MÓDULO G16
PROF. MANOEL ROCHA
AS DENSIDADES POPULACIONAIS DO MUNDO - 1999
AS GRANDES CIVILIZAÇÕES DO MUNDO ATUAL







CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL TÍPICA
CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL COM
FORTE
INFLUÊNCIA
ESLAVA
(CRISTIANISMO ORTODOXO)
CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL COM
FORTE INFLUÊNCIA INDÍGENA
E/OU NEGRO-AFRICANA
CIVILIZAÇÃO ISLÂMICA
CIVILIZAÇÃO INDIANA
CIVILIZAÇÃO NEGRO-AFRICANA
CIVILIZAÇÃO SÍNICA.

O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES –
EXPRESSÃO CRIADO PELO
PROF.
SAMUEL
P.
HUNTINGTON – “O choque de
civilizações dominará a política em
escala mundial”, escreveu. “As linhas
divisórias entre as civilizações serão
as frentes de batalhas do futuro”.
O argumento apareceu pela primeira
vez em artigo, em 1993, na revista
“Foreign Affairs”, e depois Huntington
ampliou sua tese no livro, traduzido
para 39 idiomas.

O CHOQUE DAR-SE-IA ENTRE A
CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL E O ISLÃO.
BREVE PANORAMA DA POPULAÇÃO MUNDIAL
A POPULAÇÃO SEGUNDO A
ONU
6,2 BILHÕES DE PESSOAS
1. 5,0 BILHÕES VIVENDO EM NAÇÕES SUBDESENVOLVIDAS
2. 1,2 BILHÃO VIVENDO EM PAÍSES DESENVOLVIDOS.
PAÍSES MAIS POPULOSOS DO MUNDO – 2000 (EM MILHÕES)
1. CHINA: 1.285,0
6. PAQUISTÃO: 145,0
2. ÍNDIA: 1.025,1
7. FEDERAÇÃO RUSSA: 144,7
3. ESTADOS UNIDOS: 285,9
8. BANGLADESH: 140,4
4. INDONÉSIA: 214,8
9. JAPÃO: 127, 3
5. BRASIL: 169,6
10. NIGÉRIA: 116,9
FONTE: Banco Mundial/*IBGE.
DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR CONTINENTES – 2000 (EM
MILHÕES)
CONTINENTE
POPULAÇÃO EM 2000
POPULAÇÃO PROJETADA
PARA 2050
3.672
5.428
ÁFRICA
794
2.000*
EUROPA
727
603
AMÉRICA LATINA E CARIBE
519
806
AMÉRICA DO NORTE
314
438
OCEANIA
31
47
ÁSIA
*A população africana crescerá 150% em 50 anos, prevê a ONU.
FONTE: Divisão da população da ONU.
OBSERVA-SE A REDUÇÃO DA POPULAÇÃO EUROPÉIA NAS PRÓXIMAS DÉCADAS. CALCULA-SE QUE
NOS PRÓXIMOS 50 ANOS, O NÚMERO DE HABITANTES DA FEDERAÇÃO RUSSA SEJA 40% MENOR DO
QUE O ATUAL, O DA ITÁLIA, 25% E O DO JAPÃO, 14%.
MUNDO DESENVOLVIDO: O DRAMÁTICO ENVELHECIMENTO DA
POPULAÇÃO

NOS PAÍSES RICOS, AS
BAIXAS
TAXAS
DE
NATALIDADE REFLETEM O
PADRÃO DE VIDA URBANA
DE SEUS HABITANTES.
VIVENDO QUASE SEMPRE
EM
CIDADES,
ESSAS
POPULAÇÕES
ESTÃO
SUBMETIDAS A FATORES,
COMO:





ELEVADO CUSTO DA VIDA URBANA;
INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO
DE TRABALHO;
DIFUSÃO
DE
CONTRACEPTIVOS;
MÉTODOS
MODO DE VIDA URBANO, QUE
EXACERBA
O
INDIVIDUALISMO,
DESESTIMULANDO OS MATRIMÔNIOS
E A CONSTITUIÇÃO DE FAMÍLIAS
NUMEROSAS;
PERSISTÊNCIA DE UM CRESCIMENTO
ECONÔMICO BAIXO, QUE PROVOCA
DESEMPREGO.
EUROPA
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO ANUAL DE ALGUNS PAÍSES EUROPEUS
PAÍS
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO ANUAL
REINO UNIDO
0,18%
FRANÇA
0,36%
HUNGRIA
- 0,5%
FEDERAÇÃO RUSSA
-0,64%
ALEMANHA
0,04%


