui; não vi nunca Juca
aqui.
8.ECO
Concorrência de palavras que têm a mesma terminação
(rima ou prosa)
Exs.: A flor tem odor e frescor.
Co medo, Alfredo ocultou-se no arvoredo.
9.HIATO
Seqüência antieufônica de vogais
Ex.: Andréia irá ainda hoje ao oculista.
8
Atualizada 07/11/2007
PÚBLICO
- AGENTE DE POLÍCIA –
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO – DIAGNÓSTICO O Globo, 15/10/2004
Em oito anos, o número de turistas no Rio de
Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram
multiplicados por três, alcançando hoje a média de dez
casos por dia. Considerando a importância que o turismo
tem para a cidade – que anualmente recebe 5,7 milhões
de visitantes de outros estados e do estrangeiro, destes,
aliás, quase 40% dos que chegam ao Brasil têm como
destino o Rio – é alarmante esse grau crescente de
insegurança.
Por maior que tenha sido a indignação
manifestada pelo governo federal, são números que
reforçam o alerta do Departamento de Estado americano
a agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado no
início do mês, a respeito do perigo que apresentam o Rio
e outras grandes cidades brasileiras.
Não é exagero classificar de urgente a tarefa de
fazer o turista se sentir mais seguro no Rio, considerando
que os visitantes movimentam 13% da economia da
cidade e que dentro de três anos teremos aqui o Pan.
Parte da solução é simples: reforçar o policiamento
ostensivo. A Secretaria de Segurança do Estado informa
que há quase duas centenas de policiais patrulhando a
orla, do Leblon ao Leme, mas não é o que se vê – nem é
o que percebem os assaltantes.
Muitos destes aliás, são menores de idade com
que o poder público simplesmente não sabe lidar, por
falta de ação integrada entre autoridades estaduais e
municipais, empenhadas num jogo de empurra sobre a
responsabilidade por tirá-los das ruas. O que lhes confere
uma percepção de impunidade que só faz piorar a
situação.
Impunidade é também a sensação que resulta
do deficiente trabalho de investigação policial: se não se
consegue impedir o crime, sua gravação pelas câmeras
da orla de pouco serve, pois não há um esquema eficaz
de inteligência nem estrutura técnica adequada para
seguir pistas.
É fácil atribuir todos os problemas à falta de
verbas. Mas é mais justo falar em
dinheiro mal aplicado. As próprias autoridades anunciam
fartos investimentos em aparato tecnológico contra o
crime; o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente
desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a
redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas.
1 - O título Diagnóstico se justifica porque o texto:
a) trata da insegurança como uma doença social;
b) mostra as causas históricas da insegurança na cidade
do Rio;
c) indica o conhecimento das causas de determinado
fenômeno;
d) aponta os remédios para uma doença observada;
e) faz uma análise científica de um problema atual.
2 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de
Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
foram multiplicados por três”; essa relação mostra
que:
a) a insegurança aumenta quando se reduz o número de
turistas;
b) o nº de turistas cresce, apesar dos assaltos;
c) a redução do nº de turistas faz crescer a segurança;
d) quanto mais aumentam os turistas, menos assaltos
ocorrem;
e) os turistas aumentam na mesma proporção que os
assaltos.
3 - A frase do texto que apresenta uma dupla
possibilidade de concordância verbal é:
a) “...o número de turistas no Rio de Janeiro dobrou...”;
b) “...não há um esquema eficaz de inteligência nem
estrutura técnica adequada para seguir pistas”;
c) “...quase 40% dos que chegam...”;
d) “...nem o que percebem os assaltantes”;
e) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades
brasileiras”.
4 - “...alcançando HOJE a média de dez casos por
dia”; o momento a que se refere o vocábulo em
maiúsculas depende da situação em que o texto se
insere. O segmento textual cujo elemento em
destaque NÃO representa caso idêntico é:
a) “EM OITO ANOS o número de turistas do Rio de
Janeiro dobrou,...”;
b) “...que ANUALMENTE recebe 5,7 milhões de
visitantes...”;
c) “...o alerta do Departamento de Estado americano a
agências de turismo dos Estados Unidos, divulgado NO
INÍCIO DO MÊS...”;
d) “...e que DENTRO DE TRÊS ANOS teremos aqui o
Pan”;
e)
“...visitantes
de
outros
estados
e
do
ESTRANGEIRO,...”.
