AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE CINCO PLANTAS MEDICINAIS DA RENAME PRODUZIDAS PELO AGRICULTOR FAMILIAR CAPIXABA – ESTIMULANDO A INSERÇÃO ECONÔMICA ATRAVÉS DAS PLANTAS MEDICINAIS FERREIRA, P.S. (Estudante de IC); FRANÇA, H.S. (Orientador); SOUZA, L.S. Instituto Federal de Educação do Espírito Santo, Campus Vila-Velha, [email protected] Plantas medicinais produzem diferentes substâncias químicas e o fazem em diferentes proporções, dependo do solo, do habitat, do rege de chuvas, da insolação, entre outras características. Nesse contexto desperta-se a preocupação em relação à qualidade das plantas cultivadas em diferentes regiões do Espírito Santo. O objetivo do trabalho foi avaliar e monitorar por testes químicos a presença de marcadores em plantas medicinais, cultivadas pelo agricultor capixaba. As amostras vegetais escolhidas foram: guaco (Mikania glomerata), hortelã (Mentha piperita), alcachofra (Cynara scolymus L.), espinheira santa (Maytenus officinalis Mabb.), tanchagem (Plantago ovata), aroeira (Schinus terebenthifolius Raddi) e picão preto (Bidens pilosa). Em laboratório as amostras foram secas em estufa à temperatura de 40°C por 48 horas. A planta seca foi utilizada para obtenção de tintura por maceração. A identificação foi realizada por Cromatografia em Camada Delgada com placas de gel de sílica (CCD) utilizando sistemas de solventes apropriados para os grupos químicos de terpenos, flavonoides e óleos essências. Para evidenciar flavonoides foi utilizado os padrões (quercetrina, quercetina, Hyperosideo e isoquercetina) e o sistema de solvente: acetato de etila-ácido fórmico-ácido acético-água (100:11:11:26) v/v. As revelações foram feitas através de luz ultravioleta (254 e 365 nm) e por aplicação do reagente NP/PEG. Para identificação de óleo essencial usou-se o sistema de solvente Tolueno: acetato de etila (93:7) v/v e como padrão o óleo de citronela. Após a corrida cromatográfica, as placas foram borrifadas com uma solução de vanilina sulfúrica e deixadas em temperatura ambiente e, logo, aquecidas na chapa de aquecimento. Para identificar saponinas, foi usado padrão de catequina, revelador anisaldeído e fase móvel Clorofórmio: ácido acético: metanol: água (64:32:12:8) v/v. A cumarina foi identificada utilizando como fase móvel Tolueno: diclorometano: acetona (45:25:30) v/v, padrão cumarina e ácido ó-cumarico, revelador KOH (10%). Os resultados mostram que Os padrões hyperosídeo (fator de retenção Rf = 0,625) e Isoquercetrina (Rf = 0,675) estiveram na maioria das placas cromatográficas. Observaram-se manchas amarelas nas placas de alcachofra, aroeira, hortelã e espinheira santa e fluorescência de cor alaranjada nas placas de aroeira e tanchagem. Nas amostras de extração de picão pode-se notar fluorescência amarela e de cor alaranjada. As respectivas fluorescências dos padrões de flavonoides são de alaranjada (Isoquercetrina e Hyperosídeo) e amarelada (Quercetrina) que são os glicosídeos comuns presentes no padrão de Quercetina, que também apresenta uma fluorescência amarelada. Os óleos essenciais com possível atividade antioxidante geram manchas amareladas sob fundo de coloração púrpura. Deste modo, todas as placas analisadas apresentaram manchas com essa coloração, sendo assim, todas as amostras possui possíveis fontes de óleo essencial com atividade antioxidante. A tentativa de separar as saponinas do extrato vegetal, utilizando cromatografia em camada delgada, não foi satisfatória. As duas extrações do picão (butanol e acetato de etila) apresentaram perfis químicos semelhantes entre os locais analisados e, do mesmo modo, a Mentha, o guaco e a Aroeira também o apresentaram. Por ter somente uma amostra de alcachofra e espinheira santa, não foi possível analisar seu perfil químico. Já a Tanchagem não obteve um perfil químico semelhante. Notou-se no guaco a presença de cumarina (Rf = 0,7375) e de ácido o-cumárico (Rf = 0,5875) em todas as amostras, exceto as do Córrego do sete, que não obteram Rf aproximado. Calculando os Rfs e comparando as manchas, foi possível comparar visualmente a intensidade dos compostos encontrados nas plantas de diferentes localidades e os perfis químicos. Palavras-chave: perfil químico, plantas medicinais, controle de qualidade.