PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Silas Junqueira1 Aline Lima Santos2 Apresentação O tema proposto para este Plano é o do turismo. O objetivo é compreender como essa atividade econômica faz parte e impacta a realidade geográfica, colaborando para a transformação de diversos lugares. O plano também propõe reflexões sobre a concepção e a importância das atividades características do turismo e uma discussão sobre a natureza dos fluxos em face das motivações e categorias de lugares turísticos. Espera-se com esta sequência de aulas que os alunos conheçam melhor as realidades de diferentes lugares do Brasil e do mundo e avaliem as perspectivas e práticas do turismo nacional. É pertinente lembrar a flexibilidade das propostas aqui apresentadas, que podem ser adaptadas para a realidade da escola e dos alunos. Objetivos: • Compreender e avaliar características das principais áreas emissoras e receptoras de fluxos turísticos no Brasil e no mundo. • Ler e interpretar informações representadas em fotos, diferentes tipos de gráficos e tabelas relacionados aos fluxos turísticos nacionais e internacionais da atualidade. • Analisar a importância econômica, social e cultural das atividades características do turismo e avaliar os impactos nas pessoas, lugares e meio ambiente decorrentes dessas atividades. Conteúdos • Fluxos do turismo no Brasil e no mundo e circuitos espaciais vinculados a setores do turismo. • Iconografia, gráficos e tabelas. • Paisagem e diversidade natural, social e cultural dos diferentes lugares, regiões e países. Áreas do conhecimento Geografia, História, Língua Portuguesa e Sociologia. Materiais necessários Dicionários, textos de apoio, mapas, atlas geográfico, revistas especializadas em assuntos de turismo e viagens (National Geographic Brasil, Guia Quatro Rodas, Viagem e Turismo), materiais de recortar e colar e folhas avulsas para produções diversas. Anos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio. Tempo estimado De 8 a 10 aulas. 1. Professor de Geografia da rede municipal de ensino de São Paulo e autor de livros didáticos de geografia para Ensino Fundamental e Ensino Médio. 2. Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Geografia Humana do Departamento de Geografia da FFLCH-USP e autora de livros didáticos para Ensino Médio. www.viagemdoconhecimento.com.br 1 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Desenvolvimento de atividades Primeira e Segunda Aulas O que é o turismo Introduza o tema que será trabalhado nesta proposta de sequência de aulas explicando o que vão estudar e destacando que o turismo é objeto de atenção relativamente recente nos estudos geográficos e deve ser aprofundado para melhor compreensão das dinâmicas atuais do espaço. Visando estimular uma discussão que permita observar o que os estudantes sabem sobre o tema, promova uma roda de conversa. • Pergunte aos alunos o que eles entendem por turismo. Questione: Vocês já fizeram uma viagem turística? Se sim, peça que compartilhem um pouco a experiência: Qual foi o lugar visitado? Por quê? Como se sentiram como turistas? O que aprenderam na viagem? • Registre no quadro de giz as ideias-chave que aparecerem nessa conversa e peça que os alunos anotem nos cadernos. Em seguida, realize a atividade conforme as indicações: • Apresente aos alunos fotos representativas de lugares turísticos no Brasil e em diferentes continentes. Utilize as que se encontram na sequência ou selecione aquelas que julgar convenientes. Os lugares selecionados devem ser bastante conhecidos e heterogêneos entre si, o que permitirá fácil identificação e evidenciará aos alunos os diversos atrativos que justificam as atividades turísticas. Numere as fotos e disponha-as em pranchas (sem legenda). 1 2 3 4 5 6 www.viagemdoconhecimento.com.br 2 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo • Destaque que as fotografias podem ser utilizadas como importante instrumento para a observação de fenômenos geográficos, como o turismo. Levando isso em conta, peça que observem as fotos e escrevam no caderno uma legenda que identifique cada um desses lugares. Verifique se os alunos fizeram a identificação corretamente. Caso esteja utilizando as fotos anteriores, as legendas corretas são: Foto 1 - Carnaval em Olinda. Olinda – PE. Foto 2 - Ópera House. Sydney – Austrália. Foto 3 - Centro Histórico. Ouro Preto – MG. Foto 4 - Pirâmides de Guizé – Egito. Foto 5 - Cataratas do Iguaçu. Foz do Iguaçu – PR. Foto 6 - Museu do Louvre. Paris – França. • Posteriormente, os alunos devem analisar e descrever as fotos, refletindo sobre as questões: – Por que esses são considerados lugares turísticos? – Quais semelhanças esses lugares possuem entre si? – Quais as diferenças entre eles? • Dê “dicas” para que descrevam cada foto considerando os aspectos geográficos referentes às bases naturais, ao contexto histórico, à presença de equipamentos e manifestações culturais, ao espaço urbano e à sobreposição de situações e contextos. Peça que exponham e registrem o que notam. Os alunos devem perceber que os lugares turísticos possuem atributos especiais que se relacionam a aspectos naturais, culturais, técnicos etc. que caracterizam as sociedades, sua organização espacial e suas especificidades no mundo. • Questione: o que leva as pessoas a visitar outros lugares? Em outras palavras, o que as motiva? Retome o que os alunos mencionaram na roda de conversa. Verifique o que acrescentam. • Siga discutindo as consequências do turismo. Instigue a turma a refletir sobre os impactos ambientais e sociais decorrentes do turismo e permita que se pronunciem a respeito. Verifique se os alunos conseguem reconhecer e valorizar o significado social, econômico e cultural das atividades humanas voltadas ao turismo. • Peça que elaborem um texto em grupo para sintetizar essas discussões. Proponha como mote para o texto a ser elaborado o título “O Turismo na Organização Espacial dos Lugares e Suas Consequências”. Os materiais produzidos nessas aulas serão retomados adiante. A sua mediação para a ampliação dos conhecimentos dos alunos é fundamental no transcorrer desses estudos. Por isso, faça registros que servirão de “pontos de partida” para as próximas etapas. Terceira Aula O turismo embrionário Daqui em diante o objetivo é ampliar os conhecimentos dos alunos sobre alguns conceitos ligados ao turismo. Levá-los a perceber o turismo como importante atividade econômica e social no mundo e estabelecer relações com o Brasil. Para tanto, considere as discussões anteriores e seus registros sobre os conhecimentos dos alunos, direcionando as atividades conforme as necessidades da turma. Inicie propiciando uma discussão sobre a origem do turismo tal como é compreendido atualmente. Para isso, leia com os alunos os textos e realize as atividades pontuadas na sequência: Uma Pequena História das Viagens Ao contrário do que se possa pensar, conhecer novos locais e outras realidades culturais e sociais não é historicamente um fenômeno recente. [...] Há registros de viagens na Antiguidade Clássica desvinculadas de guerras, conquistas territoriais ou migrações. Entre os gregos, por exemplo, os cidadãos livres viajavam para peregrinações religiosas ou para participar dos Jogos Olímpicos a cada quatro anos em Olímpia. O mesmo ocorria durante no Império Romano, que oferecia às suas elites opções de viagens, com arenas para espetáculos, termas para banhos em estâncias hidrominerais, balneários e práticas desportivas. [...] Ao longo da Idade Média, passou-se a um contexto de restrições ao deslocamento no cenário europeu. As distâncias percorridas para o homem comum passaram a ser as que podiam ser feitas a pé. Poucos eram os que podiam ter, por exemplo, um cavalo. Portanto, a vida da maioria das pessoas transcorria no âmbito local. A partir do século 16, com a expansão marítimo-comercial, desenvolveu-se a possibilidade técnica de realizar viagens mais rápidas a bordo de naus e caravelas. Esse avanço criou o interesse pelo novo e pelo exótico. Assim, viajantes e naturalistas europeus, a partir de suas incursões pela América, Ásia, África e Oceania, produziram uma vasta www.viagemdoconhecimento.com.br 3 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo literatura [...]. Os relatos de viagens traziam descrições de traços culturais, hábitos, modos de vida, características físicas dos habitantes e da flora e fauna. Em geral esses relatos eram marcados pelo estranhamento em relação a um mundo novo, distinto de seus padrões culturais. [...] Texto 2: Viagens e Turismo Aquilo que hoje chamamos de turismo constituiu-se, a partir do século 19, como um sistema de massas de viagens regulares em busca de lugares, paisagens e culturas distintas. Antes disso, no entanto, eram frequentes as viagens empreendidas por jovens da aristocracia por cidades europeias, o que era chamado de “grand tour”, para conhecer lugares e a cultura greco-romana, base do mundo ocidental, e em busca do aprazível, da fruição visual e do conhecimento. Gradativamente, essa prática se expandiu para os trabalhadores, que “escapavam” das cidades industriais inglesas em que viviam em busca de descanso nos campos, montanhas ou litoral. [...] Assim, o turismo nasce como atividade regular e organizada na Europa Ocidental do período da Revolução Industrial, em que começa a ter lugar uma nova ordem do mundo, da sociedade em geral e do trabalho em particular. Contribuíram para o seu advento e massificação as sucessivas inovações nos transportes, com a locomotiva a vapor, as ferrovias e a organização social baseada no trabalho, com a sua contraface no ócio, lazer ou descanso. Em períodos mais recentes, já no século 20, a introdução do avião e do automóvel vai permitir maior fluidez nos deslocamentos para quem tem acesso a esses meios. Fonte: Disponível em http://viajeaqui.abril.com.br/national/guia_vc_v1.pdf.Acesso em 6/9/2011. • A partir da leitura, saliente que as viagens criaram oportunidades para descanso, lazer e entretenimento ou para conhecer novos lugares e culturas desde épocas remotas. Peça que os alunos deem exemplos do texto que comprovem essa ideia. • Estimule-os a discutir, segundo o que leram, sobre o contexto histórico e social que, a partir do século 19, favoreceu o surgimento de atividades que hoje caracterizam o turismo. Os alunos devem perceber que as viagens de descanso dos trabalhadores daquela época podem ser entendidas como incipientes para o turismo atual. • De acordo com as necessidades da turma e disponibilidade de tempo, convém enfatizar as diferentes condições dos trabalhadores no século 19 e no presente, evidenciando algumas conquistas sociais, como aposentadoria, décimo terceiro salário. Explique que, no momento em que o turismo se transforma em uma atividade organizada, tais fatores o torna mais acessível. Porém, discuta que a possibilidade de ser um turista é restrita às pessoas com renda média ou elevada, já que, de modo geral, as viagens custam caro. • Relacione também o contexto histórico tratado nos textos com o atual, comentando a continuidade nos avanços dos meios de transporte e comunicação. Reforce explicações de que a revolução nos meios de transporte aumentou consideravelmente a mobilidade geográfica nos dois últimos séculos, em especial em suas conexões com as viagens e o turismo. • Sintetize as discussões no quadro de giz e oriente os alunos a transcrevê-las para o caderno. QUARTA Aula Definições e panorama do turismo contemporâneo Uma vez trabalhadas as origens do turismo, é importante inserir esclarecimentos e debater sobre sua definição, modalidades e atividades características dadas pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Informe que essa organização é uma agência especializada da ONU que conta com mais de 150 países-membros e funciona como um fórum de questões ligadas ao turismo mundial, sua sede é em Madri, Espanha. Oriente a leitura e a discussão com base nas definições expostas os quadros abaixo: Quadro 1: Turismo O turismo pode ser compreendido como um subsistema estruturado em atividades, atores, espaços e instituições, além de práticas constituídas por deslocamentos de pessoas e uma inscrição fora do cotidiano. [...] Conforme a Organização Mundial do Turismo (OMT), o turismo é definido como a atividade em que as pessoas viajam para lugares distintos dos que vivem e lá permanecem em período de tempo inferior a um ano consecutivo, com fins diversos. Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/national/guia_vc_v1.pdf. Acesso em 6/9/2011. www.viagemdoconhecimento.com.br 4 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo • Retome as discussões da primeira aula desta sequencia, na qual os alunos expuseram o que entendem por turismo. Peça que comparem com a definição do quadro 1. Questione: o que vocês mudariam na primeira definição dada após as discussões feitas até aqui? Solicite que registrem no caderno. • Comente que as práticas turísticas se configuram como uma quebra da rotina diária por meio do distanciamento dos indivíduos de sua residência e espaços de vida habituais. Siga a atividade com a leitura do próximo quadro: Quadro 2: Modalidades do Turismo Existem inúmeros quadros de leitura e classificações para designar as modalidades de turismo, entre eles os que se referem às práticas turísticas passadas europeias no século 19 (alpinismo, climatismo, hidroterapia, tours ou esportes de inverno), ou a categorias espaciais e seus usos, como o de balneário, de montanha, “ecológico” ou rural. [...]. Os operadores do mercado de turismo atual, por sua vez, lidam com nichos e “pacotes” turísticos para públicos específicos: por faixa etária (como a “Terceira Idade”), nível de renda (popular ou de luxo), espaços (praia, montanha, picos nevados, rural, urbano, ecoturismo), cultural (religioso), motivação (saúde, compras, eventos, de aventura), entre outros. Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/national/guia_vc_v1.pdf. Acesso em 6/9/2011. • Faça relações do quadro 2 com o texto da aula 3 “Uma Pequena História das Viagens” para explicar a origem das modalidades do turismo, sobretudo das viagens das elites europeias no século 19 (alpinismo, climatismo, hidroterapia, tours ou esportes de inverno) e complemente que, atualmente, estão relacionadas a espaços específicos e seus usos peculiares, como o de balneário, de montanha, “ecológico” ou rural. • Retome os registros das atividades com as fotos das aulas 1 e 2. Peça que os alunos identifiquem as modalidades de turismo representadas em cada uma delas. Considere que, hoje, as diversas modalidades são bastante influenciadas pelo mercado turístico, em sua busca por novos espaços de visitação. Esses apontamentos devem ser feitos no caderno e as identificações precisam ser justificadas com características das próprias fotos. Oriente-os a utilizarem as descrições que fizeram inicialmente. • Por fim, promova a leitura do quadro a seguir: Quadro 3: Atividades Características do Turismo – ACT Os bens e serviços são produzidos por unidades econômicas e decorrem de um processo no qual combinam-se elementos e ações que se destinam a terceiros. [...] A atividade de uma unidade econômica se traduz, portanto, na geração de um valor mediante a combinação dos fatores de produção: trabalho e capital. As atividades econômicas características do turismo são definidas como aquelas nas quais as unidades econômicas, as empresas, produzem pelo menos um produto característico do turismo. [...] A classificação de uma atividade econômica como característica do turismo faz-se a partir da identificação, em sua produção principal, de produtos classificados como característicos do turismo, isto é, produtos que são bastante sensíveis ao consumo de visitantes. A Organização Mundial do Turismo – OMT desenvolveu a Classificação Internacional Uniforme das Atividades Turísticas [...]. Do conjunto de atividades econômicas contidas nessa classificação destacam-se as Atividades Características do Turismo – ACT responsáveis pela produção de bens e serviços definidos como característicos do turismo [...], a seguir: 1. Hotéis e similares; 2. Segundas residências em propriedades; 3. Restaurantes e similares; 4. Serviços de transporte ferroviário de passageiros; 5. Serviços de transporte rodoviário de passageiros; 6. Serviços de transporte marítimo de passageiros; 7. Serviços de transporte aéreo de passageiros; 8. Serviços anexos ao transporte de passageiros; 9. Aluguel de bens e equipamentos de transporte de passageiros; 10. Agências de viagens e similares; 11. Serviços culturais e 12. Serviços desportivos e de outros serviços de lazer. Fonte: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/industria/economia_turismo/notas_tecnicas.pdf. Acesso em 6/9/2011. • Informe que, segundo divulgado em 2009 pela OMT, as atividades características do turismo são responsáveis pela geração de 6% a 8% do total de empregos no mundo. Ainda de acordo essa organização, o mercado de viagens internacionais representa 30% das exportações mundiais de serviços e equivale a 6% do valor total dessas exportações. Essas magnitudes lhe conferem o quarto lugar no ranking das atividades geradoras de receitas cambiais, atrás apenas da indústria de combustíveis, produtos químicos e automobilística. • Estimule os alunos a relacionarem o texto com as informações anteriores a fim de destacar a importância atual do turismo como atividade econômica mundial. Isso pode ser feito, por exemplo, questionando e verificando se eles conhecem alguém que trabalha em alguma das atividades citadas. Os alunos podem escrever um pequeno texto sintetizando esta etapa. www.viagemdoconhecimento.com.br 5 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Quinta e Sexta Aulas O turismo no mundo Direcione a partir desta aula o estudo para o turismo no mundo. Enfatize a natureza dos fluxos diante das motivações e categorias de lugares turísticos no cenário mundial. Para isso, apresente o gráfico abaixo. Oriente sua análise com base nos itens sugeridos a seguir: Chegadas internacionais de turistas segundo grandes regiões – 2010 Disponível em http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/export/sites/default/dadosefatos/conjuntura_economica/pesquisa_conjuntura_turismo/downloads_ pesquisaconjuntura_turismo/pacet_10_03.pdf. Acesso em 6/9/2011. • Peça que leiam, interpretem e expliquem com suas palavras o título do gráfico. Explique a fonte do mapa: UNWTO é a sigla em inglês da OMT (Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas). • Destaque que no cenário mundial a Europa é detentora de mais da metade do fluxo turístico mundial e estimule que comparem esse fluxo com as demais regiões representadas no gráfico. • Informe que dados divulgados pela OMT em 2009 revelaram que a China superou a Espanha como destino turístico e, neste novo cenário, os países que lideram o ranking mundial são os Estados Unidos, a França, a China e a Espanha. Explique ainda que os dados referem-se aos fluxos de turistas, porém as receitas geradas por esse fluxo apresentam os Estados Unidos em primeiro lugar e a Espanha em segundo. Os alunos devem perceber a relevância do turismo na economia dos países desenvolvidos, como os citados, e para o desenvolvimento de países emergentes, como a China. • Solicite aos alunos que façam pesquisas sobre os fluxos turísticos mundiais. Para tanto, devem escolher um roteiro turístico internacional, estudar suas características socioespaciais e os atributos que levam à visitação dos seus lugares. Garanta a heterogeneidade nas escolhas dos roteiros de forma a contemplarem países de todas as grandes regiões apresentadas no gráfico anterior. A sugestão é dividir os alunos em cinco grupos e sortear uma delas para cada grupo, os quais deverão escolher o roteiro. Marque o dia para entrega e inicie a atividade nesta aula com a apresentação do seguinte roteiro para a pesquisa: 1- Verificar quais os principais países emissores e receptores de fluxos de turistas no mundo. Sugira os sites a seguir, que podem ajudá-los nessa tarefa. Há mais informações a respeito desses sites nas indicações de fontes deste plano de aula: http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html. - http://www.turismo.gov.br/turismo/home.html. http://unwto.org/es. 2- Discutir a natureza dos fluxos em face das motivações e categorias de lugares turísticos. Oriente os grupos a analisarem e verificarem quais os atrativos turísticos do país que escolheram. Eles devem responder à questão: que modalidade de turismo prevalece? Para essa etapa da pesquisa, disponibilize ou dê sugestões de revistas especializadas no assunto, como National Geographic Brasil, Guia Quatro Rodas e Viagem & Turismo, da existência de associações, confederações e institutos ligados ao turismo e de sites especializados no tema, como o Viajeaqui (http://viajeaqui.abril.com.br/). www.viagemdoconhecimento.com.br 6 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo 3- Avaliar as repercussões da visitação de turistas e seus efeitos nos aspectos: a) Negativos: impactos sociais como a especulação imobiliária e expulsão dos moradores locais, fortalecimento de empregos informais e/ou mal remunerados em consequência da descaracterização econômica dos lugares; impactos ambientais como a degradação de ambientes naturais em consequência do excesso de visitas em áreas de ecossistemas frágeis (restingas e falésias, por exemplo), acúmulo de lixo e depredação etc. b) Positivos: reestruturação arquitetônica e paisagística; melhoria da infraestrutura; geração de empregos diretos e indiretos etc. • Combine a data de entrega da pesquisa. Posteriormente, avalie e socialize os resultados. Retome ideias que talvez não tenham ficado claras. Sane possíveis dúvidas. SÉTIMA AULA O turismo no Brasil No início desta aula, provoque reflexões sobre o turismo no Brasil. Faça as perguntas propostas a seguir, acrescentando outras ou adaptando aquilo que julgar conveniente: - Como o Brasil participa dos fluxos turísticos mundiais? - Essa atividade econômica é importante para nosso país? - O que existe de “turístico” no Brasil? Permita que os alunos exponham suas hipóteses. Registre as ideias-chave no quadro de giz e peça que anotem em seus cadernos. Após essa conversa, apresente a tabela a seguir: Ranking ICCA 2009 / Número de Eventos Internacionais Ranking ICCA 2009 - Países Ranking País Número de eventos 1º EUA 595 2º Alemanha 458 3º Espanha 360 4º Itália 350 5º Reino Unido 345 6º França 341 7º Brasil 293 8º Japão 257 9º China 245 10º Aústria 236 Fonte: ICCA, Relatório Estatístico 2009. Disponível em http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/ Turismono_Brasil_2011_-_2014_sem_margemcorte.pdf. Acesso em 6/9/2011. O ICCA (International Congress and Convention Association) representa os principais especialistas em organizar, transportar e acolher reuniões e eventos internacionais e é composto de mais de 950 empresas e organizações associadas em 87 países do mundo. Informe isso aos alunos e peça que analisem a tabela. Eles devem perceber que entre os dez países do ranking, apenas dois não são países desenvolvidos: o Brasil (sétimo lugar) e a China (nono lugar). Estimule-os a levantar hipóteses que expliquem isso. Um fator que influencia positivamente e sinaliza para a expansão do mercado internacional do turismo no Brasil refere-se à realização de eventos internacionais no país. Comente que, nos últimos anos, o Brasil ganhou posições no ranking relativo aos maiores captadores de eventos no mundo. Informe que o país passou da 19ª posição em 2003 para a sétima em 2009. Considere aqui que o chamado “turismo de negócios” não é uma atividade turística, já que as motivações para os deslocamentos estão ligadas à participação em feiras, congressos, convenções e outras. De outro lado, este viajante utiliza basicamente as mesmas infraestruturas do turismo convencional e também desempenha atividades tipicamente turísticas nas horas livres de sua visitação. Direcione a discussão para a importância do turismo para a economia do Brasil. Apresente o gráfico de linhas a seguir aos alunos e explique que se trata de informações do Ministério do Turismo divulgadas no “Documento Referencial Turismo no Brasil 2011-2014”, que foi elaborado a partir de Planos Nacionais voltados ao turismo em anos anteriores. www.viagemdoconhecimento.com.br 7 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Projeção de Divisas Internacionais (em bilhões de R$) geradas pelo Turismo no Brasil (2011-2014) 8,89 9,00 8,00 7,42 6,79 7,00 6,00 5,74 6,26 5,00 4,00 2010 2011 2012 2013 2014 Fontes: MTur e FGV Disponível em http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Turismo_no_Brasil_2011_-_2014_sem_margem_ corte.pdf. Acesso em 6/9/2011. Oriente a leitura e interpretação do gráfico de linhas e problematize conforme sugestão: • Discuta o título. Explique que se trata de uma projeção, portanto são estimativas para o período de 2011 a 2014. Elucide que divisas internacionais referem-se ao dinheiro que entra no país (em bilhões de reais) e que é gerado pelo turismo. • Chame atenção para que, como é apresentado no gráfico, espera-se uma crescente arrecadação no período. Questione: a que esse salto se deve? As hipóteses levantadas devem ser condizentes com o fato de que há um processo recente de consolidação de realização de eventos internacionais no Brasil. Discuta que eventos desse porte alimentam, consideravelmente, as atividades do turismo. O caso do “turismo de negócios” em São Paulo é exemplar. Além disso, a Copa do Mundo de futebol e a Olimpíada, que são eventos de grande visibilidade no mundo, ocorrerão em um futuro próximo no país. Discuta essa conjuntura. Pergunte: a tendência de crescimento evidenciada no gráfico deverá permanecer até 2016, ano de realização da Olimpíada? • Apresente os dados do PIB Nacional do Brasil, que no primeiro semestre de 2011 chegou a R$ 1,02 trilhão. Se necessário, explique o que é o PIB e que no trimestre mencionado ele teve um aumento de 0,8% em relação ao trimestre anterior. Ou seja, um aumento de aproximadamente R$ 800 milhões. Compare com o aumento projetado para o setor do turismo no período de 2013 a 2014, por exemplo, que é de aproximadamente R$ 1 bilhão e meio. Questione o que isso significa em termos de aumento do PIB nacional para o país, caso a projeção se efetive. Os alunos devem concluir a importância do turismo para a economia do país. • Registre a síntese no quadro de giz e oriente os alunos a transcrevê-la para os cadernos. • Peça as anotações feitas no início desta aula. A partir disso, os alunos devem escrever um pequeno texto sintetizando o que aprenderam. OITAVA AULA O Brasil quer mais turismo? Uma avaliação Propomos enfatizar principalmente a Copa do Mundo de 2014 para as discussões que se seguem, porém outros caminhos são possíveis. Faça as adaptações que julgar necessárias e convenientes. Inicie esta aula discutindo os esforços do governo federal nos últimos anos para o país sediar grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014. Estimule-os a levantar hipóteses relativas à questão: por que isso ocorre? Essa é uma maneira de retomar o que foi trabalhado na aula anterior como ponto de partida. Acrescente as questões sugeridas a seguir para ampliar o debate: - O que é preciso para sediar uma Copa do Mundo? - O que é necessário para receber turistas que vêm ao Brasil na época dos jogos? - Que desafios a realização da Copa do Mundo coloca ao Brasil para que o evento seja bem-sucedido? Os alunos devem expor suas opiniões e hipóteses. Comente a importância da atuação dos governantes brasileiros no cenário internacional para a economia do país e sobre as necessidades de investimentos na infraestrutura e nos negócios do turismo no Brasil. Apresente o texto de reportagem a seguir: www.viagemdoconhecimento.com.br 8 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Os Cinco Desafios para a Copa de 2014 no Brasil 1 . Não Deixar os Custos Estourarem. Chances: mínimas Um dos lugares-comuns mais repetidos quando se trata de avaliar os efeitos benéficos de uma Copa do Mundo ao país que a sedia é dar como certo o crescimento econômico – as estimativas vão de uma expansão do PIB de 1% a 3% no ano imediatamente posterior ao torneio. [...] Mas compreendem, com facilidade assustadora, que o nome do jogo é dinheiro – dinheiro e tudo quanto é exagero (e malversação, muitas vezes) atrelado a ele. Sabe-se, desde já, que o Mundial brasileiro custará pelo menos o dobro do realizado na África do Sul. O custo total estimado é de 17,52 bilhões de reais, destinado a 59 obras, sendo 12 delas em estádios. Apenas com os trabalhos de construção ou reforma das arenas serão gastos 5,4 bilhões de reais. Na África do Sul, dados recentemente divulgados apresentaram um total de 7,9 bilhões de reais com infraestrutura geral – e 3,4 bilhões em estádios. Nenhum dos dois países pôs nessa conta as transformações necessárias nos aeroportos. As autoridades brasileiras atribuem despesas maiores que as sul-africanas em decorrência do número maior de sedes – 12 – ante 9 da Copa de 2010. Mas não resta dúvida: tão ou mais certo que a realização da Copa no Brasil em 2014 é o estouro orçamentário com dinheiro privado e público. [...] Fonte: Fábio Altman. Revista Veja. Disponível em http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/os-cinco-desafios-para-a-copa-de-2014-no-brasil. Acesso em 6/9/2011. Solicite que respondam às questões relativas ao texto: 1) Por que a consideração de “Não Deixar os Custos Estourarem” aparece como o primeiro entre os cinco desafios para a Copa de 2014 no Brasil? E por que, segundo o autor, as “chances são mínimas”? 