5 - O segmento do texto que tem o antecedente do
pronome relativo que ERRADAMENTE indicado é:
a) “Considerando a importância QUE o turismo tem para
a cidade...” – importância;
b) “...o turismo tem para a cidade – QUE anualmente
recebe 5,7 milhões de visitantes...” – cidade;
c) “...são números QUE reforçam o alerta do
Departamento de Estado...” – números;
d) “Impunidade é também a sensação QUE resulta do
deficiente trabalho...” – impunidade;
e) “...seria o QUE não está acontecendo...” – o.
6 - Entre o primeiro e o segundo período do texto,
poderíamos inserir, com a alteração da forma do
gerúndio considerando, uma conjunção (adequada ao
sentido do texto) tal como:
Português
IV – “por falta DE AÇÃO INTEGRADA”
Entre os segmentos acima, em maiúsculas, aquele
que apresenta função DISTINTA da dos demais é:
a) I;
b) II;
c) III;
d) IV;
e) nenhum deles.
8 - Ao dizer que “não há um esquema eficaz de
inteligência”, o autor do texto se refere à(ao):
a) capacidade intelectual dos policiais;
b) possibilidade legal de fazer investigações;
c) estrutura militar da corporação;
d) disponibilidade de um serviço de informações;
e) armamento de grande poder de fogo.
9 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de
verbas”; nessa frase, o acento grave indicativo da
crase resulta da união de uma preposição com um
artigo, o mesmo que ocorre em:
a) servir à francesa;
b) ir àquela praia;
c) entregar o prêmio à de vestido verde;
d) dar àquele homem a condecoração;
e) atribuir a culpa à que está armada.
10 - Entre os argumentos apresentados a favor do
trabalho das autoridades competentes para a
segurança policial do Rio de Janeiro, só NÃO está:
a) instalação de câmeras na orla;
b) falta de verbas;
c) investimentos em aparato tecnológico;
d) presença de policiais nas praias;
e) policiamento ostensivo.
11 - “...informa que há quase duas centenas de
policiais...”; o fato de se empregar “duas centenas” e
não “duzentos” mostra, por parte da Secretaria de
Segurança do Estado, a intenção de:
a) valorizar a quantidade dos policiais empregados;
b) demonstrar a verdade da afirmação feita;
c) conservar certos modismos da linguagem militar;
d) indicar a pouca importância dos assaltos cometidos;
e) mostrar a imensa disponibilidade de pessoal.
12 - “Por maior que tenha sido a indignação
manifestada pelo governo federal...”; tal indignação,
referida no primeiro parágrafo do texto, se dirige
contra:
a) embora;
b) já que;
c) mas;
d) portanto;
e) se.
a) a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de
Janeiro;
b) o Departamento de Estado americano;
c) o grande número de assaltos a turistas no Rio;
d) o despreparo da polícia carioca;
e) a redução do número de turistas que se dirigem ao
Rio.
7 - I – “grau crescente DE INSEGURANÇA”
II – “agências DE TURISMO
III – “trabalho DE INVESTIGAÇÃO POLICIAL”
13 - “POR maior que tenha sido a indignação ...”;
“...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...”; as
duas ocorrências do vocábulo em maiúsculas
Atualizada 07/11/2007
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
9
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
correspondem semanticamente
respectivamente:
às
idéias
de,
a) meio – modo;
b) causa – meio;
c) concessão – causa;
d) modo – explicação;
e) explicação – concessão.
14 - No primeiro parágrafo do texto, o vocábulo RIO
DE JANEIRO reaparece designado como CIDADE, a
fim de se evitar a repetição de palavras idênticas;
nesse caso, após uma palavra de valor específico
(Rio de Janeiro), emprega-se outra de valor geral
(cidade). Essa mesma estrutura se repete em:
a) Rio de Janeiro – Cidade Maravilhosa;
b) Rio de Janeiro – RJ;
c) Rio de Janeiro – Rio;
d) Rio de Janeiro – capital;
e) Rio de Janeiro – berço do samba.