Nas próximas décadas, haverá uma drástica redução da PEA (População
Economicamente Ativa), ao mesmo tempo que o número de idosos deverá aumentar.
Resultado: o que os trabalhadores pagam à Previdência Social não será suficiente
para atender às necessidades dos aposentados.
A QUESTÃO DA IMIGRAÇÃO NA EUROPA
TENTATIVAS EUROPÉIAS DE REVERTER ESTA TENDÊNCIA




ESTÍMULO Á NATALIDADE COM ISENÇÃO DE
IMPOSTOS E PAGAMENTO DE SALÁRIO A
QUEM SE DISPÕE A TER FILHOS.
RESULTADO: SÃO INÓCUAS ATÉ AGORA,
POIS ENFRENTA A RESISTÊNCIA DE UMA
CULTURA HEDONIÍSTICA E NARCISÍSTICA,
COMO MOSTRA A PROLIFERAÇÃO DE
ACADEMIAS DE GINASTICA (BUSCA DA
BELEZA E DA ETERNA JUVENTUDE).
INCENTIVOS
ÀS
MIGRAÇÕES,
QUE
ENCONTRA LIMITES IMPOSTO ÀS MESMAS
PELOS
PAÍSES,
RESTRINGINDO-AS.
EXCEÇÃO: MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA
(INFORMÁTICA,
TELECOMUNICAÇÕES,
ROBÓTICA E SERVIÇOS FINANCEIROS).
RESULTADO: XENOFOBIA E NEONAZISMO,
PRINCIPALMENTE,
PELO
ELEVADO
DESEMPREGO E BAIXOS ÍNDICES DE
CRESCIMENTO.

1.
2.
NA VERDADE O FANTASMA DO
DESEMPREGO
CRIA
DOIS
PROBLEMAS:
DESESTIMULA
A
NATALIDADE,
GERANDO O ENVELHECIMENTO DA
POPULAÇÃO E A QUEDA DA
ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS, EM
DECORRÊNCIA DE UMA PEA MENOR
(TRABALHADORES APOSENTANDOSE) – A BOMBA-RELÓGIO DA
PREVIDÊNCIA SOCIAL.
ACENTUA A XENOFOBIA, O QUE
RESTRINGE A IMIGRAÇÃO QUE
PODERIA
REVERTER
O
ENVELHECIMENTO
RÁPIDO
DA
POPULAÇÃO.
ESTADOS UNIDOS




1.
2.
A POPULAÇÃO CRESCE AINDA EM NÍVEIS
SUSTENTÁVEIS – POUCO ABAIXO DE 1% AO
ANO, DEVIDO À INTENSA IMIGRAÇÃO: A
CADA ANO 300 MIL MEXICANOS INGRESSAM
NOS ESTADOS UNIDOS.
NOS EEUU, 15% DA POPULAÇÃO É DE
IMIGRANTES, O MAIOR PAÍS DE IMIGRANTES
DO MUNDO.
MUITOS
IMIGRANTES
VIVEM
CLANDESTINAMENTE, TEMENDO INCLUSIVE A
XENOFOBIA.
EVIDÊNCIAS DESTA XENOFOBIA:
O MURO CONSTRUÍDO ÀS MARGENS DO RIO
GRANDE, NA FRONTEIRA COM O MÉXICO;
LEIS RESTRITIVAS À IMIGRAÇÃO, COMO A LEI
DE RESPONSABILIDADE PELA IMIGRAÇÃO
(2002).
QUANDO HÁ CARÊNCIA
DE MÃO-DE-OBRA, EM
TEMPOS DE EXPANSÃO
ECONÔMICA, OS
ESTADOS UNIDOS
COSTUMAM REVOGAR
ESSAS LEIS OU MESMO
ANISTIAR OS
IMIGRANTES.
AS MAIORES CONCENTRAÇÕES
DEMOGRÁFICAS DO MUNDO DESENVOLVIDO

EUROPA
A MAIOR CONCENTRAÇÃO POPULACIONAL É FRUTO DO MAIOR
DINAMISMO DE SUA ECONOMIA (DESENVOLVIMENTO URBANO-INDUSTRIAL).
PAÍSES MAIS POPULOSOS DA EUROPA
PAÍS
POPULAÇÃO (EM MILHÕES)
RÚSSIA
144,7
ALEMANHA
82,0
REINO UNIDO
59,5
FRANÇA
59,5
ITÁLIA
57,5
UCRÂNIA
49,1
POLÔNIA
38,6
ESTADOS UNIDOS E CANADÁ

O CANADÁ APESAR DE
POSSUIR 9,9 MILHÕES DE
KM2, TEM APENAS 32
MILHÕES DE HABITANTES,
COM UMA DENSIDADE
DEMOGRÁFICA
DE
3
HAB./KM2.
JÁ
OS
ESTADOS UNIDOS TÊM
286
MILHÕES
DE
HABITANTES.

