Pai Mãe Rh+ Fenótipo Genótipo RR Rr Filho Fenótipo Rh- Fenótipo Rh+ Genótipo rr Genótipo Rr FONTE: Autores / 2004 1.a gravidez 2.a gravidez hemácia com antígeno Rh anticorpo anti-Rh Mãe Rh- Ocorre durante o parto Na 1.a gestação, a mãe é sensibilizada pelas hemácias Rh+ do feto e cria anticorpos contra o sangue Rh+. Na 2.a gestação, se o feto for Rh+, os anticorpos anti-Rh vão passar pela placenta e atacar o feto. Criança Rh+ Arquivo dos autores 274 Entretanto, essas pequenas hemorragias durante a gravidez são geralmente insuficientes para produzir algum problema. Logo após o parto, porém, o deslocamento da placenta resulta em grande área de sangramento, com quantidades apreciáveis de hemácias fetais passando para o corpo da mãe. Nessa situação, ocorrerá a sensibilização da mãe pelas hemácias (Rh+) positivas do recém-nascido. Em uma gravidez subseqüente, se o feto for novamente Rh+, as eventuais rupturas da placenta, com pequena passagem de sangue Rh+ do feto para a mãe, são o bastante para que a mãe, sensibilizada na primeira gestação, desencadeie a resposta secundária da produção de anticorpos anti-Rh. Uma vez que esses anticorpos são moléculas de tamanho relativamente pequenos, eles transitam pela placenta, vindo a atingir a circulação fetal. No feto, os anticorpos se aglutinam e destroem as hemácias fetais. Um dos nomes dados à doença que se instaura refere-se diretamente à ocorrência da hemólise (hemo = sangue e lise = destruição): doença hemolítica do recémnascido. A destruição das hemácias acarreta anemia, isto é, insuficiência do transporte de oxigênio pelo sangue, e icterícia (pele amarelada) por causa da obstrução de capilares do fígado com grandes derrames de bilirrubina (pigmento amarelo-esverdeado) no sangue. Além disso, como resposta à anemia, são produzidas e lançadas no sangue hemácias imaturas, chamadas eritroblastos; daí deriva um outro nome pelo qual a doença é conhecida: eritroblastose fetal. Atualmente, nos casos de mulher Rh– com filho Rh+ aplica-se na mãe, dentro das primeiras 72 horas após o parto, uma dose única de aglutinina anti-Rh humana (Rhogam ou Parthogam). Esta vai determinar a destruição das hemácias Rh+ do feto que invadiram o organismo materno por ocasião do deslocamento da placenta. Destruídas essas hemácias invasoras, o organismo da mulher não mais sentirá necessidade de produzir as aglutininas anti-Rh. Como as aglutininas que ela recebeu por via injetável são fabricadas por outro organismo que não o seu, elas serão metabolizadas e destruídas ao fim de certo tempo. Assim, a paciente não conterá no seu sangue nenhuma aglutinina anti-Rh que possa provocar problemas em futuras gestações. Resumindo, a DHRN pode ocorrer quando: Arquivo dos autores Vejamos o caso de um casamento entre uma mulher Rh– com um homem Rh+. Se na primeira gestação houver a formação de um feto Rh+, portanto diferente da mãe, poderá haver passagem de sangue fetal para a mãe através da ruptura de vasos da placenta. A mãe, ao receber o Rh+ do filho, formará em seu soro anticorpos anti-Rh. Esses anticorpos formados não atacam esse primeiro filho, pois são formados muito vagarosamente e em quantidade insuficiente. Agora, se essa senhora, em uma segunda gravidez, portar novamente um feto Rh+, poderá haver outra vez passagem de sangue do feto para a mãe, o qual aumentará a quantidade de anticorpos anti-Rh da mãe, o suficiente para destruir as suas hemácias. Os anticorpos maternos, através da placenta, podem, por ruptura de vasos, alcançar a circulação fetal, dando como resultado a destruição dos glóbulos vermelhos do filho, que torna-se anêmico e poderá abortar. Se nascer com vida, é preciso fazer, imediatamente, uma transfusão total de sangue por um Rh– (exosangüíneo-transfusão). O Rh– se presta por não reagir com o anticorpo anti-Rh formado pela mãe. O sangue Rh– recebido pelo filho Rh+ é, pouco a pouco, substituído pelo seu próprio sangue, que já ficou livre dos anticorpos maternos. Rh - anticorpo anti - Rh placenta sangue fetal Rh + Nota: A eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nato ocorre somente quando a mãe é Rh– e o pai Rh+, ou quando essa mãe Rh– recebeu em uma transfusão sangue Rh+. ○ ○ ○ ○ ○ ○ 6. Uma mulher deu à luz uma criança que apresentou a doença hemolítica do recém-nascido, devido à incompatibilidade do fator Rh. Nesse caso, quais os fenótipos do pai, da mãe e da criança respectivamente? ○ 7. (FUVEST) Lúcia e João são do tipo sangüíneo Rh positivo e seus irmãos, Pedro e Marina, são do tipo Rh negativo. Quais dos quatro irmãos podem vir a ter filhos com eritroblastose fetal? ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 5. Uma pessoa com sangue B Rh–, que já tenha recebido sangue do tipo B Rh+, necessita com urgência de uma nova transfusão sangüínea. Que tipo de sangue poderia receber essa pessoa? ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 4. Ao ser analisado o sangue dos pais de uma criança, constatou-se serem dos grupos sangüíneos O e AB (Sistema ABO). É possível nascer uma criança do grupo O? Justifique o cruzamento. ○ ○ 3. Um casal, cujo homem pertence ao grupo sangüíneo B e cuja mulher ao grupo A, tem um filho do grupo O. A que grupos poderão pertencer os próximos filhos? ○ 2. Três pessoas apresentam tipos sangüíneos diferentes, como segue: Domingos, sangue tipo O; Pietra, sangue tipo AB; e Lucas, sangue tipo A. Com base nesses dados, responda. • Por que o tipo sangüíneo de Domingos é considerado doador universal? • Pietra poderia receber sangue de Lucas? Justifique. ○ ○ 1. A cor da pelagem em coelhos é controlada por uma série de alelos múltiplos, sendo c ch responsável pelo tipo chinchila, ch pelo tipo himalaia e ca pelo tipo albino. Nessa série alética, cch domina ch e ca, enquanto ch domina ca. A partir dessas informações, que tipo de descendência produzirá o cruzamento cchca x chca. ○ NÃO ESCREVA NO LIVRO 8. (UFSC) A herança dos grupos sangüíneos do sistema ABO caracteriza um típico caso de alelos múltiplos (polialelia) na espécie humana. Com relação ao sistema ABO é CORRETO afirmar que: 01. o grupo O é muito freqüente e, por esse motivo, o alelo responsável por sua expressão é dominante sobre os demais grupos sangüíneos. 02. os indivíduos classificam-se em um dos quatro genótipos possíveis: grupo A, grupo B, grupo AB e grupo O. 04. são possíveis três alelos: o IA, IB e o i. 08. não existe dominância entre os alelos A (IA) e B (IB). 16. se um indivíduo do grupo A for heterozigoto, ele produzirá gametas portadores do alelo IB ou de i. 32. os indivíduos de tipo sangüíneo O possuem aglutinogênios em suas hemácias, porém não possuem aglutininas no plasma. 275