15 - “Considerando a importância que o turismo
TEM...”;“...quase 40% dos que chegam ao Brasil TÊM
como destino o Rio...”; “...dentro de três anos
TEREMOS aqui o Pan...”; esses segmentos do texto
mostram a ampla utilização do verbo TER no lugar de
outros verbos de significação mais específica. Os
verbos que poderiam substituir, respectivamente, de
forma mais adequada, as formas verbais em destaque
são:
a) desfrutar - pretender - realizar;
b) mostrar - desejar - desfrutar;
c) possuir - almejar - sediar;
d) apresentar - tentar - receber;
e) alcançar - querer - organizar.
16 - De todos os substantivos abaixo, aquele que
apresenta uma formação diferente da dos demais, a
partir da palavra primitiva, é:
17 - “...técnica adequada para seguir pistas”; o
substantivo cognato adequado ao verbo seguir neste
caso é:
a) sucessão;
b) seqüência;
c) seqüenciação;
d) seguimento;
e) seguida.
19 - “...não há um esquema EFICAZ de inteligência...”;
“...deveria produzir a aplicação EFICIENTE...”; no
minidicionário de língua portuguesa de A. Houaiss
aparece a definição desses dois adjetivos:
1. eficiente: que realiza bem suas funções; que traz bons
resultados;
2. eficaz: eficiente; seguro, infalível.
Isso mostra que:
a) só o primeiro está bem empregado;
b) só o segundo está bem empregado;
c) os vocábulos podiam trocar de posição, sem alteração
de sentido;
d) nenhum dos dois está bem empregado;
e) deveria ser empregado somente um desses adjetivos.
20 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com
que o poder público simplesmente não sabe lidar”; a
utilização da preposição COM, nesse segmento, é
devida à presença do verbo lidar. A frase abaixo em
que a preposição destacada está mal empregada é:
a) Feijoada é o prato DE que mais gosto;
b) Esse é o problema A que me refiro;
c) Não sei mais DE que estamos falando;
d) Não conheço o lugar A que se dirigiu;
e) Esses são os trabalhos DE que lamentaram.
a) o demonstrativo destes se refere a menores de idade;
b) o termo aliás corresponde semanticamente a além
disso;
c) o termo menores é empregado como adjetivo;
d) o relativo que se prende ao antecedente menores de
idade;
e) a expressão poder público se refere a órgãos de
governo.
22 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de
verbas”; forma igualmente correta dessa mesma
frase é:
18 - “É fácil atribuir todos os problemas à falta de
verbas. Mas é mais justo falar em dinheiro mal
aplicado”; nesse segmento do texto há duas idéias,
representadas nos dois períodos transcritos; o
comentário
correto
sobre
as
idéias
aqui
representadas é:
a) o autor do texto atribui à falta de verbas e à sua má
aplicação os problemas com a segurança;
Atualizada 07/11/2007
b) o autor do texto não acredita que a falta de verbas seja
responsável pela falta de segurança, mas sim a sua má
aplicação;
c) o argumento de má aplicação dos recursos é utilizado
pelo Estado como desculpa pelos problemas na área de
segurança pública;
d) a desculpa da falta de verbas é dada pelo autor do
texto como uma maneira de reduzir a culpa do Estado na
segurança;
e) a falta de verbas é uma mentira, assim como a má
aplicação de recursos, pois o que falta é inteligência,
segundo o autor do texto.
21 - “Muitos destes, aliás, são menores de idade com
que o poder público não sabe lidar”; o comentário
INCORRETO sobre os elementos que estruturam esse
segmento do texto é:
a) indignação;
b) aplicação;
c) sensação;
d) situação;
e) investigação.