1.
2.
3.
AS
MAIORES
CONCENTRAÇÕES
POPULACIONAIS NESTES PAÍSES ESTÃO
NAS PROXIMIDADES DO OCEANO
ATLÂNTICO ONDE FICAM DUAS DAS
MAIORES MEGALÓPOLES DO MUNDO:
BOSWASH (BOSTON-WASHINGTON) E
CHIPITTS (CHICAGO E PITTSBURGH),
TENDO COMO CAUSA:
RECURSOS MINERAIS – MINÉRIO DE
FERRO E CARVÃO MINERAL;
EXTENSA REDE HIDROGRÁFICA (RIOS
HUDSON, SÃO LOURENÇO, GRANDES
LAGOS E CANAIS ARTIFICIAIS QUE
FAZEM A COMUNICAÇÃO ENTRE ELES.
O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO QUE
DEU-SE
PELOS
EUROPEUS
QUE
CHEGARAM PELO LADO DO ATLÂNTICO.
ESTADOS UNIDOS
3.
COSTA OESTE ESTADUNIDENSE: SAN-SAN (SAN DIEGO/ SAN FRANCISCO) – VALE DO SILÍCIO.
4.
NO OESTE CANADENSE: VANCOUVER, ELO ENTRE A ECONOMIA CANADENSE E A BACIA DO PACÍFICO
(JAPÃO, CHINA, ÍNDIA E OS TIGRES ASIÁTICOS).
METRÓPOLES ESTADUNIDENSES
NOVA IORQUE
LOS ANGELES
CHICAGO
WASHINGTON - DC
MEGACIDADES
JAPÃO

1.
2.
AS
MAIORES
CONCENTRAÇOES
POPULACIONAIS
ENCONTRAM-SE NO
LITORAL DO PACÍFICO:
TOKAIDO (TÓQUIOOSAKA);
SANYO
(OSAKAFUKUOKA).

1.
2.
EXPLICAÇÃO PARA ESTE FATO:
A PRESENÇA DE ELEVADAS
MONTANHAS INTERIORANAS;
O PERFIL DA ECONOMIA DO
JAPÃO,
ALTAMENTE
DEPENDENTE DO MERCADO
EXTERNO,
SEJA
PARA
OBTENÇÃO
DE
RECURSOS
NATURAIS, SEJA PARA VENDER A
MAIOR
PARTE
DE
SUA
GIGANTESCA
PRODUÇÃO
INDUSTRIAL.
OS PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: A
SOBREVIVÊNCIA CADA VEZ MAIS DRAMÁTICA


SEGUNDO A ONU, 95% DO
CRESCIMENTO POPULACIONAL
CONCENTRA-SE NOS PAÍSES
SUBDESENVOLVIDOS,
QUE
DEVERÁ ABRIGAR 8,2 BILHÕES
DE PESSOAS EM 2050.
APESAR DA DIMINUIÇÃO DO
CRESCIMENTO
DA
POPULAÇÃO, AINDA MANTÉM
UMA TAXA DE CRESCIMENTO
VEGETATIVO ACIMA DE 1,6%
AO ANO, ELEVANDO A
DEMANDA POR SERVIÇOS
PÚBLICOS BÁSICOS, COMO
SAÚDE E EDUCAÇÃO.


1.
2.
3.

ESTE É O CASO DA ÁFRICA
(2,4%), ÁSIA E AMÉRICA LATINA.
OUTRAS ÁREAS DE GRANDE
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO
SÃO:
ORIENTE MÉDIO: 2,2%
AMÉRICA CENTRAL: 1,9%
AMÉRICA DO SUL: 1,5%
NESTAS
REGIÕES
RECRUSDECEM AS IDEIAS DE
THOMAS ROBERT MALTHUS
(1766-1834).
A TEORIA MALTHUSIANA
(PESSIMISTA)




UM ENSAIO SOBRE O PRINCÍPIO DA
POPULAÇÃO (1798): A POPULAÇÃO
CRESCE EM ORDEM GEOMÉTRICA E A
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS EM ORDEM
ARITMÉTICA, GERANDO FOME E
MISÉRIA DAS GRANDES MASSAS.
ESTA
DESPROPORÇÃO
SERIA
CORRIGIDA PELA NATUREZA, POR MEIO
DAS GUERRAS E EPIDEMIAS QUE
REDUZIRIAM A POPULAÇÃO.