2) Sediar a Copa do Mundo no país trará benefícios para o país e para a população? 3) Os investimentos no setor de turismo nessa conjuntura devem ser feitos exclusivamente pelo setor público? Por quê? Avalie as respostas e socialize os resultados. Na questão 1 é importante salientar a existência de gastos indiretos não contabilizados nas estimativas de orçamento para a Copa, o que permite inferir que os custos do evento irão extrapolar as projeções. Para a questão 2, é importante retomar discussões feitas a partir da análise do gráfico “Projeção de Divisas Internacionais Geradas pelo Turismo (2011-2014)” e relacionar com as estimativas da reportagem sobre o aumento do PIB na reportagem (expansão de 1% a 3% no ano imediatamente posterior ao torneio). Para a questão 3, sugerimos que problematize a relação público/privado nos investimentos orçamentários necessários em situações conjunturais. Sintetize as discussões no quadro de giz e solicite aos alunos que as transcrevam para os cadernos. Para turmas de Ensino Médio: Para os alunos de Ensino Médio, é interessante aprofundar discussões sobre as políticas públicas da União voltadas ao turismo. Os alunos devem pesquisar a atuação dos governantes brasileiros no cenário Internacional em prol do fomento das atividades turísticas no país. Sugira o site do Ministério do Turismo (http://www.turismo.gov.br/turismo/home.html) como referência para a pesquisa. Socialize as pesquisas e promova uma discussão. Sintetize as discussões no quadro de giz e solicite aos alunos que as transcrevam para os cadernos. www.viagemdoconhecimento.com.br 9 A Geografia na rota do turismo PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo NONA AULA Repercussões socioespaciais de um Brasil mais turístico Nas aulas anteriores foram discutidas as tendências de crescimento do turismo no Brasil, enfatizando seus desdobramentos econômicos e os esforços do Estado brasileiro na promoção de eventos de grande porte, como a Copa do Mundo. Aprofunde o assunto destacando nesta aula as consequências socioespaciais do incremento do turismo. Apresente o gráfico de linhas a seguir. Projeção de Ocupações Criadas nas Atividades Características do Turismo 600.000 500.641 500.000 400.000 345.043 300.000 372.172 424.869 300.319 200.000 100.00 0 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: Fontes: MTur, FGV Disponível em http://www.turismo.gov.br/export/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/Turismo_no_Brasil_2011_-_2014_sem_margem_ corte.pdf. Acesso em 6/9/2011. Oriente a leitura e interpretação do gráfico de linhas e problematize conforme sugestão: • Peça que os alunos interpretem o título. Eles devem perceber que são estimativas para a criação de ocupações de emprego/trabalho a partir das ACT. Informe que estudos feitos pelo Ministério do Turismo e pelo IPEA demonstram que o setor do turismo é promissor na geração de empregos diretos e indiretos, formais e informais. Apresente o texto a seguir: Brasil com Mais Turismo e sem Miséria Ministro Gastão Vieira estuda o desenvolvimento do setor como meio de inclusão social e vê a nova classe média como principal público do turismo interno (...) Promover o turismo como meio de inclusão social é uma das missões encampadas pelo ministro do Turismo, Gastão Vieira. Na manhã desta quinta-feira (22), em café da manhã com jornalistas especializados no setor, o chefe da pasta informou sobre a conversa que teve com a presidenta Dilma Rousseff e com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, no sentido de integrar as ações da pasta às ações do programa Brasil Sem Miséria. “Vamos implementar ações de cunho social ao turismo. Contribuiremos, assim, com o Programa Brasil Sem Miséria, ajudando na inclusão social, promovendo a geração de empregos e renda para brasileiros por meio do desenvolvimento do turismo regional”, explicou Vieira. Outra intenção neste início de trabalho é alavancar o turismo doméstico, contando com o aquecimento do mercado interno. “Vamos aproveitar o dinamismo da nova classe média para oferecer turismo a estas pessoas. Depois de comprarem eletrodomésticos, reformarem suas casas, comprarem seus carros, agora este público quer viajar e conhecer o Brasil. Contamos com a iniciativa privada para a abertura de novas oportunidades de turismo doméstico voltadas para estes clientes”, avaliou Gastão Vieira. Fonte: ASCOM. Disponível em http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20110922-6.html Acesso em 26/9/2011 www.viagemdoconhecimento.com.br 10 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo • Destaque que no Brasil atual se verificam esforços para redução da pobreza e incremento da classe média. Em 2008, pela primeira vez, conforme dados do IPEA, a classe média brasileira representou mais de 50% da população de 15 a 60 anos. • Explique a ideia exposta no texto pelo atual ministro do Turismo. Conforme é possível inferir do que foi lido, essa melhoria de condições de vida de parcela de nossa população pode desdobrar-se em crescimento do turismo interno, por sua vez, tal crescimento pode colaborar para melhoria das condições de vida, o que acaba por alimentar o ciclo. • Discuta exemplos de modo contextualizado com a realidade local dos alunos, promovendo a reflexão a partir da questão: os alunos estão de acordo com a perspectiva descrita? Como o turismo pode colaborar para o desenvolvimento social do país? Permita que os alunos exponham as opiniões que possuem a respeito desse assunto. • Peça elaboração de um texto que sintetize os debates realizados. Avalie, socialize os resultados e esclareça os pontos nos quais os alunos tenham apresentado dificuldades. Décima e Décima Primeira Aulas A viagem da Copa Promova nesta aula uma atividade que vise sistematizar aquilo que foi trabalhado nesta sequência de aulas. Sugerimos que retome a Copa do Mundo para instigar a reflexão nesta etapa, conforme proposta a seguir: • Apresente o mapa a seguir. Peça que os alunos observem a localização das cidades que irão sediar a Copa de 2014. • Em uma roda de conversa, faça as perguntas: - O que essas cidades têm em comum? - Quais são seus principais atributos turísticos? - Qual é a que se localiza mais próxima do lugar onde vivem? - Quais delas os alunos gostariam de conhecer? • Apresente aos alunos a primeira página dos roteiros de viagem dessas cidades disponíveis na versão impressa do Guia Quatro Rodas, edição 2011. www.viagemdoconhecimento.com.br 11 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo BELO HORIZONTE 35 ºC 350 mm 30 300 25 250 20 200 15 150 10 meses 100 J F M A M J J A Chuvas S O N D Temp máx/mín FOTO: FERNANDO PIANCASTELLI raio X O clima é agradável durante o ano todo, sem grandes contrastes entre as estações. Nos meses de abril e maio, o festival Comida di Buteco movimenta 40 bares, que idealizam e preparam petiscos especialmente para o evento. passou pelo estádio foi Reinaldo, ídolo atleticano da década de 70. Porém, foi também no estádio que o Cruzeiro conquistou a Taça Libertadores da América, em 1997. Para felicidade de todos, o Mineirão deve reabrir para a Copa das Confederações, em 2013. GENTE O empresário Eduardo Maya é o criador do Comida di Buteco, um concurso que há 11 anos elege o melhor petisco da capital mineira. Formado em gastronomia pela famosa escola francesa Le Cordon Bleu, ele gosta mesmo é da culinária de raiz. “Temos que valorizar o que é nosso”, declara o fã de jiló. saborEs No Villa Giannina (p. 152), o melhor self-service da cidade, é possível fazer uma bela refeição por menos de R$ 30. Além do ótimo bufê, há grelhados, pizzas, bruschettas, sushis, massas e risotos feitos na hora. Vale chegar cedo, porque a casa fica lotada. hisTória Fechado para reforma, o Mineirão provoca saudades em muitos torcedores dos rivais Atlético Mineiro e Cruzeiro. O maior artilheiro que já Nos arredores da cidade, o Anel Viário corta as quatro principais estradas que chegam a Belo Horizonte (elas vêm das outras capitais do Sudeste e do Distrito Federal). A rodoviária de Belo Horizonte fica no Centro e há dois aeroportos. No da Pampulha pousam apenas os aviões vindos do interior do estado. O principal é o de Confins, a 38 km, que recebe a maioria dos voos, inclusive os internacionais. Dele, o táxi até o Centro custa R$ 88, mas há outra opção: o ônibus executivo Conexão Aeroporto (conexaoaeroporto.com.br, 3224-1002), a R$ 17,65. Da mesma empresa é a linha Convencional (R$ 8,05), que sai da rodoviária e passa nos dois aeroportos. Museu Nacional e Catedral Metropolitana, ao fundo: edifícios-arte Os 12 km da Avenida do Contorno cercam os principais bairros da cidade. Nesse perímetro, as diversas ladeiras, cruzamentos diagonais e ruas de mão única tornam o trânsito um verdadeiro labirinto para os turistas. Por isso, táxis são uma boa opção. Para quem se hospeda nos bairros de Lourdes e Savassi, a corrida de táxi custa cerca de R$ 40 para a Pampulha. A partir da Avenida Amazonas, no Centro, há ônibus direto até lá. Informações de itinerário: 156 (Atendimento BHTrans). PROGRAME-SE Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,30 • Táxi: R$ 3,40 (bandeirada), R$ 2,10 (km rodado) • Café expresso: R$ 2,80 • Cerveja long neck no Tizé (p. 154): R$ 4,20 • Pão de queijo no Armazém Dona Lucinha (p. 152): R$ 1,50 • Água mineral (500 ml): R$ 2 BRASÍLIA 5 hotéis I OurO Minas Palace Av. Cristiano Machado, 4001 (Ipiranga), E 3429-4001, reservas 080031-4000 (ourominas.com.br). 1996. 343 ap, ar G Sc (900) n @ (pago) D Belo Horizonte Página 139 cOMO cIRculAR G10 E 61 setur.df.gov.br H 2606885. Goiânia 211, Belo Horizonte 747, Palmas 850, São Paulo 1011, Campo Grande 1079, Cuiabá 1147, Rio de Janeiro 1170, Vitória 1279, Curitiba 1402, Salvador 1508, Florianópolis 1684, Maceió 1973, Porto Alegre 2113, Belém 2159, Recife 2197, João Pessoa 2317, Fortaleza 2482. Em 2010, a capital encomendada por Juscelino Kubitschek para ser vanguarda virou cinquentona. Os edifícios de Oscar Niemeyer e o projeto urbano de Lucio Costa continuam modernos, mas a cidade que em 1960 se resumia ao Plano Piloto – em formato de avião – cresceu muito. Os melhores restaurantes estão longe dali, caso do Patú Anú e do Aquavit, à beira do Lago Paranoá. Um circuito gastronômico está em formação no Setor de Clubes Esportivos Sul, também fora dos contornos do avião. E pra lá da Asa Norte surgiu um Shopping Iguatemi. Mas não se preocupe. A Brasília das superquadras, do horizonte absurdamente amplo e do pôr do sol memorável continua a mesma. como circular Em comparação com capitais como Salvador e Curitiba, a rede hoteleira de Belo Horizonte é bastante enxuta. Por isso, os hotéis lotam com rapidez (principalmente durante a semana, em função dos hóspedes que vêm a trabalho) – é mais garantido reservar dias antes. A maioria dos endereços fica nos bairros cercados pela Avenida do Contorno, especialmente Lourdes e Savassi, ambos com ruas arborizadas, cheias de lojas de estilistas bacanas e calçadas largas. Há exceções, como o Ouro Minas (perto da Cidade Administrativa), o Caesar Business (em frente ao BH Shopping) e as hospedagens da Pampulha. Quem vem de carro pega uma das oito rodovias federais que acessam Brasília. A BR-040 sai do Rio de Janeiro, cruza Belo Horizonte e chega à cidade. De São Paulo, o Sistema Anhanguera-Bandeirantes leva a Uberaba, onde começa a BR-050, conexão com a BR-040. A BR-020 é o melhor caminho para quem vem das capitais nordestinas. De ônibus, chega-se à Rodoferroviária. Ônibus de linha ou metrô (R$ 3) levam à região central. Do Aeroporto Internacional de Brasília, pode-se pegar táxis (cerca de R$ 40) ou ônibus (R$ 2) até os Setores Hoteleiros Norte e Sul. 35 ºC 250 mm 30 200 25 150 20 100 15 50 10 Evite os meses de junho a agosto, quando a umidade relativa do ar chega a menos de 20% e causa incômodos respiratórios. Entre outubro e março, época de chuvas, a cidade fica mais verde. O Festival de Cinema ocorre em novembro. 0 meses J F M A M J J A S Chuvas O N D Temp máx/mín RAIO X LendA URBAnA A cidade é famosa pelos prédios de concreto, mas não é cinza. Há gramados e espelhos d’água por todo lado, as árvores do Parque da Cidade e o azul do Lago Paranoá. Sem contar o pôr do sol avermelhado, e as luzes que destacam as obras de Niemeyer à noite. ARteS O que seria do rock nacional dos anos 80 sem as bandas de Brasília? Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial e Plebe Rude nasceram nas asas do Plano Piloto, viraram ícones da cultura brasiliense e ainda inspiram muita gente. típIco Fazer piquenique e assistir ao anoitecer na área verde ao redor da Ermida Dom Bosco, uma capelinha em forma de pirâmide, obra de Niemeyer. O lugar fica à beira do Lago Paranoá e rende belas fotografias. É tUdo veRdAde Por ser uma capital federal, Brasília é palco de manifestações e protestos – eles acontecem quase que diariamente e, na maioria das vezes, em frente ao Congresso Nacional. Programe-se CURITIBA 250 mm 25 200 20 150 100 15 50 10 5 0 J F M A M Chuvas J J A S O N D Temp máx/mín FOTO: MARCELO ALMEIDA raio X ClássICo Nas andanças pela cidade, não deixe de reparar nos painéis assinados pelo artista curitibano Poty Lazzarotto. De traços fortes, representando momentos da história local, eles estão na fachada do Teatro Guaíra, no Largo da Ordem e na Praça 19 de Dezembro, no Centro – onde também há a escultura Homem Nu, do paranaense Erbo Stenzel. É tudo verdade Sim, o transporte público de Curitiba é exemplar. O mesmo não pode ser dito do restante do trânsito. Se for visitar em dias úteis, reserve o hotel com antecedência: o turismo de negócios lota a cidade. O mesmo acontece em março, durante o Festival de Teatro. Curitiba também sedia festivais de música (veja a agenda em viaje.curitiba.pr.gov.br). Como em toda grande cidade, congestionamentos são cada vez mais frequentes. lugarzInho O Café Junto (p. 287) é um achado. Fica dentro de uma loja de decoração e serve pratos poloneses e peruanos. A mistura parece estranha, mas tem explicação: as receitas vêm da terra natal de cada uma das proprietárias. típICo Curitibano que se preze bate cartão em algum dos muitos parques da cidade pelo menos uma vez por semana. O do Tanguá (p. 293) é um dos mais bonitos. 5 atrações museu B ao ar livre (do Imigrante) Réplicas de construções, móveis, ferramentas e objetos usados por imigrantes. SC-438, km 33 (mun. de Orleans), 37 km. E 3466-0011. R$ 3. 3ª/6ª 9h/12h e 14h/18h30, sáb/dom 9h/18h30. passeio B BarraGem do rio São BeNto A barragem que inundou uma área equivalente a 24 campos de futebol pode ser vista da estrada entre Siderópolis e Nova Veneza. Visitas guiadas precisam ser agendadas. Estr. Geral São Pedro, 24 km. E 3436-2522. 9h/16h. QuAntO cuStA • Passagem de ônibus (dentro do Plano Piloto): R$ 2 • Táxi: R$ 3,30 (bandeirada), R$ 1,80 (quilômetro rodado) • Passagem de metrô: R$ 3 • Café expresso: R$ 3,20 • Chope no Bar Brahma (p. 186): R$ 4,59 • Cachorro-quente do Trailer do Landi (p. 184): R$ 4 • Água mineral (500 ml): R$ 3,20 criciúma tem tim. presente com cobertura de voz e dados em todos os estados do Brasil. 5 hOtéIS A maioria das hospedagens está no Setor Hoteleiro Sul (SHS) e no Setor Hoteleiro Norte (SHN), ambos no centro do Plano Piloto. Regiões exclusivamente de hotéis, não contam com pontos comerciais; portanto, para comprar qualquer coisa é preciso ir de carro a algum shopping (o Pátio Brasil fica próximo ao SHS, e o Brasília, ao SHN) ou aos setores chamados de Comércio Local. Também há hotéis às margens do Lago Paranoá, próximo ao Palácio da Alvorada. Entre terça e quintafeira, dias de maior movimento Cristalina Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,20 • Táxi: R$ 3,50 (bandeirada), R$ 1,80 (km rodado) • Café expresso: R$ 2,50 • Chope no Bar do Alemão (p. 293): R$ 5,90 • Rodízio italiano no Madalosso (p. 286): R$ 25 • Garrafa de água mineral (500 ml): R$ 2 CristianO OtOni I Four Points sheraton Av. 7 de Setembro, 4211 (BaD tel), 3340-4000, reservas 0800-55E 5855 (fourpoints.com/curitiba). 2001. 165 ap, ar G W Sc (600) n @ A (pago) L j e. Ds: 312/415. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques II aZ A. Está constantemente em renovação, o que contribui para deixá-lo no posto de melhor hotel de Curitiba. Na mais recente reforma, os quartos ganharam móveis novos e uma curiosa manta sob o carpete – para deixá-lo mais fofo e agradável. Do 14º andar em diante, as acomodações são ainda mais especiais: há menu de travesseiros e de sabonetes e café da manhã servido no quarto sem custo extra. CURITIBA Página 281 www.viagemdoconhecimento.com.br MG VEjA P. 921 CristinO CastrO Pi VEjA P. 921 Cruzília sP MG VEjA P. 921 Cuiabá Mt B10 E 65 cuiaba.mt.gov.br H 550562. Brasília 1147, Rondonópolis 218, Campo Grande 694, Goiânia 936, Porto Velho 1466. os visitantes mais frequentes estão envolvidos com o agronegócio. além deles, muitos turistas usam cuiabá como trampolim para a chapada dos Guimarães e o pantanal Norte. a capital mato-grossense tem hotéis de qualidade e restaurantes estrelados como o al manzul (o melhor árabe do Brasil). No segundo semestre, os termômetros podem chegar a 40°c (a média anual é de 26°c, o que faz da cidade uma das mais quentes do país). o fuso horário no estado é atrasado uma hora em relação a Brasília. VEjA MAPA NA P. 276 5 hotéis H deville cuiaBá Av. Isaac Póvoas, 1000 (Duque de Caxias), D3319-3000, reservas 0800-703-1866 E (deville.com.br). 1989. 174 ap, ar G Sc (400) n @ A L j e. Ds: 424/462. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii aX A. O melhor hotel da cidade é também um dos mais bem-localizados: fica no bairro nobre de Goiabeiras e perto de bons restaurantes. Os quartos são elegantes, todos com cama-box, TV de LCD e canais por assinatura. Na área de lazer há spa, piscina com solário e bar, academia de ginástica e sala com mesa de sinuca. H GoldeN tulip paNtaNal Av. Fernando Corrêa da Costa, 93 (Areão), E 3616-3500 (goldentulippantanal. com). 2002. 104 ap, ar G Sc (100) n @ A L j e. Ds: 195/220. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques ii cY B. H iNtercitY R. Pres. Artur Bernardes, 64 (Goiabeiras), E 3025-9900 (in tercityhoteis.com.br). 2004. 80 ap, ar G Sc (50) n @ A L j e. Ds: 285/340. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques ii aX C. G taiamã plaza Av. Hist. Rubens de Mendonça, 1184 (Baú), E 2121-1000 (hoteltaiama.com.br). 1990. 121 ap, ar G Sc (70) @ A E L j e. Ds: 294/399. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii cX D. G paiaGuáS palace Av. Hist. Rubens de Mendonça, 1718 (Bosque da Saúde), E 3642-5353 (hotelpaiaguas. com.br). 1991. 143 ap, ar G Sc (90) n @ A L j e. Ds: 235/290. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i E. G GloBal GardeN Av. Miguel Sutil, 5555 (Bosque da Saúde), E 30515000 (globalgardenhotel.com.br). 1993. 80 ap, ar G Sc (50) @ A L j e. Ds: 163/193. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii cX F. G hitS paNtaNal Av. Arthur Bernardes, 251 (Aeroporto), mun. de Várzea Grande, 7 km, E 3363-9977 (hits pantanal.com.br). 2008. 105 ap, ar G Sc (130) @ A L. Ds: 336/390. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i G. K4 E 85 E x 0800-99-1516 fortaleza.ce.gov.br H 2505552. Brasília 2482, Natal 552, Teresina 626, João Pessoa 704, Recife 822, São Luís 1055, Salvador 1376, Rio de Janeiro 2812, São Paulo 3121. Sim, você vai escutar forró e comer caranguejo na quinta-feira. Contudo, Fortaleza tem crescido e mostrado que não vive só de toalhinha de renda e castanha de caju. No entorno da Avenida Beira-Mar, onde estão os melhores hotéis e restaurantes, surgem novos e luxuosos edifícios residenciais. A rede hoteleira não cresce com tanta velocidade, embora siga bem estruturada – ok, ainda faltam os resorts incríveis. O fato é que todo mundo que vem à cidade se encanta com o belíssimo pôr do sol nas praias urbanas de Mucuripe, Meireles e Iracema. O banho de mar está garantido na Praia do Futuro, a 11 km do Centro. Lá, as megabarracas têm estrutura que inclui até internet wi-fi e centro de beleza. Escorregar nos toboáguas radicais do Beach Park, na vizinha Aquiraz, é passeio obrigatório. PROGRAME-SE FORTALEZA 35 ºC 350 mm 30 300 25 250 200 20 150 15 10 meses 100 J F M A M Chuvas G amazoN plaza Av. Getúlio Vargas, 600 (Centro), E 2121-2000 (hote lamazon.com.br). 2003. 84 ap, ar G n @ A L j. Ds: 280/380. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques ii BX H. G delcaS Av. Fernando Corrêa da Costa, 3355 (Boa Esperança), 5 km, E 2121-1721 (delcashotel.com.br). 2004. 76 ap, ar G Sc (100) @ A L j e. Ds: 185/245. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques i I. G le Soleil reSideNce Av. São Sebastião, 2622 (Goiabeiras), E 3023-0433 (hotellesoleil.com. br). 1997. 23 ap, ar, coz. G @ A. Ds: 200/280. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii aX J. Os quartos são ideais para estadias mais longas na cidade. Todos têm sala (com sofá-cama e TV de tela plana) separada do dormitório, cozinha equipada (com fogão e utensílios) e área de serviço. O hotel está próximo ao centro comercial de Cuiabá, numa avenida com algum movimento. G FazeNda mato GroSSo (parque) R. Antônio Dorileo, 1100 (Coxipó), 7 km, E 3315-1200 (hotelmt.com. br). 1975. 51 ap, ar G Sc (2500) @ A L j O V. Ds: 145/168. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i K. F mato GroSSo palace R. joaquim Murtinho, 170, E 3614-7000 (hotelma togrosso.com.br). 1986. 137 ap, ar G Sc (200) @ A L. Ds: 190/220. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii BY L. F SaNSaed R. Profº. joão Félix, 325, E 3051-4500 (sansaed. com.br). 2008. 37 ap, ar G Sc (50) @ A. Ds: 99/139. Cc: D, M, V; Cd: M, R, V ii cX M. Fica em um bairro residencial e relativamente tranquilo, mas está bastante próximo da área central da cidade. Os quartos, bem recentes – assim como todo o hotel –, contam com TV de tela plana, camabox e mobília em tons claros. F veNeza palace Av. Cel. Escolástico, 738 (Bandeirantes), E 3317-6000 (venezapalace.com.br). 1986. 77 ap, ar G Sc (120) @ A L j e. Ds: 130/184. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V ii cY N. F maNGaBeiraS Av. da FEB, 1275 (Manga), mun. de Várzea Grande, 4 km, E 3029-3100 (hotelmangabeiras. com.br). 1990. 36 ap, ar G @ A E L. Ds: 111/142. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i O. F cerradoS park Av. Couto Magalhães, 755 (mun. de Várzea Grande), 7 km, E 3682-5050 (cerradosparkhotel. com.br). 2002. 45 ap, ar G @ A. Ds: 111/142. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i P. F caSa Nova R. Salin Nadaf, 178 (mun. de Várzea Grande), 7 km, E 3682-0777. 2003. 34 ap, ar G @ A. Ds: 89/129. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i Q. F laS velaS Av. joão Ponce de Arruda, 50 (Aeroporto), mun. de Várzea Grande, 7 km, E 3682-3840. 1981. 56 ap, ar G Sc (80) @ A E L j. Ds: 125/175. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V i R. hollidaY iNN eXpreSS cuiaBá Av. Miguel Sutil, 1900. Inaug. prev. dez/10. SerraS hotel cuiaBá Av. Miguel Sutil, 4098. Inaug. prev. dez/10. D D manaus am cOMO chEGAR como chegar Vindo do sul, chega-se a Fortaleza pela BR-116 ou pela litorânea BR-101 até Natal, depois a BR-304 e, em Aracati, a CE-040. Das bandas de Belém e Teresina, o acesso é pela BR-222. Do Aeroporto Pinto Martins partem táxis com preço fixo (Coopaero 3392-1500, R$ 32,40 até a Beira-Mar) ou com taxímetro (Coopertaxi 3477-5549). Ônibus urbanos saem do aeroporto e da rodoviária e vão aos bairros próximos à Avenida Beira-Mar por R$ 1,80. A melhor maneira de chegar a Manaus é de avião – o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Norte da cidade, recebe voos de várias cidades do Brasil. De lá, o táxi até o Centro custa R$ 49. De carro, a única rodovia de acesso é a BR-174, uma opção para quem vem de Boa Vista ou outras regiões de Roraima. Pelo Rio Amazonas, a viagem desde Belém pode levar quase quatro dias. como circular cOMO cIRculAR 5 hotÉis Curitiba é endereço de medalhões da hotelaria, mas não leve em conta só nomes famosos: a cidade tem ótimas redes locais, como a Slaviero (que já expandiu para outros estados) e a Confiance, especializada em hotéis econômicos. Estilo, aliás, que vem dominando a cidade: com pouca oferta de serviços, os chamados “express” têm bons quartos e diárias mais em conta. Os novos Confiance Inn e Master Express são provas dessa tendência, boa para quem vem a trabalho – e a lazer: as tarifas são ainda mais baixas nos fins de semana. GO VEjA P. 920 CruzeirO VEjA P. 921 5 por feliPe taboada Jangadeiro e orla da Avenida Beira-Mar como circular 30 ºC G 5 por PAulA dOuRAdO como chegar F15 E 41 curitiba.pr.gov.br H 1851215. Brasília 1402, Florianópolis 297, São Paulo 411, Porto Alegre 714, Rio de Janeiro 862, Belo Horizonte 1013. Curitiba ainda é uma cidade de passagem. Boa parte de seus visitantes vem para trabalhar, descansar antes de seguir viagem mais para o sul ou participar de algum evento. É por isso que seu lado turístico continua assim, meio de acessório. Mas, além de clássicos como a Ópera de arame e o Jardim Botânico, há muito a se descobrir. Com um Centro histórico em progressivo restauro, vias arborizadas e parques bem-cuidados, a cidade tem se revelado um destino da boa vida. Pelo menos é o que sugerem a ótima rede hoteleira, a badalada cena gastronômica e o clima cada vez mais descolado. a região que começa a ser conhecida como Batel soho, cheia de lojinhas e cafés charmosos ao redor da Praça da espanha, é o maior exemplo dessa nova faceta – uma Curitiba que promete dar o que falar. A Cuiabá Página 274 O Aeroporto Afonso Pena fica a 18 km do Centro. Lá, pegue táxi (em média, R$ 50), ônibus executivo (R$ 8, aero portoexecutivo.com.br) ou ônibus comum (R$ 2,20), o “ligeirinho” – passa a cada dez minutos na estação-tubo. Os dois últimos param na Rodoferroviária, onde passa o ônibus Circular-Centro, que percorre a área central (passa em frente ao posto de informações turísticas). De carro, o acesso é via BR116 (de São Paulo ou Porto Alegre), BR-277 (de Paranaguá ou Foz do Iguaçu) e BR-376 (de Ponta Grossa). No Centro, prefira táxis ou ônibus. Presentes por todo lado, os “tubos” são estações em que dá para reembarcar sem pagar nova passagem. As avenidas Visconde de Guarapuava e 7 de Setembro ligam o Centro e o Batel, onde estão hotéis e restaurantes. 