10
Português
a) é fácil atribuir-se todos os problemas à falta de verbas;
b) é fácil que se atribua todos os problemas à falta de
verbas;
c) é fácil que se atribuam todos os problemas à falta de
verbas;
d) é fácil que se atribuísse todos os problemas à falta de
verbas;
e) é fácil que se atribuíssem todos os problemas à falta
de verbas.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
23 - O segmento abaixo que apresenta adjetivo sem
variação de grau é:
a) “Por maior que tenha sido a indignação
manifestada...”;
b) “...é alarmante esse grau crescente de insegurança”;
c) “...de fazer o turista se sentir mais seguro no Rio...”;
d) “...a redução a níveis mínimos dos assaltos a turistas”;
e) “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado”.
24 - “Mas é mais justo falar em dinheiro mal aplicado.
As
próprias
autoridades
anunciam
fartos
investimentos em aparato tecnológico contra o crime;
o retorno que deveria produzir a aplicação eficiente
desse dinheiro seria o que não está acontecendo: a
redução a níveis mínimos dos
assaltos a turistas”; o vocábulo que destoa dos
demais quanto ao campo semântico é:
a) dinheiro;
b) investimentos;
c) aparato;
d) aplicação;
e) retorno.
25 - O segmento do texto cujo elemento destacado
tem seu valor semântico INCORRETAMENTE
indicado é:
a) “EM oito anos...” = tempo;
b) “...visitantes DE outros estados...” = origem;
c) “...da economia DA cidade...” = propriedade;
d) “...não sabe lidar, POR falta de ação integrada...” =
causa;
e) “...falar EM dinheiro mal aplicado...” = oposição.
26 - “Em oito anos, o número de turistas no Rio de
Janeiro dobrou, enquanto os assaltos a turistas
foram multiplicados por três, alcançando hoje a
média de dez casos por dia.Considerando a
importância que o turismo tem para a cidade – que
anualmente recebe 5,7 milhões de visitantes de
outros estados e do estrangeiro, destes, aliás, quase
40% dos que chegam ao Brasil têm como destino o
Rio – é alarmante esse grau crescente de
insegurança”; quanto às referências numéricas
presentes nesse primeiro parágrafo do texto pode-se
dizer que representam numerais de dois tipos:
a) cardinais e ordinais;
b) cardinais e multiplicativos;
c) multiplicativos e fracionários;
d) cardinais e fracionários;
e) ordinais e multiplicativos.
27
A
relação
adequada
entre,
respectivamente,substantivo-adjetivo-verbo de uma
mesma família de palavras e de um mesmo campo
semântico é:
a) média-mediático-remediar;
b) policial-policiamento-policiar;
c) crime-criminoso-incriminar;
d) idade-idoso-identificar;
e) gravação-grave-agravar.
Atualizada 07/11/2007
Português
28 - O item em que a troca de posição entre
substantivo e adjetivo traz nítida modificação de
sentido é:
a) grau crescente;
b) policiamento ostensivo;
c) poder público;
d) fartos investimentos;
e) aplicação eficiente.
29 - O segmento do texto que NÃO apresenta
estrutura aditiva realizada por meio de conectores
desse tipo é:
a) “Em oito anos, o número de turistas no Rio de Janeiro
dobrou, enquanto os assaltos a turistas foram
multiplicados por três”;
b) “..recebe 5,7 milhões de visitantes de outros estados e
do estrangeiro...”;
c) “...que apresentam o Rio e outras grandes cidades
brasileiras”;
d) “...mas não é o que se vê – nem é o que percebem os
assaltantes”;
e) ...entre autoridades estaduais e municipais...”.
30 - O texto da prova, por sua estrutura e
características, deve ser prioritariamente classificado
como:
a) expositivo;
b) narrativo;
c) informativo;
d) argumentativo;
e) descritivo.