1.
2.
ACONSELHAVA A ABSTINÊNCIA SEXUAL,
COMO FORMA DE CONTER O
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO.
PROPUNHA UM RÍGIDO CONTROLE DA
NATALIDADE SOBRE AS POPULAÇÕES
POBRES DO PLANETA.

TESE DISCRIMINATÓRIA, POIS ATRIBUÍA A
MISÉRIA
AO
CRESCIMENTO
DA
POPULAÇÃO. NA VERDADE, OCORRE O
INVERSO:
A REDUÇÃO DAS TAXAS DE NATALIDADE
OCORRE NATURALMENTE A PARTIR DO
MOMENTO EM QUE AUMENTAM OS NÍVEIS
DE EDUCAÇÃO, DE INFORMAÇÃO E DE
QUALIDADE DE VIDA.
A PRODUÇÃO DE ALIMENTOS TEM
CRESCIDO CONTINUAMENTE, GRAÇAS AO
DESENVOLVIMENTO
DE
NOVAS
TECNOLOGIAS.
CONCLUI-SE QUE AS ATUAIS POLÍTICAS
DE
CONTROLE
DA
NATALIDADE
MALTHUSIANA E NEOMALTHUSIANA
NÃO VISAVAM A ERRADICAR A
POBREZA, MAS SIM CONTROLÁ-LA.
TEORIA NEOMALTHUSIANA






A TEORIA NEOMALTHUSIANA (ALARMISTA), elaborada após a segunda
Guerra, mostrava que se não houvesse um controle populacional, os
recursos naturais se esgotariam em pouco tempo. A partir disso foi
feito um controle de natalidade aos países subdesenvolvidos.
PARA A TEORIA NEOMALTHUSIANA O CONTROLE DEMOGRÁFICO EVITARIA:
CRESCIMENTO DESORDENADO DOS CENTROS URBANOS, PARA ONDE MIGRA
A POPULAÇÃO RURAL EMPOBRECIDA E RELEGADA AO ABANDONO.
OCORRÊNCIA DO TRABALHO INFANTIL E DA SUPEREXPLORAÇÃO DA MULHER.
EXPANSÃO DAS RELIGIÕES, ENTENDIDAS COMO UMA VÁLVULA DE ESCAPE
DAS POPULAÇÕES EXCLUÍDAS, SOBRETUDO NA ÁSIA.
MIGRAÇÕES INTERNAS RUMO ÀS REGIÕES MAIS DESENVOLVIDAS DO
MUNDO.

EXPANSÃO DO EMPREGO INFORMAL.

INCHAÇO DO SETOR TERCIÁRIO E BAIXOS IDHs.
AS CONFERÊNCIAS MUNDIAIS DE POPULAÇÕES



A PRIMEIRA NA CIDADE
DO MÉXICO (1974).
A
SEGUNDA
EM
BUCARESTE / ROMÊNIA
(1984)

A TERCEIRA (ÚLTIMA) NO
CAIRO / EGITO (1994):
O INEVITÁVEL CHOQUE
ENTRE
OS
NEOMALTHUSIANOS E O
VATICANO E OS PAÍSES
MUÇULMANOS,
CONTRÁRIOS
AOS
MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS, E
PRINCIPALMENTE,
O
ABORTO.
TEORIAS DEMOGRÁFICAS