5 restaurantes comida típica Galinha com polenta no fio Galinha e milho eram a base da alimentação dos imigrantes italianos, que aportaram em Santa Catarina por volta de 1870. Até hoje esses ingredientes imperam nos almoços de domingo em Nova Veneza, na região de Criciúma. Nos restaurantes tradicionais, a galinha caipira é servida ensopada, acompanhada por polenta. Resfriada sobre o panaro (tábua redonda de madeira), a polenta é cortada com um fio de algodão – daí o nome da receita. Massa caseira, fortaia (ovos com queijo colonial) e radicce (almeirão) com bacon também fazem parte do banquete. onde comer: Il Camino (do Fefê) e Ghellere. N F C il camiNo (do Fefê) B $ Tr. Osvaldo Búrigo, 142 (mun. de Nova Veneza), 17 km, E 3436-1018; ar M P U. Cc: D, M, V; Cd: M, R, V. 3ª/sáb 19h/23h, dom 11h30/15h. Regional. Neto de italianos, Fefê recepciona e atende os clientes. A refeição de preço fixo é um verdadeiro banquete: polenta no fio e frita, macarrão caseiro à bolonhesa e à carbonara, galinha caipira, fortaia e moela. Aos domingos, um rodízio de espetos ainda reforça o almoço. Ghellere A $ Estr. Geral S. Pedro (Siderópolis), 24 km (3 km de terra), E 3436-1036 P U. Cc: D, M, V; Cd: M, R, V. Sáb/dom 11h30/15h; dez: 2ª/6ª 13h/18h, sáb/dom 11h30/15h. Regional (rodízio). Fica em Siderópolis, mas o melhor acesso é por Nova Veneza. moNtalcciNo B $$ R. Celestina Zilli Rovaris, 238 (Centro); ar P I U. Cc: D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques. 11h30/14h e 19h/0h. Variada. Fortaleza Ce 5 por viviane aguiar o Museu oscar niemeyer: acervo de arte contemporânea C 274 brasília Página 175 CurItIba pr meses O Plano Piloto é o concorrido coração da cidade. O “corpo” do avião é o Eixo Monumental, uma avenida que reúne os principais monumentos e os órgãos do governo; as “asas” são os dois grandes “bairros” de cada lado do eixo: a Asa Sul e a Asa Norte. O Eixo Rodoviário atravessa as duas asas. Os endereços aqui não são dados em ruas, mas em setores e quadras, identificados por números e letras. Há setores temáticos para hotéis, bancos, clubes. Esqueça as caminhadas: as distâncias são imensas e só de carro, ônibus ou táxi você pode vencê-las. Há metrô com alcance limitado. Quem dirige em Brasília sem conhecer a cidade apanha um pouco – e se perde – no começo. Mas basta entender a lógica de circulação dela que tudo começa a fazer sentido. Dica: algumas empresas de táxi operam com 30% de desconto, caso da Rádio Táxi Alvorada (3321-3030) e da Rádio Táxi Inteligente (3325-3030). B 175 J J A S O N D Temp máx/mín RAIO X ClássiCo Vale conferir se humoristas como Zé Modesto e Raimundinha continuam bons de piada e improviso. Os shows de humor são programa certo para as noites de quinta nas barracas da Praia do Futuro. E o melhor: as boas risadas podem ser acompanhadas pela caranguejada. É tudo verdade Não há como fugir dos guardadores de carro – eles estão espalhados por toda a cidade, dia e noite. Para não se aborrecer, é bom manter moedinhas no bolso. FORTALEZA Página 332 Mesmo na época de chuvas, entre março e maio, o céu encoberto dura pouco tempo e o sol predomina. Na última semana de julho acontece o Fortal, um dos maiores carnavais fora de época do país (p. 338) – é bom reservar a hospedagem. FotograFia Sem desmerecer a Praia do Futuro, é no calçadão da Avenida Beira-Mar onde se tiram as melhores fotos do colorido pôr do sol. Como cenário, dá para escolher entre as jangadas de Mucuripe e o píer perto de um antigo navio naufragado, em Iracema. saColinha Aproveite para fazer (ou renovar) o enxoval. Existem quatro tipos principais de renda: bilro, labirinto, filé e renascença. Entre as peças, há cortinas, colchas, toalhinhas e roupas (leia mais em Compras). Os hotéis estão na Praia do Futuro e nos arredores da Avenida Beira-Mar, nas praias de Mucuripe, Meireles e Iracema. Ônibus circulam por todo lado (à noite, prefira os táxis). A cidade tem uma das passagens de ônibus mais baratas entre as capitais. E o melhor: terminais urbanos permitem trocar de veículo sem custo extra. palácio da Justiça V20 E 92 manaustur.com.br H 1738641. Brasília 3591, Presidente Figueiredo 133, Boa Vista 824, Belém 5434. Quem vai a Manaus com a expectativa de viver uma aventura na maior floresta tropical do planeta se decepciona. a capital do amazonas, às margens do rio negro, está bem mais para metrópole do que para vila na selva. São quase dois milhões de habitantes, muitas indústrias e um cenário urbano pouco verde. De olho na copa de 2014, a cidade investe em infraestrutura e na rede hoteleira. no último ano, ganhou mais quatro grandes hotéis, e outra meia dúzia está em construção. a revitalização do centro Histórico também segue em ritmo acelerado: o palácio rio Branco, ex-sede do poder legislativo, virou um centro cultural, e um antigo sobrado do século 19 é hoje o Museu casa eduardo ribeiro. Mas não é só de progresso que vive a cidade. Seja nas deliciosas receitas de peixes amazônicos ou em uma vitamina de guaraná feita na hora, as tradições locais e a lembrança da selva estão por todos os lados. QuAntO cuStA • Passagem de ônibus: R$ 1,80 • Táxi: R$ 3,24 (bandeirada), R$ 1,62 (km rodado) • Café expresso: R$ 2,30 • Cerveja de garrafa na Crocobeach (p. 343): R$ 4,29 • Tapioca de carne de sol com queijo coalho no Centro das Tapioqueiras (p. 337): R$ 5 • Água mineral (500 ml): R$ 1,70 5 hOtéIS Programe-se Antes de escolher onde ficar, é preciso decidir o objetivo da viagem. Quem fica na Praia do Futuro, a única sempre balneável na cidade, pode dar um mergulho logo cedo e tem à disposição barracas com ótima estrutura – embora esteja a cerca de 10 km do Centro. Os hotéis das praias centrais de Meireles e Iracema, contudo, estão mais próximos dos bares e da boa gastronomia. MANAUS 35 ºC 350 mm 30 300 25 250 150 100 J F M A M J Chuvas D D 200 20 15 10 meses I GrAN MArquISE Av. Beira-Mar, 3980 (Mucuripe), E 4006-5000 (granmarquise.com.br). 1992. 230 ap, ar G Sc (1300) n @ A (pago) L F j e. Ds: 370/522. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques i DY A. A vista para a Praia de Mucuripe, o jardim assinado por Burle Marx e os três restaurantes no lobby – entre eles o estrelado Nostradamus – dão charme ao hotel. Todos os quartos têm cama king-size, TV de tela plana, roupão, chinelos e bolsa de praia; os banheiros, reformados recentemente, ganharam ares mais modernos. I VILA GALé FOrtALEzA Av. Dioguinho, 4189 (Praia do Futuro), 11 km, E 3486-4400 (vilagale.com. br). 2001. 300 ap, ar G Sc (800) n @ A E L recreação j J e. Ds: 227/302. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques. O melhor hotel da Praia do J A S O N D Temp máx/mín raio X Bons sonhos os confortáveis quartos dos andares mais altos do hotel Park Suites Manaus, antigo Tropical Business, têm uma das vistas mais bonitas da cidade – especialmente para o pôr do sol no outro lado do Rio Negro. FoTo: AMARIlDo olIVEIRA Programe-se cOMO chEGAR FOTO: ALEx uCÔA i12 E 31x 3689-2557 pbh.gov.br H 2452617. Brasília 747, Rio de Janeiro 444, Vitória 544, São Paulo 602, Goiânia 896, Porto Alegre 1724, Recife 2074, Fortaleza 2527, Belém 2844. Há mais mudanças acontecendo na Praça da liberdade do que a enorme faixa do Banco do Brasil, que cobre um dos casarões, deixa transparecer. embora ainda não dê muito na vista, a praça promete transformar a cidade nos próximos anos. Hoje, os principais pontos turísticos estão longe do centro – caso das obras de Oscar niemeyer, na Pampulha. Mas, até 2012, o bem-cuidado jardim, que nasceu com a cidade no fim do século 19, deve ganhar cinco novas atrações, entre museus e centros culturais (como o do Banco do Brasil), e um hotel de luxo. isso sem contar o espaço Tim uFMG do conhecimento e o Museu das Minas e do Metal-eBX, que já estão abertos. espera-se, assim, que BH deixe de ser apenas destino de negócios ou porta de entrada para as cidades históricas. afinal, há muito a descobrir no coração da capital. 5 por MAnuElA nOGuEIRA como chegar FOTO: MADALENA LELES casa do Baile: atracão da lagoa da Pampulha G U I A B R A S I L 2 0 11 BRASíLIA df 5 por manuela nogueira BRASíLIA - df bElo horizoNTE mG É tudo verdade A zona portuária abriga um belo conjunto arquitetônico de casas e prédios dos tempos áureos da borracha. Mas a conversão de edifícios históricos em museus não foi capaz de mudar a cara Nas chuvas, de dezembro a junho, os rios enchem e a floresta alaga – navegase na altura da copa das árvores. Na seca, de julho a novembro, praias se formam à beira-rio. Em abril e maio, o Teatro Amazonas sedia o Festival de Ópera. do lugar: as ruelas às margens do Rio Negro são apinhadas de camelôs e ponto de prostituição dia e noite. saBores É obrigatório visitar um Café Regional. Embora sejam rústicos, geralmente com mesas coletivas, servem o mais autêntico banquete típico. Funciona assim: você assinala em uma comanda suas escolhas entre quase 100 receitas e elas aparecem à sua frente. Tem pupunha cozida, mingau de tapioca, banana pacovã frita, pé de moleque (aqui, uma pasta de mandioca assada na folha de bananeira)... É preciso paciência e senso de direção para circular pela cidade. Há pouca sinalização: mesmo as placas com nome de ruas são escassas. Mas é fácil se achar no Centro Histórico, um dos poucos lugares que podem ser curtidos a pé. Chegar a lugares mais distantes, como a Praia de Ponta Negra e o distrito que abriga as indústrias sem pedir informações é uma façanha – o negócio é ir de táxi. Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,25 • Táxi: R$ 3,50 (bandeirada), R$ 1,88 (km rodado) • Café expresso: R$ 3 • Garrafa de cerveja no Bar do Armando (p. 480): R$ 4,50 • X-caboclinho no Açaí & Cia (p. 478): R$ 6 • Água mineral (500 ml): R$ 2 5 hotéis Com a Copa de 2014 no horizonte e novos negócios surgindo na Zona Franca, a rede hoteleira da cidade experimenta um período de expansão. Manaus ganhou novos empreendimentos no último ano: no Centro, a poucos metros do Teatro Amazonas, o moderno Go Inn oferece serviços básicos a preços econômicos; o Caesar Business, o Blue Tree, o Premium e o Holiday Inn miram o público corporativo, com boa estrutura para reuniões e pequenas convenções. I Tropical (beira-rio) Av. Cel. Teixeira, 1320 (Ponta Negra), D 18 km, 2123-5000, reservas 0800E 701-2670 (tropicalhotel.com.br). 1976. 510 ap, ar G Sc (1000) @(pago) A L recreação j J O. Ds: 612/840. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques. Construído às margens do Rio Negro e longe das barulhentas ruas de Manaus, o hotel é o único da cidade onde se experimenta a sensação de dormir perto da selva. Um aviso: algumas unidades, reformadas, contam com mobília mais nova e equipamentos modernos. H park SuiTeS ManauS N (beira-rio) Av. Cel. Teixeira, 1320 (Ponta Negra), 18 km, E 4009-8200 (atlanticahotels.com.br). 2004. 247 ap, ar G Sc (90) @ A L j. Ds: 336/516. D MANAUS Página 475 12 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo porto Alegre rs 5 por EduARdO MERlI Pôr do sol no rio Guaíba De Fortaleza, pegue a rodovia CE-040 até Aracati e de lá, a BR-304 a Natal. De João Pessoa, são 184 km pela BR101. Do Aeroporto Augusto Severo, a 20 km de Natal, partem os ônibus municipais (R$ 2,45) que levam até o Centro e Ponta Negra. A Coopertaxi (84/3643-1183) faz preços fechados (R$ 38 até Ponta Negra, R$ 45 até o Centro). Da rodoviária, há táxis (R$ 20 até o Centro, R$ 30 até Ponta Negra) e ônibus de linha (R$ 2). NATAL 350 mm 30 300 25 250 20 200 100 J F M A M J J A S Chuvas O N D Temp máx/mín RAIO X FOTO: LuiS MORAiS sabores Carne de sol, feijãoverde e paçoca fazem parte do dia a dia em Natal. Camarões também. Assim como o ótimo caranguejo da Toca do Caranguejo, na Praia do Cotovelo. PROGRAME-SE RIO DE JANEIRO 35 ºC 250 mm 30 200 25 150 100 20 50 15 10 0 M A M 100 50 10 0 J F M A M J J A S O N D Temp máx/mín Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,45 • Táxi: R$ 3,36 (bandeirada), R$ 2,52 (km rodado) • Café expresso: R$ 2 • Garrafa de cerveja no Nossa Senhora do Ó (p. 593): R$ 7,90 • Erva-mate no Sr. Fritz (p. 593): R$ 5/Kg • Água mineral (500 ml): R$ 2 J J A S O N D Temp máx/mín RAIO X clássico Até os mais sedentários têm vontade de se exercitar no Rio. É contagiante ver os calçadões cheios de gente correndo, patinando ou pedalando. Aproveite que está cada vez mais fácil alugar uma bicicleta (leia mais em Passeios) e junte-se a eles. É TUDo VERDADE Sim, o Rio é uma cidade perigosa. Mas não é preciso paranoia. Mantenha as antenas ligadas e curta a cidade: deixe objetos de valor no cofre do hotel, não exiba a câmera e o celular ultramoderno e evite o Centro em Em janeiro e junho tem Fashion Rio; em julho os ateliês de Santa Teresa abrem ao público e ocorre a Maratona Caixa. Em setembro, é a vez do Festival de Cinema e, de setembro a novembro, de cinema a céu aberto no Claro Open Air. É tudo verdAde A rivalidade entre Grêmio e Inter não se restringe aos gramados. Aparece em rápida conversa com qualquer porto-alegrense. É bom dispensar roupa azul no Beira-Rio (estádio do Inter) e arredores, e qualquer peça vermelha no Olímpico (reduto gremista). NoIte São dois os bairros notívagos. O Moinhos de Vento tem bares arrumadinhos ao longo Domingo é dia de preparar a cuia, das ruas Padre Chagas e Fernando escolher a erva, limpar a bomba, Gomes, a “calçada da fama”. E a encher a garrafa térmica de água Cidade Baixa é um reduto boêmiofervendo e seguir rumo ao Parcão intelectual com singelos (mas não menos atraentes) botecos. ou ao Parque da Redenção. O turismo de negócios movimenta a rede hoteleira em Porto Alegre. A inauguração do Ibis Moinhos de Vento, em 2010, e o andamento das obras de outros dois grandes hotéis provam que a demanda é crescente. O Centro soma a maior quantidade de opções. Quem se hospeda em Praia de Belas está no caminho para a Zona Sul, embora um pouco afastado da cidade. Navegantes, a 10 km da área central, é o bairro mais próximo ao aeroporto. Para unir boa hospedagem à oferta de bons restaurantes e bares, o melhor é ficar no charmoso Moinhos de Vento. Atenção: no fim de semana, alguns hotéis dão bons descontos nos valores das diárias. RECIFE 25 fins de semana, quando as ruas ficam quase desertas. sAcolinhA Points de compras não faltam. Há desde o popular Saara (com tudo o que você precisa para montar uma fantasia baratinha de Carnaval) até as descoladas lojas de rua da Zona Sul e as grifes internacionais de peso da Rua Garcia D’Ávila, em Ipanema (leia mais em Compras). Típico Ao esbarrar em celebridades, faça como os cariocas: nem dê bola, mesmo que o vizinho de mesa num bar for o Chico Buarque ou a Alinne Moraes. Programe-se • Passagem de ônibus:R$ 2,35 • Táxi: R$ 4,30 (bandeirada), R$ 1,55 (km rodado) • Café expresso: R$ 2,50 • Chope do Jobi (p. 670): R$ 4,30 • Coxa-creme da Confeitaria Colombo (p. 668): R$ 7,50 • Água mineral (500 ml): R$ 2,50 SALVADOR rio dejaneiro Página 652 www.viagemdoconhecimento.com.br 35 ºC 350 mm 30 300 25 250 200 20 150 15 5 hOtéIS 10 meses 100 J F M A M J J A Chuvas S O N D Temp máx/mín raio X Artes Salvador inspirou Reserve meses antes o hotel para o Carnaval. De dezembro até a festa, a cidade vibra com os ensaios dos blocos. A lavagem do Bonfim ocorre em janeiro e a Festa de Iemanjá, em fevereiro. A Festa de São João, em junho, é animada. Opô Afonjá, no Cabula; o Gantois, na Federação; e o Bate-Folha, na Mata Escura. canções de Caetano, Gil, Caymmi. Foi tema do soneto A Cidade da Bahia, de Gregório de Matos Guerra, de poemas do livro Bahia e Baiano, de Gilberto Freyre. E cenário dos filmes Cidade Baixa e Ó Paí, ó! (só para citar os mais recentes). primeira capital do Brasil, em 1549. A topografia escarpada, de frente para a baía, ajudava na proteção contra os invasores. As edificações ficaram sobre topo do morro e o comércio, à beira-mar. ClássICo Os ilês, terreiros lendA UrbAnA “365 igrejas, de candomblé, não são atrações turísticas, mas abrem as portas em dias de festas. Entre os mais tradicionais estão o Casa Branca, na Av. Vasco da Gama; o Ilê Axé salvador Página 690 A cidade é interligada por grandes avenidas e pontes, que nem sempre têm retorno fácil. A maioria dos hotéis está na orla de Boa Viagem, enquanto os restaurantes se dividem entre os bairros à beira-mar e os das áreas norte e oeste. Fique atento ao circular de carro por Recife Antigo e Santo Antônio – em alguns horários, há ruas que se tornam exclusivas para ônibus, motos e táxis. Uma boa frota de ônibus (itinerários no site gran derecife.pe.gov.br) e quatro linhas do metrô conectam o Centro aos principais bairros. Para distâncias curtas, táxis têm bom custo-benefício. Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 1,85 • Táxi: R$ 3,50 (bandeirada), R$ 1,70 (km rodado) • Metrô: R$ 1,40 • Café expresso: R$ 3,50 • Garrafa de cerveja no Biruta (p. 632): R$ 4,50 • Fatia de bolo de rolo da Casa dos Frios (p. 633): R$ 4,10 • Água mineral (500 ml): R$2,80 300 200 10 100 J F M A M J J Chuvas A S O N D Temp máx/mín raio X ARTE Filho ilustre de Recife, Gilberto Freyre deixa transparecer um profundo carinho pela terra natal em seu Guia Prático, Histórico e Sentimental da Cidade do Recife (1934). Na segunda quarta-feira de cada mês, a Fundação Gilberto Freyre (p. 637) organiza um passeio noturno inspirado nas histórias sobrenaturais relatadas em Assombrações do Recife Velho (1955), outra famosa obra de sua lavra. E Faz calor praticamente o ano todo e as chuvas só incomodam entre abril e julho. O carnaval recifense lota as ruas – o ponto alto é o desfile do bloco Galo da Madrugada, que reúne mais de 1 milhão de foliões. 5 hotéis O setor hoteleiro da capital pernambucana sempre sofreu com a estagnação do número de leitos. Agora, a situação tem tudo para mudar: há pelo menos oito projetos de construções de alto padrão previstos para ser inaugurados na cidade entre 2011 e 2014. Como o movimento de viajantes a negócios é predominante, a ocupação dos hotéis e os preços são mais altos de segunda a sexta-feira. Boa parte dos endereços está distribuída pela orla de Recife. E vários, como o confortável Dorisol, ficam na Praia da Piedade, já na cidade vizinha de Jaboatão dos Guararapes – ou seja, estão longe dos restaurantes e da agitada vida noturna de Boa Viagem e bem mais afastados de Olinda. e de seus filhos estão à venda no Mercado São José, na Casa da Cultura de Pernambuco e na feira da Rua Bom Jesus, no Recife Antigo. Suvenir aclamado é o bolo de rolo da Casa dos Frios – uma das filiais fica no aeroporto. SOM Recheie o tocador de MP3 com canções do eclético repertório pernambucano: o xote e baião de Luiz Gonzaga, o manguebeat de Chico Science e Mundo Livre S/A e o regionalismo moderno de Otto e Lenine. O site musicadepernambuco.pe.gov. SACOLINHA Rendas, br tem trechos de músicas de marionetes, bonequinhos de cerâmica, xilogravuras de J. Borges diversos artistas. I AtlAnte PlAzA Av. Boa Viagem, 5426 (Boa Viagem), D3302-3333 (atlanteplaza.com.br). E 1995. 241 ap, ar G Sc (210) n @ A (pago) E L j e. Ds: 395/565. Ts. Cc: A, manaus am 5 por feliPe taboada K9 J E 71 salvador.ba.gov.br H 2998056. Brasília 1508, Maceió 604, Recife 828, João Pessoa 948, Natal 1114, Vitória 1209, Belo Horizonte 1385, Rio de Janeiro 1670, Goiânia 1707, São Paulo 1979. É difícil resistir ao astral, aos atabaques, ao sincretismo religioso, cultural e gastronômico da capital baiana. a cidade onde mais de 80% da população é negra – é a única fora da África com esse perfil – preserva as tradições dos escravos, como o candomblé e o acarajé, e a mistura das heranças indígenas e portuguesas. a alma disso tudo é o Pelourinho, o Centro Histórico, com ateliês de arte, sobrados e igrejas do século 18. Uma nova onda de restauros toma conta da região: um grande exemplo foi o Palácio rio Branco, em 2010. Um moderno distrito financeiro surge na avenida tancredo neves, nos bairros Pituba e Caminho das Árvores. e a orla deve mudar radicalmente: em abril de 2010, a Justiça Federal determinou a demolição de todas as 352 barracas de praia da cidade, em razão de irregularidades e danos ambientais. QuAntO cuStA como circular RECIFE Página 628 Largo do Cruzeiro de são Francisco A Avenida Brasil e a Linha Vermelha são as vias de entrada para quem chega das BR-116 e BR-040 e segue ao Centro e à Zona Sul. As duas têm conexão com a Linha Amarela, via expressa para a Barra. Na rota para a Lagoa Rodrigo de Freitas e para as praias, o Túnel Rebouças é uma alternativa. Na hora do rush, as avenidas Niemeyer, Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica têm sentido único: de manhã na direção do Centro; na mão oposta no fim da tarde. Aos domingos e feriados, muitas faixas à beira-mar são interditadas. Quem fica na Zona Sul resolve a circulação com táxis e metrô. 400 20 15 meses 5 por eduardo merli cOMO cIRculAR 500 30 I Sheraton R. Olavo Barreto Viana, 18 (Moinhos de VenD to), 2121-6000 (sheraton-poa.com. br). 2001. 171 ap, ar G Sc (350) n @ (pago) A (pago) E L j e. Ds: 409/509. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V II DX A. Anexo a um shopping e a poucos metros do Parcão e da badalada Rua Padre Chagas, tem a melhor localização da cidade. O elegante lobby foi repaginado e ganhou um bar, uma joalheria e computadores. Nos quartos, o conforto segue com travesseiros de pena de ganso e serviço de turn down: no fim da tarde, as camas king-size são rearrumadas e as cortinas, fechadas. 600 mm 35 ºC sAlvAdor bA cOMO chEGAR Há dois aeroportos: Santos Dumont, na região central, e Internacional Antonio Carlos Jobim, o Galeão, que fica na Ilha do Governador, a 20 km do Centro (a viagem de táxi costuma sair, em média, R$ 65, e R$ 90 para Copacabana; um ônibus com ar-condicionado liga o aeroporto ao Centro, a alguns pontos da Zona Sul e à Barra da Tijuca por R$ 7). Os ônibus interestaduais e intermunicipais desembarcam no Terminal Rodoviário Novo Rio (3213-1800), pertinho do Centro. De carro, as principais vias de acesso são a BR-101 (para quem vem do Norte), a BR-040 (de Belo Horizonte) e a BR116, Via Dutra (de São Paulo). No Rio, é alta temporada o ano todo. As diárias dos hotéis sofrem grandes alterações apenas no Carnaval e no Réveillon – e chegam a triplicar nessas datas. Os mais de 100 endereços que indicamos no GUIA BRASIL costumam ter ocupação máxima de janeiro a dezembro. A hotelaria carioca vive em efervescência. Ao mesmo tempo em que cresceu o número de guest houses, pousadas cheias de personalidade, hotéis antigos ressurgem após reformas. É o caso do Grande Hotel São Francisco, no Centro, que reabriu em 2010 após um ano em remodelação. E a onda de investimentos só se intensifica diante da proximidade da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O Pestana Rio Atlântica ficará fechado de março a setembro de 2011 para voltar repaginado. Enquanto isso, chegam novidades como o Arena Copacabana, na Avenida Atlântica, e o primeiro Novotel do Rio. O aeroporto de Recife fica em Jaboatão dos Guararapes – há ônibus para Boa Viagem (15 minutos) e para o Centro (25 minutos), e o táxi para a maioria dos hotéis custa, em média, R$ 25. A Rodoviária, também no município vizinho, a 24 km, é ligada ao Centro por metrô. Quem vem de carro desde a Paraíba ou Alagoas acessa a cidade pela BR-101. Pelo sul, há também a opção de vir pela Al-101 margeando o litoral, e depois, pela PE-060. A estrada que liga Recife a Caruaru e ao interior pernambucano é a BR-232. Programe-se 5 hotéis Faz frio em boa parte do ano. Em junho e julho, casacão e cachecol são obrigatórios. No verão, porém, o calor é forte e úmido. Dois eventos lotam a cidade: a Semana Farroupilha, em setembro, e a Feira do Livro, de outubro a novembro. ClássICo FOTO: FLAVIO VELOSO I14 E E 21 x 3213-1800 rio.rj.gov.br H 6186710. Brasília 1170, Belo Horizonte 444, São Paulo 451, Vitória 533, Curitiba 862, Goiânia 1314, Porto Alegre 1573, Salvador 1670, Natal 2645. Se chegar de avião, no Aeroporto Santos Dumont, escolha um assento na janelinha do lado direito e não durma. Durante a descida, você avista o Cristo Redentor, passa do ladinho do Pão de Açúcar, sobrevoa os vários morros da cidade e, assim, meio sem querer, a música Samba do Avião, de Tom Jobim, vem à cabeça. Sim, o Rio tem mesmo paisagens de cinema (ou melhor, de novela). E tem sabido renovar seus encantos. Em 2010, o Theatro Municipal reabriu as portas como no dia da inauguração, em 1909. Restaurantes novos, como o italiano La Fiducia e o variado Alameda, já chegam com uma estrela no GUIA BRASIL. E há muito por vir até a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016: a hotelaria, em especial, deve se aquecer com a volta de medalhões como o hotel Glória e o antigo Le Méridien (futuro Windsor), já em reforma. como chegar M7 J E 81x 3232-8409 recife.pe.gov.br H 1561659. Brasília 2197, João Pessoa 136, Maceió 266, Natal 302, Fortaleza 822, Salvador 828, Belém 2065, Rio de Janeiro 2359, São Paulo 2667. não falta concorrência aos encantos de Recife. A capital é porta de entrada para alguns dos destinos de praia mais desejados do país, como Porto de Galinhas, a uma hora de estrada, e o arquipélago de Fernando de noronha, a 1h30 de voo. Mas quem dedica alguns dias de férias à capital mais cosmopolita do nordeste não se arrepende. A vida cultural de Recife é escancarada, pujante. Museus de alto nível, como os da família Brennand e a Fundação Gilberto Freyre, convivem com shows de maracatu, forró e manguebeat nas praças, como no Pátio de São Pedro. A paisagem urbana é pra lá de interessante, toda cortada por rios e pontes e adornada por fortes e igrejas que testemunharam a mescla entre os domínios português e holandês no século 17. Diversão noturna não falta. Há bons bares à beira-mar e o conjunto gastronômico mais respeitável do nordeste, com 11 restaurantes estrelados pelo GUIA QUAtRO RODAS. e ainda tem o charme de Olinda, tão perto. Mais uma concorrência que virou vantagem. PORTO alegre Página 588 A praia de Copacabana Chuvas 150 20 raio X 5 por nAnA tuccI, RIcARdO cAStAnhO E vIvIAnE AGuIAR F 200 25 Artes Mario Quintana não nasceu em Porto Alegre, mas mudou-se ainda menino para lá. Com o singular hábito de viver em hotéis, o escritor retratou a cidade em muitos de seus poemas, entre eles O Mapa, do livro Apontamentos de História Sobrenatural. Rio DE jAnEiRo Rj J 250 mm 30 D NATAl Página 503 meses 35 ºC 15 Chuvas I SerHS NATAl GrAND N (praia) Via Costeira, 6045 (Praia de Barreira-d’Água), 11 km, E 40052000, reservas 0800-702-2441 (serhs natalgrandhotel.com). 2005. 396 ap, ar G Sc (500) spa n @ A E L recreação j j e. Ds: 483/580. Ts. Cc: A, D, H, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques ii AX A. É difícil não notar, no horizonte, o melhor hotel de Natal. O edifício de proporções avantajadas abriga quartos que, além da bela vista, têm confortos como cama king-size e TV de LCD. Na área de lazer há uma enorme piscina (com escorregador, pontos de hidro e área de biribol) e um recém-inaugurado spa Kensho, que reúne oito salas de massagem, terapias na água, sauna e piscina térmica. Outro ponto alto, aqui, é a gastronomia: são quatro restaurantes e o Sport Bar, com espaço para jogos de tabuleiro e futebol de mesa. areia e as mesas rústicas fazem do Casa de Taipa (p. 509) um barzinho com ótimo astral. Mas todos vão lá mesmo é pelas tapiocas, como a de queijo coalho com carne de sol. localização geográfica, na “esquina” da costa leste sulamericana, faz com que os ventos sejam constantes em Natal. Além de amenizar a média Programe-se PORTO ALEGRE meses lugarzinho O piso de É tudo verdade A • Passagem de ônibus: R$ 2 • Táxi: R$ 3,88 (bandeirada), R$ 1,86 (km rodado) • Café expresso: R$ 2 • Cerveja long neck no Decky (p. 515): R$ 3,90 • Ginga com tapioca (p. 508): R$ 3 • Água mineral (500 ml): R$ 1,80 5 hOtéIS térmica anual de 27°C, eles dão uma mãozinha aos praticantes de surfe e de kitesurfe na cidade. ClássiCo Genipabu, a Praia da Pipa e os parrachos de Maracajaú são três hits a menos de 100 km de Natal. Para conhecê-los, os custos são os mesmos se você alugar um carro ou contratar o passeio de agências. Pela comodidade, prefira usar seu automóvel só para rodar pela capital. QuAntO cuStA Caminhar é a melhor saída se você estiver no Centro – o trânsito carregado nas ruas estreitas aborrece qualquer motorista. Pelos outros bairros não há problema, exceto no fim da tarde, quando todos deixam a zona central pelas avenidas Protásio Aves, Independência e Farrapos. Circular de ônibus ou táxi (há muitos por todo o lado) é fácil. HIstórIA Salvador foi a a Bahia tem”, cantou Dorival Caymmi. Uma igreja por dia do ano? Mais. A Arquidiocese de São Salvador da Bahia responde: são 372 templos católicos. como chegar como chegar Para quem chega de carro: do sul, BR-101 ou BR-116 até Feira de Santana, e a duplicada BR-324 até Salvador; do norte, BR-101 até Estância (SE), continuando pela SE-368 e BA099 (Linha Verde) até a capital. O Aeroporto Luís Eduardo Magalhães fica a 28 km do Centro, mas perto das melhores praias, na orla norte – uma corrida de táxi de lá até o Pelourinho pode custar R$ 80; há linhas de ônibus convencional (R$ 2,30) e executivo (R$ 4) até os principais pontos da cidade. Da rodoviária, o táxi sai R$ 27 para o Pelourinho e R$ 20 para Rio Vermelho. A melhor maneira de chegar a Manaus é de avião – o Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na Zona Norte da cidade, recebe voos de várias cidades do Brasil. De lá, o táxi até o Centro custa R$ 49. De carro, a única rodovia de acesso é a BR-174, uma opção para quem vem de Boa Vista ou outras regiões de Roraima. Pelo Rio Amazonas, a viagem desde Belém pode levar quase quatro dias. como circular palácio da Justiça como circular Há linhas de ônibus entre os principais pontos turísticos. Táxis não são caros. Se alugar carro, saiba que as vias são bem sinalizadas, mas o trânsito é pesado nas regiões do Rio Vermelho e na Av. Paralela, que liga a cidade ao aeroporto. No Pelourinho, faça tudo a pé. V20 E 92 manaustur.com.br H 1738641. Brasília 3591, Presidente Figueiredo 133, Boa Vista 824, Belém 5434. Quem vai a Manaus com a expectativa de viver uma aventura na maior floresta tropical do planeta se decepciona. a capital do amazonas, às margens do rio negro, está bem mais para metrópole do que para vila na selva. São quase dois milhões de habitantes, muitas indústrias e um cenário urbano pouco verde. De olho na copa de 2014, a cidade investe em infraestrutura e na rede hoteleira. no último ano, ganhou mais quatro grandes hotéis, e outra meia dúzia está em construção. a revitalização do centro Histórico também segue em ritmo acelerado: o palácio rio Branco, ex-sede do poder legislativo, virou um centro cultural, e um antigo sobrado do século 19 é hoje o Museu casa eduardo ribeiro. Mas não é só de progresso que vive a cidade. Seja nas deliciosas receitas de peixes amazônicos ou em uma vitamina de guaraná feita na hora, as tradições locais e a lembrança da selva estão por todos os lados. Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,30 • Táxi: R$ 3,45 (bandeirada), R$ 1,70 (km rodado) • Café expresso: R$ 3 • Acarajé da Cira (p. 694): R$ 3,50 • Garrafa de cerveja no Boteco do França (p. 700): R$ 5,50 • Água mineral (500 ml): R$ 1 5 hotéis Programe-se A rede hoteleira está bem distribuída pelos bairros, mas é bom reservar o hotel em região de acesso fácil aos seus compromissos de viagem e atrações prioritárias – o trânsito costuma complicar os deslocamentos. Para quem viaja a trabalho, Pituba e Caminho das Árvores estão próximos da Av. Tancredo Neves, a nova espinha dorsal financeira de Salvador. Já o Rio Vermelho é simpático aos boêmios. Para explorar o Pelourinho, que sofre com falta de segurança, melhor ficar nos bairros Vitória ou Santo Antônio Além do Carmo, ambos bonitos, mais seguros e com acesso fácil ao Centro Histórico. MANAUS 350 mm 30 300 25 250 200 20 150 15 10 100 J F M A M J Chuvas J A S O N D Temp máx/mín raio X Bons sonhos os I Pestana Convento do Carmo R. do Carmo, 1 (Sto. D Antônio), 3327-8400, reservas 0800- confortáveis quartos dos andares mais altos do hotel Park Suites Manaus, antigo Tropical Business, têm uma das vistas mais bonitas da cidade – especialmente para o pôr do sol no outro lado do Rio Negro. E 026-6332 (pestana.com). 2005. 79 ap, ar G Sc (110) spa n @ L j e. Ds: 727/727. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques III BY A. O hotel mais charmoso de Salvador fica num ex-convento do século 16. Em um dos claustros, a fonte central faz às vezes de piscina e as celas onde dormiam os frades abrigam os quartos. Confortáveis, todos têm móveis e objetos arrematados num leilão na Dinamarca, TV wide screen e internet. O café da manhã é um banquete – tem até salmão defumado e doces portugueses. 35 ºC meses FOTO: EDUARDO MOODy 10 meses e18 E 51x 0800-51-7686 portoalegre.rs.gov.br/turismo H 1436123. Brasília 2113, Florianópolis 472, Curitiba 714, São Paulo 1122, Rio de Janeiro 1573, Belo Horizonte 1724. o orgulho gaúcho está por toda parte. nos fins de semana, os parques lotam de porto-alegrenses circulando com cuias e garrafas térmicas. tão inseparáveis quanto o chimarrão são as camisetas do Grêmio e do Internacional, desfiladas como itens obrigatórios do vestuário. a linda vista do rio Guaíba (um lago, na verdade) continua atraindo turistas e moradores, especialmente no pôr do sol. Próximo à sua orla, museus e belas construções históricas movimentam a intensa vida cultural. entre as novidades, há as inaugurações da Fundação Vera Chaves Barcellos e do Museu do Inter. Claro, o bom churrasco, ao ponto ou malpassado, no fogo de chão ou na churrasqueira, é tradição. Sim, o gaúcho é um pouco bairrista. e reservado. Mas minutos de conversa (e confiança ganha) bastam para o carisma e a receptividade aparecerem. A oferta de hospedagem é variada, de resortões a albergues com pubs legais, e se concentra em três regiões: Centro (hotéis de negócios), Via Costeira (resorts) e Ponta Negra (pousadas e albergues). A frequência de famílias e viajantes de negócios tem aumentado nos últimos anos, em detrimento dos turistas estrangeiros tão predominantes em outros tempos. Chove mais de abril a junho. Março e agosto são meses ótimos, com sol brilhando e preços baixos nos hotéis. Em julho, o Trem Potiguar do Forró vai de Natal a Ceará Mirim. O Carnatal, em dezembro, leva trios elétricos e 300 mil foliões às ruas. 150 15 O trânsito só costuma aparecer no verão, quando bugues dominam as avenidas. Natal se espalha à beira-mar: ao sul fica a Praia de Ponta Negra, mais ao norte está a Via Costeira, cheia de resorts, e em seguida estão as praias do Centro, mais frequentadas pelos moradores. Ônibus de linha e táxis resolvem bem a circulação entre Ponta Negra e Centro, mas o carro é útil para conhecer os arredores da cidade. FoTo: AMARIlDo olIVEIRA PROGRAME-SE Rio Capibaribe: visual noturno O Aeroporto Internacional Salgado Filho fica a cerca de 10 km do Centro. Táxis e ônibus de linha fazem o trajeto até a cidade (de táxi, paga-se em média R$ 30 até o Centro). Atravessando uma passarela, pode-se ainda pegar o metrô (R$ 1,70), que leva em média dez minutos até a estação Mercado, também no Centro. A rodoviária está numa área central. FOTO: GDIVuLGAçãO M5 E E 84x 3232-2500 setur.rn.gov.br H 806203. Brasília 2483, João Pessoa 184, Recife 302, Fortaleza 552, Maceió 552, Salvador 1114, Rio de Janeiro 2645. A capital potiguar é um playground para férias em família. Há sol 300 dias por ano, montanhas de areia para subir e descer de bugue, lagoas onde se refrescar, resorts cheios de estrutura e camarão abundante, barato e fresco. As dunas estão no Parque das Dunas, na capital, ou na vizinha Genipabu, onde o aerobunda (tirolesa que cai na água) e o esquibunda (prancha de madeira para escorregar areia abaixo até a lagoa) são hits. A Praia de Ponta Negra, ao sul da orla, é um destino em si, onde se podem ter boas noitadas, compras, banhos de sol, pousadas legais e belas fotos do Morro do Careca. O que falta ali dá para encontrar muito perto, em passeios de bate e volta: o maior cajueiro do mundo, em Pirangi, golfinhos em Barra de Tabatinga, vila de charme em Pipa e piscinas naturais perfeitas em Maracajaú. 5 por carolina baliviera como chegar como circular cOMO cIRculAR Ponta Negra: ferve dia e noite 35 ºC RECIfE pE 5 por Paula DouraDo cOMO chEGAR FOTO: HEUDES REGIS natal rn É tudo verdade A zona portuária abriga um belo conjunto arquitetônico de casas e prédios dos tempos áureos da borracha. Mas a conversão de edifícios históricos em museus não foi capaz de mudar a cara Nas chuvas, de dezembro a junho, os rios enchem e a floresta alaga – navegase na altura da copa das árvores. Na seca, de julho a novembro, praias se formam à beira-rio. Em abril e maio, o Teatro Amazonas sedia o Festival de Ópera. do lugar: as ruelas às margens do Rio Negro são apinhadas de camelôs e ponto de prostituição dia e noite. saBores É obrigatório visitar um Café Regional. Embora sejam rústicos, geralmente com mesas coletivas, servem o mais autêntico banquete típico. Funciona assim: você assinala em uma comanda suas escolhas entre quase 100 receitas e elas aparecem à sua frente. Tem pupunha cozida, mingau de tapioca, banana pacovã frita, pé de moleque (aqui, uma pasta de mandioca assada na folha de bananeira)... É preciso paciência e senso de direção para circular pela cidade. Há pouca sinalização: mesmo as placas com nome de ruas são escassas. Mas é fácil se achar no Centro Histórico, um dos poucos lugares que podem ser curtidos a pé. Chegar a lugares mais distantes, como a Praia de Ponta Negra e o distrito que abriga as indústrias sem pedir informações é uma façanha – o negócio é ir de táxi. Quanto custa • Passagem de ônibus: R$ 2,25 • Táxi: R$ 3,50 (bandeirada), R$ 1,88 (km rodado) • Café expresso: R$ 3 • Garrafa de cerveja no Bar do Armando (p. 480): R$ 4,50 • X-caboclinho no Açaí & Cia (p. 478): R$ 6 • Água mineral (500 ml): R$ 2 5 hotéis Com a Copa de 2014 no horizonte e novos negócios surgindo na Zona Franca, a rede hoteleira da cidade experimenta um período de expansão. Manaus ganhou novos empreendimentos no último ano: no Centro, a poucos metros do Teatro Amazonas, o moderno Go Inn oferece serviços básicos a preços econômicos; o Caesar Business, o Blue Tree, o Premium e o Holiday Inn miram o público corporativo, com boa estrutura para reuniões e pequenas convenções. I Tropical (beira-rio) Av. Cel. Teixeira, 1320 (Ponta Negra), D 18 km, 2123-5000, reservas 0800E 701-2670 (tropicalhotel.com.br). 1976. 510 ap, ar G Sc (1000) @(pago) A L recreação j J O. Ds: 612/840. Ts. Cc: A, D, M, V; Cd: M, R, V; não aceita cheques. Construído às margens do Rio Negro e longe das barulhentas ruas de Manaus, o hotel é o único da cidade onde se experimenta a sensação de dormir perto da selva. Um aviso: algumas unidades, reformadas, contam com mobília mais nova e equipamentos modernos. H park SuiTeS ManauS N (beira-rio) Av. Cel. Teixeira, 1320 (Ponta Negra), 18 km, E 4009-8200 (atlanticahotels.com.br). 2004. 247 ap, ar G Sc (90) @ A L j. Ds: 336/516. D são Paulo Página 751 13 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo • Leia com os alunos as informações presentes nestes roteiros. O que elas revelam sobre as cidades que sediarão a Copa de 2014? Peça que destaquem as peculiaridades de cada cidade. Promova uma conversa de modo que exponham suas impressões sobre elas. • Oriente a formação de grupos de até cinco alunos. Peça que escolham uma dessas 12 cidades para o trabalho subsequente. Os alunos deverão analisar a cidade escolhida segundo: - os principais desafios da cidade para a Copa. Proponha que verifiquem as infraestruturas da cidade. As informações do Guia Quatro Rodas podem colaborar nessa tarefa, pois trazem apontamentos sobre infraestruturas ligadas à circulação e, mais especificamente, à mobilidade urbana, assim como em relação aos hotéis e outros meios de hospedagem, fundamentais para o recebimento de turistas. - os investimentos recebidos na fase de preparação para a Copa. Sugira os sites oficiais que disponibilizam os orçamentos do evento, tais como o http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/matriz. - comparar os gastos que serão realizados em aeroportos, estádios, obras de mobilidade urbana e segurança. Avaliar criticamente para onde se direcionam os principais investimentos e se eles condizem com os principais desafios verificados anteriormente. - os impactos positivos e negativos da Copa para a vida das pessoas que moram na cidade. • Os alunos devem construir roteiros de visitação para a cidade escolhida. Instigue essa etapa do trabalho com a leitura do trecho a seguir: A prática social de viajar e visitar outros lugares possui grande potencial transformador na vida das pessoas, uma vez que as coloca em contato com a diversidade das culturas humanas. Quem viaja sempre traz na memória uma história para contar sobre as experiências vividas na interação com os outros e com novos lugares. Viajar também desperta reflexões sobre a sua própria condição de existência, seus valores e seus espaços de vida. Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/national/guia_vc_v1.pdf. Acesso em 10/9/2011. • Peça que os alunos analisem a cidade escolhida do ponto de seus atrativos turísticos. Indique alguns dos sites recomendados no fim deste Plano de Aula como material de apoio para que eles realizem essa tarefa. Eles devem responder as questões: - O que visitariam na cidade? Por quê? - Quais as principais características culturais e naturais da cidade? - O que poderiam aprender caso tivessem oportunidade de efetivar o roteiro de viagem que propuseram? - Quais recomendações poderiam ser feitas ao visitante no seu contato com a população local e com os atributos naturais e dos núcleos urbanos – levando em conta princípios de sustentabilidade dos ambientes? • Marque um dia para a entrega de todo o material produzido pelos grupos. Avalie a pesquisa e reflexões presente no que foi entregue. Verifique, sobretudo, se os alunos consideraram o desenvolvimento de atividades turísticas sob uma perspectiva crítica, ética, solidária e sustentável. Socialize resultados e retome os pontos que julgar necessários a fim de encerrar as discussões sobre o assunto. Para turmas de Ensino Médio: Sugere-se uma pesquisa sobre o turismo sexual no Brasil. Os alunos devem pesquisar onde isso acontece e entender o porquê dessa condição existir no país. Na “Indicação de fontes para consulta e pesquisa” (parte internet) deste Plano há sites que podem colaborar na pesquisa sobre o tema. Socialize os trabalhos dos alunos com intervenções que esclareçam as causas e consequências desse tipo de turismo para o país, salientando os problemas sociais que afetam as pessoas (vítimas dele) e culturais que afetam o país (por exemplo, os estigmas e estereótipos associados aos brasileiros em decorrência desse processo). Peça que analisem as medidas e políticas públicas de combate a esse problema e reflitam sobre o que cada cidadão (incluindo eles mesmos) na busca de solucionar ou atenuar esse problema. O trabalho terá melhores resultados se desenvolvido conjuntamente com professores(as) de Sociologia, História e Língua Portuguesa. www.viagemdoconhecimento.com.br 14 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo Atividades complementares para os estudantes 1 Acontecimentos nos últimos anos mostram que nenhuma região do planeta está a salvo de catástrofes naturais e respectivos efeitos sociais. Tempestades e inundações, nevascas, tremores seguidos de tsunami, furacões, ciclones ou terremotos são alguns exemplos. Um intenso tremor de terra registrado no Chile, em fevereiro e março de 2010, causou a morte de cerca de 800 pessoas. Considerando os efeitos econômicos dessas catástrofes, a situação chilena se agrava pela: (A) Diminuição do número de turistas que, na América do Sul, escolhem outros países. (B) Falta de mobilização social em decorrência dos baixos níveis de organização política. (C) Pouca consolidação das instituições nacionais e índices desfavoráveis de crescimento econômico. (D) Dependência em relação aos Estados Unidos e baixos índices de desenvolvimento humano. Alternativa correta: A Alegrete é uma espécie de capital dos gaúchos, é o maior município do estado em extensão territorial, intitula-se a “mais gaúcha das cidades” e sedia um dos mais originais eventos de manifestação cultural do país: a Semana Farroupilha. Aqui a comemoração tem uma marca especial: o incrível desfile do dia 20 de setembro. Literalmente, veem-se nas ruas milhares de cavalos e éguas. Os participantes vestem-se a caráter, usam suas ricas pilchas e material de arreamento. Diz-se por aqui que é o maior desfile do Rio Grande do Sul, o número oscila entre 5 mil e 8 mil ginetes. Sua origem está intimamente ligada à tradicional atividade pecuária das grandes estâncias pampeanas localizadas nas pradarias do Uruguai, Argentina e Brasil meridional. O espetáculo impressiona, é como fazer uma viagem no tempo. Ecos do passado ainda ressoam pelas ruas dessa velha capital farrapa. Acredito que aqui está preservada a originalidade das tradições. 