CONCURSO AGENTE PENITENCIÁRIO
2004 / NCE/UFRJ
LÍNGUA PORTUGUESA
TEXTO 1 – CIDADE DE DEUS (fragmento)
Rubem Fonseca
O nome dele é João Romeiro, mas é conhecido
como Zinho na Cidade de Deus, uma favela em
Jacarepaguá, onde comanda o tráfico de drogas. Ela é
Soraia Gonçalves, uma mulher dócil e calada. Soraia
soube que Zinho era traficante dois meses depois de
estarem morando juntos num condomínio de classe
média alta na Barra da Tijuca. Você se importa?, Zinho
perguntou e ela respondeu que havia tido na vida dela
um homem metido a direito que não passava de um
canalha. No condomínio Zinho é conhecido como
vendedor de uma firma de importação. Quando chega
uma partida grande de droga na favela, Zinho some
durante alguns dias. Para justificar sua ausência Soraia
diz, para as vizinhas que encontra no playground ou na
piscina, que o marido está viajando pela firma. A polícia
anda atrás dele, mas sabe apenas o seu apelido, e que
ele é branco. Zinho nunca foi preso.
01 - “...e ela respondeu que havia tido na vida dela um
homem metido a direito que não passava de um
canalha”; a resposta de Soraia equivale a dizer que:
a) todos os homens são canalhas;
b) não vale a pena viver dentro da lei;
c) nem tudo na vida é perfeito;
d) a vida criminosa é mais cheia de emoções;
e) todos os homens são hipócritas.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
11
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
02 - No primeiro período do texto, o segmento uma
favela em Jacarepaguá é um aposto, empregado
para:
a) informar algo hipoteticamente desconhecido;
b) situar a ação num bairro perigoso;
c) ironizar sobre o nome de Deus na designação de uma
favela;
d) preparar o leitor para um tema policial;
e) mostrar a relação entre miséria e crime.
03 - No primeiro período, o vocábulo onde se refere a
um local anteriormente citado, a favela Cidade de
Deus; o item abaixo em que o mesmo vocábulo tem
um antecedente anteriormente expresso é:
a) A polícia não sabe onde Zinho mora;
b) O local onde Zinho atua é desconhecido da polícia;
c) As vizinhas desejam saber onde Zinho está;
d) Zinho mora na Barra, mas onde trabalha todos
ignoram;
e) Onde é que Zinho se esconde?
04 - Tráfico tem como parônimo o vocábulo tráfego,
com o qual não pode ser confundido; o item abaixo
que está mal redigido porque houve a substituição
indevida de um vocábulo por seu parônimo é:
a) O criminoso foi preso em flagrante;
b) Os criminosos expiam suas culpas na prisão;
c) O acusado pediu despensa do depoimento;
d) O prisioneiro decidiu delatar o cúmplice;
e) Era iminente a prisão do grupo.
05 - “...é conhecido como Zinho na Cidade de
Deus,...”; o item abaixo em que se reescreve esse
segmento do texto de forma ERRADA, por alterar o
seu sentido, é:
a) na Cidade de Deus é conhecido como Zinho;
b) é conhecido, na Cidade de Deus, como Zinho;
c) conhecem-no como Zinho na Cidade de Deus;
d) na Cidade de Deus o conhecem como Zinho;
e) a Cidade de Deus o conhece como Zinho.
06 - O fato de Zinho sumir durante alguns dias
quandochega uma partida grande de drogas na favela
se explica pelo fato de:
a) ser perigoso estar na favela nesse momento;
b) nesse momento a polícia fica mais vigilante;
c) ser necessária sua presença para os negócios;
d) Zinho também ser grande consumidor de drogas;
e) estar sendo perseguido pela polícia.
07 - Só NÃO se pode deduzir do que é lido no texto 1
que:
a) o tráfico de drogas envolve grande quantidade de
dinheiro;
b) muita riqueza se deve ao tráfico de drogas;
c) algumas pessoas se deixam atrair por uma vida fácil;
d) o desemprego causa muitos problemas sociais;
e) o tráfico de drogas não é bem visto no meio social.
08. A frase final do texto – Zinho nunca foi preso -, no
contexto textual e social em que se insere, mostra:
a) a agilidade do traficante;
b) o despreparo da polícia;
c) o insucesso do tráfico;
d) a corrupção policial;
12
Atualizada 07/11/2007
Português
e) a ineficiência das leis.
