Degradação de Polímeros Degradação de Polímeros e Corrosão Prof. Hamilton Viana Prof. Renato Altobelli Antunes Degradação de polímeros • 1. Introdução ¾ Degradação é qualquer reação química destrutiva dos polímeros. ¾ Pode ser causada por agentes físicos e/ou por agentes químicos. ¾ A degradação causa uma modificação irreversível nas propriedades dos materiais poliméricos. ¾ É evidenciada pela deterioração progressiva destas propriedades, incluindo o aspecto visual. Degradação de polímeros • 1. Introdução (continuação) ¾ Para alguns autores, o conceito de degradação é mais amplo e pode também abranger efeitos físicos que conduzirão à perda de função do produto polimérico. ¾ Um exemplo desses efeitos físicos é a perda de plastificantes de um sistema polimérico, por migração ou por evaporação. ¾ Nesta situação, o polímero em si não sofre alteração, porém o conjunto composto por polímero e plastificante perde funções importantes. Degradação de polímeros • 1. Introdução (continuação) ¾ Geralmente as reações de degradação são indesejáveis. ¾ Procura-se alta durabilidade, ou vida útil elevada, pela aplicação adequada de sistemas poliméricos: • Uso de aditivos antidegradantes específicos. ¾ As reações de degradação poderão ser benéficas para os casos de: • rejeitos poliméricos não recicláveis • por contaminação ou por inviabilidade econômica – – – – os sacos de lixo, Sacolas Fraldas e embalagens de curta duração ¾ Também são úteis das reações induzidas de degradação que ocorrem nos processos mecanoquímicos de mastigação da borracha natural. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros • Os tipos de degradação são geralmente analisados pelos seguintes aspectos: ¾ Em relação à severidade da degradação • 1. superficial: altera o aspecto visual do material polimérico e principalmente a sua cor, para moldados em cores claras. • 2. estrutural: altera as propriedades mecânicas, térmicas, elétricas, etc., e compromete o desempenho estrutural do material polimérico. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) ¾ Em relação aos mecanismos gerais das reações de degradação • 1. degradação sem cisão da cadeia principal do polímero: – – em geral é uma degradação de nível superficial; podem ocorrer: » » » – • formação de ligações cruzadas, substituição ou eliminação de grupos laterais, reações entre os próprios grupos laterais, incluindo ciclização. este tipo de degradação poderá evoluir para o tipo 2. 2. degradação com cisão da cadeia principal do polímero: – – – redução drástica dos pesos moleculares das cadeias poliméricas, É uma degradação de nível estrutural; acontece de forma aleatória ou de forma inversa ao processo de polimerização (depolimerização.) Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) ¾ Em relação ao local de atuação dos agentes de degradação, são três casos distintos: • 1. degradação causada pelo processamento do polímero. • 2. degradação em condições de serviço, e isto é, durante o uso do material polimérico. • 3. degradação após o uso do material polimérico, caso ele tenha se transformado em resíduo não reciclável. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) ¾ Em relação aos agentes ou fatores causadores da degradação: • 1. agentes físicos: radiação solar e outras radiações, temperatura e atrito mecânico e intenso. • 2. agentes químicos: água, ácidos, bases, solventes, outros produtos químicos, oxigênio, o ozônio, e outros poluentes atmosféricos. • 3. agentes biológicos: microorganismos, tais como fungos e bactérias; as pregações ideológicas são de natureza química, sendo que os microorganismos são os agentes destes ataques químicos. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) ¾ A degradação de material polimérico pode ser causada por um ou mais agentes. ¾ Nas degradações com agentes combinados, normalmente a análise é mais complexa. ¾ Estas solicitações são freqüentemente muito severas. • Um destes casos ocorre quando a temperatura atua como fator de aceleração nos processos fotodegradativos. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) ¾ • Segundo esse critério, derivado de alguns aspectos apresentados, a classificação das reações de degradação é separada nas seguintes formas principais: ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ ¾ • Em relação aos processos responsáveis pela degradação dos polímeros degradação térmica, degradação mecânica, degradação químicas (incluindo a oxidação), Biodegradação, fotodegradação, degradação por radiações ionizantes, termooxidação, fotooxidação, degradação termomecânica, degradação mecanoquímica, e fotobiodegradação, conforme esquema apresentado na Figura 1. Degradação de polímeros • 2. Tipos de degradação dos polímeros (continuação) Degradação de polímeros • 3. Métodos utilizados para estudo da degradação ¾ Existem métodos para detectar a degradação que já aconteceu num polímero; ¾ Existem métodos para simular ambientes e/ou situação de degradação em polímeros. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais ¾ O envelhecimento ambiental também é chamado de natural ¾ É importante conhecer detalhadamente as condições geográficas e climáticas: • A luz solar sofre influência : – – – – – – – – da época do ano, da latitude, da altitude, da hora do dia, do ângulo de exposição; a composição química da atmosfera sofre influência dos poluentes, da umidade; a freqüência da chuva e sua intensidade Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais (continuação) ¾ O tempo de exposição para verificação dos resultados: • dificilmente fica abaixo de 4 anos; • as amostragens devem ser feitas a cada mês; • caso as primeiras amostragens não apontem sinais de degradação drástica, o espaço de amostragem pode ser aumentado. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais (continuação) ¾ As medidas utilizadas podem ser : • • • • - avaliação visual - medida de cor superficial - avaliação de propriedades mecânicas - avaliação de alterações estruturais por métodos espectrométricos Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais (continuação) ¾ As amostras podem ser preparadas como: • filmes, • corpos-de-prova para ensaios mecânicos, • peças no formato final de uso. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais (continuação) ¾ O estudo do envelhecimento natural: • é dos mais demorados, • dos mais trabalhosos, • além da avaliação das amostras, é necessário: – um acompanhamento das condições ambientais: » quantidade de chuva » quantidade de horas de insolação » temperatura diária e composição média da atmosfera. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Ambientais (continuação) ¾ É importante ressaltar que existem métodos para detectar a degradação que já aconteceu num polímero e também existem métodos para simular ambientes e/ou situação de degradação em polímeros. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Laboratoriais ¾ ¾ Os métodos de laboratório muitas vezes são confundidos com os métodos acelerados, porém os métodos de laboratório utilizam condições compostas e não isoladas. Alguns dos equipamentos/métodos utilizados para tal finalidade: • Weather-o-meter: – – • Câmara UV: – – • • indica as absorções e liberações de energia da amostra, TGA – • uma câmara com lâmpadas UV-A e UV-B demais características da câmara Weather-o-meter. DSC – • câmara de luz com lâmpadas de xenônio spray de água pura ou de uma solução de sal; indica as perdas/ganhos de massa de uma amostra em diferentes atmosferas e com aumento de temperatura. Métodos espectrométricos: neste grupo encontram-se o FTIR e o UV-Vis. Os espectros das amostras são preparados em diferentes datas e as diferenças indicam a formação de novos grupos químicos em detrimento do desaparecimento de outros grupos. Previsão do tempo de vida: uma aplicação particular da TGA. Amostras são analisadas em diferentes faixas de temperatura e em conjunto coma equação de Arrhenius é possível determinar o tempo de vida do composto nas condições ambiente. Degradação de polímeros • 3.1. Métodos Laboratoriais • • Métodos espectrométricos: neste grupo encontramse o FTIR e o UV-Vis. Os espectros das amostras são preparados em diferentes datas e as diferenças indicam a formação de novos grupos químicos em detrimento do desaparecimento de outros grupos. Previsão do tempo de vida: uma aplicação particular da TGA. Amostras são analisadas em diferentes faixas de temperatura e em conjunto coma equação de Arrhenius é possível determinar o tempo de vida do composto nas condições ambiente. Degradação de polímeros • 3.3. Envelhecimento acelerado ¾ Os processos naturais são muito lentos, ¾ Os fatores que causam a degradação devem ser simulados individualmente: • • • ação da luz UV em temperatura ambiente, aquecimento no escuro. muitos dos métodos acelerados são realizados em laboratório.