Hoje em dia existem também os chamados ECOMALTHUSIANOS
(PESSIMISTA), que defendem a tese de que o rápido crescimento
populacional geraria enorme pressão sobre os recursos naturais, e por
conseqüência sérios riscos para o futuro.
A TEORIA REFORMISTA/MARXISTA (OTIMISTA) contraria as teorias
Malthusiana e Neomalthusianas, onde os reformistas atribuem aos
países subdesenvolvidos a responsabilidade pela intensa exploração
imposta aos países pobres, resultando em um excessivo crescimento
demográfico e pobreza generalizada.
Defendem a adoção de reformas socioeconômicas para superar os
graves problemas e aplicação de novas tecnologias, que, aplicadas à
produção, resolveriam o problema da sobrevivência humana.
Promover uma política de redistribuição de renda, objetivando o
acesso da maioria ás riquezas produzidas pelo avanço tecnológico.
A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
O conceito de transição demográfica foi introduzido por Frank
Notestein, em 1929, e é a contestação factual da lógica
malthusiana. Foi elaborada a partir da interpretação das
transformações demográficas sofridas pelos países que participaram
da Revolução Industrial nos séculos 18 e 19, até os dias atuais. A
partir da análise destas mudanças demográficas foi estabelecido um
padrão que, segundo alguns demógrafos, pode ser aplicado aos
demais países do mundo, embora em momentos históricos e contextos
econômicos diferentes.
Ela explica que, durante uma longa fase da história, a natalidade e
a mortalidade mantiveram-se elevadas e próximas, caracterizando
um crescimento lento. Guerras, epidemias e fome dizimavam
comunidades inteiras. A partir da Revolução Industrial teve início a
primeira fase, das três que caracterizam o modelo de transição
demográfica.
1ª FASE – TRANSIÇÃO DA MORTALIDADE
A Revolução Industrial, o processo de urbanização e de modernização
da sociedade foram responsáveis, num primeiro momento, por um
crescimento populacional acelerado nos países europeus e
posteriormente nos Estados Unidos, Japão, Austrália e outros.
Apesar das péssimas condições de moradia e saúde das cidades
industriais, até pelo menos o final do século 19, a elevação da
produtividade e da oferta de bens de subsistência propiciaram
progressiva melhora no padrão de vida da população. Conquistas
sanitárias e médicas, associadas a esta fase de desenvolvimento
científico e tecnológico, tiveram impactos diretos na saúde pública e,
conseqüentemente, na queda das taxas de mortalidade. Portanto, a
primeira fase de transição demográfica é marcada pelo rápido
crescimento da população, favorecido pela queda da mortalidade
já que as taxas de natalidade, ainda, permaneceram algum tempo
elevadas.
2ª. FASE – TRANSIÇÃO DA FECUNDIDADE
A segunda fase caracteriza-se pela diminuição das taxas de
fecundidade (ou seja, o número médio de filhos por mulher em
idade de procriar, entre 15 a 49 anos), provocando queda da taxa
de natalidade mais acentuada que a de mortalidade e
desacelerando o ritmo de crescimento da população. Aos poucos
foram sendo rompidos os padrões culturais e históricos que se
caracterizavam pela formação de famílias numerosas. Mas estas
transformações culturais foram mais lentas. Levou um certo tempo para
que os hábitos e costumes comunitários da sociedade anterior,
baseados na organização de um outro padrão familiar, fossem
rompidos. A mortalidade infantil elevada induzia as famílias a terem
muitos filhos, contando com o fato de que nem todos eles
sobreviveriam. Os efeitos sociais das conquistas sanitárias na
qualidade de vida permitiram que a mortalidade infantil também
diminuísse e as famílias pudessem planejar o que consideravam o
número ideal de filhos, numa sociedade que se modernizava.
3ª. FASE – A ESTABILIZAÇÃO DEMOGRÁFICA
Na terceira fase da transição demográfica as taxas
de crescimento ficam próximas de 0%. Ela é o
resultado da tendência iniciada na segunda fase: o
declínio da fecundidade e a ampliação da
expectativa média de vida que acentuou o
envelhecimento da população. As taxas de
natalidade e de mortalidade se aproximaram a tal
ponto que uma praticamente anula o efeito da
outra. Esta é a situação encontrada há pouco mais
de uma década em diversos países europeus e é
denominada de fase de estabilização demográfica.
DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA À TRANSIÇÃO
EPIDEMIOLÓGICA
TABELA DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA
AS MAIORES CONCENTRAÇÕES POPULACIONAIS DO
MUNDO SUBDESENVOLVIDO: CHINA E ÍNDIA





CARACTERÍSTICAS
DESTES
PAÍSES:
GRANDE
EXTENSÃO
TERRITORIAL.
EXTENSÃO
FAIXAS
DE
TERRITÓRIOS INÓSPITOS.
GIGANTESCOS CONTINGENTES
POPULACIONAIS
CONCENTRADOS NO CAMPO –
CERCA
DE
70%
DA
POPULAÇÃO.



DIFERENÇAS
PAÍSES:
ENTRE
ESTES
DOIS
ENQUANTO A CHINA É UM PAÍS
HOMOGÊNEO, À ÍNDIA POSSUI UMA
IMPRESSIONANTE
DIVERSIDADE
ÉTNICA, COM MAIORIA HINDUÍSTA.
JÁ OS CHINESES, APESAR DO
BUDISMO,
NO
TIBET,
ESTÃO
PROIBIDOS DE PROFESSAR QUALQUER
RELIGIÃO.
O PROGRAMA DE CONTROLE DA
NATALIDADE CHINESA SÓ ADMITE UM
FILHO POR CASAL, ENQUANTA ÍNDIA,
INFLUENCIADA PELO HINDUÍSMO,
NÃO TEM OBTIDO SUCESSO EM SUAS
POLÍTICAS
DE
CONTROLE
DA
Download

Slide 1