09 - No dia 24 de junho de 2004, saiu a seguinte
notícia na primeira página do jornal O Globo:
Deputados guardam R$ 1,6 milhão em casa
As declarações de bens de 19 deputados
estaduais revelam que eles tinham em casa
um total de R$ 1,6 milhão, mesmo com o risco
de assaltos e desvalorização da moeda.
A leitura do texto permite observar que:
a) o jornal errou ao escrever milhão no singular;
b) a quantia referida corresponde à soma do dinheiro dos
19 deputados;
c) houve troca na posição do R e do $;
d) o autor do texto aprova a atitude dos deputados;
e) os políticos desfrutam de muita segurança.
10 - No mesmo dia, uma outra manchete dizia:
“Terror ameaça agora o premier do Iraque”.
Deduz-se da leitura dessa notícia, no contexto atual,
que:
a) o premier do Iraque já foi atacado antes;
b) os terroristas mataram o premier anterior;
c) o terror já fez outras ameaças anteriormente;
d) os terroristas vivem no Iraque;
e) o Iraque era um país livre dos ataques terroristas.
TEXTO
2
–
O
ESTATUTO
DESARMAMENTO(fragmento)
Luiz Garcia – O Globo, 29/06/2004
DO
Foi dura luta a aprovação do Estatuto do
Desarmamento. E demorou um tempão.
Tudo começou com ato solene no Palácio do Planalto,
quando o então presidente Fernando Henrique
respondeu a uma cobrança da sociedade e assinou
mensagem enviando o projeto ao Congresso. O empenho
implícito na solenidade teve vida curta. A mensagem caiu
na vala comum do Legislativo, onde se integrou a um
renque de iniciativas sobre desarmamento, algumas a
favor de guerra declaradae eficaz ao excesso de armas
no país, outras fazendo o possível para que não se
tivesse lei alguma; na pior hipótese, aceitavam uma lei
aguada. No governo Lula, o lobby das armas sofismou e
atrapalhou o quanto pôde. Mas a cobrança da
sociedade acabou por prevalecer. Entretanto, seis meses
após a sanção da lei criando o estatuto, ele existe pela
metade. (....) Ou seja, falta muito.
11 - “Foi dura luta a aprovação do Estatuto do
Desarmamento. E demorou um tempão”; esse
segmento inicial diz ao leitor que:
a) o Estatuto do Desarmamento está para ser aprovado
há algum tempo;
b) o Estatuto do Desarmamento, apesar do tempão de
discussão, foi aprovado;
c) foi aprovado finalmente o Estatuto do Desarmamento;
d) O Estatuto do Desarmamento está a ser discutido há
várias legislaturas;
e) nunca vai ser aprovado o Estatuto do Desarmamento.
12 - O segundo parágrafo do texto refere-se a um
momento:
a) imediatamente anterior;
b) imediatamente posterior;
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
c) atual, em relação ao primeiro parágrafo;
d) passado há já algum tempo;
e) futuro, em relação ao parágrafo anterior.
13 - “...quando o então presidente...”; “ ...onde se
integrou a um renque...”; o item em que houve troca
indevida entre ONDE e QUANDO é:
a) Ele a conheceu na pracinha onde jogava futebol;
b) Não se lembrava da adolescência, onde tudo
acontecera;
c) Queria saber quando viajara, pois só estava certo de
que não fora nas férias;
d) Não sabia quando a veria de novo;
e) Ficou triste após o banho de mar, quando perdera a
aliança.
14 - O vocábulo renque em “renque de iniciativas”
une duas idéias:
a) quantidade e alinhamento;
b) variedade e desvalorização;
c) confusão e quantidade;
d) desvalorização e alinhamento;
e) confusão e variedade.
15 - “O empenho implícito na solenidade teve vida
curta”; a frase significa que:
a) a solenidade foi realizada para enganar a opinião
pública;
b) durou muito pouco a solenidade realizada;
c) o empenho explícito era maior que o empenho
implícito;
d) a solenidade teve vida curta porque houve pouco
empenho;
e) o empenho prometido na solenidade em si mesma
durou pouco.