2 Fonte: Izan Petterle. Alegrete: capital dos farrapos. National Geographic Brasil, 24/9/2008 (com adaptações). Disponível em: http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/blog/111915_comentarios.shtml?8166701. Levando em consideração as afirmações do texto, é correto afirmar que a Semana Farroupilha: (A) Relembra a época da pecuária nos pampas, que deixou de existir na região. (b) Comemora a derrota dos farrapos na Revolta Farroupilha, ocorrida no século 19. (C) Renega as tradições gaúchas devido à decadência da pecuária na região. (D) É patrimônio cultural brasileiro, que preserva a identidade cultural de parte dos gaúchos. Alternativa correta: D 3 Pesquisa do Ministério do Turismo e outros órgãos revela a capacidade de lugares para gerar negócios relacionados ao turismo de forma sustentável, propiciando ao visitante uma experiência positiva. Levaram-se em conta itens como: acesso, serviços, atrativos turísticos, economia local, aspectos sociais, culturais e ambientais, infraestrutura etc. Foram pesquisados 65 diferentes destinos indutores do desenvolvimento turístico regional no país, atribuindo-se nos resultados pontuação de 0 a 100. Observe o gráfico. www.viagemdoconhecimento.com.br Fonte: FGV/Mtur?Sebrae. Estudo de Competitividade dos 65 Destinos Indutores do Desenvolvimento Turístico Regional. Brasília: Ministério do Turismo, 2009, pág. 35. 15 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo De acordo com o texto e o gráfico, é correto afirmar que os espaços que se destacam no setor são os de: (A) Elevada modernização e dotados de infraestrutura para o turismo, como os situados na região Sul. (B) Destinos dotados de serviços de turismo de sol e praia, como os encontrados na região Nordeste. (C) Regiões com atrativos turísticos ligados a atributos naturais, como as da Amazônia. (D) Influência de novas regiões metropolitanas, caso das situadas no Norte e no Centro-Oeste do país. Alternativa correta: A 4 Deslocar-se pela mata no escuro, sem lanterna, requer o tipo de familiaridade que se tem, por exemplo, com o próprio quarto. Para Onwas, a orientação não é problema. Ele vive na mata desde que nasceu. (...) Ele sabe tudo o que há para saber sobre a mata, e quase nada sobre o que há além dela. Mil hadzas vivem em suas terras tradicionais (...). Alguns mudaram-se para perto de vilarejos e foram trabalhar para lavradores ou como guias de turistas (...). Fonte: FINKEL, Michael. Hadzas. Revista National Geographic Brasil, edição nº 117, dezembro 2009, págs. 112-114. Considerando a organização social dos hadzas, povo que vive ao norte da Tanzânia, é correto afirmar que: (A) Cedem às regras do capitalismo e assim estão perdendo de forma acelerada a sua identidade local. (B) Sofrem efeitos de temporalidades diferentes, como a adaptação às ocupações ligadas ao turismo. (C) Vivem isolados, sem contato com outras culturas, e isso os coloca numa situação de atraso. (D) Têm uma relação estabelecida com o lugar e tempo que não permite mudanças na estrutura social. Alternativa correta: B Foi lançado em João Pessoa (PB) um roteiro para quem pretende conhecer seu patrimônio histórico. São dois itinerários da chamada Rota do Pedestre, que integra construções do centro histórico da cidade, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Um leva à Cidade Baixa, que inclui no caminho o famoso Theatro Santa Roza, a Praça Antenor Navarro e a antiga Casa da Pólvora. O outro conduz o visitante pela Cidade Alta e passa pelo Parque Sólon de Lucena, o Casarão dos Azulejos e a lendária igreja do Carmo, construída logo após o descobrimento do Brasil. Os roteiros podem ser feitos começando de qualquer ponto – há 160 placas criadas exclusivamente para indicar a direção e os atrativos dos trajetos aos visitantes. 5 Fonte: Planeta Sustentável. Rota do Pedestre propõe caminhada histórica, dezembro 2009. Disponível em: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/rota-pedestre-joao-pessoa-passeio-historico-526989.shtml. A notícia acima revela: (A) A ausência no Brasil de sítios e patrimônios históricos e culturais relevantes para a visitação turística em grandes cidades. (B) Que a valorização do patrimônio histórico no Brasil esbarra na falta de estrutura e de apoio dos governos locais. (C) Uma iniciativa de valorização e visitação do patrimônio histórico e cultural existente no território nacional. (D) A progressiva desvalorização dos centros urbanos e dos patrimônios históricos e culturais existentes no país. Alternativa correta: C Avaliação Durante o desenvolvimento das atividades, considere os avanços e as dificuldades dos alunos para que sua avaliação seja processual. Faça intervenções necessárias para ampliar os conhecimentos deles a partir de considerações do desempenho em todas as atividades deste Plano de Aulas. Nesta etapa da avaliação processual, entretanto, cabe verificar se os objetivos propostos no início deste Plano foram alcançados. É importante, portanto, retomar seus registros com as observações sobre os conhecimentos prévios dos alunos e eventuais dificuldades quanto ao tema proposto e, com flexibilidade aos seus propósitos, avaliar todo o processo. Os resultados das atividades propostas dão boas pistas quanto aos avanços dos alunos. É também um momento de autoavaliação (de alunos e do professor) sobre a participação e o desempenho que aponta, sobretudo, eventuais necessidades de retomar atividades ou diversificá-las, refazer estudos ou aprofundá-los. Indicações de fontes para consulta e pesquisa Publicações BARROS, N. Análise regional e destinações turísticas: possibilidades teóricas e situações empíricas em Geografia do Turismo. In. Turismo Visão e Ação. ano 4. v. 4. Revista científica do Mestrado em Turismo e Hotelaria da Universidade Vale do Itajaí. Itajaí: UNIVALI, abr.-dez. 2002, págs. 9-32. LÉVY, Jacques; LUSSAULT, Michel (Org.). Dictionnaire de la Géographie et de l’espace des sociétes. Paris: Belin, 2003. págs. 931-933. (tradução do original Tourisme por Jaime Oliva). OLIVEIRA, A. Turismo e desenvolvimento: planejamento e organização. 3a ed. ver. e ampl. São Paulo: Atlas, 2001. www.viagemdoconhecimento.com.br 16 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo RODRIGUES, A. Turismo e espaço – rumo a um conhecimento transdisciplinar. São Paulo: Hucitec, 1997. SEABRA, L. Turismo sustentável: planejamento e gestão. In. Cunha, S. Baptista da; Guerra, A. Teixeira (org.). A questão ambiental: diferentes abordagens. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, págs. 153-189. YÁZIGI, Eduardo; CARLOS, Ana Fani A.; e CRUZ, Rita de Cássia Ariza. (org.). Turismo: espaço, paisagem e cultura. 3a ed. São Paulo: Hucitec, 2002. Internet • http://unwto.org/es O site da Organização Mundial do Turismo (OMT) traz dados sobre o turismo no mundo. Pode ser consultado em espanhol ou a partir da tradução da página. • http://www.turismo.gov.br O site do Ministério do Turismo traz o Anuário Estatístico de Turismo de 2011, notícias sobre o turismo nacional e internacional, sugestão de destinos, eventos captadores de turistas etc. • http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html O site traz estatísticas e indicadores do turismo nacional e mundial, demanda turística no mundo, estudos voltados à questão do turismo nacional e internacional, Indicadores de turismo dos estados brasileiros, além de notícias relacionadas ao turismo nacional. • http://www.iccaworld.com O ICCA (International Congress and Convention Association) representa os principais especialistas em organizar, transportar e acolher reuniões e eventos internacionais e é composto de mais de 950 empresas e organizações associadas em 87 países. Traz pesquisas, informações e notícias sobre eventos no mundo e sobre a economia gerada por esses eventos em diversos países. • http://www.abeoc.org.br O site da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC) tem como objetivos promover e incentivar as relações entre suas associadas no sentido de possibilitar intercâmbio técnico e comercial através da promoção, realização e apoio de encontros, reuniões, eventos, cursos, projetos e similares; orientar os interessados em como proceder para atuar na área de eventos de acordo com a legislação; estimular a prática de atividades com um elevado sentido ético nas relações entre as associadas e entre essas e o mercado etc. • http://www.mochileiros.com O site, destinado aos turistas de aventura, traz sugestões de destinos, albergues em diferentes países, roteiros de viagem, trilhas, equipamentos de camping e aventura, além de apresentar possibilidades de interação entre viajantes por meio de relatos de viagem, canais de comunicação (chats etc.) para comunicação e busca de companhias para viajar etc. • http://www.abav.com.br O site da Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) tem como objetivos representar os interesses das Agências de Viagens; promover o bem-estar social e o congraçamento da classe em todo o território nacional; fomentar o desenvolvimento do turismo nacional em todas as suas manifestações; promover a divulgação e publicidade das matérias de interesse da entidade; promover congressos, exposições de turismo e conferências que contribuam para o desenvolvimento técnico do setor etc. • http://www.abrastur.com.br A Abrastur (Associação Brasileira de Cooperativas e Clubes de Turismo Social) é representante da categoria no Conselho Nacional de Turismo e foi criada com o objetivo de congregar as cooperativas e os clubes de turismo social, na busca permanente de observar, cumprir e fazer cumprir fielmente a legislação vigente, seu estatuto social e seu código de ética, zelando pelo prestígio moral, profissional e social de seus associados e defendendo seus direitos e interesses. www.viagemdoconhecimento.com.br 17 PLANO DE AULA VIAGEM DO CONHECIMENTO A Geografia na rota do turismo • http://www.fbcvb.org.br/principal.asp A Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureaux (CBC&VB) é constituída exclusivamente por entidades que atuam como Convention & Visitors Bureaux no território brasileiro e tem por finalidades promover e representar as suas associadas em todo e qualquer pleito do interesse do segmento de atividade por elas integrado; promover e cultivar o inter-relacionamento das entidades associadas, incentivando o intercâmbio de experiências e informações; diligenciar junto aos poderes públicos, apresentando-lhes alternativas e auxiliando na tomada de decisões que visem ao fomento do Turismo Brasileiro; contribuir para o aperfeiçoamento das entidades associadas, visando a qualificação no desempenho de suas atividades etc. • http://www.hostel.org.br/pg.php A FBAJ (Federação Brasileira dos Albergues da Juventude) nasceu da ideia do professor Richard Schirmann (Alemanha, 1909) em criar programas de convivência para seus alunos. De atividades pedagógicas, passou a organizar grupos com os jovens para realizar pequenas viagens de estudos. Atualmente a Hostelling International é a maior rede de hospedagem do mundo, presente nos cinco continentes. Tem como missão promover o intercâmbio Cultural por meio da expansão Mundial dos Albergues, do desenvolvimento dos Albergues e do estabelecimento de normas ambientais, entre outros. • http://www.fenactur.com.br A Federação Nacional de Turismo (Fenactur) nasceu em 1990 da união de dez sindicatos e empresas de turismo de vários estados do Brasil, congrega hoje mais de 23 sindicatos. É, portanto, uma entidade sindical que atua em defesa de seus filiados junto aos organismos oficiais e empresas do setor do turismo. • http://viajeaqui.abril.com.br Portal relacionado ao tema viagens e turismo, traz o acesso a vários sites afins. O site traz também destinos, roteiros, manual do viajante, rotas, mapas, blogs, notícias e fotos etc. relacionados a viagens e turismo. Há muitos recursos (aplicativos) interativos que facilitam e instigam a sua consulta. • http://www.natgeo.com.br/br O site traz dicas de programas do canal National Geographic, relacionadas a viagens e turismo. • http://www.portaltransparencia.gov.br/copa2014/_include/links-uteis Contém informações detalhadas sobre investimentos relacionados à Copa do Mundo por cidade de realização do evento. • http://www.copa2014.turismo.gov.br/copa/home.html Contém diversos materiais que relacionam a Copa do mundo de 2014 com o turismo no Brasil. Disponibiliza também de modo mais geral informações que permitem verificar como esse evento contribui para o aumento do turismo no mundo. www.viagemdoconhecimento.com.br 18