16 - Lobby é um estrangeirismo freqüentemente
presente no noticiário político; seu significado mais
adequado ao contexto é:
a) recepção de grandes edifícios;
b) ato de influenciar autoridades;
c) grupo de pessoas de má-índole;
d) fabricantes e comerciantes em assembléia;
e) união econômica de grupos empresariais.
17 - Pôde é uma palavra que leva acento a fim de
indicar ao leitor que se trata do pretérito perfeito e
não da forma pode, do presente do indicativo; o
vocábulo abaixo que
recebe acento obrigatoriamente é:
a) numero;
b) egoista;
c) sede;
d) ate;
e) segredo.
18 - Em junho de 2004 morreu o ex-governador do
Rio, Leonel de Moura Brizola. Em 24 de junho, Luiz
Fernando Veríssimo escrevia, nas primeiras linhas de
sua crônica
do jornal O Globo: “Foi a primeira morte sem aspas
do Brizola. Sua “morte” em sentido figurado foi
anunciada várias vezes”. Só NÃO se pode ler nesse
segmento que:
Atualizada 07/11/2007
Português
a) Brizola era pessoa considerada bastante conhecida
dos leitores;
b) houve vários anúncios falsos da “morte” de Brizola;
c) dentro do contexto, as “mortes” de Brizola ocorriam no
plano político;
d) um dos empregos das aspas é o de mostrar sentido
figurado das palavras;
e) vão ocorrer outras mortes sem aspas de Brizola.
19 - O colunista Ancelmo Góis fez publicar em O
Globo a seguinte notícia:
Greve na PF
O clima é tenso na Polícia Federal. Os agentes
interromperam de mãos vazias uma greve,
há mês e meio, depois de atazanar a vida dos
passageiros nos aeroportos. Como o governo
não fez nenhuma concessão, a turma ameaça
com outra greve. Promete, desta vez, a adesão
dos delegados. É. Pode ser.
A tensão na Polícia Federal é, segundo o texto,
resultante de:
a) problemas causados aos passageiros nos aeroportos;
b) preparação para uma nova greve da categoria;
c) tentativa de procurar a adesão dos delegados para
uma nova greve;
d) uma greve anterior não ter dado o resultado esperado;
e) concessões insuficientes por parte do governo.
20 - A última frase do texto da notícia de Ancelmo
Góis
revela:
a) certeza;
b) alarme;
c) conselho;
d) opinião;
e) dúvida.
21 - “Como o governo não fez nenhuma concessão, a
turma ameaça com outra greve”; se reescrevermos
um novo período, iniciando-se pela segunda oração,
a forma INADEQUADA, mantendo-se o sentido
original, será:
a) a turma ameaça com outra greve, visto que o governo
não fez nenhuma concessão;
b) a turma ameaça com outra greve, já que o governo
não fez nenhuma concessão;
c) a turma ameaça com outra greve, porque o governo
não fez nenhuma concessão;
d) a turma ameaça com outra greve, todavia o governo
não fez nenhuma concessão;
e) a turma ameaça com outra greve, porquanto o governo
não fez nenhuma concessão.
22. Infere-se da notícia que:
a) a PF está em greve permanentemente;
b) a PF não conseguiu o apoio dos delegados na última
greve;
c) os delegados jamais aderem à greve da PF;
d) a greve da PF traz risco para os passageiros;
e) nenhuma greve de funcionários recebe respostas
positivas do governo.
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
13
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
23 - “É. Pode ser”; a mesma estrutura só NÃO se
repete em:
Português
e) sindicância – fuga.
29 - “por onde os detentos passaram”; a preposição
POR, nesse segmento, tem seu uso determinado pelo
verbo passar. A construção INADEQUADA, entre as
que estão abaixo, é:
a) Vem. Pode vir.
b) Vê. Pode ver.
c) Tem. Pode ter.
d) Rio. Pode rir.
e) Provém. Pode provir.
24 - O Jornal do Brasil publicou, no dia 4/07/2004, a
seguinte notícia:
Seis bandidos fogem de penitenciária
Seis presos fugiram ontem, por volta das 8h, do
presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão. Três
deles foram recapturados pouco tempo depois no
Zoológico do Rio. Um dos presos fugiu após render o
agente penitenciário de seu setor com um revólver. As
imagens feitas no pátio do presídio registraram a
ausência, por sete minutos, do PM responsável pela
guarita por onde os detentos passaram. A Secretaria de
Administração Penitenciária informou que vai abrir
sindicância para esclarecer se houve facilitação de fuga.
O título dado à notícia, em função do que é lido no
texto:
a) de onde os detentos vieram;
b) para onde os detentos foram;
c) onde os detentos trabalham;
d) até onde os detentos chegaram;
e) aonde os detentos se esconderam.
30 - “Seis presos fugiram ontem, por volta das 8h, do
presídio Evaristo de Moraes, em São Cristóvão. Três
deles foram recapturados pouco tempo depois no
Zoológico do Rio”; o comentário correto sobre os
componentes desse segmento do texto é:
a) “por volta das 8h” indica um tempo preciso;
b) o “pouco tempo depois” tem como ponto de referência
a fuga;
c) “no Zoológico do Rio” indica o momento em que foram
recapturados os presos;
d) a quantidade de “seis presos” é informação incorreta;
e) a localização do presídio justifica o fato de os presos
serem recapturados.
a) resume todas as informações do texto;
b) destaca algo prejudicial à imagem da polícia;
c) fornece uma informação errada aos leitores;
d) valoriza a esperteza dos presidiários;
e) mostra a superlotação dos presídios.
25 - Em função do que é dito no texto, voltaram à
prisão:
a) todos os foragidos;
b) nenhum dos fugitivos;
c) metade dos que fugiram;
d) dois dos presos fugitivos;
e) quatro dos foragidos.
26 - O que mais causa estranheza na notícia é:
a) o fato de um dos detentos possuir um revólver;
b) abrirem uma sindicância para investigação de um fato
corriqueiro;
c) ter havido facilitação de fuga dos detentos;
d) a recaptura dos presos ter sido imediata;
e) a gravação da fuga nas imagens do próprio presídio.
27 - Segundo o que o texto sugere, a ausência do PM
da guarita
deve ser atribuída, além de à
irresponsabilidade do militar:
a) ao cansaço do militar;
b) à falha administrativa do presídio;
c) ao poder da corrupção;
d) às necessidades de serviço;
e) à reduzida quantidade de funcionários.
GABARITO – VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA
01-D / 02 – B / 03 – C / 04 – B / 05 – E / 06 – B / 07 – D /
08 – D / 09 – 18 / 10 – C / 11 - C
GABARITO - AGENTE DE POLÍCIA – NCE/UFRJ
01 – C / 02 – B / 03 – E / 04 – B / 05 – D / 06 – E / 07 – E
/ 08 – D / 09 – A / 10 – B / 11 – A / 12 – B / 13 – C / 14 –
D / 15 – A / 16 – C / 17- D / 18 – B / 19 – C / 20 – E / 21 –
A / 22 – C / 23 – B / 24 – C / 25 – E / 26 – D / 27 – C / 28
– C / 29 – A / 30 – D
GABARITO - AGENTE PENITENCIÁRIO - NCE/UFRJ
28 - No texto, alguns vocábulos se referem à mesma
realidade; estão nesse caso:
a) bandidos – detentos;
b) agente – PM;
c) penitenciária – guarita;
d) agente – preso;
14
Atualizada 07/11/2007
01 – C / 02 – A / 03 – B / 04 – C / 05 – E / 06 – C / 07 – D
/ 08 – B / 09 – B / 10 – C / 11 – C / 12 – D / 13 – B / 14 –
A / 15 – E / 16 – B / 17 – B / 18 – E / 19 – D / 20 – E / 21
– D / 22 – B / 23 – D / 24 – B / 25 – C / 26 – A / 27 – C /
28 – A / 29 – E / 30 - B
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
PRF/EXTENSIVA
Prof. Noely Landarin
Atualizada 07/11/2007
Português
Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores
15
This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
Download

www.cursoaprovacao.com.br